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LEITO FLUIDIZADO
Rio Grande
2010
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CAROLINE LINDEMANN – 40755
VANESSA WENDT SCHMIDT – 40748
LEITO FLUIDIZADO
Rio Grande
2010
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SUMÁRIO
2
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Leito fluidizado com refrigerador de sólidos. ................................................ 8
Figura 2: Diferentes regimes de fluidização. ............................................................. 12
Figura 3: Fluidização de leito de sólidos particulados. .............................................. 15
3
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Curva Fluidodinâmica ............................................................................... 22
Gráfico 2: Tipo de regime do leito fluidizado. ............................................................ 24
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Dados experimentais obtidos na prática. .................................................................. 20
Tabela 2: Dados bibliográficos utilizados nos cálculos. .......................................................... 20
Tabela 3: Dados calculados a partir dos valores obtidos em experimento. .............................. 21
Tabela 4: Resultados obtidos a partir da curva fluidodinâmica do leito .................................. 22
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NOMENCLATURA
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1. INTRODUÇÃO:
A fluidização baseia se na circulação de sólidos juntamente com um fluído
impedindo a existência de gradientes de temperatura. Comporta-se num estado
intermediário entre um leito estático e um em que os sólidos estejam suspensos num
fluxo.
A formação do leito fluidizado se dá quando um fluxo adequado de um fluído
inicia o percurso por entre um leito material de forma que ocorra a fluidização. As
bolhas formadas por este fluído passam por entre o leito criando uma condição de
turbulência. Esta condição de turbulência conduz a boa transferência de calor,
uniformidade de temperatura e facilidade de controle do processo.
Atualmente nas indústrias os processos de fluidização são aplicados
principalmente a processos físicos, tais como secagem, mistura, granulação,
cobertura, aquecimento e resfriamento.
Na secagem é utilizado principalmente em indústrias farmaceuticas, de
fertilizantes, areia, minerais esmagados, polímeros e qualquer indústria de produtos
cristalinos.
No caso de resfriamento, é largamente utilizado para esfriar sólidos
particulados após uma reação. O fluído utilizado, seja água ou ar, funciona como um
trocador de calor, como descrito na figura 1 abaixo.
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Figura 1: Leito fluidizado com refrigerador de sólidos.
8
Tamanho do equipamento maior que o leito estático (devido à
expansão do leito).
9
2. OBJETIVOS:
10
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
11
Figura 2: Diferentes regimes de fluidização.
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entre as partículas e o fluído se equivalem fazendo com que a componente vertical
das forças de compressão entre as partículas vizinhas desaparece. E com isso a
queda de pressão em qualquer seção do leito é igual ao peso do fluído e das
partículas naquela seção. Este estado também é conhecido como estado de mínima
fluidização.
Com uma velocidade acima da mínima fluidização pode provocar uma
progressiva expansão. Dessa forma as instabilidades são amortecidas e continuam
pequenas e a heterogeneidade não é observada. Esta condição somente é
conseguida sob condições especiais de partículas finas e leves com gases densos a
altas pressões. Sendo assim o leito é chamado de leito fluidizado particulado ou leito
fluidizado homogêneo, isto é mostrado na figura 2.b.
A altas taxas de escoamento provocam grandes instabilidades como
borbulhamento e canalização. A agitação é mais violenta e o movimento dos sólidos
se torna mais vigoroso. O leito não expande muito mais que o seu volume na
mínima fluidização. Este leito é conhecido como leito fluidizado agregativo, leito
fluidizado heterogêneo ou leito fluidizado borbulhante, como é visto na figura 2.c.
Em um sistema de fluidização as bolhas formadas no fluído crescem e se
agregam conforme elas ascendem o leito. E num leito de maior profundidade elas
podem se tornar maiores e se espalham através do vaso. As partículas menores se
agregam e se aproximam mais da parede do leito e descem ficando mais ao redor
das bolhas. Já as partículas mais grosseiras a parte do leito que se encontra acima
da bolha é empurrada para cima funcionando como um pistão. Este regime é
chamado de fluidização intermitente, como mostra a figura 2.d.
A velocidade terminal do sólido é excedida quando as partículas finas são
fluidizadas com velocidades relativamente altas de fluído. A superfície superior do
leito desaparece, e o transporte torna-se apreciável. Ao invés de se observar
bolhas, se observa um aglomerado de sólidos que rege um movimento turbulento.
Isto caracteriza a fluidização turbulenta, como podemos ver na figura 2.e.
Com o aumento da velocidade do fluído, os sólidos são carregados do leito,
que caracteriza um leito fluidizado disperso, ou diluído com transporte pneumático
de sólidos, como é visto na figura 2.f.
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3.2) Queda de Pressão em um Leito Fluidizado
A queda de pressão num leito fluidizado pode ser explicada basicamente pela
equação de Ergun. Esta é uma equação semi-empírica, ela sai do equacionamento
realizado por Blake-Kozeny (equação para regime laminar) e do equacionamento
realizado por Burke-Plummer (equação para o regime turbulento).
No final da década de 40, Ergun unificou as expressões de Blake-Kozeny e
Burke-Plummer, mostrando que a queda de pressão em leitos era composta de duas
contribuições: uma associada aos atritos viscosos, que predominava na região
laminar, e outra, associada aos efeitos de inércia, que predominava no regime
turbulento. Na realidade, a queda de pressão do fluído ao longo de toda a faixa de
regimes de escoamento pode ser expressa pela soma da equações de Blake-
Kozeny e Burke-Plummer. Logo:
Equação de Blake-Kozeny:
150.v' L (1 ) 2
P (Eq. 3.1)
Dp 2 3
Equação de Burke-Plummer:
1,75 .(v' ) 2 L (1 )
P (Eq. 3.2)
Dp 3
Somando-se as equações 1 e 2 obtem-se a equação de Ergun:
P .v' (1 ) 2 .(v' ) 2 (1 )
150. 1,75. (Eq. 3.3)
L Dp 2 3 Dp 3
Nem todas as partículas tem forma esférica, nas indústrias se usam partículas
feitas especificamente para aumentar a área superficial para favorecer o contato
entre fases na troca de massa e/ou calor. Essas partículas são tratadas como se
fossem uma esfera introduzindo o fator denominado esfericidade (Φ s) que permite
calcular um diâmetro equivalente. Na equação de Ergun, neste caso é incluida a
esfericidade, multiplicando ao diâmetro da partícula.
14
P .v' (1 ) 2 .(v' ) 2 (1 )
150. 2 1,75. (Eq. 3.4)
L s .Dp 2 3 s .Dp 3
A região compreendida pelo intervalo AB pode ser dita como leito fixo, ou
estático. O regime é quase sempre laminar, com um Re<10 e, portanto pode-se
aplicar a equação de Ergun. No ponto B a perda de carga é igual ao peso dos
sólidos. O leito se encontra quase em repouso contendo características de um fluído
e é possível observar a fluidez do leito. Neste ponto as partículas mudam de posição
e rearranjam-se.
Já no ponto C ocorre a mínima fluidização, ou seja, há o início da fluidização.
No intervalo compreendido pela curva CD, indica o movimento desordenado das
partículas com freqüentes choques devido ao aumento da porosidade e menor perda
de carga junto com o aumento da velocidade. Nos intervalo correspondido por BD o
leito é dito em expansão.
No ponto D a perda de carga começa a ficar constante, não há contato entre
as partículas. No intervalo DE a velocidade varia linearmente com a queda de
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pressão até chegar no ponto E, nesse intervalo podemos chamar de “leito em
ebulição” ou fluidização em batelada. No ponto E as partículas começam a ser
carregadas pelo fluído e perde-se a funcionalidade do sistema. A fluidização é dita
contínua ou em fase diluída. A partir daí ocorre o transporte pneumático.
P
g (1 mf )( s ) (Eq. 3.5)
Lmf
1
s . mf3 (Eq. 3.6)
14
Dp.v mf .
Re mf (Eq. 3.7)
A equação de Ergun 3.4 se converte a:
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Re mf (1 mf ) Re mf Dp 3 .( s ) g
150. 1,75. 0 (Eq.3.8)
s2 mf3 s . mf3 2
P .v' (1 ) 2 .(v' ) 2 (1 )
150. 2 1,75. (Eq. 3.10)
L s .Dp 2 3 s .Dp 3
P .vmf (1 mf ) 2
150. 2 (Eq. 3.13)
L s .Dp 2 mf3
1 ( mf ) s s
3 2
P .v' (1 ) 2 .(v' ) 2 (1 )
150. 2 1,75. (Eq. 3.15)
L s .Dp 2 3 s .Dp 3
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Substituindo e rearranjando a equação 3.15 as equações 3.11 e 3.12 e
considerando a equação 3.5 temos:
1
2
v mf 0,756 s g ( mf ) 3 Dp (Eq.3.16)
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4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1) Materiais:
Esferas de vidro;
Água;
Reservatório de água;
Aparato para o leito fluidizado – coluna para o leito, linha de água, manômetro
de tubo em “U”, válvulas, etc;
Bomba Centrífuga – Weg Motors LTDA;
Balde;
Balança;
Cronômetro.
4.2) Métodos:
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
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realização destes cálculos, utiliza-se das tabelas 1 e 2. Na tabela 3 abaixo, estão
contidos os valores calculados para a construção da curva.
520502,52v ²
P (Eq. 5.1)
L
21
Gráfico 1: Curva Fluidodinâmica
8000
Velocidade de
7000 Perda de Carga Máxima Mínima Fluidização
6000
5000
delta P/L (Pa/m)
4000
3000
2000
1000
0
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12
Velocidade (m/s)
22
5.2) Cálculos teóricos
g 9,81m / s ²
s 2354,737 Kg / m³
997,77 Kg / m³
1 1
mf 3 3 0,41
14. s 14.1
P
g (1 mf )( s )
Lmf
P
9,81.(1 0,41).(2354,737 997,77)
Lmf
P
7853,9893Pa / m
Lmf
7853,9893 6835,91
E% 100%
7853,9893
E % 12,96%
Pode se dizer que este erro é um valor consideravelmente alto e por isso não
podemos afirmar que a curva construída tenha confiabilidade.
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5.2.2) Cálculo da velocidade mínima de fluidização:
9000
8000
7000
6000
delta P (Pa)
5000
r²=0,9952
4000
3000
2000
1000
0
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12
Velocidade (m/s)
Visto que este gráfico nos fornece uma reta, o que indica que o regime é
laminar. Isto é provado pelo coeficiente de correlação linear encontrado: r²=0,9952.
Com isso verifica-se uma simplificação na equação de Ergun:
P .v' (1 ) 2 .(v' ) 2 (1 )
150. 2 1,75. (Eq. 3.4)
L s .Dp 2 3 s .Dp 3
P .v' (1 ) 2 .(v' ) 2 (1 )
150. 2 1,75. (Eq. 3.10)
L s .Dp 2 3 s .Dp 3
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Substituindo-se v' vmf (Eq. 3.11) e considerando que mf (Eq. 3.12):
P .vmf (1 mf ) 2
150. 2 (Eq. 3.13)
L s .Dp 2 mf3
1 ( mf ) s s
3 2
1 ( mf ) s s
3 2
v mf g.Dp 2
150 (1 mf )
1 (0,41)³(1)² 2354,737 997,77
v mf 9.81.(0,00457496)²
150 (1 0,41) 0,00097475
v mf 0,2226m / s
Com este valor é possível calcular um erro relativo, utilizando a equação 5.3:
0,2226 0,049
E% 100%
0,2226
E % 77,99%
Pode se dizer que este erro é um valor muito alto e por isso podemos afirmar
que o método de simplificação da equação de Ergun não é um método muito
confiável, uma vez que ela dá uma margem de erro muito grande. Esta equação
simplificada considera somente um sistema laminar ideal o que não ocorre na
prática, visto que existe sempre uma parcela regime turbulento. Então, utiliza-se a
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equação de Ergun sem simplificações. Igualando-se a Eq. 3.4 e a Eq. 3.5 e fazendo
rearranjos, e substituindo o valor encontrado na equação de Wen e Yu consegue-se
obter um valor para a velocidade mínima de fluidização.
P .v' (1 ) 2 .(v' ) 2 (1 )
150. 2 1,75. (Eq. 3.4)
L s .Dp 2 3 s .Dp 3
P
g (1 )( s ) (Eq. 3.5)
L
vmf 0,044m / s
0,049 0,044
E% 100%
0,049
E % 10,2%
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6. CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
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