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Relatório- Estigma

Valentin Heigl
Entendendo o estigma como uma “marca” que não pode ser retirada, a questão
principal que se coloca é a forma como pensamos e como é pensado o estigma
e as relações que se estabelecem entre aquele que sofre o estigma e os que o
imputam.
É importante compreender que o estigma não comporta somente um
preconceito ou estereotipo, mas sim adentrar a perspectiva de como se coloca
o estigmatizado e como é visto por outros. É uma via de mão-dupla e assim
sendo, não nos interessa julgar a moralidade desta “dinâmica social”.
Em nossa prática em serviço, pudemos constatar diversas vezes que o estigma
era trazido pelo próprio estigmatizado. “Bom dia, meu nome é Tal e eu sou um
dependente químico” foi uma fala cotidiana em nossa observação. Embora
houvesse reclamações constantes sobre o estigma e preconceito que sofriam,
os usuários adotaram de tal forma a identificação com esta marca que mesmo
em diferentes grupos sociais ele continuava o mesmo. Sua identidade estava
cristalizada.
O ponto central que concerne nossa intervenção são as conseqüências do
estigma, como o isolamento de diversos grupos sociais, ficando restrito a um
ou a nenhum grupo, descrédito ou afastamento pela família (sendo
desacreditado, como no caso de deficientes físicos, ou sendo desacreditável,
pela manipulação das informações que denunciam sua condição), dificultando
ou impossibilitando o acesso à saúde, educação, profissão e outros aspectos
que caracterizam a vida social.
A partir das conseqüências, poderemos traçar a intervenção, com a intenção
de promover um consenso ou flexibilização das barreiras impostas socialmente
pelo estigma. Tratar do estigma é algo muito complexo, pois não pode ser
destituído, já que faz parte da nossa cultura, nem removido, uma vez que não
se trata de extirpar o estigma pela negação da diferença. Trata-se, enfim, de
possibilitar sua reformulação.
Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV)
Laboratório de Educação Profissional em Atenção à Saúde (Laborat)
Regis Vinicius Silva da Gama Ferreira
Resumo do seminário sobre “estigma”
Convidada: Maria Cecília de Araújo
No principio a discussão se pauta na necessidade de por em cheque as
diferenças da aplicação do projeto com esquizofrênicos e a possibilidade de
adaptar para o trabalho com álcool e drogas. Chegou à conclusão de uma
diferença marcante seria que o esquizofrênico ocupara esta posição para o
resto da vida enquanto o usuário de álcool e dragas pode ter o uso de uma
forma não continua.
A demanda por contato que o projeto pede pode ser um ponto delicado numa
tentativa de se fazer o mesmo com as drogas, pois a presença de um usuário
pode ser tomada como um incentivo ao uso e aí caminhamos por uma linha
tênue.
Outro ponto importante é a não marginalização do uso das drogas, já que, o
consumo não pode ser associado à pobreza, portanto temos que fazer uma
dissociação sobre a pobreza e o uso de drogas, periculosidade e infração.
Nesse mesmo caminho ir à busca por investigar a relação entre droga,
juventude, tráfico e pobreza; e conseguir caracterizar o uso de drogas durante
a juventude.
Aparece como preocupação também o fato de sempre se associar drogas ao
tráfico, visto que tivemos propagandas com essa temática, se torna muito
pregnante tentarmos não ficarmos presos a isso e fazermos algo escapar para
além do tráfico e da violência e assim ficarmos concentrados na nossa temática
que é discutir o estigma aos usuários de álcool e drogas.
Apresenta-se como grande dificuldade à manutenção de um tema que nos
suscitará muitos outros assuntos e lidar com isso sem que façamos cortes, isto
é, dando uma continuidade é muito importante. Temos de tomar de maneira
holística o coletivo que se apresentará diante de nós. O tema não pode ser de
forma alguma imposto, o tema escolhido tema passar pela vida desses jovens,
ter alguma forma de contato e a partir daí discutir o assunto.
A relação entre os Oficineiros/interventores deve ser colocada em discussão
porque se o assunto é estigma não podemos tomar a posição estigmatiza de
palestrantes, ou professores, temos de estar perto desses jovens e para isso
quando convocados fazer com deixamos claro que estamos presentes e não
estamos na posição de observadores desses alunos.
O estigma apresenta particularidades, pois sempre é de fora para dentro e
ressaltando uma característica que inferioriza aquele sujeito. Então é
interessante fazer com que os alunos se coloquem no lugar de estigmatizado e
saber que ao mesmo tempo isso não aparece no discurso daquele sujeito que
é estigmatizado. Fica clara a importância que tem a diminuição do estigma para
que se fique mais fácil desses usuários que tem intenção de
parar ou mesmo daqueles que fazem seu uso “controlado”, isto é, que
mantenham suas atividades normais sem causar prejuízo nenhuma a elas.
Questões:
A falta de contato com o sujeito que possui comportamento estigmatizado
reforça o estigma?
Como falar sobre estigma sem que aquilo aumente mais a própria força do
estigma?

Priscilla Fernandes G. Laplagne

Este seminário não apenas nos permitiu conhecer mais sobre o conceito
estigma, como também foi importante para que o grupo tenha uma comum
direção em relação a este tema central da pesquisa e da intervenção – a
oficina.
A definição de estigma como cicatriz ou marca, assim como foi
apresentado neste seminário, traz como entendimento de algo feito por
alguém, mas que foi apropriado pelo outro.
Na apresentação foram citados três elementos relacionados ao estigma:
a falta de conhecimento (ignorância), o preconceito e a discriminação. Vemos
na nossa sociedade o usuário de álcool e outras drogas, mais especificamente,
o de drogas ilícitas sofrendo com estes três fatores.
Portanto, se queremos pensar uma oficina que tenha como resulta a
redução do estigma dos jovens em relação ao usuário de álcool e outras
drogas, importante é, a partir desta explanação reconheço isso, passar para
este público-alvo informações diferentes das que estão veiculadas na mídia
(seja impressa, televisiva, virtual) que apenas acentuam este processo de
estigmatização destes usuários. Desta forma, estes jovens poderão refletir
sobre este assunto e a partir do conhecimento, modificaram suas atitudes e
comportamentos.

Relatório do Seminário Estigma


Gisele Lessa Berniz

Este seminário baseou-se em textos sobre estigma com pessoas


esquizofrênicas, podendo ser adaptados à nossa discussão sobre estigma a
usuários de álcool e outras drogas. No texto encontramos exemplos de
intervenções na Alemanha, que consistia de uma aproximação com os
esquizofrênicos e se faziam questionários onde os entrevistados respondiam
perguntas sobre como entendiam, viam e lidavam com a esquizofrenia,
havendo um contato posterior desses entrevistados com os portadores.
O estigma surge num contexto externo, com um discurso que inferioriza
o estigmatizado. A dificuldade que talvez encontremos em nosso trabalho se
refere, em minha opinião, à abordagem que faremos com os adolescentes e a
maneira como falaremos de álcool e outras drogas sem que pareçamos
senhores da verdade, que iremos ensinar algo a eles ou dar lição de moral, e
nem que somos a favor do uso. Caracterizar o uso de drogas feito pelos
adolescentes parece uma tarefa complexa, pois não temos como prever ou
saber se eles contarão algo a nós, visto que este é um tema polêmico em que
nem sempre se quer falar sobre. O uso de drogas em nossa sociedade é
associado a pobreza, à marginalização e violência. Como nos desfazer desse
estigma? E mais ainda, como fazer nosso público alvo de despir dessas
noções pré concebidas?
Sabemos que o uso de drogas é uma questão de saúde pública, mas
ainda assim encontramos fortes traços estigmatizantes associados à
criminalização da pobreza. Podemos mostrar aos adolescentes que a pobreza
não está ligada diretamente ao uso de drogas e que independente do uso que
fazem, essas pessoas não precisam de pena ou de punição.

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