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Este documento descreve o crime de injúria no Código Penal Brasileiro. A injúria é definida como ofender a dignidade ou o decoro de alguém. A pena é de detenção de um a seis meses ou multa. Se a injúria envolver violência ou vias de fato, a pena é maior.
Originalbeschreibung:
código penal brasileiro
Originaltitel
Código Penal Brasileiro Artigo 140 Injúria Ver Video Em Favoritos
Este documento descreve o crime de injúria no Código Penal Brasileiro. A injúria é definida como ofender a dignidade ou o decoro de alguém. A pena é de detenção de um a seis meses ou multa. Se a injúria envolver violência ou vias de fato, a pena é maior.
Este documento descreve o crime de injúria no Código Penal Brasileiro. A injúria é definida como ofender a dignidade ou o decoro de alguém. A pena é de detenção de um a seis meses ou multa. Se a injúria envolver violência ou vias de fato, a pena é maior.
Art. 140 Injuriar algum, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena deteno, de um a seis meses, ou multa.
1 O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I quando o ofendido, de forma reprovvel, provocou diretamente a injria;
II no caso de retorso imediata, que consista em outra injria.
2 Se a injria consiste em violncia ou vias de fato, que, por sua natureza
ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena deteno, de trs meses a um ano, e multa, alm da pena
correspondente violncia.
3o Se a injria consiste na utilizao de elementos referentes a raa, cor,
etnia, religio, origem ou a condio de pessoa idosa ou portadora de deficincia: (Redao dada pela Lei n 10.741, de 2003)
Pena recluso de um a trs anos e multa. (Includo pela Lei n 9.459, de
1997)
1 Objeto: A tutela da honra da pessoa sob seu aspecto subjetivo (o prestgio
que ela tem de si mesma) o que a norma pretende assegurar quando tipifica a conduta da injria, repreendendo o ato que resulta na simples ofensa contra a dignidade ou o decoro.
A ofensa pode ser a atributos, morais (dignidade) ou correo moral (decoro).
Da que a tipificao do delito prescinde a imputao da autoria de fato
criminoso (calnia) ou de evento degradante, imoral (difamao), contentando- se com uma mera ofensa, desvinculada a qualquer circunstncia ftica infamante. Apenas uma opinio ofensiva sobre a pessoa. Para a configurao do delito basta que o autor impute vtima algum atributo pejorativo, humilhante etc.
2 Sujeito ativo e passivo: Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do delito de injria, pois a norma no exige uma qualidade especial do seu autor.
Contudo, h consideraes importantes quanto ao sujeito passivo, pois o delito
no ocorre quando dirigido a incapazes de compreender o carter injuriante da ofensa. Parte-se da premissa de que a leso honra subjetiva pressupe compreenso pela vtima do real sentido das palavras que lhe so opostas. Caso falte capacidade para tanto (para compreender o contedo imoral da ofensa), ento no h leso ao bem jurdico, sendo atpica a conduta.
Pessoas jurdicas, porque tambm no possuem conscincia e capacidade
para se sentirem ofendidas, no podem ser consideradas sujeitos passivos do delito em questo.
3 Elemento subjetivo: a inteno de ofender a dignidade ou o decoro da
vtima. O animus injuriandi configura-se quando o autor manifesta opinio ofensiva contra a vtima, em evidente inteno de macular sua honra.
4 Consumao e tentativa: A consumao do delito ocorre quando o
ofendido toma conhecimento da injria que lhe foi dirigida, cogitando-se possvel a tentativa nos casos em que frustrado o conhecimento da ofensa por aquele, em razo de circunstncias alheias vontade do autor.
5 Perdo Judicial: O 1. do artigo 140 do Cdigo Penal trata do perdo
judicial, quando faculta ao Juzo deixar de aplicar a pena se demonstrado que a injria adveio de provocao da vtima (inciso I) ou de que ela foi seguida de retoro imediata, consistente noutra injria proferida pela vtima, em razo da primeira pronunciada pelo autor (inciso II).
O Direito Penal no cogita a possibilidade de compensao de culpas. No
obstante, por razes de poltica criminal e considerando a menor lesividade da ofensa em si, entendeu-se por admitir possvel a dispensa na imposio de pena nas situaes dos incisos do 1. do artigo 140 do Cdigo Penal.
Trata-se de hiptese de extino da punibilidade (artigo 107, inciso IX, do
Cdigo Penal).
6 Injria real: O 2. do artigo 140 do Cdigo Penal prevsano mais
severa porque as consequncias do delito so mais graves neste caso, com implicaes em violncia ou vias de fato, se consideradas a natureza do ato ou o meio empregado.
Quando se trata de injria real consistente em violncia, cogita-se possvel seu
concurso com crimes de leso corporal, em razo da parte final do 2. do artigo 140 do Cdigo Penal. Entretanto, a ofensa consistente em vias de fato resulta na absoro do da contraveno do artigo 21 Decreto-Lei n. 3.668/41.
7 Ao penal: De regra, a ao penal iniciada por queixa crime, sendo
privada, portanto (caput do artigo 145 do Cdigo Penal).
Contudo, na injria real, a que resulta em leses corporais ou vias de fato, a
ao penal ser pblica incondicionada, por no se perceber expressa exigncia de representao nesse caso, ainda que atualmente, em face do crime de leses corporais, a ao penal dependa de representao do ofendido (parte final do caput do artigo 145 do Cdigo Penal).
Tambm dever ser pblica condicionada representao do ofendido,
quando a injria for dirigida contra funcionrio pblico, no exerccio de suas funes e tambm nas hipteses do 3. do artigo 140 do Cdigo Penal (injria com elementos de raa, cor etnia, religio ou origem, assim como as que contam elementos referentes condio de pessoa idosa ou portadora de deficincia).
Contra o Presidente da Repblica ou chefe de Governo estrangeiro a ao