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Figura 1. Ilustração do Processo de Quantização. Aqui, os sinais contínuos são transformados em 3 níveis discretos 0,
1 e 2. Note que pequenas variações no sinal analógico (que podem ser causados por ruídos) são bastante insensíveis
no sinal digital.
Figura 2. Ilustração do Processo de Quantização. Aqui, os sinais contínuos são transformados em 4 níveis discretos
binários 00, 01, 10 e 11.
BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – EaD UAB/UFSCar
Arquitetura e Organização de Computadores
Prof. Dr. José Hiroki Saito
O computador, por sua vez, é um sistema digital que trabalha com sinais digitais em
base binária (0 e 1), também denominados bits. O valor 0 pode corresponder semanticamente
a ‘falso’, ‘desligado’ e ‘baixo’, enquanto 1 pode significar ‘verdadeiro’, ‘ligado’, ‘alto’.
(a)
(b)
Figura 3. Diferença entre Sistemas Combinacionais e Sequenciais. As funções x e z ilustram funções de entrada e
saída, respectivamente para a) Sistemas Combinacionais e b) Sistemas Sequenciais. Repare que nos sistemas
sequenciais a saída depende de entradas anteriores, enquanto que em sistemas combinacionais a saída depende
exclusivamente da entrada atual.
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(a) função de
chaveamento (b) circuito combinacional e a tabela verdade
Nesta Seção, as operações lógicas básicas são representadas por portas lógicas. Toda
porta lógica possui uma representação gráfica (símbolo) e representações de sua função de
chaveamento através de uma tabela-verdade e uma expressão de chaveamento. Vale
ressaltar que, nas representações abaixo, x corresponde à entrada e z, à saída.
A porta NOT, ou NÃO, é também conhecida como porta inversora, e tem apenas uma entrada.
Quando a entrada é 0, a saída é igual a 1, e vice-versa (Figura 5). Para obter a função
de chaveamento, verificamos a linha da tabela-verdade em que a saída z é
igual a 1. Como essa linha corresponde a x = 0, a função de chaveamento é
z = x’.
x z
0 1
1 0
A porta AND, ou E, é uma porta que pode ter um número de entradas igual a dois ou mais. A
saída z, da porta, é igual a 1 apenas quando todas as entradas forem iguais a 1. A Figura 6
mostra uma porta AND de duas entradas. Nota-se que a saída z é igual a um quando
x1 E x2 são iguais a 1. Para obter a função de chaveamento, verificamos as
linhas da tabela-verdade em que a saída z é igual a 1. Como essa linha
corresponde a x1x0 = 11, a função de chaveamento é z = x1.x0.
x1 x0 z
00 0
01 0
10 0
11 1
2.1.3. Porta OR
A porta OR, ou OU, é uma porta que pode ter um número de entradas igual a dois ou mais. A
saída z, da porta, é igual a 1 quando pelo menos uma das entradas for igual a 1. A Figura 7
mostra uma porta OU de duas entradas. Nota-se que a saída z é igual a um quando
x1 OU x2 é igual a 1.
x1 x0 z
00 0
01 1
10 1
11 1
(a) símbolo (b) tabela verdade
A porta NAND, também, pode ter um número de entradas igual a dois ou mais. A sua função
de chaveamento é o inverso da porta AND. A Figura 8 mostra uma porta NAND de duas
entradas. Nota-se que a saída z é igual a 0 quando x1 E x2 é igual a 1.
x1 x0 z
00 1
01 1
10 1
11 0
′
Figura 8: Porta NAND, função de chaveamento z = ( x1 .x0 ) (lê-se “z igual a x1 e x0 linha”)
A porta NOR, também, pode ter um número de entradas igual a dois ou mais. A sua função de
chaveamento é o inverso da porta OR. A Figura 9 mostra uma porta NOR de duas entradas.
Nota-se que a saída z é igual a 0 quando x1 OU x2 é igual a 1.
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x1 x0 z
00 1
01 0
10 0
11 0
(a) símbolo (b) tabela verdade
′
Figura 9: Porta NAND, função de chaveamento z = ( x1 + x0 ) (lê-se “z igual a x1 ou x0 linha”)
O mesmo pode-se dizer das portas NOR, ou seja usando apenas portas NOR
é possível construir quaisquer circuitos combinatórios.
2.1.6. Porta XOR (OU - exclusivo)
A porta XOR, conhecida como ou-exclusivo, tem duas entradas. A sua função de chaveamento
é muito próxima da porta OR, com diferença de que a saída z é zero quando as duas entradas
são iguais a 1. A Figura 10 mostra uma porta XOR. Nota-se que a saída z é igual a 1
quando x1 OU x2 é igual a 1, excluindo a entrada x1x0 = 11.
x1 x0 z
00 0
01 1
10 1
11 0
(a) símbolo (b) tabela verdade
′ ′
Figura 10: Porta XOR, função de chaveamento z = x1 .x0 + x1 x0 = x1 ⊕ x0 (lê-se “z igual a
x1 xor x0”)
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A porta XNOR, conhecida como coincidência, tem duas entradas. A sua função de
chaveamento é o inverso da porta XOR, e o valor de saída é igual a 1 quando as duas entradas
coincidem. A Figura 11 mostra uma porta XNOR. Nota-se que a saída z é igual a 1
quando x1 e x2 é igual a 0, ou quando x1 e x0 = 1.
x1 x0 z
00 1
01 0
10 0
11 1
′ ′
Figura 11: Porta XNOR, função de chaveamento z = x1 .x0 + x1 x0 (lê-se “z igual a x1 linha e
x0 linha ou x1 e x0 )
a+b =b+a
a.b = b.a
2) Distributividade
a + (b.c ) = (a + b )(
. a + c)
a.(b + c ) = (a.b ) + (a.c )
3) Associatividade
a + (b + c ) = (a + b ) + c = a + b + c
a.(b.c ) = (a.b ).c = a.b.c
4) Lei da Idempotência: “Se os operadores forem iguais em uma operação binária ela resulta
no valor do operando”.
a+a=a
a.a = a
5) Existência de Complemento
a + a′ = 1
a.a ′ = 0
6) Constantes
1+ a = 1
0.a = 0
0+a = a+0 = a
1.a = a.1 = a
8) Lei da Involução
(a ′)′ = a
9) Lei da Absorção
a + a.b = a
a.(a + b ) = a
10) Simplificação
a + a ′.b = a + b
a.(a ′ + b ) = a.b
(a + b )′ = a ′.b′ a z a z
=
(a.b)′ = a ′ + b′
b b
Forma canônica
Assim, z = 1 para x2x1x0 = 001, 010, 100 e 111. Representando cada uma
dessas combinações de entrada negando a variável de entrada quando o
valor é 0, temos: x’2x’1x0, x’2x1x’0, x2x’1x’0 e x2x1x0. Podemos entender
cada uma das combinações como uma porta AND. Por exemplo, no caso de
x’2x’1x0, podemos dizer que a saída z = 1, quando acontecem x’2 E x’1 E
x0, ou seja quando a entrada x2 =0, x1 =0 e x0 = 1. Como a função de
chaveamento deve representar o conjunto de todas essas quatro
combinações de entrada, podemos expressar a função com OR dessas
combinações de entrada, ou seja:
Por exemplo, considere os circuitos abaixo das Figuras 24 e 25. Após algumas
operações de simplificação é possível verificar que a expressão de chaveamento do circuito
da Figura 24 equivale ao circuito simplificado da Figura 25.
′ ′
z = x2 x1 x0 + x2 x1 x0 + (x2 x1 x0 )
Figura 24. Exemplo de Circuito combinatório.
z = x1.( x2 + x0 )
Figura 25. Exemplo de Circuito Combinatório simplificado equivalente ao circuito da figura 24 .
Figura 26. Exemplo de Multiplexador de duas entradas. (a) circuito combinatório; (b) e (c) formas simbólicas.
2.5. Somador
A B Ci S Co
000 0 0
001 1 0
010 1 0
011 0 1
100 1 0
101 0 1
110 0 1
111 1 1
Figura 28. Circuito Combinatório de um Somador Completo de 1 bit. A e B são os bits atuais a serem somados, Ci
corresponde ao “recebe um”, S é o bit resultante daquele soma e Co é uma saída carry-out que pode ser entendida
como o “vai um”.
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Figura 29. Circuito Combinacional de um Somador Completo de n bits somando dois operandos A e B. Ai e Bi são os
bits atuais a serem somados dos operandos A e B, Ci corresponde ao “recebe um”, ou “vem-um”, Si é o bit resultante
da soma atual (que formará o valor S = A + B resultante) e Ci+1 representa o bit de “vai-um” (carry-out, em inglês).
3. Circuitos Sequenciais
Para entender melhor, vamos comparar com uma orquestra sinfônica. Para que a
música produzida por uma orquestra funcione adequadamente e cada instrumento seja
tocado no momento certo em conjunto com outros instrumentos, o tempo é demarcado pelo
ritmo dado por instrumentos de percussão como a bateria. A batida da bateria é a responsável
pelo sincronismo, assim como o clock nos sistemas síncronos. Já os sistemas assíncronos não
possuem alguém responsável por sincronizar a resposta com as entradas.
Figura 30. Diferença entre sistemas sequenciais síncronos e assíncronos, onde x(t) é o sinal de entrada e z(t) é o sinal
de saída
(b) (c)
(a)
Figura 31. (a) Latch básico, (b) comportamento do latch básico com Q = 1, (c)
comportamento do latch básico com Q = 0.
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Os latches e flip-flops abaixo serão representados por seus símbolos, funções lógicas e
tabelas-transição. Vale ressaltar que Q(t) corresponde ao estado atual e Q(t + 1) ou Q(t + tp)
correspondem ao próximo estado.
3.1.1. Latch D
A sua equação de saída é dada por: Q(t + t p ) = D(t ).E (t ) + Q(t ).E ′(t ) , onde tp é o
tempo de retardo de propagação.
3.1.2. Flip-flop D
O flip-flop D pode ser construído usando dois latches D como mostra a Fig. 35.
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Tabela-transição:
Q(t) D(t)
(estado atual) (entrada)
0 1
0 0 1
1 0 1
Tabela 2. Tabela-verdade
3.2. Registradores
4. Considerações finais
Referências
[1] ERCEGOVAC, M.; LANG, T.; MORENO, J. Tradução: SANTOS, J. C. B. Introdução aos
Sistemas Digitais. Porto Alegre: Bookman, 2000.