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ÍNDICE
Advertência
1.- Introdução
2.- As peças do expediente
OS MANUSCRITOS DOS AUTORES PAGÃOS
OS MANUSCRITOS DOS AUTORES PAGÃOS
OS MANUSCRITOS DOS AUTORES PAGÃOS
OS MANUSCRITOS DOS EVANGELHOS CANÔNICOS
OS MANUSCRITOS DOS EVANGELHOS CANÔNICOS
OS MANUSCRITOS DOS EVANGELHOS CANÔNICOS
OS MANUSCRITOS DOS APÓCRIFOS
OS MANUSCRITOS DOS APÓCRIFOS
OS MANUSCRITOS DOS APÓCRIFOS
O APOCALIPSE E SEU SEGREDO
O APOCALIPSE E SEU SEGREDO
O APOCALIPSE E SEU SEGREDO
3.- A pseudo anunciação
4.- As diversas datas do nascimento de Jesus
5.- Os irmãos de Jesus
6.- O irmão gêmeo de Jesus
7.- As chaves do enigma
8.- O ninho de águias: Gamala
9.- Para dar o cambalacho: Nazaré
10.- O misterioso José e a Sagrada Família
11.- Os anos obscuros de Jesus
12.- Jesus entre os doutores
13.- João, o Precursor e o Batista
14.- A magia na vida de Jesus
15.- O Rei dos Judeus
16.- O dízimo messianista
17.- A fuga à Fenícia
18.- Os enigmas do último dia
19.- A ata de acusação de Jesus
20.- A maldição sobre Jerusalém
21.- A execução de Jesus
22.- A pseudo ressurreição
23.- Aparições e Ascensão de Jesus
24.- A Redenção
25.- A execução de Judas
26.- Jesus e as mulheres
27.- Epílogo: A fogueira
Advertência
A hipótese de que Jesus era filho de Judas, o Galileu (Atos,
5, 37), aliás Judas da Gamala, ou Judas, o Gaulanita, o herói
judeu da revolução do Censo, não é nova. Já incomodava nos
primeiros séculos do cristianismo, e isto se observa em Lucas,
quem ao redigir os Atos o situa depois de Teodas, outro rebelde
que se revoltou entre os anos 44 e 47 de nossa era, enquanto
que Judas da Gamala o fez no ano 6.
E ainda segue incomodando, já que os historiadores
racionalistas que querem fazer de Jesus um mito solar se
guardam bem de citá-la. Ernest Renán, em sua Vida de Jesus,
publicada em 1863, faz uma vaga alusão a ela, porque já tinha
tomado partido: queria um Jesus idílio e ao estilo de Jean-
Jacques Rousseau. De fato, foi Daniel Massé quem, a partir de
1920, e ao longo de um quarto de século, em quatro obras
consagradas a este tema, defendeu corajosamente a citada
teoria. Por desgraça, não soube fixar uns limites precisos, e
suas imprudentes extrapolações foram utilizadas por seus
adversários. Historiadores católicos e protestantes ignoraram
voluntariamente sua obra, e Daniel-Rops se guarda bem de
citá-lo entre aqueles que gozaram do favor de suas réplicas.
E ainda há mais: nos mapas geográficos que acompanham
às vezes os trabalhos dos historiadores católicos ou
protestantes, as diversas localidades situadas à beira do lago
Genezaret aparecem todas elas mencionadas: Cafarnaum,
Tiberíades, Magdala, Tari-quea, Hippos, Kursi, Betsaida. Todas,
salvo uma: Gamala! A partir dos trabalhos de Daniel Massé, a
cidade zelote, a «cidade dos Puros», o ninho de águias de onde
um dia descendeu Judas, o Gaulanita, o verdadeiro «nazaret»
onde nasceu Jesus-bar-Juda, Gamala, desapareceu dos mapas
geográficos. Para situá-la, terá que consultar os mapas
anteriores.
O autor do presente estudo, por conseguinte, não
pretende nestas páginas uma hipótese original e nova, dado
que os exegetas austríacos e alemães da metade século XIX
não a ignoraram. Seu único mérito radica em ter descoberto a
prova de tal identidade de Jesus, chamado «de Nazaré», e filho,
em realidade, de Judas, o Galileu. Esta prova é muito singela:
consiste em um simples silogismo. Só que terei de reunir e
ordenar suas premissas. Sobre isso versará a presente obra.
Ainda fica por precisar um último ponto. No estudo do
cristianismo e de suas origens, podemos considerar três
correntes:
a) a corrente sobrenaturalista, que agrupa aos fiéis das
diversas igrejas que acreditam em um Jesus «filho de Deus»,
morto, ressuscitado e que depois subiu aos céus;
b) a corrente naturalista, que agrupa aos partidários de um
Jesus humano a mais não poder, chefe de um movimento
político anti-romano (os zelotes), ou um simples místico de tipo
mais ou menos essênio;
c) a corrente mítica, que agrupa aos partidários de um
Jesus totalmente imaginário, cuja lenda se foi elaborando pouco
a pouco, mesclando tradições que pertenciam a doutrinas
diversas, e fundindo elementos históricos que correspondiam a
diversos personagens chamados Jesus.
Nosso estudo deve classificar-se, evidentemente, dentro
da segunda categoria. E a principal de nossas razões é a
seguinte:
No Dictionnaire rabbinique de Sander (Paris, 1859),
encontramos, ao final, um estudo biográfico consagrado
àqueles aos quais a tradição judia considera os «príncipes da
Tora». E sobre o grande Gamaliel, citado em Atos, podemos ler:
«Rabban Gamaliel I, chamado o Ancião, neto do grande
Hillel, sucedeu a seu pai, Simão, na qualidade de Naci.
«Foi o primeiro que adotou o título de rabban, título que
levaram depois dele seus descendentes e sucessores até
Gamaliel III, filho do rabban lehuda-el-Naci. Sustentou
freqüentes relações com os generais e os membros do Governo
romano.
«Foi sob sua presidência quando Samuel, apelidado o
Pequeno ou o Jovem, compôs a fórmula de oração contra os
apóstatas e os traidores, fórmula que foi aceita e conservada na
liturgia. Segundo diversos cronistas, Rabbi Gamaliel morreu
dezoito anos antes da destruição de Jerusalém pelos romanos.
"Com ele, diz-nos a Mischna, apagaram-se a glória da Tora, a
pureza e a austeridade da vida religiosa."» (Sota, cap. IX, 15.)
Em outro lugar, o mesmo estudo nos revela que Samuel, o
Pequeno, ou o Jovem (chamado assim para diferenciá-lo do
profeta de dito nome), morreu antes que Gamaliel.
Recapitulemos, pois:
— Jerusalém foi destruída pelos romanos no ano 70
— Gamaliel I morreu dezoito anos antes, ou seja, em 52
— Samuel, o Jovem, morreu antes que Gamaliel I, ou seja,
o mais tardar, em 51
— Foi ele quem compôs a fórmula da oração contra os
apóstatas e os traidores, quer dizer que, no mais tardar, teria
que ser em 50.
Quem eram esses apóstatas? Evidentemente, aqueles que
haviam apostatado da lei de Moisés e abandonado as práticas
religiosas judias, em uma palavra, aqueles a quem lhes
conhecia já, desde o ano 40, na Antioquia, como cristãos.
Parece-nos muito estranho que o Sanedrim esperasse dez
anos (até 50) para aplicar sanções litúrgicas contra esses
apóstatas, portanto, terei que situar tal medida entre os anos
40 e 50.
Pois bem, se entre os anos 40 e 50 o judaísmo sancionava
aos discípulos de um certo Jesus, que teria sido crucificado no
ano 34, ou seja, poucos anos antes de tais sanções, seria muito
difícil admitir que o tal Jesus não tivesse existido.
Enfim, consideramos inútil sublinhar o fato de que o rigor
de sua vida religiosa exclui de antemão a veracidade do pseudo
evangelho chamado «de Gamaliel», e a possibilidade de que o
neto do grande Hillel acabasse por converter-se ao cristianismo.
1.- Introdução
«O silêncio é a arma mais poderosa do MAL...»
Maurice Magre, Le
Sang de Toulouse
Maurice Magre,
Le Sang de Toulouse
Lorde
Byron, Don Juan
RESUMO
SILOGISMO DE CONCLUSÃO
Mateus, 2, 23
[4- E não nazaretano como deveria chamar-se se esse
qualificativo derivasse de uma cidade chamada assim.]
«Eu, José, tomo sua mão e lhe digo: "meu filho, tome
cuidado". Você me diz: "Acaso você não é minha carne
apodrecida..."»
História de José, o
carpinteiro, XVII [5]
André Maurois
Provérbio hindu
24.- A Redenção
Oséias, 6, 6
«Não terá que fazer sofrer aos invejosos ou aos que assim
nos parecem. Há um certo tipo de desespero que se manifesta
em uma forma da inveja e que merece piedade...»
Maurice Magre,
L'Amour et la Haine
NOTA:
O leitor não deixou de observar a repetição de um certo
número de citações de escrituras, ou de traduções de termos.
Porém, o autor assim os considerou necessário. Com efeito,
durante mais de quinze séculos, uma verdadeira «lavagem
cerebral» dogmática impregnou, às boas, ou às más, o
psiquismo hereditário do homem ocidental; frequentemente,
sem que este se dê conta, tornou-o mais ou menos refratário à
crítica, inclusive à lógica mais evidente. O próprio autor
reconhece não haver escapado a ele antigamente! Por isso
nesta obra acreditou necessário sublinhar certos textos
essenciais, repetindo-os. E por isso pede desculpas ao leitor.
Esta obra foi digitalizada e revisada pelo grupo Digital Source
para proporcionar, de maneira totalmente gratuita, o benefício de
sua leitura àqueles que não podem comprá-la ou àqueles que
necessitam de meios eletrônicos para ler. Dessa forma, a venda
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