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FACULDADE PADRE JOÃO BAGOZZI

TELMA CRISTINA DE JESUS LUIZE

HISTÓRIA DA ARTE – ARTES VISUAIS

Trabalho apresentado como requisito


para a obtenção do título de
Especialista em Arte-Educação Pós-
Graduação Bagozzi, Faculdade Padre
João Bagozzi.

Orientadora: Prof. Fatima Gusso


Rigoni

CURITIBA
2010
SUMÁRIO

1. A O POSIÇÃO DA ARTE ACADÊMICA AO I MPRESSIONISMO................................................................................... 3


2. REFERENCIA DE UMA O BRA I MPRESSIONISTA..................................................................................................... 7
REFERÊNCIAS............................................................................................................................................................... 9
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1. A OPOSIÇÃO DA ARTE ACADÊMICA AO IMPRESSIONISMO

A Arte Acadêmica ou Realismo ocorreu num momento particular da

história da humanidade. Até o inicio da revolução industrial a maneira de viver e

retratar dava-se através da habilidade de capturar um momento particular e

expressa-lo da maneira mais real possível permitindo a quem visualizasse no

futuro, reviver a experiência daquele momento, registrando-se assim a história.

Esta mesma revolução industrial tornou a ciência algo prático, ou seja,

saiu dos laboratórios dos cientistas para as fábricas que passaram a produzir pela

primeira vez na história bens de consumo.

Isto causou um impacto na cultura geral daquela época, que exigiu dos

artistas dedicarem-se mais à sua arte e olharem para as transformações culturais

e sociais.

Disto tiramos que os artistas Realistas poderiam estar como por uma

antecipação do futuro, registrando aquilo que pensara não mais existir num futuro

próximo dado o galopante desenvolver da indústria naquele tempo. Outros podem

pensar que estes artistas estavam na verdade retratando aquilo que estava

impactando o povo da época, pois de fato eram os retratistas daquele tempo.

Alguns artistas então passaram a registrar, com maestria, cenas sociais,

dos quais foi citado Coubert.

Entendo que o Impressionismo surgiu em seguida durante o período em

que a máquina fotográfica estava popularizando-se. Isto leva a uma nova

mudança cultural e social, pois os artistas retratistas agora tinham que ser mais

criativos, e apenas retratar a realidade não bastava.

Entra em cena o aperfeiçoamento da técnica de pintura, talvez porque

estes agora possuíam mais tempo para dedicar-se à pesquisa e a aplicação das

técnicas de pintura.
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O Impressionista busca utilizar a aplicação perfeita das cores, de forma

que não utiliza a mistura das cores na paleta, mas a aplicação de cada cor com a

finalidade destas misturarem-se e haver a mistura na visão do contemplador da

obra quando finalizada. Disto é que este tipo de obra normalmente causa toda a

sua impressão a certa distancia da tela, na posição ideal para que esta mistura

ocorra, variando de visualizador para visualizador.

Parece-nos que o Impressionismo seja uma evolução natural do

Realismo dada as condições históricas que passavam, mesmo que os críticos

daquela época assim não pensassem.

Para melhor ilustrar esta questão utilizarei duas telas pintadas por mim

em períodos diferentes do meu desenvolvimento artístico.

Esta tela foi pintada aproximadamente em meados de 1995 numa

ocasião em que estava desenvolvendo o trabalho de desenho e tinha em mente

obter uma reprodução fiel da realidade, tanto nas formas quanto nas cores.

O uso do claro e do escuro visando a profundidade que dá visual


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marcante a esta tela. Partiu-se de uma foto de um cavalo e buscou-se reproduzi-

lo fielmente.

Esta outra tela foi pintada aproximadamente em 2000, portanto, cinco

anos após, quando as técnicas de desenho já estavam dominadas e partiu-se

para o desenvolvimento do uso das cores. De fato, o artista quando muito utiliza a

técnica realista passa a ater dificuldade em sair deste método, haja visto que a

aplicação é sempre a mesma e não há nada no aspecto criativo da imagem a ser

reproduzida. Por outro lado, ao dedicar-se ao impressionismo exige deste que

passe a criar a imagem do que deseja transmitir e traduzir isto numa

sobreposição ou justaposição de tonalidades que causem a impressão desejada

naquele que vê a obra.

Esta tela deve ser vista a uma certa distancia para que o efeito destas

tonalidades aplicadas pelo artista complete a obra na visão do observador.


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Disto, tira-se que o impressionismo sucede o realismo, pois o pintor que

não sabe expressar-se através da pintura realista certamente terá dificuldades no

impressionismo.

Parece-me uma evolução natural passando logo em seguida para o

abstrato, pois se inicia no concreto e realista desenvolvendo-se de forma a

traduzir suas imagens interiores e pensamentos e novas formas de pintura sem

ater-se a regras preestabelecidas, derrubando toda forma de conceito e

preconceito sobre o tema desejado assim como da técnica a ser empregada.

Hoje em dia, muitas escolas ensinam a pintar o moderno sem dar ao

aluno as bases. Isto lhe causa uma falta de base que permita leva-lo a

desenvolver como artista.


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2. REFERENCIA DE UMA OBRA IMPRESSIONISTA

Vamos analisar a obra Os Girassóis de Van Gogh que pintou ao todo

sete telas com este motivo.

Doze girassóis numa jarra - Vincent van Gogh, agosto de 1888, óleo em tela, 91 × 72 cm.

Pensa-se que o artista partiu de um vaso real que estava à disposição

do artista o qual parece-nos foi utilizado durante um certo período de tempo para

esta finalidade.

Da sequencia de quadros de girassóis parece haver um estudo por parte

do artista no sentido de entender a aplicação das cores. De todos, este quadro é


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o que melhor traduz a utilização das cores em pinceladas rápidas e únicas.

Alguns críticos entendem que nesta obra ocorreu a “explosão de cores” das obras

do artista.

Gauguin e VAN GOGH trabalharam juntos entre outubro e dezembro

1888. Este escreveu à seu irmão Theo em agosto 1888:


“Estou trabalhando duro, pi ntando com entusiasmo em um Marseillais comendo bouillabaisse, não
surpreenderás quando souber que estou pintando al guns girassóis. Quando concluir es ta ideia, hav erá
uma dúzia de painéis. Assim o trabalho completo será uma sinfonia de azul e amarelo. Estou
trabalhando na tela do girassol a cada manhã, porque as flores desvanecem-s e rapidamente, agora
estou no quarto (4º) retrato de girassóis com um grupo de 14 flores… dá um efeito singular.”

Observo que o tom amarelo na parede é o reflexo das flores na mesma

dando maior intensidade e profundidade à cor. O artista não se preocupou em

valorizar o vaso na pintura, mas sim no movimento das flores, criando a

perspectiva e equilíbrio da obra.


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REFERÊNCIAS

RUIZ, João Álvaro. Metodologia Cientifica: guia para eficiência nos estudos. Edição 1988. São
Paulo: Atlas, 1986. 183 p.

JANSON, Anthony E. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

COLE, Alison. Cor: O Guia visual essencial à arte da cor, desde a pintura na Renascença até os
meios modernos atuais. São Paulo: Manole, 1994.

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática. 277 p.

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