Sie sind auf Seite 1von 5

Transtornos Mentais

Doença Mental é uma variação mórbida do estado mental normal,


suficiente para causar prejuízo global da pessoa.

CAUSAS

Fatores Biológicos, Psicológicos e Sociais


Por muitos anos, os cientistas discutiram a importância relativa dos fatores genéticos versus fatores
ambientais no desenvolvimento de Transtornos Mentais e de Comportamento. Hoje, entre as
causas, os determinantes e os agravantes da Doença Mental a separação artificial dos fatores
biológicos, psicológicos e sociais tem constituído um grande obstáculo ao estudo e compreensão.
Na verdade, esses transtornos mentais são semelhantes a muitas doenças físicas, pelo fato de
resultarem de uma complexa interação de vários fatores.

A evidência científica moderna indica que os Transtornos Mentais e Comportamentais resultam


de fatores genéticos e ambientais ou, em outras palavras, da interação da biologia com fatores
sócio-ambientais. O cérebro não reflete simplesmente o desenrolar determinista de complexos
programas genéticos, nem é o comportamento humano mero resultado do determinismo ambiental.
Já desde antes do nascimento e por toda a vida, os genes e o meio ambiente estão envolvidos
numa série de complexas interações. Essas interações são cruciais para o desenvolvimento e
evolução dos Transtornos Mentais e Comportamentais.

Não obstante, o descobrimento de genes associados ao aumento do risco de transtornos


emocionais continuará proporcionando instrumentos de pesquisa importantes, os quais, juntamente
com uma compreensão maior dos circuitos neurais, virão trazer novos e importantes vislumbres à
fisiopatologia dos Transtornos Mentais e de Comportamento.

Ainda há muito que aprender sobre as causas e agravantes dos Transtornos Mentais e
Comportamentais, mas as contribuições da neurociência, da genética, da psicologia e da
sociologia, entre outras, desempenham importante papel informativo da maneira da psiquiatria
compreender essas complexas relações. Uma apreciação cientificamente fundamentada das
interações entre os diferentes fatores contribuirá poderosamente para erradicar a ignorância e pôr
paradeiro aos maus-tratos infligidos pela própria sociedade às pessoas com esses problemas.

1. - Fatores Biológicos
A idade e o sexo estão associados com Transtornos Mentais e Comportamentais. Já foi
demonstrada a associação dos Transtornos Mentais e Comportamentais com perturbações da
comunicação neural no interior de circuitos específicos. Na esquizofrenia, anormalidades na
maturação dos circuitos neurais podem produzir alterações detectáveis na patologia no nível das
células e dos tecidos grossos, as quais resultam no processamento incorreto ou mal adaptativo de
informações (Lewis e Lieberman 2000).

Na depressão, contudo, é possível que não ocorram anormalidades anatômicas distintas e o risco
da doença pode ser devido antes a variações na responsividade dos circuitos neurais (Berke e
Hyman 2000). Estas, por sua vez, podem refletir alterações quase imperceptíveis na estrutura, na
localização ou nos níveis de expressão de proteínas críticas para a função normal.

Certos Transtornos Mentais, como a dependência de substâncias psicoativas, por exemplo,


podem ser encarados em parte como resultado de plasticidade sináptica mal adaptativa. Noutras
palavras, alterações das conexões sinápticas, resultantes quer da ação de drogas, quer da
experiência, podem produzir alterações de longo prazo no pensamento, na emoção e no
comportamento.

2. - Fatores Psicológicos
Existem também fatores psicológicos individuais que se relacionam com a manifestação de
Transtornos Mentais e Comportamentais. Um importante achado ocorrido no século XX e que
deu forma à compreensão atual, é a importância decisiva do relacionamento Com os pais e outros
provedores de atenção durante a infância.

O cuidado afetuoso, atento e estável permite ao lactente e à criança pequena desenvolver


normalmente funções como a linguagem, o intelecto e a regulação emocional. O malogro pode ser
causado por problemas de saúde mental, doença ou morte de um provedor de atenção.
A criança pode ficar separada do provedor devido à pobreza, guerra ou deslocamento populacional.
A criança pode carecer de atenção por não haver serviços sociais disponíveis na comunidade
maior. Seja qual for a causa específica, a criança privada de afeto por parte de seus cuidadores
tem mais probabilidades de manifestar Transtornos Mentais e Comportamentais, seja durante a
infância ou numa fase posterior da vida.

3. - Fatores Sociais
Embora se tenha estabelecido a associação de fatores sociais, como por exemplo a urbanização e
a pobreza com o desenvolvimento de Transtornos Mentais e Comportamentais, não há razão
para supor que as conseqüências das alterações sociais para a saúde mental sejam as mesmas
para todos os setores de determinado segmento social. As mudanças geralmente exercem efeitos
diferenciais baseados no status econômico, no sexo, na raça e na etnia.

Entre 1950 e 2000, a proporção da população urbana da Ásia, África, América Central e do Sul
subiu de 16% para 50% dos habitantes daquelas regiões (Harpham e Blue, 1995). Em 1950, as
cidades do México e de São Paulo tinham, respectivamente, 3,1 milhões e 2,8 milhões de
habitantes, mas em 2000 as populações estimadas de ambas eram de 10 milhões de habitantes.

A natureza da urbanização moderna pode ter conseqüências deletérias para a saúde


mental, devido à influência de estressores maiores e de eventos vitais adversos mais
numerosos, como por exemplo o congestionamento, a poluição do meio ambiente, a
pobreza e a dependência comum em uma economia baseada no dinheiro, com altos
níveis de violência ou reduzido apoio social (Desjarlais et al. 1995).

TIPOS:

Transtornos mentais e comportamentais decorrentes do uso de substâncias psicoativa:


*Transtornos
- Transtornos Psicoativos,
- Síndrome de Amnésia,
- Transtornos esquizo afetivos;
* Transtornos de humor
- Transtorno afetivo bipolar,
- Episódio maníaco,
- Hipomania,
- Episódios depressivos,
-Transtornos de humor(afetivos) permanentes;

* Transtornos neuróticos relacionados ao estresse e somatoformes:


-Agorofobia,
-Ansiedade generalizada,
-Transtornos fóbico-ansioso(transtornos do pânico e fobias),
-Transtornos obsessivo-compulsivo.
-Transtornos de ajustamento,
-Transtornos de somatização;
-Reações ao "stress" grave e transtornos de adaptação
-Outros transtornos neuróticos

* Transtornos comportamentais associados a perturbações fisiológicas e fatores físicos:


-Transtornos alimentares,
-Transtornos não orgânicos do sono
* Transtornos de personalidade de comportamentos em adultos:

-Transtornos de personalidade emocionalmente instável,


-Transtornos de hábitos impulsivos;
-Transtornos de personalidade anti-social

*Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a fatores físicos:


-Anorexia nervosa,
-Bulimia nervosa,
-Ejaculação precoce,
-Insônia não orgânica,
-Pesadelos,
-Sonambulismo;

Os tipos de transtornos são vários; mas sempre que achar algo anormal em você ou em alguém
que conheça,nunca se desespere e sempre procure orientação médica,somente o médico poderá
ajuda-lo da melhor maneira possível.

Um Breve Resumo da História da Psiquiatria

Casos de perturbações mentais estão registrados por toda a História e são, desde as épocas mais
remotas, citados por historiadores, poetas, pintores, escultores e médicos.

Apenas para citar algumas figuras históricas conhecidas, temos os exemplos dos Imperadores
Romanos Calígula e Nero, os reis franceses Clóvis II e Carlos VI, este último chamado de Carlos,
o Louco, o qual acreditava ser feito de vidro e que inseria pequenas hastes de ferro em suas
roupas a fim de prevenir que se partisse em pedaços. Eduard Einstein, filho do renomado físico
Albert Einstein, o lendário bailarino ucraniano Vaslav Nijinsky, e o prêmio Nobel de Economia
John Forbes Nash Jr, sofriam de Esquizofrenia.

O famoso pintor holandês Vincent Van Gogh (1853-1890), durante seu breve período de vida,
sofria de crises de instabilidade de seu humor. Diversos historiadores afirmam que Van Gogh
sofria "ataques epilépticos" o que para alguns seria o resultado do uso frequente de bebidas
contendo absinto (Artemisia absinthium), substância que era utilizada para modificar a
atividade cerebral e assim "estimular" atividades artísticas. Houve diversas tentativas de
estabelecer um diagnóstico de certeza para a doença de Vincent Van Gogh, o que tentou-se fazer
através da análise de seus escritos. Atualmente, o mais aceito dos prováveis diagnósticos
atribuídos a Vincent Van Gogh é o Transtorno do Humor Bipolar, levando-se em consideração
os estados depressivos por que passava, alternados de episódios eufóricos (ou maníacos) que lhe
faziam mergulhar em um estado de humor de grande energia e paixão. Van Gogh cometeu
suicídio aos 37 anos de idade.

Há registros de que em civilizações muito antigas, como Babilônia e Egito, havia indivíduos,
muitos deles sacerdotes, os quais descreveram alguns transtornos mentais, mesclando
explicações místico-religiosoas em suas descrições. Os egípcios pelo seu conhecimento em
anatomia humana, adquirido pelo hábito de embalsamar cadáveres, produziram escritos
destacando o papel do cérebro e do útero na origem de transtornos mentais, sendo o termo
histeria (de hysteros, útero) utilizado até mesmo em nossos dias. Na Grécia, algumas doenças
mentais eram vistas como sendo vinganças dos deuses, porém com o materialismo grego,
passou a atentar mais detalhada e profundamente para aspectos naturais como sendo
causadores de doenças mentais, e nessa época foram inaugurados tratamentos médicos para
alguns transtornos, dos quais não participava a mitologia grega. Empédocles (séc V A.C.) foi um
desses precursores. Hipócrates (460-377 A.C), por muitos chamado de o pai da medicina, foi o
primeiro a afirmar que a Epilepsia era uma doença cerebral, e, sabiamente, dizia que a cura das
doenças se dá com a participação principal da própria natureza, sendo os médicos apenas
auxiliares para os processos de cura. Para ele o cérebro era o órgão central e principal do corpo
humano, de onde provinham os pensamentos e as emoções.

AÇÕES DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES ACOMETIDOS POR


TRANSTORNOS

PSIQUATRICOS
Os problemas de saúde mental constituem uma demanda para a saúde pública devido à
alta prevalência e impacto psicossocial. Portanto, quando nos referimos à atenção básica
e a seu componente saúde mental, é importante ressaltar que, em todo o processo de
adoecer, faz parte a questão subjetiva, ou seja, todo o problema de saúde é sempre de
saúde mental. O sofrimento psíquico não se apresenta de forma explícita nos
atendimentos de atenção básica, porém, é sabido que em várias patologias como
diabetes, hipertensão e outros relacionados com fatores psicológicos, sociais como a
violência, repercussões sociais e econômicas e a perda da produção devido às altas taxas
de desemprego entre as pessoas com transtornos mentais e seus cuidadores, são alguns
dos custos mais evidentes e mensuráveis dessa projeção, menos evidentes resultam a
redução da qualidade de vida e a tensão emocional sofrida pelos pacientes e suas
famílias. Segundo a Organização Mundial de Saúde a porcentagem da morbidade
mundial atribuída aos transtornos mentais e de comportamento aumente de 12%,
verificada no ano de 1999, para 15% no ano de 2020, e que 450 milhões de pessoas
sofrem de transtornos mentais, resultantes de uma complexa interação entre fatores
genéticos e ambientais. Esse aumento será particularmente pronunciado nos países
em desenvolvimento, devido ao envelhecimento da população e a rápida urbanização. A
rede básica de saúde hoje caracteriza-se por ser a principal porta de entrada das pessoas
para que necessitam de atendimentos básicos de saúde, sendo este, um ganho da
incansável Reforma Psiquiátrica, que foi um movimento contemporâneo de caráter
político, social e econômico. Teve inicio no Brasil no final da década de 70, propondo
mudanças no modelo assistencial prestada aos pacientes psiquiátricos, que necessitavam
de cuidados mais intensos, que utilizavam hospitais psiquiátricos para o tratamento e
recuperação. O modelo apresentado na época mostrava inconveniências que
fundamentou os paradigmas da psiquiatria clássica e tornou o hospital psiquiátrico à
única alternativa de tratamento, facilitando a cronicidade, a exclusão dos doentes
mentais em todo o país chegando a proporcionar a violência asilar. O
Ministério da Saúde criou a portaria 224/92 que propunha um atendimento diversificado
em saúde mental a ser desenvolvido nas unidades básicas. Cabe ressaltar que as
atividades propostas não tinham necessariamente que contar com a equipe mínima, mas
tinham como objetivo atendimento individual, grupal, grupos de orientação e atividades
comunitárias entre outras. Para se obter resultados promissoresem relação à saúde
mental, foi criado em março de 1989 o primeiro CAPS – Centro de Atendimento
Psicossocial, dando uma maior qualidade na assistência aos pacientes psiquiátricos. E
para dar um amplo apoio ao CAPS o Ministério da Saúde propôs que as Unidades
Básicas de Saúde (UBS) / Unidades do Programa Saúde da Família (UBSF), deviriam
criar estratégias ligadas à atenção em Saúde Mental. Com a existência do serviço, saúde
mental no UBSF leva a considerar que é prioritário um atendimento com base nas reais
necessidades de saúde do paciente e da família. O enfermeiro, em todos os tipos de
instituição de saúde, tem a responsabilidade de reconhecer e intervir apropriadamente
nos casos em que o indivíduo está sofrendo de um transtorno mental. As razões para
que o pessoal de enfermagem se ocupe dos transtornos mentais estão relacionadas com
sua experiência e seu preparo profissional. Além disso, os pacientes sentem-se menos
intimidados pelos enfermeiros do que por outros agentes de saúde e os aceitam mais
facilmente. A assistência de enfermagem não se limita em ajudar o paciente, mas
também orientar a família e a comunidade. Muitas são as ações desenvolvidas pela
Enfermagem, chegando a atuar diretamente no pacientes e familiares. A utilização da
escuta como instrumento terapêutico na compreensão da dinâmica familiar e das
relações sociais, estreita os vínculos da equipe com os familiares e com os portadores de
transtornos psiquiátricos, facilitando o convívio e o tratamento, realizando um 285
atendimento prematuro, atuando por muitas vezes como forma preventiva. Outra ação
bastante integradora é inserir os pacientes psiquiátricos nas atividades diárias da
unidade, participando nas caminhadas, ginástica terapêutica, salas de espera, oficinas, as
articulações com as diversas formas de organizações populares, associações de bairro,
grupos de auto-ajuda, buscando sempre construir novos espaços de reabilitação
psicossocial. A Promoção da saúde também é o papel da UBS, onde a participação da
comunidade é fundamental, servindo como suporte dos profissionais da unidade,
organizando encontros semanais, tendo como tema principal, a saúde mental, realizando
palestras explicativas com intuito terapêutico. A capacitação e a supervisão continua e a
educação permanente para estas equipes é muito importante, pois sempre estará
desenvolvendo temáticas relacionadas aos direitos de cidadania, direitos humanos e dos
portadores de transtornos mentais, intervenção na crise, problemas relacionados ao
álcool e outras drogas e uso de psicofármacos. A enfermagem atual procura uma
qualidade no método assistencial, buscando a Sistematização da Assistência de
Enfermagem – SAE, que é uma abordagem sistemática para determinação das
necessidades de cuidados de enfermagem a partir das necessidades individuais do
paciente, tendo como a principal meta a melhoria da saúde e da qualidade
de vida. Devido as mudanças ocorridas na psiquiatria após a Reforma Psiquiátrica, a
ascensão dos serviços extra-hospitalares surgiu para efetuar uma manutenção do usuário
em acompanhamento ambulatorial ou domiciliar, que poderia ser feito por meio das
visitas domiciliares (VD). Coube assim a enfermagem facilitar o instrumento
considerado ágil na abordagem do paciente e de sua família. O objetivo do presente
trabalho é mostrar a importância da assistência de Enfermagem prestada nas UBSF a
pacientes com transtorno mental, bem como seus familiares e as principais ações e
contribuições para o tratamento e inserção do paciente no convívio social. Foi feita uma
busca computadorizada de artigos utilizando os sistemas Medline, PsicoInfo, Scielo e
Lilacs, cobrindo o período de 1970 a 2007, utilizando-se como palavras-chave "reforma
psiquiátrica", "saúde mental", "programa saúde da família" “centro de apoio
psicossocial” e “ Enfermagem”. Outros artigos completos ou resumos de congressos
citados nas publicações encontradas e considerados relevantes ao tema também foram
consultados e incluídos. Com a atuação da Enfermagem na assistência no serviço saúde
mental, consegue-se lidar com a patologia mais facilmente, mantendo uma
cumplicidade e compromisso com o tratamento, melhorando a qualidade de vida e o
equilíbrio emocional do paciente e da família, através de todas as orientações que a
enfermagem realiza no decorrer do acompanhamento terapêutico. A prática da
Enfermagem, por ser criativa, flexível, tem a finalidade de possibilitar aumento de
habilidades, de autonomia do usuário do serviço de atenção à saúde mental, não mais
voltada exclusivamente à remissão de sintomas. Acredita-se que a VD, fornece
aos usuários dos serviços de psiquiatria suporte para que os mesmos possam dar
continuidade ao tratamento, evitando assim a possíveis internação ou re-internações. A
importância VD vai além do acompanhamento do usuário, engloba também a família
deste, que é vista por nós Enfermeiros como uma
unidade epidemiológica, social e administrativa de trabalho. A inclusão das ações de
saúde mental no PSF depende de uma política de saúde nacional, estadual e municipal
que garanta formas de financiamento capaz de manter a integração e a
operacionalização das estratégias de promoção, prevenção, tratamento e
reinserção social.
Descritores: - Serviço de Saúde Mental
- Programa Saúde da Família
Área Temática: Saúde Mental
Modalidade: Enfrentamento da violência e saúde mental na Atenção Básica de
Saúde286

Das könnte Ihnen auch gefallen