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preciso instr no fato de que 2 uses 6 lingua? 1 0 statue linguist. 30 cinquenta 2005, cont J legitimidade, (objetivo deste ano & pensar algunas: amanto cperuna a partcularmente pertinent, quando decisbes po- tas tim propiciado um ober clerenciado para 35 minors ngust ‘2s no Bras, Os dsc sobre o sud, a lingua de sini © suder abrer-s8” para dois murdos desconhecidos entre so do sudo em ‘eagle a0 mundo oininte © do owint em relago 20 mundo sudo. CO letorencontros aqui um pono ce patida para mepensaralgumas ‘crongas, pticas © postras& luz das transformagbes que marcam tla surcer na atualdade. O que se exper poder chegar a umn nove olhar, 3 uma nova forma de narar as realidad urdas Dads » amplitude dis preocupacées aqui dalineades, © livro pode sleangar a tes publics: s winter, ligos,profssionais da sure, estudantos,profesrores ou simplesmentecurosos Audrei Gesser LIBRAS? que lingua é essa? “op #9 Iogua, ou a exsténda cur ielor do ‘uma dicipna’ charac iss, gos foe un QUpo 6 integrar 2 uma supcstamloe, mas mec plist, tis como: hor dsb (0 de rend vlvieagSo de cara Go profess e slice gros escolss proparades para atunirom ua pol ea lnguisica do educao bing: condiges de acesicade © de r= to 4s dlerenae socoingusices (que marca nosso pa oportna 0d condicbes pars que ese br slekes — que ndo tim como lng. rmatena © pomuguis (eso dos su 8) — poet exarer wa cdadanas ‘20 sem considera, policament, brsieros também am iss @ dv, ums fora universtiria ce que de de hace edueadores st tena xpecto, oda formato de profesor pare atuaren em contents educacio- ras lingua, & um dos grandes pro- bla sem enfentadoe plas ES, No re pode flr em iuaidade do conde de ensino na excl sero Série Estratézias de Ensine 14 ‘eatie una polica de formas8o en elf de echcadores devidorento apactados para arr facet ie reas inguin rm nso 1 — dferngar que nfo 39 este ‘gem somento go ease des sudo.” [Reon Mana Scien, lv concecd 9 Ftha Dida ~ = $40 Paulo, 207) rowonsarisbs Audrei Gesser LIBRAS? que lingua é essa? (CRENGAS €PRECONCETOS EM TORNO DA LINGUA DE SANS E DA REAUDADE SURDA ‘Shr Sch ea aS Po pe 00 Sumario pencic: DE UM IDEAL PRECARIO A ARFICLAGAO DO. ‘8v10 Que aINDA PREisa sem DITO [Pedro M, Gare] wrnopucto O) Aliggua de sinats universal? 11 Aligua de sini aril, 12 ‘Alingua de sina tem gromatiea?, 13 ‘Angus euros é mimic, 19 E passive expresarconetas stato na lingua de sina? 22 £ ume lingua exlushamente inca? 23 A lingua de sina um ego secret ds surds?, 25 ‘lingua desnais 0 alfbeto manuat?,28 ‘Alina de sinats € uma versa snalizada do ing oa, 33 ‘Alina de ints tem suas origenshetrcas na lingua ore? 35 ‘AubeAs Falada’ no Brat apresenta uma unidode?, 39 Alingua de sini graf? 42 ome 45, Surdesurdo-mudo ou deficient auto? 4S Ointrprete avr do surda? 47 Osurdo vive na silnco absolute? $7 (surdo precisa ser ralizad par integrar na sociedade owinte?, 50 6 maganancise ‘surdo tem uma identi e uma cultura propria, S2 ‘Osurdo no fala porque no owve?, SS ‘Osurdo tem dfeuldade de escrever porque ndo sabe falar lingua ora 56 ‘uso da ling de sina trpetha oaprendngem da ing ora, SB surdo precisa da tngue portuguese para sobreer na socledade majorite ousnt?, 59 Todos os surdos fazem tara labia, 60 63 ‘A surdeeé um problema paraosurdo?, 63 Asurdezé uma defiléncia?, 64 Porque a surder€ vista negetivamente pla sociedode?, 67 Asurders heredtria?,69 16 dferentes tips egraus de surdez2, 74 -Aparehasaudtivs ajudomo sur a our melhor, 73 implantecctearrecupera a audio dosurd?, 75 ‘Asurdez comprometeo desenvolvimento ‘eagnivlingustieo do invidue?, 76 (Que momento nds vivemos?, 78, covsoracaesrovas 8] REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. 85 De um ideal precario a articulagao do dbvio que ainda precisa ser dito Pogo M. Gaacaz felebrado socilogo Erving Goffman, na ‘madureza de sua obra final, arial ideal de todo palestrante de que pati ets de fatoengajada na escuta do que ele dz pelo que diz e que assim soja evada ber além do auditéro para os cendtos oa {es no mundo onde o tema de que trata se faz vidamente relevant, Alm de ser um ‘eal, esse ainda um ideal precério, por- aque escutar é bem mais que ouvir Foi mum enconto de sls de aula em mendos dé dstane década Ae 1990 que, hoje sei, fl escutado,e © meu ideal preéri tomo con {omos definidos.Tratava da natureza da linguagem natural humans, me Airigindo a ingressantes no mestrad em inglés da Universidade Federal de Santa Catarina, quando surg a questo ~fascnante e ainda incrvel- ‘mente desconhecida da platéla— de que a inguas de siais so inguas natura lo humanas quanto as dematse que nio se linitam um cdg resto de transposigia ds letras do alfabeto, ‘ive indi de ter sid escutado loge quando se apresentow dante ‘de mim uma aluna com sua curlesidade, que resulta na presente obra De um ensaio sobre as questdessusctadas pela dacussto na diseipl- ‘na, ela seguiu para localizar os espagos antes Invisives na universidade, ‘onde a tums poderia estar dlsponivel, af encontrando a prépria lingua, ‘seus usnirios protagonists, os surdos, bem como pais eeducadores de surdos, uma prosaic gente como a gate, inteessada om conceber um ‘indo feito também por quem, sem ouvir pode escutar. ( percurso no parou ale Aurel engaou-se em pesquisa sistem: tica que indagava como se onganiaria uma ala de Lisras como lingua saiconal para pais educadores de criangas surdas.O trabalho mostou ‘cenasdesalade aula, comoa que tenho registrada na memra, do profes ‘or sudo vir pars lousa, de costs paraa turma, espera de atencio ‘arn sor erctado, Aprendemos todos a ver como era preciso que esses Ssprendizes uvints antes de tudo construlssem um entendimento do ‘qe seria ua lingua nessa até ent nsuspeltada modalidae espacio ‘tal Em metas, Aurel visita eseolas ese aproximava das comunt dads surdas, de Campinas, SP Washington, DC [Nessus cidade, as relletes no IEL Unicamp sobre as diversas com ‘ldades socolinguisticamente complexas no Brasil eaconvivénca em meio uma comunidade académicaprotagonizada pr sudos na Universidade Gallaudet amplaram ounlverso de estas proveitas ds stor, amadure- ‘lo em ua tse de doutorad sobre as dentidades em ogo quando ova tesaprendem ues. Pores, émais que oportuno que ela ven a pic est obra para ize um povco do que, com cla mesma fra na introdugs, 60 dvi que ind precisa ser dito para que mais ovntestenham conhecimenta doco ‘uiverso human ques fz naling de sina com a ingus desis e parcularment com Lingua Brasileira de Sina es LIBRAS que nos toca ‘de pero, esoubermosesctar ara wa grandea sats de ter sido ‘scat naquela tarde na UFSC ede ter participa do ino do pereurso ‘ques revel gui para tantnsquantos venham aestta. Porro ALEGRr, agosto DE 2009. Introdugao danke sg taeses ome beatae com ‘cans doves apes he a ‘emanate cra nas lingua Foi est tl escoido para ria 8 palestra apresentads por uma linguist em 5) umeventoeajo piblico aio era estidante do cj curso de letras Una professor que trabatha aren da sures, mencionandoo ttle, fx 0 Sequinte eomentiio “De nave? Ace que eso ‘questo js estava resolida™ Ral ae nism id eave mem won ence etn Se ace ade Reet Soca em sone ed ees bua Tush hoe sno anener pe oe arena et eons es ‘peat tana pnp eas Senge cnet Serer ‘Sts quai tomar onhere pra oom dee dao Someone Esse comentirio pe em palavras minha propria surpresa, Uma sur rsa “de dent que recama também agora essa mesa rept. O que ‘vernos€queo discrsoapaentemente "gst fuse necesito precisndo ser repetid inimeras vere para que a consul socal dessa lingua mi noritraocorra cu sla, para chegarmos legitimarso © 20 reconhecimen- ‘to, por parte da socedade como um odo, de que a liga de sivas € uma lingua, Ceramente a mara lingustca nfo 6 ica questi nas discusses sobre a surder, mas éalegtimidade da ingua que confer ao surdo alguma “lero” dstanciaments dos moldes represents sé eno ec ‘vane ptolgleos Tomar tal angus downs oncspyso da =urdez como deficineta— vinclada is lacuna na cogniedo eno pensamento — para uma goncepsio da surder como deren ingulstica eu (Qual poo objetivo de escrever est vr? Em prime lug & tviar um esjaro em us esse tipo de discuss sea pensado, De forma, tals gera 5 deseo do ivr onginase de YelloxGes sobre algumas ques. Wes Felatiygs area da sirdez, pensando especticamente a relar30 do ‘uvinte com esse outto mundo momento parece oportano e particular ‘mente pertinent, na media em qe detsbs potas tm propicid um ‘otha diferenado pars as minarasingulstca no Brasil Pereebe-se que os discursos sobre osurdo a lingua de siais ea surder de uma forma a= Dltda “abremse™ pars dole mundos desconhecids entre s- odo sudo f’emrelago ap mundo owvintee odo ouvnte em relgao ao mundo sud. © conteido aqui esorido pode aleanar diferentes Ietores: sus ‘uvintes, egos pofsonae ds sure estwcanes,professoes ou simples: ‘mente curjosos vrs soa: preacupcbesagu elinendas. A principal a Ge lusty falas recorrnts e epetves advinds de algunas stapes de inverafo faa ace com/enr sutdaseouintes para trazer& tna alga ‘Tengas,preconcetosedussoonamentes em toro da lingua de snl eda realidad surdn Esn discussie seri ole tr da inguagen ext ‘mos constantementeconstuind represetages censas sgscados f= matdos, consumo naturalzaos edsseminados ma socedade 05 D855 ‘seolarese unless vezes emo norma e"verdades absolute: © leftor encontraré neste livro manfestarbes dscursivas organs. das em try capitulo sob forma de perguntas ou airmagies que enh "egistranlc arumulando ~ por melo de conversa formas e Informal ‘as Minhas ides e vind em contests de ensino de BRAS para OU Sots, events ico mers coudan OB ‘era visttmsrar no livre um pono de parti para evcaro REpensa lgumas‘erengas compartihadas,prtias,concets eposturas a ut falgumas tronsormagbes que matcam a area da surdes na atalidade, Sei o quae se espera poder promover um ciecionamento pa Um 0 ‘olhar una nova forma de narra fs) realidade(s) sds) ‘Ao recupera no til fala de um pal que confessa seu mento en rae lingua fil sudo, 20 dizer “bes? Que lngud (S007 quiero fagrar o total desconbedment dessa realidad lingulti tanto pox part daquees que convivom de peta com a surde, quan Date da socedade ouvine de manelra ger Alm disso, prope 2 ato de sriaasto em que quests smiarespassam or pensads Sitar sa ectanhament, omadae fas fires Essa le oa fontradsa para tambem seis ouvntes sobre ur mundo surdo d ‘hecido e compleno, Como dase o peta Leopard a forga de epet Porantay de bir podem ser radasoportunidadespararefexbs angas Sobre alguns opnibes tamer cena daquses que no lingua _GEsinals etree. rien epee Beater apes sce Fnnne, A lingua de sinais é universal? sma das erengas mais recorrntes quando se fala em lingua de sna 6 que ela 6 uni versal, Uma vez que essa universalidade sth ancorada na fein de que toda lingua de sinas € um “edig" simplifcadoapre- fendido tranemitid aos surdos de forma eral & muito comum pensar que todos os Surdos fam a mesma lingua em qualquer parte do mundo, Or, sabemos que nas co- ‘mundades de linguas ori, cad pas, por la, tem suas) propria) ingua(s.Emborase poss trarar um is das origens e apontar posiveisparentescosesemelhangas non das linguas humanas seam eas oras ou desnals) alguns favorecem a dversfcagio 2 mudanea da lingua entra de ums além dos contatas com outrs lings de nas nao ¢ diferente: nos Bstados Unidos, 0 sur nga americana desinais: na Fran, ings francesa de — B me qenarisn sinais; no apo lingua japonesa de snas; no Bras ing brasileira de siais, assim por diate Vejamos abana ferenca do sinal “mae” fen diferentes lnguas de sina ea | “a | oa | Sa T A Ze, Em qualquer lugar em que haa surdosInteragindo, haver linguas de sinais.Podemos dizer que o que é universal €0impulso dos individ ‘os para a comnicago eno caso dos surdos, ss impulso€sinalizado. ‘lingua ds surdos no pode ser consderada universal, dado que no funciona con um "decalgue” ou “étulo" que possa ser eolado ¢ util- tao por todos os surdos de todas as soiedades de manera uniforme € ‘sem infludnias de uso. Na pergunta sobre universallade, est também implicit uma tendénca a simplifearargueza linguistic, sugerindo que {ales para os surdosfosse mais fi e todos usassem uma ling dn- ‘cx uniforme, 0 paalelo&inevtve:e no caso de nossa lingua oral e552 perspecia se mantém? Mesmo que, do pono de vista rite, ta unior Inidadefssedesesvel seria possivel a estén, nos cinco continentes, ‘dea lingua que, alm de Unica, permanecesse sempre a mesma? A lingua de sinais é artficiak ren. lingua de sini dos surdos natural. pis evolu como parte de um gripo cual do ovo surdo. Consideran-se “arta” slinguas ‘construlds extabeecae por um grupo de ndviuos em algun propo sho expecifico 0 expert (lingua oral) €0 geste (lingua de sna 0 ‘ei gs lr pis a ls peri ran Ln a2 state Rp anon? am on Se nubancesoe xemplosdeinguas “rtf cujo objetivo malor éextabelcer 3 com nia intemacional Esetipo de lingua funclona como uma ing usar ‘0u franc. 0 gestuno, também conbecdo como fino de inal interac no, da mesma forma que oesperant, uma lingua constr, planed. ‘nome 6 de orig tang e signifi “uniade em lingua de sina” Fol ‘mencionaa pela primeira vez no Congreso Mundial na Federao Mundlal os Surdos (Word Federation ofthe Dea- WFD) em 1951. Em meados da ‘bala de 1970, oom da Comisso de Unficgto de Sina propunha um sistema padronizado de snals internacional, tendo como cite a sel ‘50 desnais mais compreensvls, que facltassemo aprendizado, a partir {a nega das diversas inguas de sna. A comunidad surda, de forma ‘ger no considera» gesano uma lingua "el uma vez que fol vents ‘dae adaptada Aruamenteentretant, cursos so oerecidos «os adeptos {do movimento gestunsta cvulgam os sinasinternaconaisem conferEncas ‘muna dos suds (Moody, 1987; Supalla & Web, 1995, Jones, 2001), A lingua de sinais tem gramética? Absolutament. 0 recohecimento lingustico tem marca nos est os desrtvos do linguistaamericano Willam Stokoe em 1960. No to- ‘ates inguas oa as investigagbes vem acontecendo hé muito mais temp, jf que em 160 (ou sea trezentos anos ants) desenvolew'se uma “teoria de lingua em que as estruturas ecategorasgramaticaispo- Alam ser associadas a pares lgicos universais de pensamento” (Crystal 2000: 208), postlada na Gramstica de Port-Royal, As Ungune de sina, ‘Slt len enpparem er cay csp mene peta men en ror a err ca) ‘wet maps ara coma er pee emo {inertia unt pra odie tara re) ‘eprops ing decomp rs ce usa ct, i oe ae ees rt or conse enn ans nae ne Wimegenancise ‘como sw vieramaser contampladas centsfamente apenas nos tines ‘quarenta anos: antes, sina nto era vst, mesmo pelos snalaadores, oma uma lingua verdad, com sua prépria grams” (Seeks, 1990: 76), ‘Ao deserover os nivelsfonoligcose morfoléglcos da lingua ame- -Heana de sinals (ASL dagu! por dante), Stokoe apontou tres parimetros {que constituem os snals e nomeou-os:conigurgio de mao (cM); ponto {earicalago 4) ou loca 1), dlimitado no desenho por um circu; ‘movimento (4), cua dria indicads por uma seta Oexemploa seguir Stata eses rs parmetros no sna “erteza realizado em LIBRAS: ‘spain Genoa A partir da década de 1970, of lingustas Robbin Bain (1978), dar. Klima & Ursula Bellu (1979) condi estos mas aprofun Aados sobre agramstea da At especitcamente sobre os aspects fonlég «0 desereverdo um quarto pardmetr: a orentapo da palm da io (0) Frau demonstrado que dois sinas com os mesmos outros ts parimetros gus (04 4m) poeriam mudardesigifiado de acon con a orintaio iar pan en hae gr ni ms Pr apa ceed ‘Str man a hay nn an a te [Popocsu rope conn dareganeestgat an! Cpe 88 2) {Xen non de as mine lin por See como ra (wir degean ipsa mle gue pro compo enema et ‘ronson serra nce tmp ots ‘eer mangas ese lami, Esse contrast de dos ens lexcais em base emu ico compar nent rece, rm linguist, o nome de “par fn” Nas lingua ras por eemplo por rata se difrenclam sigifcatvamente pela tera de um {no fonema:a substitu do fy por fr-No nivellexeal tos em nas ates minimos como os sna rise amare (Ques opdem quanto en), ‘hurascoraeprowocar(ierendados plow) tere Alemanha (quanto ‘eng ans aan .—— Podems testa os pares minimos com vias outras plavras, mas ‘veamos a seguir ua ocorrécia em LbRAS no sia ajuda em que a ‘nent da palma da mio fz ditingdo de significado, sendo valida a, portato, como maim parametro “Ajai 2 Ser apie ant a na dcp Rad ‘© exemple lustra a diferenga marcada entre o sentido em (1) "eu judo Xe em (2)X ajuda a mim” Vaeios outros verbos fazem a Nexo ‘etbal dependendo da orientagso da palma da mao: respetar,respon~ der telefonar, vist ete Este pardmetrondo serve apenas para marcar ‘flex do verbo, mas também para a marca, por exemplo, de neg tivas como em “querer” e "no querer saber" e“ndo saber’ "gosta" etndo gostar™ 6s snaistaben podem ser realizados com uma ou duas mos. ‘Vejamos primeira o exemplo da composigi, 2 partir da sopmentasio 4s quatro parametros, do sna “comecimento" em teas (uma mao apenas}: msn ma a he ew npn da uns Fr ao {ase} danse Karo one) Aarne) a es S90), rnin Man a 97 ust Mil nen 0 sineanae sve oats conte an ‘A conga de mao dz respekt 3 forma da mo — na pale “eo recent um sna reaado com ua mo emt numeral 4" ou na forma [52] A orienta da palma da mao indica que ona ttm dro ee sn verso, em alguns sina, pode altearo significado do sna A oreo & «eyo que a palma da mio aponta na ealzaio do sina — eno cao de conhecment para lad dre (contralateral Alco refers ob ‘2 pen se realizado em alums parte do corpo, no exemple pets ‘erlcar que ocore em frente 26 que. Finalmente movimento que pode ‘unio estar presente nssnas No caso deeomhecment tera do dea Indcador bate prximo ao lao det do que. ejaros x eg acme sro dos quatro parimetros do sina "verdad realizado com a as mos As maos no sto o nico veculousado mas linguas de sna para roduzirinformagio inguistica Os surds fom so extensiva de mar ‘ndoresndo manuais Difrentes dos trafosparalingusticos das ings — ra (nto lade, tio, stapes fc est St oven acs ling Sedans opt ene. ee ee oes teen strane) So dementor Paats fuscompocm attr dings por emp a mean rma slntstcas eatuagio como componente lexical un rng Ae pape eck con Seat eater #8 Not grt toga ‘eon con on pea adc partir da alse desses parimetrs, pademos perceber ques in- suas ors ea linguas de sina to similares em seu nivel estrutural ou inane ‘ej so formadas a partir de unldades simples que, combinadas,formam unidades mas compleras Como observa Noam Chomsky fda as nguas funcionam como sitemas combintérios dcretos:"Sentengas frases 0 ‘construfdas de palavas; palavras so constulda pari de morfemas, « morfemas. por sua ver, so costruldos a pari de fonemas” (Pinker, 1995: 162). Em quo onto, aslinguas oa de sini deren? Diferem quanto forma como as combinagdes das unidados sio construidas Enquanto as lingua de sinals, de ums maneirageral (ras no exclusiva), incorporam as unidades simultoneomente;a¢lnguas ‘ras tender a onganizé-las seguencilment/linearmente’.explicaio para essa difereng primara se di devido ao canal de comunicagio em «ue cada lingua se estrutura (visual gestul x vocal-audtv), pis essas ‘aractristicas fcam mals salientesem uma lingua do queem outa (Fer- ‘ira Brio, 1995; Wileox & Wileo, 1997) As investigacdes nguisticas apontam edescrevem a existéncia de ‘aracorsticaslngufstien-estrutrais que marca 4s linguas humanas naturals, crenga, ainda muito forte na socedade ouvint, de que a lingua de sinais dos surdes nao tem graméticaestéancorada na crenga de que flamosasegur-a de que elas no passariam de mimicas e pan- tomimas. A lingua dos surdos 6 mimica? Faso. Para demonstra a diferenga entre a mimics ¢ 0 sinais, Rima {& Belug (1979) conduziram um estudo apart da obserapsode narra- tivas que necesstariam de pantomimas durante a contago da str Nese estudo, a narrativ estudada oO unicérmio no jardin” de James ‘Thurber. Nela foram constatadas“invengbesde sna par palavra ca Imisa de forra" — em inglés svaijacket, bora, em alguns momentos, Roi dn aor 90 noe omnes apn age ete co ‘aaa wr seancnioilgdsOmane Frese as (E1987 ame e195, Qoae, 8) 20 marcar nance ‘os surdos usuiris de ast lngasiem mao deste recurso parasinaizr 0 oneto, «cada sina tivesse um eto, fo pssielconstatar que no a~ tdamento da histriae mesmo em stages desu rcontageoconcito ‘upractado na sinalizgiocontnuava concn, Entretanto a nvestignsbes ‘mostraram que Howe uma simplilagoe uma estlizap0 nos movimen- tos_—ossinaspareciam mais sstematizadoseconvencionados. ejaaba ‘zo ptogresio da pantomima em a) par o sia “iventado" em (b) a sequénca.os psquisores procuraram estabelecer um crtério espetficn para faze dstngSo entre At € pantomime. ara tanto ‘stig de indiduos no slullzores para demonstrar em gestos “sums palaveas do ingles. Veja oexemplo da paavea “ov” (retirado de ‘ima Betis, 197917) (Tp de ao do sad Constatou-se que para exempl acimna as pantominas obser ‘shan multaspotibilldades, veranda de um invduo para onto; enquanto ‘na lngua americana de inaispermaneia apenas uma varedade, 0 sia 2 varledade leptimada econvenionada pel grupo de usuirios etd (tea deren que as pantomimas ou mimicas — una wer que tentavamn presenta 9 objet al como exstenarealidade — eram muito mas deta Thadas compara as sina americans, evan mito master para sun realzagio. A pantomima quer fazer com que voct ea o objeto en ‘quanto nal quer que we’ veo simboleconvenconado para ess objeto (Quando me perguntam, entrtant, sea lngua de sinals&miniea, entendo que est implicto nessa pergunta um preconcelt muito grave, que val além da dscusso sobre a leitimidade lingulstica ou mesmo so bre quaisquer relagBes que la poss ter (ono) coma lingua de sins. st assocada a esa prguntaaidela que muitos ouvintes tim sobre os surdos: uma visi embasada na anormalidad, segundo «qual o maximo que osurdo consequeexpressar€ uma forma pantomimicaindecirvele Somente compreensivel entre eles. Nao toa, as nomeagdes poorativas ‘anormal deficient, dil mental, muda surdo-mude, mudi tém sido equivocadamente arbuidas a esesindivduos’, Alingua de snas tem todas as caractristicas inguisticas de qual ‘quer lingua humana natural. € necesséria que nds, indvidos de wma ‘cultura de lingua ora, entendamos que o canal comunicatvo diferente Taras io, 22 msqanorncese (isua-gestua) que osurd usa parasecomunicar no anulaexstincia de uma lingua to natural, complerae genuna como 6a lingua de sinis. ‘Resse espelta quer sallentartrésdefnigbesencontradas no Dciondrio dati de portaquds (Biderman, 1998: 630-645) smimiea smi. Epes de dia plas ou sentimentas avs ‘dusts express que acomponr au substem Os mudos {am minice pare commnicarem suas as: Durant plquniue terre racer ma dels 0 oe de mimi micas fine min] Ider sk mde, Qusidae dagucle que é mad, de gum io fab Ma {tr reres a males ¢ proved por presemas de audi No ss M0 ya to) srdes, Enid. mado. Que no fla por problems lens o psclighn. As definigdes inter-elaionadas acim perpetuam as idelas de que ‘os surdos no tm lingua «os desdobraments dssas defines contr ‘buem para que areditemns que eles no podem produzi fal intoigivl ‘ede que no tim crdas vocais, Os surds so scamente epscologic- mente normals queles que tm o seu aparato vocal intacto (que nada tem a ver com a perda audita) podem ser orlizades! falar Vingua tor se assim dessjarem. Entretanto,o que deve iar registrado éaforma pela qual constantemente se atrbul lingua de snas um satus menor, {nferiore teat quande defnio ecomparado& mica, E possfvel expressar conceitos abstratos na lingua de sinais? Claro que sit Novamente a pressuposiio de que Bo se conseqve cxpressar ideas ou conceits abstatos est frmada na crenga de que'a Vingus de sina 6imitada,simplifieada,e no passa de um cbdigo prim tivo, mimic, pantomima e geste. No Dicindrio de ingutstica efondtea, porexempl, gests so considerados ragosparaingusticos ow extrali- suites das lingua ois: ‘tandem tenement ri de oman pr he a eS ‘ape pnw ning ca ps tm Amcan eve 23 Sn ey senio mais amp term see a guagur cb do mundo {cinta om is sta eons ay {Hie rngst” Apres agent” pte su ‘Sr ualser porate eas tne serosa cet Con propriate comune qe os rumen snl tte nasi (ges tom wore: lune gus sot {vines cise de ayn como menue aus nla se fina cs come rancor Cy, 200 10 00) Para nos desvincularmos da acepeoexpostaacima, devemosenten Aer que sinals no so gestos. Plo menos nto se pensarmos gests de ‘coro com a defini¢do anterior Assim, &corretoafirmar que as pessoas ue fala igus de inal expressam sentimentos emogtes © quaisquer dels ou conceitos abstratos Tal como a flantes de linguas ora 0: fants de linguas de sinais podem disci oso, politica, literatura ssunts cotidianos et nessa lingua, além de transitar por diversos 2. eros discursivos, car poesas, fazer apresentagesacadémicas,pegas teatas, contareinventarhistria epladas, por exemple. Emmanuelle labore, surda francesa, em seu bliss livro 0 voo de geivora ana Os snals poem ser agressbos,dplomiicos, poco, sie mate Itc: ido pode se epreu por mes de sas em pera nes £ uma lingua exclusivamente ic6nica? ‘rong. Huma tendnca em pensar astm, e ess iso relacons-se «2m ofa dealing dena sr uma lingua ce modaliade espaciovisial ‘sta alingua, quando snalizada, ea mals "paljves viel” Nese on ii, elages entre forma esigaicae paecem ser mai questions Essa socio income mitas vers em calms no rico de eforar a renga le ques ing desinassriaapenae uma representa pantomtnica a ‘ue no procede, pos como arguments Ferrera Brito (1995: 108) "on. wild (a lingua de inal] de forma convencional sistema: _inbora exists um gran clevado de sinalsicicos(beberdrvore, vig). ¢tmportante destacar que ssa caractritea nia € ex as lings de nas As linguasorasincorporam também esa ce meres nance racteristca. Podemos verfc-a no clissicoexemplo das onomatopéias como pingue pong, rguezague que-taque, um-2uor — cajas formas representa, de aordo com cada lingua, significado, Além dss, mes- tno sinals mais inca tendem ase diferencia de uma lingua desnals pata outraoquenos remeteaofto dea lingua serum fendmeno conven- ‘onal mantdo por um acordocoletvo tio" entre os falantes de wma Aleterminada comunidade (Saussure, 1995), Ainda amarradaa essa crega esto que Wilox & Wikox (1997: 6) lestacam em solv: + de que as inguas do sinaissriam mals once torso ques linguas ors. Naverdade, todas a inguas So concetais, Adiferenga ¢ de que forma cada lingua “empacota 0 cnceitos em unida des lingusticas’ A metafora do ‘pate isto€ 0 modo como cada lingua {4 forma aos conceitos em unidades linguistics, usta bem questo: ‘quem de ns nose perguntou, por exemplo, por que uma pala, em Gada lingua, quando traduaida para outa, pode Near muto maior em seu tarmanho? Ou mesmouma senenga ou texto? tm lente sintagms nominal eassveagdo dos fabricate de copos de suco de laranja tem asegunt forma: de Orangensofigashersteller vereinigung. Em BRAS, a perguata que horas so? a snalizago apenas da palavra nome com expeessio fail marcandoapergunts ee peat sso ocore porque o conte inormagto nas palavas de eras lingua sto"empacotadae stntaments. Nao siifca die entretanto, que ‘uma ou outa ng seria smpifcada porter “pacotes menores” eno n= ‘exstar por exemple cnjungbes,preposigdes ou exes verbal em sua pone strut. O gl se comparad a0 portugus tem uma construe di tina naconjuparo dos verbos, maces nl significa dizer que una ingua ‘ja implica eoutra complet. O mesmo serve paras lings de sna ‘Alina acomplesdade€inerente todas as inguss humanas entra, A lingua de sinais 6 um cédigo secreto dos surdost (Ossurdos foram priv de se comunicarem em suaingua natura du ‘ante séulos Vrosesudos tim apontao aif rags dos suds om lingua orl majoitiria ecom a sociedade oui Escols, prfsionais da said, e familar de surdos tm seguido uma raga de neyo do 30 os sna, Groce (1985), por exemple oferece-nos um panorama ds ati. es dos ouvintes em rela surdezapontando que, por seul, os surdos Ao tnham respetads os seus drt e reconhscidas suas responsbi odes, mesmo depos dereceberem educasa, Paden & Humphries (1980) ‘mostra quoas escola, em sua grande maior, profbiam o usp dalingua de ‘nas para a comunicago entre os surdos,ferando-oe falar ea ere. ‘ura labial. Quando desobedecam, erm eastiadosRseamentee tinham as sos amarradas dentro das saat de aula. 0 desenno da surda ety Miler enunci prob da nga american de sna na excl de suns: Amaloria dos surdos foi educada em mostiros, ails ou estolasem regime de internato les migravam para esas instiulges, vistas como {nia possiblidade de recebernstrugio, Lane (1984) por exemplo, ded ‘um vo para contr um pouco da histra dos surdos nos Estados Uni os, mostrando quena bata entre “manuals “oalistas a lingua ~ ainda que banda muito mais do que valorizada ~ e seus falantes — ito mas orimidose isriminados do que os indvduos ouvintes — ‘esitiram. Embora essa situapessejam retratadas em obras publcadas ‘no exterior, no Bras. atrajtéra dos surdos no fol muito diferente (Res 1992; Rocha, 1997) Dentre algumas narraivashistricas, contase que a sinalizagio era vista como um “cig secret mesmo entre os surdos, pois ea waa as escondidas, por causa de sua probigo. Na prspectva de tantos outros, a lingua era vista como algo exstico, obsceno © exte= _mamente agressivo,j que o surdo expunha demais corpo ao sializar (Wright, 1969; Lane, 1984; Sacks, 1990; Bayton, 1996). Virasimplcaes sca, pollca,educacionls,psicoiyca eln- usticas decorrem dessa polio. Prd. que a histirla nos mosta é ‘que alngus de sna, dferentemente da maloria ds lingua minors, Mo morreu eo morrerd porque enquanto tivermos dos suds compar tuhando © mesmo espapo fico, haver sina Essa 6 ronda tentatva esenfeada de cofbir eu nso:0agrupamento ns ineratos que preavamn © oralsmo a todo custo servi para os surdos se identficarem como pares constiuintes deum grupo, pasando usar dsseminar ereforgar um even- ‘ual sentiment de valrizapo dessins eda identidade cultura surda, Cutroapelapeorativo © muito distorcide sto algumas refrénlas © comparages da Iingua dos surdos cm a comunicao dos chimpanzés!. lane (1984: 77) etoma em sua dscsso que una das quests oss cantrals no luminismo era especulr sobre“ que nas tamara humanos" De Aisticlsa Descartes a espasta era consensual falar uma lingua, Nes 5 coniri, a5 crianassurdas e selvagenseram, todavia, um complicado Waa 076-145, ano mon bene stoma eet ein pr sma 3 ard ob a ie en (Gin ontan 9m aaa ea (96) Lae (196 race (1985) «Sa (1900) mo. ‘en par nan ag terminam a posigio que ca Mos dizor“o menino reer doportgués nio permitem.O mesma se aplea sos sna ‘uma lingu. lingua & vers Athenee 27 par essa defn de homer que os suds eram pensados como sem nga as criangas fra erat invaravelnente mudas”Ahitistem sce ‘ado ese tants outros equivcos einjusisascometides com os sundon, Lingustcamente,pode-se afrmar que lingua de sinas& Ungua orgue apresntacaacerstcas presents em outraslnguts nur ‘esenclalmente por que & humana. Sabe-se que todos os seres vos podem ter um sistema de comu lard, As pesquisas mostram a forma como asabehae se comanienn, ® sofisticado sistema de comuntcago dos golfinhose de tantos ousog imaneros: contu, sé os homens possuem lingua (Akmaian eal, 1995), Essa 6 sem divid, uma das caracteristicas que nor dstinguer as outrasespéciex. Ent, a resposta par a pergunta dos fésofor ens surdos nd alam, log, nao sda humanon. A lingua de snas, como js vimas, tem uma gramstica propria e se ‘presenta estrturada em todos os nes como as linguas orale fone, Hen, morflépica,sintiticoe semantic, Além dss, padems eneoneoy nea outras caracteristicas:aprodutidade/erltividae,feibldate g Aescontnuidadeeorbirariedade, ‘A brimelrs diz espeito& possiblidade de combinar unidades, de fora lita, para formar novos elementos, Por exempl, os sone dng Unauas ori podem ser combinados de ira formas para a prada aves conceit. O mesmo para a produavidade de palavra ¢senenpas Por isso fatamos do proceso crativ na inguas: podemos fale dine {isso diversas formas pari das regra de ada lingua, rgrasqoe dc va elemento pode ocupar— por exemple: pode iu mas no podemas dizer“menino oat’ pone A flesibidade so reere mobiidade vsivet nos dversosusos de €or isso mesmo, podemos fala do pas. Proseto faturo; isc, ameagar prometer ete Em eayao hen winudade, tomemse como exemplo as dierengas milsas na fr elm ‘entre duss paves: diferengasminimas, masque acarretariam mudanga So slnlfiea, como em macy © mao (alterando apenas um fonema) ou Cv utas gras e amareo(lterando apenas um parimeto, a ex) Bi tretanto, quando contextualizadas, podem te seu sentido infrido, mes Io que haa um ero 0 toca de fonemas/queremes por pate de quem faluousinalze Por iso, mesmo reconecendo valor espeeticem cada fonema ou parimetro, a contextalizago nos jda muito, €ela que os facompreender adiferenga de igniado, por exemplo.em paavas ho ‘ndnlimas na lingua oral nalingua de sina. ‘Quanto 8 orbiraredade, diner que as inguas tem essacarateristica «azar queaslinguas sho convencionadaseregldas por regra expecias Nesee sntido noe possivel saber significado de uma palavra somente 2 paride sua forma ou representaraolinglstica Na ingus pores, ‘nfo hd relago entre a forma eo significado da palvra“conhecimento’ ‘dames forma que no hi ssa rela na Lineas Aexceio seriao caso daz onomatopéias (Akmajian et ai, 1995; Quadros & Karnopp 2004), AA lingua de sinais € 0 alfabeto manual De forma aguma, 0 allabeto mana tllzado par soletrar mana mente as palavras (também referido como sletramento dal ou dato, Toga, apenas um recurso uilizado por flantes da ing de sins. No ‘ama lingua, sim um cig de represntayo das eras allabéticas: Acredtar que a lingua de sinals 6 o alfabeto manual &foar-se na dela de que a lingua de inal ita, que anc forma de expres ‘30 comunicativa sera uma adapta das letras realizadas manualme- te, convenclonadas erepresentadas a partir da lingua oral Imaginemes, ‘por exemple, quanto tempo lvara um surdo ara falar uma sentonga ou, mpllando bem a questo, tr uma conversa flosiia, se utlaasse ape ‘aso soletumento manual? Trav ua conversa dentro deste enquadre roletradoseriacensativoemonétone(utal)% Entretanto 6 importante que se diga que o lfbeto manual em una ‘uno a imteragoente os wsudros da linguade sas. Langs mBo des se recurso para soetar nomesprdprias de pessoas ou gars ils a tum vocibulo mio existente naling de sina que ainda ni tena sna G16 16 16 sree pa om Inet wn aces kc a ape Seanmanee sopao om pada cep ed ‘aor Po M Gare ve a pine eon oe {uct omer ere em 199 pone es amb gen pcs oy she inn ara cps ang ‘psi ig i one coscromeeo ae ace set —— Aim diss, of suéris de lingua de sinalsfzem, em algunas si- ‘wagdes, empréstimes da grafa da lingua oral recorrendo a dtillogia par realizar sinals de pontuago (ai como, vrgls, pont final, pont fe interrogast, sinais matemiticos ete) que, na maioria das vers, 80 ‘desenhados no at 0 mesmo pode ocorer com as proposies ou outras elases de pales Entrant, soletrar no é um meio com um fim em st mesmo. Palavras comumente sletradas podem e de fato sto substituidas por lum sina. Asim, podemossfirmar que esse recurso funciona potencial- mente nas interapes para Incorpoarsinae a partir do entendimento Conceltual entre os iterloctores — uma vez vez apreendida a idea, ‘convenclonam-s os sinas para substitulr a datiologia de um dado vo- bul, por exemple No Basi a alfabeto manual &composto de 27 formatos (contan- doo grafema ¢que éa confguracae de mao da letra c com movimento ‘rémula), Cada formato da mio corresponde a uma letra do alabeto do portuguls brasileiro: lavras que so soletradas deforma ase ajustarem as restriges da ine ‘gua de sinas, Ese proceso ¢ natural em todas as linguas de contato Alingua portuguesa, por exemplo,incorpora ou ajustao terme delet o inglés: uoliza a terminag0 no ininitva -ar ao der deletar(ese- gue na mesma depo na conjugario em delet, deletamase assim pot liane), Ese endmeno est intimamenterelacionada ao uso. Quadros {&Karnopp (2004: 91) ustram esta questo no alfabeto manual vert cando oadvérbio nunca (soletrado n<- ov n--n.O mestnaocorre na realizagio da conjuneio se (soletrada #4) no uso do verbo ser/estar, no presente do indicative, conjugado na terceira pessoa do singular. (soletrado apenas o movimento de acento agud no ar com afirmagio postva da cabesa) Por ser uma conten alfsbeto manuals configura de uma fr ‘ma especiea nas inguas de sinais de cada pals. Oalfabeto anal brit- rico, per exemplo, eto com as duas mos: i OB LERYOSE bidm apee bowed vows as na odes die tambéan que no so do alfabeto manual alguns ole rmentos linguistiens #80 “reaproprado” pelos usudeos, ou sla, hd pa- D> SBArBeE tan de. Be de @] 2 OE BB BW ect | ee Rn eM RA Ao lis the TR Ble Bt o ls em | we |b re ae Exist também oalfabeto manual para surdos-eegos. Da mesma for- ‘ma que osoletramento do mana rina, os indviduesusam as duas ‘mas para soletraraspalavras, coma diferengaeruial de que o urdos- cogs precisan pega namo do interlocutor para tatear inal — 2 ymercuenornere importante restltar que osoletrament, tanto nasa form e- cepiva (do panto de vista de quem) quanto produtva (do ponto de vis~ ta de quem ralz), supse implica letramento. 0 soletrante que no for lfbetizado (scrita/letura) na lingua oral desta comunidade de fla por exemplo ter ar mesmasditeuldades deur indviduo letrado para langar mao deste uso - ‘oath a a esse sentido que as eriangas surdas anda em processo dealfe- tieago da excita da lingua oral poder ter também dificuldade com essa habla. Mais uma prov para desconstulraerenga de quea lingua de Shas pudesse ser alfabeto manval/datilologia afl para er compre- ‘endidoe realizado oabscedro precisa ser ensinado formalmente A lingua de sinais 6 uma verso sinalizada da lingua orale Insistimos em que lingua de sivas no a datilloga ov mimics {como muitos podem pensar), também nio é universal (igual em todos ‘os paises) muito menos artifical (uma lingua inventada).Lignda a exsas crengas, vem a Seguinteindagaro: eno, seria lingua de sinais uma ‘adapago" das inguas oras? Ou, ito de outea forma, era a ORAS um poreugus sinalzad, por exemplo? Nao. lngua de sina tem estrutura prépria, e autnoma, ou sea, Independate de qualquer lingua oral em sua concep lingua, Eau cacionalmente, uso do portuguéssinaizado tem sido av de mult tices porque se insere na flosofa do bimodal, Dentro dessa visto, ‘ara alinga de sinais como um meio paras ating um im, ousea um eursoparaensinar a falar uma lingua oral (no Brasil, o portugu), fun ‘jonando como um amalgams dos sina e de fala Ferrel Brita (1993), por exemplo, fala da impossiblidade de preservarasestrauras das das lingua usando a lingua de sinas para falar a lingua oa. No ne lex fa por exemplo,sinais come laguae nada ustam a questo (c.fgura aio). Alm disso, Sacks (1990), entre outros, rita a propora bio: al, pos, embora preconize uma tentative de facta aprendzagem da ‘stratura da gua orl pelo surdo, ela funciona como uma ‘pseudolinga Inermediraafema. -— ‘ejamos ssa quest, no entanto do pont de vista da sociolinguistic ato deacomunidade ura ser inca comunidad quem qualquer pa, ‘sth nserida na cercada peta comunidade morta ouvint fazcom que 2s linguas de sina estejam em contato diet com as inguas ors local Nessa “coabltage™lngustica, 6 natural ocorrerem empréstimes, meslas « hibriismos. A relao entre as lingua, entretanto, no é nem nunc fo rneutraou simttrea Como no easo de qualsquer outa ings que esto fm conto, i sempre em ogo quests de poder eas dcorrentes sia- ss de conflto™, Em estos sabre comunidades indgenas, Mahe (1997) observa que a lac entre linguas com status dstintas funciona como um 5s prs ans Sr, 105) slag eran (here et 202 apna, em mr meiner ecm il it iso en sung ttr see cftn omerPr e ‘Seo ante ncn tho aegis pr ar ern es ‘ts eo ing me mer mone ee re se ih ‘oem ies mes reo rip nm stn norma ‘Etec praia unas que roi: por een ch por ese ‘ngst saat rns ote sme Pergo es e950 “jogo de ocupato linguistics onde lingua dominante tent ‘abocanha’ a lingua dominada (p22). metifora usta bem come o portuguls acaba se sobrepondo3 gua desnas nas interagtes entre surdose owvintes, por ‘remo. acsimentedemonstrivl que hi mares de mposiga da extra tur do portuguts em alguns Jalars”sinalzados especialmente as ios os ouvintes (Gesser 2006), Mas, por quelsso ocorre? A motivago para a ocorrncia das mares extruturis do portugués na sinalzagio,e mesmo na omunicaposimultinea" no caso do sinall- 2ador owinte brasil, acontee por vris rzbes: pode serum movi ‘mento em dire 2o uso de uma nia Iinga no caso a BRAS; ou pode sep ainda, 0 uso de uma forma “hibrida funciona como una extra utillzda por alguns ouvintes que esto iniiande a contato ea aprendiza gem da lingua de snas — sendo afta oral inetente cultura dos vin tes (Gessr 1999) e, portato, ti fell desvencllar-se dela Em muitos ‘outros moments, todavia, oportuguéssnaizad pode ser orefiexo de uma deologi eento, hi que averigquar mais cde pert para saber sees ses uss, se esses flares 30 ou ndo uma skims tentative to da maloria ouvinte para rota e bani lingua de sna dos urs (Gesser, 2006; 2007). Acredito seresse imo sentimenta que, remetio As losofasoralstae bined, paire no at «evoca malestar quando se fala em portagudssinalzado entre wsurios da nRas. AA lingua de sinais tem suas origens histéricas na lingua oral? Essa pressuposigdo est relacionada a aterlore, a mesma forma, to passa de una iso. Cada ina de sna em suas in lunes e ra ‘es histrieas a partir de linguas de sinaisespectins. Hi poucos doce ‘mentos repstrados por surdos,e sobre os surdos, que possam fornecer Informa;des sobre a origem eo desenvolvimento das inguas de sinais ‘at mtn gis nse eee ss 36 wus cacinances contre surdos. Mas Wilcox & Wilcox (1997 angumentam que hé dls tipas de evidénca que mostra o uso natural da lingua pelos surdos. © primeito 6 o relatado em uma pequena ih comuniira nos are ores da costa de Massachusets, Estados Unidas, chamada de Martha's Vi rneyard onde uma elevada incidéncia heeditia da surder foi observa {entre os séclos XVI e meados do stculo XX, No ivo Everyone Here Spoke ‘Sgn Language, Nora Groce (1985) dedicr-sea descrever essa ea sua nail A autora contaa histria dos surdos nessa comumnidade mostrando ‘qe os primeirs habitants da ha vinam da Inglaterra flava gum tp de lingua de sina. Estavam to inteados a0 ca ada da tha que io se consderavam nem eram considerados defcientes tm grupo & parte Atéos das de hoje ess tha €conbecida como ania comunidade Tlingue na qual tanto os ouviates como os surdos usar sinais na mesma proporrequea lingua inglss em todos os imbitosdaintrar cotiiana © segundo tip de evdéncia vem da Franca st relatada em um liveo escrito em 1778 por um sur chamnado Pierre Desloges. Olivo se Inttula Observation of@ DeoF Mute, e 0 autor eserevevo para defender ‘sua props ina contra aqueles que achavam que os snais deviam ser banidos(Wileox & Wileos, 1997). ‘Tanto a lingua americana de sinis(omerican sgn language - aS) ‘quanto ingua brasileira de inal (ums) tem suas origens na ingua francesa de sna. No caso americano,oprotetanteamerieano Thomas Hopkins Gallaudet decid viajar para a Europa”, afim de buscar ajuda para Alice Cogswell uma garotina surda de 8 anos filha de seu viinho. Deposdeaigumas tentativas com ox oralistasFranceses, Gallaudet desis ‘tude seguir esse caminho, visto que no contiava no método em pregado ara orliza rlangassurdas. Fol nto que contatou osurdo frances La cane lot Sr (FEMI) wt e035 tm res pe ‘lan Sn sate a HE) coe ‘a aarp Peet aa orl nae oe) Ae Tee (Conor do maar) rare pe co Ae ee) a Maat (Giiys Ln Ceo ss eam tape eases eet ‘intone rem ea aap tas (ane 1980 sweante ss rent Cer, Na Panga, fou muitos meses aprendendo a lingua francesa ddesinais, enti tevea dela de convida Clee para ir morar nos Estados Unidos para que els abrissem a primeira escola para surdos. Aescola fot Imaugurada em 1817 e inka o nome de: The Connecticut Asylum for the Fduation and Instruction ofthe Deaf and Dumb Os surdos de todos 03 ‘ants dopa migraram paraa escola, enquanto, como pasar dos anos, ‘outrasescolas iam sendo abertas em diferentes regibes.O filha de Gala et, chamado Bawardfundou, em 1664, a Gallaudet University. Embora 5 sinaisamericanostenham ralzes nos sna franceses at também sofreu inuéncas dos sna dos indios locals. Essa combinacioformou ast moderna (Lane, 1984; Bayton, 1996, Wileox & Wileox 1997), Da mesma forma que na ASL, ma Linas tambien se observe algun tipo deinfludncta dos snasrancees. im 1855, um surdo francs camer «do Emest Huet chegou a0 Brasil como polo do Imperador dom Peo ar erlar a primeira estla para surdosbrasleiros. De acordo com os Teglstoshistiricos dsponteis (Reis, 1992), nio est claro por que dom Pedro estavainteressado a fundacio da escla, Rocha (1997.53) espe ‘la sobre pelo menos duaspossblldades uma seria a posibidade de 8 princess Isabel ter uma clanga sundae otra tera eelago com us vista do imperador& Universidade Gallaudet (EUA) para diseutir a fun dacio de uma escola similar no Brasil ato & que em setembro de 1657 Jo Tundado o nsituto Nacional de Educagi de Surdo (INES) no Rio de Janeiro, no mesmo endereyo em ques localiza at hoje Durante anos. 0 NES tem sdoo centro de referencia ede formagio dos indviduossurdos, "Enmbore,naquelaépoca, a pessoas no fires mento a Liskas snals ram privlegiados na educagio das cancas. Huet trabalhou também na formagio de outros dos professres,conhecdos como o mos La Pea que sjudavam na instrugdo dos surdos. A escola passou por mudangas radicals com a sada de Huet (enti com séros problemas fnancelos ¢ confitos familiares) ecom a entrada na administra de um médica chi ‘mado Tobias Rabello Leite (de 1968 até sus morte em 1896)" LSE secede mtg Anon mater 2 Ener roc ens are it de enon com chp tm 5 pms tat oem 8 ands aa Cond eros sree ‘ei unin parr poets Se prs ini aa Sesser 1958 7) Fs a urea open ee oma ws sen sata tro fata importante nesse proceso fo © Congresso de Mio, em 1680, que em fun do impacto mundial de sua deco em favor das flo- Sofls emétodosorlstas a qualquer custo, afetou a educao dos surdos em todas. as partes do mundo. No Brasil aidla do oalsme comopaa ser dsseminada em 1911, ea superincendente do INES, Ana Rimolt de Faria Doria que acatou a flesof,separavaossurdas mas wes dos mals no- ‘os para evar ocontatoeuso de lingua de snas Outra gura ness ce- nino fl let Vasconcelos qu, nsprada na abordagem da comunieago total infuencada pela Universidade Gallaudet, dfendia que fl, gests, Pantomina e inaisdevertam ser empreados na frmagio dos indvcuos Surdos. Mute foram feat aes filosfia, mao debate propciava um repensordetadoo que fora ito em termosingustcoseedicacionais. Na décda de 1980, fundow ea FENEI (Federar20 Nacional do Educacio «Interasie de Surdos), Tes amigos surdos encaboraram afundaclo da ‘nsttulgdo — Ana Regina S.Campllo, Fernando M. Valverde e Antinio Abreu — signicando um grande avango em favor da deesa dos die tos dos suds: Em esumo,aarigem da uses est intimamente liga a0 rocesso de esolrizaeo dos sures e mesmo que nas nstncias ec ‘onais lingua leplima dos suds enka sido banida em muitos momen: tos, os sures sempre a utzaram entre sO eontato do profestor sudo frances Huet com os alinos brasleros proporconeu em grande medida, ‘res empréstimoslingusticos da lingua francesa de inal para a usRas Entretant,é importante dizer que a coabitago da mori das i uas de sna com a lingua ori faz com que empréstimos, alternan- ‘ase trcas linguistics aontesam,inevitavelmente. Mas sso nao quer Azer que as linguas de sinais tenham sas origens ou rales histéricas has lings ori. relago jastamenteinversanahistria da evolu ‘do homem,constata-se que outo de sna pes mos como forma de co- ‘muniagio pelo homem é anterior ao da fla veal ~ uma das evidenias lingusticas para afirmar que ohomem tem uma capacdade naa stin- ‘iva para desenvlver inguagen ‘ht nan ayunensn por use dns ng a lc sft ar ne ee. pn 65 es ene {Sin amcor compara mene ni ape 83. 1 aga ou pi era a ames sia 2 finan ne 905039) wh lng pote pat rapa ‘e-deumssns eta sua ame hme er ea ‘A upeas ‘falada’ no Brasil apresenta uma unidade?? Cronga Em todas as linguas humanas, M variedade e divesidade ( socilinguist Marcos Bagno faz uma bela discuss3o em temo da des construsio de algins mitos sobre lingua portuguesa em se famoso leo Preconcat ingistico —o que é como 38 fz, escrito em 1999 desde nto, seguidamentereeditado, Segundo o pesqusador,o mito da “uniade ingistica do Brasi” 60 maior e mais srio de todos, po esta presente no dscurso nfo somente da popuagdo,mas de multosintalee {uals A escola, por exemple, tem se apropriade desse mito, tornando-> natural. Una vez naturalizado,deiza de er erengae passa a funconar como um principio normalizador mpondo sa naa lng cana sla foe, de ft, 2 nga comum a tds 155160 males de brass dependente desta Wage, desu gen ogra, de sua stay sodoncondnica de Seu grat de xalarng30| fe (Bag, 1999"). Alngua portuguesa “ums unidade que se constitu de malas va riedades" (Parimetros Curiculares Naconais, 1998: 29 apud Bago, 1999: 19), Portanto, dace que todos os brasileiro flan 0 mesmo por tuguésé uma inverdade, na mesma proporo em que énverdade dizer fue tos os surdasusamn a mesma tapes. Afirmar essa nidade 6 ne sara variedade das linguas, quando de ato nen lingua 6 uniforme, hhomogénea. A variarao pode ocrrer nos nies fonoligico(pronincia), Imorfoligico (palavras) esntteo(sentengas) est igadas aos ftores soca de dade, gbnero, raga educago e stuagio geogrifica, Assim, o= surdos adultos ¢ adolescentes varia em seus sna, da mesma forma ‘ide ota pn # pease de mpl anes Pees ‘enn sensing ios ee ‘Nis ria bring demo soe — 0 amaze went que os sus cearenses,paranaenss,carioeas.*. Quem jéndo ouvin lguém dir “esses sna so ‘amigas do tempo dos avd” ou anda, na {ele ugar se fola iferente”. Esa diferenga nao deve serencarada como | or Na lstapso, 6 posivelconstatar que a variago lexical ocore em ierentesestados (come a compara do sina faculdade usado no Rioe fem So Palo) e também dentro de um mesmo estado, depeder da co- ‘rida de fala de cada regi (como nos exemplos da palavaespanhol fm Sio Paul) Ese tema ¢ importante porque, em algumas situagbes alguns snalizadores da lingua de snas resist a aceltar a diversdade ‘eacabam dizendo algo como “esse sal éerrado"ou ese sna ndo ex tet quando de fato se rata de variantes da lingua (Gesser, 2006: 176) lingua de sna ao passay lteralmente, “de mio em mio aque n sine a “sotaques empresta ¢incorpora novos sal, nescl-se com outs tne gas em conto, adquire now roupagens. 0 fendmeno da varagoe da diversidade esté presente em todas as lings viva, em movimento. & Justamente nas priticas sci de uso da inguagem entre surdo/surdo e surdo/ouvinte que é possivelensergaro mliingusmo (variedaes des prestigiadas em sia, em portugués, em combinagfo de modalidade), 25 mareas da hetorogenedade nos sins dos surdas-cege, dos indo, dos owines falas (ou no) desurdos dos sus eatarinenses, pa lstas, permambucanos... oe), as ras lingua em LBRAs®, are rere rr ‘Acta (207 ae» ating um ps Ba Euan ona mrss) eo oe 42 ums quitean ese A lingua de sinais 6 uma lingua dgrafa? ‘to, mas, até bem pouco tempo, agua de sinais ea considerada ‘uma lingua sem esrit A escrita de qualquer lingua € um sistema de r= presentagSo, uma convensio da realidadeextremamente sofisticada, que fe consitul num conjunto de simbolas de segunda ordem, seam asl gas verbal ou de sina: yrOR SR RARE & VT y [Ae de representa as linguas de sialsremete-nos 3 histri de uma coredgrafa americana, chamada Valerie Sutton. im 1974, Valerie ‘hamou a atengdo da comunidad cintificadinamarquesa das linguas fe sinals com a cviago de um sistema para registrar as dangas de seus shuns. Atransgodos"sinals da dana para a excita dos sna" inielar so partir do contato dos pesquisadares da Universidade de Copena= igen com a colaborago de Valerie com base em seus relstrosgravados Decorve dessa aga primeir encontro de pesquisadores, nos Estados Unidos, organizado por fudy Shepard) e dele um grupo de surdos adultos aprende a esrever os sna de aordo com o Sign Writing” ‘Alguns livros ehistrias foram registrados. nicialmente eserto ro, hoje fh programas deservol¥idos para o registro da eserita via ‘computador. A popularidae do sistema de escrta fol pouco a pouco se Instaurando nos Estados Unidos. Projetos de pesquisa e vrs tipos de _suporte so oferecidos a algumas escola que tm interesse em promover ‘llabetiza0 em SignWrtingOsstema pode ser apllado na represen- ‘ago de qualquer lingua de siais. (Brasil nila sua adie, em 1996, com um grup de pesquisa co ‘ordenado por Antnio Carlos da Rocha Costa, na PUC de Porto Alegre. No projet, destaca-se a partiipago dasa Marianne Stump que de- senvolveu wabalhos de alfabetizafio com crlangas surdassinallzadoras {da unnas, Observowse ue os surdos expostos ao sistema SignWriing tunham muita facidade par esrever: Um dos grandes desafos dos pes- _quisadores no process desstematizago &toraragrafia mals cone ‘hecarapossvelHé alguns sinals em uranas que to mui complexos para registrar no sistema (@o caso de chocolate, por exemple), mas, da ‘mesma forma que aeserita da nossa lingua oral, aescrita em sinalstende ‘se modifica com o tempo, no sentido de ser “mals rpida, mas simpl- feada, mals esquematic” (Stumpf, 2003: 65)°. ae “2, et [pte daae gee sistema no Brasil ainda inciponte est em fase de experimen tajlo, pois a propria grafia dais passa por um processo de padroni- ‘ago. Nota-s uma dferenga de urdo para surdo no uso dos rafemas uns sto mals detalhistas, outros menos. Anda ha muita experlaglo Sobre assunte por sso sio necessiios mals estudos para compreendet os simbolosecriar uma tradgio na Sociedade para o letramento na e5- ‘rita de siais. ua importinla,entretant, 6 sem sombrs de dvida, um ‘bem cultural com psitivasimpleages para ofortalelneto ea emanc ado linguistic do grupo minoritrosurdo

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