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Comesciante , Guess
Dovid VWiotland
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Introducado.
As geracdes futuras verio 2008 como um ano de mudangas tectOnicas —
um ano a lo junto com 1917, 1929, 1945, 1968 ¢ 1989. Trés crises
aparentemente nao relacionadas, em répida sucesso, mostraram que o mun-
do havia chegado a um ponto de virada: em
cimento econdmico; em agosto, ass
monia global dos Estados Unidos, que
observando, impotente, enquanto a Rissa invadia sen aliado e consumidor,a
Georgia; e, em setembro, o colapso de um grande banco americano de invest
mentos —o Lehman Brothers —, destruindo, por fim, a credibilidade do ca
Pi
go de trés décadas.
Durante alguns meses, de fato parecia que uma mudanga fundamental na
ordem mundial era iminente, Até mesmo 0 entio presidente frances Nicolas Sar-
kozy, conservador, resolveu ler O capital, de Marx. No entanto, 6 drama do fim
daquele ano no produziu uma crise catértica e uma renovagac senti-
mento de impoténcia, confusio e mal-estat. Os ideres
virtuosa (na Europ
taremos em breve &s
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preendedor (nos Estados Unidos)
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2088 tre SEONPISE SUHAPRESENTANDO AS CASTAS
Para comegar, precisamos repensar sobr.
mudanga hist6rica, Marx ¢ Fukuyama ocupam extremos opostos do espectso
quanto a essa questio. Enquanto para Marx os grupos de inte
‘ou classes, sempre foram o moior da histéria, para Fukuyama o conilito entre
‘deologias foi a verdadcirahistéria da era moderna.’ é a visto de Fukuyama
quando se trata de grupos
sahecer que as ideas e valores
sobre. p)
es tém importdncis — dat nossa tendéncia a pensar
mundial como uma série de controntos ideoldgicos: demecra-
em voga € enfatizar a cultura em vez da ideolog’
americano Samuel Huntington, 2 histéria mun
e, pata o jomalista Thomas Friedman, a era a partir dos anos
1990 colocou em conflito pessoas tolerantes, cosmopolitas, que dirigem carros
Lexus, contra gente tacanha, provinciana, que cultiva suas oliveira
‘Mas a suposta dicotomia entre valores e interesses econdmicos é falsa. To-
dos nds somos motivados pelas duas coisas, e nosso:
entrelagados por aquilo que fizemos no trabalho — ou sefa, nossa ocupacio.
Claro que nossas opinides e noss0s valores si0 moldados por muitas ou-
. A familia, o género e a etnia tém influéncia, além de algo muito
nossa experincia como membros de uma geracio, Mas a ocupa-
Assim, por exemplo, as pesquises sociologicas mostram que so-
| mos mais propensos a ter uma visio igual trabalhamos
para o setor piblico do que se estamos no setor privadoy! e temos maior incli-
nacho a ser vermos uma ocupagdo que nos conceda
certa autonomia do que num emprego submetido a um controle rigido,’ [sso
acontece, em parte, porque tendemos a encontrar um trabalho que combina
com nossos valores e nossa educacdo, e, em parte, porque nossa experiéncia de
trabalho molda esses valores. E dificil ser um defensor do livre mercado traba~
Ihando como assistente social ‘como ser socialista em um banco de in-
vestimentos. Segue-se que, se quisermos nos dar bem com nossos colegas, set
resses.e valores estio
mento por
‘ores que acabam sendo
£0 que tem ocorrido ao ionge da
pessoas so categorizadas conto:
ideoldgicos, e sim como grupos
cles, gerando se
ndo @ filosofia hinds
seu préprio darma, ou moralidade, e seu proprio modo de vida — conceitos
no muito distantes do habitus de Bourdieu, Assim, “casta” ¢0 termo que usa
, pois nos permite ver os grupos sociais no s6 como otganis-
mos que buscam o interesse proprio ¢ a vantagem econémice, mes também
‘como encarnagécs de ideias ¢ estilos de vida, que com frequéncia procuram
impor aos outros.
E quais sio as castas principal
pré-modernas, agrarias, identificaram quatro: os sabios/sacerdotes, 08 gover
nantes/guerreitos, os metcadores ¢ 0s camponeses. As vezes encontravam
mais, as vezes menos. No Ocidente cristdo era comun lista apenas irs: os que
cram (onafores), os que guerreiam (bellatores} eos que trabatham (laboratores)
E como a maioria das pessoas seguia a profissio de seus pais € av6s, as ocupa-
pessoa
Os pensadores de muitas sociedades
{gBes muitas vezes eram fechadas para os de for
profissional e era criada com os costumes e o espiito dele,
a coisa, ¢ claro, mudow nos
sua maior parte, slo muito mais flu
nfo se espera mais que a pessoa herde da fa
mundo (embora muitas vezes isso acontega). Em paral
pacionais aumentaram de importancia ¢ outr