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2 - N° 3 – Dezembro de 2007
Resumo
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Aluna de Graduação do Curso de Turismo da PUCMINAS, membro do Grupo de Pesquisa - CNPq –linha –Turismo, Gestão e Negócios
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Aluno de Graduação do Curso de Turismo da PUCMINAS, membro do Grupo de Pesquisa - CNPq –linha –Turismo, Gestão e Negócios
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Professora de Economia –Escola Superior de Turismo da PUCMINAS. Especialista em Políticas Públicas. Mestre em Ciências
Políticas -DCP- UFMG. Doutoranda em Economia Aplicada – Universidad de Valencia. Espanha. Pesquisadora na área de turismo,
economia , negócios e gestão. taniacri@pucminas..br
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INTRODUÇÃO
No entanto, nas últimas décadas um outro modelo tem sido discutido e analisado
amplamente por diversos setores sociais na busca de uma outra possibilidade da produção
econômica que seja capaz de promover melhorias qualitativas através da atividade produtiva,
gerando desenvolvimento e sustentabilidade na localidade, região ou no território. Neste
aspecto, este trabalho tem como objetivo principal analisar o papel da atividade turística
enquanto promotora de desenvolvimento e sustentabilidade e enfoca o turismo responsável
como alternativa e desafio posto no inicio do século XXI.
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O turismo no Brasil vem crescendo cada vez mais, tanto em números de turistas, quanto
na renda gerada pela atividade, visto que de janeiro a agosto de 2005, o desembarque de
vôos internacionais no Brasil foi 15,1% maior que no mesmo período de 2004. Os
estrangeiros gastaram no País, nesse período, US$ 2,53 bilhões - aumento de 20,1% em
comparação ao período do ano anterior, e os números crescem ainda mais. “Em agosto
de 2005, houve um recorde de gastos dos turistas estrangeiros no País: US$ 360
milhões”. Até o final do ano de 2005, a soma deve chegar a US$ 3,84 bilhões. A
previsão de crescimento para 2006 é de 12%. O Turismo ocupa hoje o 2º lugar no PIB
(Produto Interno Bruto) mundial, e com isso tem atraído o olhar de estudiosos de
diversas áreas, para que este fenômeno seja bem compreendido.
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Um dos fatores que fazem com que a atividade turística em algumas comunidades seja
vista como negativa é a exclusão social. Não há dúvidas que o Turismo gera empregos e renda,
mas, também se observa que na maioria das vezes estes empregos são ocupados por pessoas de
outras cidades que se dizem melhores profissionais e mais qualificados. Assim o morador
local pode vir a ser excluído deste mercado e com isso passam a olhar o turismo como uma
atividade negativa que não traz nenhum benefício para sua vida e para a localidade. Qual
vantagem tem as pessoas que vêem suas cidades sendo “invadidas por pessoas estranhas” e
também, ver outras tantas tomando o posto de trabalho por serem mais qualificadas ou por
terem mais informações que os residentes da localidade.
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“..é. importante que as cidades, mesmo aquelas sem grandes atrativos, escolham
os segmentos de turismo que seja mais [compatível] com a sua vocação e à
identidade cultural de suas populações, envolvendo-as desde o início no
processo de planejamento. Quanto mais identificada com o projeto de
desenvolvimento turístico, mas engajada e participativa será a comunidade”.
((MURTA, 2002. pg.43).
A autora afirma em seguida a partir das entrevistas que a maioria dos moradores de
Governador Valadares que foram entrevistados que a melhor alternativa
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mencionada por Murta (2002) se refere aos projetos turísticos que buscam intervir em um
tradicional ponto turístico de uma cidade que apresenta problemas que envolvem a exclusão e
a marginalidade social de parte significativa da comunidade local. E que ao final somente
reforça esta tendência . Questionou o fato de que o objetivo principal destes projetos é de
promover a recuperação e a preservação de espaços antigos para transformá-los em atrativos
turísticos, ressaltou que:
O Turismo pode, desde que bem planejado e com a participação democrática dos atores
envolvidos, contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento socioeconômico e
ambiental de muitas regiões com grandes potencialidades turísticas, consideradas as
características e os elos da cadeia produtiva, visando a melhoria da qualidade de vida e o bem
comum. O turismo quando analisado apenas em sua potencialidade econômica deixa de
cumprir com sua função social e cultural que vem desempenhando com certa parcialidade até
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O grande desafio consiste em criar condições efetivas para que o turismo responsável
seja capaz de transformar a realidade das cidades Brasileiras utilizando uma linha de
planejamento que fortaleça as potencialidades locais com sustentabilidade, garantindo um
desenvolvimento que almeje o desenvolvimento e a implantação de modelos inclusivos.
BIBLIOGRAFIA
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BARRETTO, Margarita. Manual de Iniciação ao Estudo do Turismo. Campinas, SP: Papirus 1998.
FREIRE Doía; PEREIRA, Lígia Leite, apud MURTA, Stela Maris; ALBANO Celina. Interpretar o
Patrimônio: um exercício do olhar. 2002 p. 127.
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LE GOFF, Jacques. A História Nova. 2ª ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1993.
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MURTA, Stela Maris; ALBANO Celina. Interpretar o Patrimônio: um exercício do olhar. 2002.
XAVIER, Herbe. Percepções geográficas dos deslizamentos de encostas. São Paulo :Aleph.2007