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PUC Minas – Revista de Turismo – Vol.

2 - N° 3 – Dezembro de 2007

TURISMO RESPONSÁVEL: uma alternativa para o desenvolvimento


sustentável?
Juliana Oliveira 1
Sergio Lucas2
Tania Cristina Teixeira3

Resumo

Em um momento em que o Turismo ganha força como alternativa de desenvolvimento


sócio-econômico para várias cidades brasileiras faz-se necessário uma reflexão sobre este
fenômeno que se tornou o negócio que mais cresce em todo o mundo, sendo grande gerador de
empregos e renda. Este artigo tem como objetivo de expor como que estas transformações têm
sido realizadas e quais os impactos que tem gerado na comunidade local. Busca identificar se o
turismo responsável é uma alternativa efetiva para o desenvolvimento socioeconômico,
cultural e ambiental das comunidades.

Palavras-chaves: Turismo,responsabilidade social,desenvolvimento e sustentabilidade

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Aluna de Graduação do Curso de Turismo da PUCMINAS, membro do Grupo de Pesquisa - CNPq –linha –Turismo, Gestão e Negócios
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Aluno de Graduação do Curso de Turismo da PUCMINAS, membro do Grupo de Pesquisa - CNPq –linha –Turismo, Gestão e Negócios

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Professora de Economia –Escola Superior de Turismo da PUCMINAS. Especialista em Políticas Públicas. Mestre em Ciências
Políticas -DCP- UFMG. Doutoranda em Economia Aplicada – Universidad de Valencia. Espanha. Pesquisadora na área de turismo,
economia , negócios e gestão. taniacri@pucminas..br

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INTRODUÇÃO

O Setor turístico, ao lado da tecnologia da informação e das telecomunicações, é um dos


setores de maior crescimento na atualidade. De acordo com a OMT (Organização Mundial do
Turismo) o turismo gera anualmente cerca de US$ 4 trilhões o que corresponde a 10% do PIB
mundial e emprega 200 milhões de pessoas direta ou indiretamente. Segundo o Ministro do
Turismo Walfrido dos Mares Guia, o turismo é o maior negócio do mundo e uma forma de
“tirar o país do buraco”, podendo gerar um crescimento de 17,5% se planejadas e utilizadas
sustentavelmente nossas potencialidades turísticas naturais, culturais e históricas. (MTUR:2006)

O crescimento do apelo turístico baseado na preservação e conservação da natureza


(fauna e a flora), além do patrimônio histórico e cultural pelos países do primeiro
mundo, coloca o Brasil na vanguarda, e segundo a Organização Mundial do Turismo
(OMT), o Brasil está entre os 30 principais destinos, um incentivo a mais para atrair
estrangeiro. Agregar informações sobre a influencias do setor empresarial do turismo e a
responsabilidade social,visando a sustentabilidade e o desenvolvimento.

Beni (1998) considerou que

“... o turismo é manifestação e continua atividade produtiva, geradora de rendas,que


se acha submetida a todas as leis econômicas que atuam nos demais ramos e setores
industriais ou de produção. (...) provoca indiretamente acentuadas repercussões
econômicas em outras atividades produtivas através do efeito multiplicador.” (Beni,
1998.p.64)

No entanto, nas últimas décadas um outro modelo tem sido discutido e analisado
amplamente por diversos setores sociais na busca de uma outra possibilidade da produção
econômica que seja capaz de promover melhorias qualitativas através da atividade produtiva,
gerando desenvolvimento e sustentabilidade na localidade, região ou no território. Neste
aspecto, este trabalho tem como objetivo principal analisar o papel da atividade turística
enquanto promotora de desenvolvimento e sustentabilidade e enfoca o turismo responsável
como alternativa e desafio posto no inicio do século XXI.

Na primeira parte apresenta-se a evolução setor turístico no Brasil e seu desempenho.


Em seguida discute-se o possível esgotamento do modelo de crescimento econômico e a

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possibilidade de criação efetiva de um novo modelo capaz de permitir o desenvolvimento com


sustentabilidade e responsabilidade, ressaltando a capacidade transformadora do turismo
responsável. Na última parte, analisam-se algumas experiências da atividade turística,
destacando as implicações e os dilemas vividos pelos atores sociais na construção do turismo
responsável e a construção da sustentabilidade. Seguida das conclusões finais.

1. A EVOLUÇÂO DO SETOR TURÌSTICO NO BRASIL

O turismo no Brasil vem crescendo cada vez mais, tanto em números de turistas, quanto
na renda gerada pela atividade, visto que de janeiro a agosto de 2005, o desembarque de
vôos internacionais no Brasil foi 15,1% maior que no mesmo período de 2004. Os
estrangeiros gastaram no País, nesse período, US$ 2,53 bilhões - aumento de 20,1% em
comparação ao período do ano anterior, e os números crescem ainda mais. “Em agosto
de 2005, houve um recorde de gastos dos turistas estrangeiros no País: US$ 360
milhões”. Até o final do ano de 2005, a soma deve chegar a US$ 3,84 bilhões. A
previsão de crescimento para 2006 é de 12%. O Turismo ocupa hoje o 2º lugar no PIB
(Produto Interno Bruto) mundial, e com isso tem atraído o olhar de estudiosos de
diversas áreas, para que este fenômeno seja bem compreendido.

Para o ano todo de 2005, o crescimento de turistas estrangeiros é avaliado em 13% em


relação a 2004, com cerca de 5,34 milhões de estrangeiros. Com base nesses dados o
diretor de Estudos e Pesquisas da EMBRATUR (Instituto Brasileiro de Turismo) José
Francisco de Salles Lopes projeta para o balanço final de 2005 receitas próximas a US$
4 bilhões (em 2004 foram US$ 3,222), de acordo com os dados do BC. E os
desembarques internacionais devem chegar a um total entre 6,9 e 7 milhões de
passageiros.

Como se pode observar o Turismo é uma atividade em fase de expansão e de


crescimento expressivo na última década e vem a cada ano alcançando porcentagens
significativas do Produto brasileiro, proporcionando em grande parte desenvolvimento a quase
todas as cidades que investem nesta atividade. Devido ao grande crescimento da atividade
turística e as transformações econômicas, sócio-culturais e ecológicas que essa proporciona,
muitas cidades tentam melhorar sua oferta turística, mesmo que algumas o fazem de maneira
amadora, sem planejamento.

Verifica-se que em algumas cidades históricas brasileiras importantes medidas são


tomadas quanto ao comprometido e destinado recursos materiais e humanos, visando o
desenvolvimento de um planejamento capaz de propiciar o desenvolvimento e a

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sustentabilidade, respeitando a singularidade de seu patrimônio material e imaterial destas


localidades. Observa-se certa preocupação por parte dos atores sociais com os impactos e com
as incongruências nos modelos econômicos e de gestão, que muitas vezes, resultam no
crescimento desordenado de fluxo de turistas em alguns municípios que estimulou uma forma
de intervenção territorial e das relações sociais sem compreender que turismo é uma prática
social. Passando a ocuparem um dos mercados que esta entre um dos mais promissores do
século e que movimenta uma parte significativa de recursos em âmbito mundial e nacional nos
dias atuais, sem considerarem os resultados em longo prazo e a sustentabilidade de suas ações
e intervenções. Este seria um dos maiores dilemas que a atividade vem apresentando na
construção do turismo com responsabilidade social no país e em muitas localidades/regiões.

1.1- A gestação de um novo modelo e sua capacidade de transformação na


atividade turística

O crescimento econômico não tem dado as respostas para a promoção do


desenvolvimento econômico propriamente dito , e muito menos ao desenvolvimento que leve
a sustentabilidade. Este é um grande desafio vivenciado no século XXI. As grandes utopias do
século XX em que o capitalismo somente gera oportunidades e alternativas para as
sociedades ,economias e empresas foram substituídas por uma outra realidade, a de o mercado
propriamente dito poderá perpetuar relações desiguais e de pouca sustentabilidade. Exigindo a
cada dia o desenvolvimento de novos modelos que sejam capazes de responder aos grandes
desafios do milênio. Destacando que um deles é o desenvolvimento com sustentabilidade da
atividade turística.

Estes processos de criação de novos modelos e de repensar a economia a partir da


sustentabilidade permitiu que novas correntes e linhas teóricas pudessem observar a realidade
e redefinir a partir dos anos noventa , uma nova abordagem a respeito do papel do
planejamento e da responsabilidade social das empresas e do envolvimento da sociedade na
busca de alternativas quanto às saídas para o desenvolvimento humano e de garantias para a
melhoria da qualidade de vida.

Um dos pontos de partida a ser destacado é que estas transformações em âmbito


econômico podem apresentar tanto aspectos positivos quanto negativos a uma localidade, a
uma nação ou a uma sociedade, dependendo da forma como é planejada e conduzida. Dentre
os problemas que podem surgir, destaca-se a exclusão social. O setor turístico também não
fugiu à regra pois no momento de implementar a atividade turística em determinada localidade
passou a ser necessário considerar se esta ação seria geradora de exclusão ou de inclusão
social, na tentativa de evitar que pessoas sejam esquecidas, que culturas sejam esquecidas e
que o cotidiano seja esquecido. Exigindo novas abordagens teóricas e práticas na

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implementação da atividade turística houver um bom planejamento, onde todos os atores


sejam envolvidos com responsabilidade, com envolvimento, respondendo aos interesses da
sociedade.

Um dos princípios difundidos largamente no inicio do século XXI é que a atividade


turística deve promover benefícios não somente econômicos, mas também, sócio-culturais e
ecológicos. Uma vez “garantido” esse benefício a uma maior parcela de determinada
localidade, cria-se melhores condições para haja uma maior inclusão social, fazendo com que a
população local seja incluída em todos os processos de planejamento turístico, promovendo
assim uma maior equidade sócio-cultural e uma melhor qualidade de vida a um maior número
de pessoas possíveis.
De acordo com Beni (1998) o Turismo é reconhecidamente uma atividade econômica,
tendo como um de seus objetivos alcançar a taxa de lucro e de retorno. No entanto, o turismo
também passou a ser reconhecido enquanto uma atividade capaz de gerar novas oportunidades
de empreendimento, de emprego e de desenvolvimento capaz de propiciar inclusão social, ou
seja, uma atividade que favorece a todos os atores sociais, o privado, o público e a população
local.

Um dos fatores que fazem com que a atividade turística em algumas comunidades seja
vista como negativa é a exclusão social. Não há dúvidas que o Turismo gera empregos e renda,
mas, também se observa que na maioria das vezes estes empregos são ocupados por pessoas de
outras cidades que se dizem melhores profissionais e mais qualificados. Assim o morador
local pode vir a ser excluído deste mercado e com isso passam a olhar o turismo como uma
atividade negativa que não traz nenhum benefício para sua vida e para a localidade. Qual
vantagem tem as pessoas que vêem suas cidades sendo “invadidas por pessoas estranhas” e
também, ver outras tantas tomando o posto de trabalho por serem mais qualificadas ou por
terem mais informações que os residentes da localidade.

Um outro dilema a ser mencionado é que este tipo de planejamento e de programação


econômica poderá gerar a desvalorização da população local gradativamente, eliminando
saberes, conhecimento e destruindo o patrimônio material e imaterial da localidade em um
processo de planejamento correto tecnicamente mais sem compromisso efetivo tanto com a
sustentabilidade, quanto com a responsabilidade social.

Observa-se que mesmo com o processo de sensibilização das empresas e do setor


governo nos dias atuais, uma parte significativa das atividades turísticas desenvolvidas,
especialmente, em pequenos municípios, nem sempre é realizada com o consentimento e
participação da população, promovendo degradação das comunidades e exclusão social.
Outro aspecto a ser mencionado, que muitas vezes, a proposta difundida a respeito do modelo
do turismo sustentável e responsável torna-se alvo de críticas contundentes por ser utilizado
como técnica de sensibilização e não ser efetivado na prática. Esta prática acaba por provocar

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o descrédito do planejamento propriamente dito e da destruição de mais uma utopia que é da


construção e institucionalização do turismo responsável.

Em uma pesquisa realizada em Governador Valadares – MG por Stela Murta em 2002,


onde o turismo de aventura tem apresentado desempenho importante, destaca-se uma
preocupação em um dos depoimentos de um dos moradores com a escolha do segmento que
querem atuar sem a interferência de terceiros e apresenta o conflito que há entre os agentes
econômicos e gestores públicos. De acordo com este estudo

“..é. importante que as cidades, mesmo aquelas sem grandes atrativos, escolham
os segmentos de turismo que seja mais [compatível] com a sua vocação e à
identidade cultural de suas populações, envolvendo-as desde o início no
processo de planejamento. Quanto mais identificada com o projeto de
desenvolvimento turístico, mas engajada e participativa será a comunidade”.
((MURTA, 2002. pg.43).

A autora afirma em seguida a partir das entrevistas que a maioria dos moradores de
Governador Valadares que foram entrevistados que a melhor alternativa

“... e explorar (...) a potencialidade turística do município, a partir dos


conhecidos campeonatos nacionais e mundiais de vôo livre. Afirmaram que a
nova administração juntamente com a Associação Comercial, promoveu oficinas
de integração dos vários setores da comunidade em torno de três projetos
básicos para o desenvolvimento do turismo: o pico do Ibituruna e seu entorno
até o Rio Doce, para a prática de esportes radicais e caminhadas ecológicas; O
Centro de Convenções, a ser instalada em uma histórica usina açucareira há
muito desativada, situada num cenário evocativo às margens do rio e destinado
a explorar as características do pólo regional que a cidade tem; projeto para a
melhoria do centro da cidade e de seus acessos foi considerado essencial para
qualquer tipo de turismo que venha se desenvolver, o que certamente inclui o
turismo rural e de pedras preciosas. O resultado tem sido muito animador,pois
toda a comunidade foi mobilizada em torno de um projeto de resgate sócio”.-
econômico a partir da potencialidade da comunidade”. (MURTA: 2002. pg.43).

Neste sentido, pode-se concluir que o modelo de planejamento que leve em


consideração o uso racional dos recursos naturais e culturais em uma cidade turística
envolvendo os atores sociais, o setor público, privado e a comunidade pode resultar em
experiências com êxito que poderão ser replicadas em outras comunidades. Outra experiência

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mencionada por Murta (2002) se refere aos projetos turísticos que buscam intervir em um
tradicional ponto turístico de uma cidade que apresenta problemas que envolvem a exclusão e
a marginalidade social de parte significativa da comunidade local. E que ao final somente
reforça esta tendência . Questionou o fato de que o objetivo principal destes projetos é de
promover a recuperação e a preservação de espaços antigos para transformá-los em atrativos
turísticos, ressaltou que:

“este processo se deu à revelia da população local, que foi duplamente


excluída: não participou do processo de interpretação patrimonial, assim, não
construiu estratégias preservacionistas em conjunto com os órgãos públicos e
os técnicos, além de em segunda instância ser impedida de retornar ao espaço
que habitava”. (MURTA, 2002, p. 43).

A obtenção de lucro com estas iniciativas de planejar e estruturar o espaço turístico


em algumas localidades pode gerar o incremento e o crescimento econômico da atividade
turística, no entanto,o mesmo não se pode afirmar a respeito da criação de uma proposta de
planejamento que resulte no desenvolvimento do Turismo responsável e da sustentabilidade.
Em muitos casos poderá provocar o empobrecimento das famílias que são remanejadas do
espaço territorial sem a criação de alternativas de renda e de sobrevivência e por destruírem
parte da identidade cultural dos moradores da localidade.

O grande desafio para a reversão futura destes processos é o comprimento de uma


agenda social promotora da inclusão. No entanto, é importante ressaltar que mesmo as
tentativas de implantação da proposta de desenvolvimento sustentável recebem criticas dos
atores sociais em muitos municípios onde se almeja a promoção do turismo sustentável sem a
utilização de uma metodologia e um planejamento que crie condições efetivas para a
sustentabilidade e a responsabilidade social.

2- TURISMO COMO ALTERNATIVA DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-


EOCNOMICO, CULTURAL E AMBIENTAL.

O Turismo pode, desde que bem planejado e com a participação democrática dos atores
envolvidos, contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento socioeconômico e
ambiental de muitas regiões com grandes potencialidades turísticas, consideradas as
características e os elos da cadeia produtiva, visando a melhoria da qualidade de vida e o bem
comum. O turismo quando analisado apenas em sua potencialidade econômica deixa de
cumprir com sua função social e cultural que vem desempenhando com certa parcialidade até

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o momento presente. Mas, se os planejadores turísticos conseguirem conjugar o Turismo com


um planejamento que considere efetivamente os valores como o da responsabilidade social e
da sustentabilidade.

Segundo Murta (2002), em muitos países e em municípios que contemplaram a


preservação e a conservação cultural no processo de planejamento turístico já elegeram a
preservação, conservação e interpretação do patrimônio cultural como elementos - chave para
valorizar lugares como atrações aos olhos do visitante e do turista.

Conforme apresentam Murta (2002) e Xavier (2007), a interpretação pode ser


entendida pela reprodução de símbolos, atribuindo novos significados ao patrimônio material e
imaterial é de grande valia para dignificar o patrimônio. Antes de preservar e conservar tem
que saber interpretar.

Entender o sentido de interpretar, preservar e conservar o patrimônio pode ser uma


alternativa para conservar os patrimônios históricos e culturais de cada município. Uma vez
entendido estes conceitos, o risco de ter a integridade do patrimônio abalada é menor. Se o
turista entender o significado de interpretar dará sustentabilidade ao atrativo.

Segundo Coriolano (2003)

“...o desenvolvimento local é o desenvolvimento endógeno, de dentro para fora,


de baixo para cima, é o desenvolvimento social, o desenvolvimento do homem,
das condições humanas, são as buscas de alternativas para criar novos cenários
e priorizar outros atores sociais, como os trabalhadores, as mulheres, os jovens,
os vizinhos, os residentes, os excluídos, os nativos, as comunidades”.
(CORIOLANO, 2003, p. 64).

Seguindo a mesma linha de pensamento do autor, pode-se concluir que o planejamento


turístico de base local beneficia o setor público, o setor privado, a comunidade local e os
patrimônios materiais, imateriais, natural e humano. Estas transformações podem propiciar
tanto a descaracterização das cidades brasileiras, quanto o fortalecimento da identidade
cultural, mantendo a integridade do patrimônio natural e cultural sem ocasionar em perda da
memória coletiva .

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

As transformações promovidas pela atividade turística em muitos municípios em


produtos de consumo massificado podem gerar grandes problemas sócio-ambientais e
econômicos que surgem no desenvolvimento do Turismo. Uma boa alternativa seria o
planejamento de base local.

O grande desafio consiste em criar condições efetivas para que o turismo responsável
seja capaz de transformar a realidade das cidades Brasileiras utilizando uma linha de
planejamento que fortaleça as potencialidades locais com sustentabilidade, garantindo um
desenvolvimento que almeje o desenvolvimento e a implantação de modelos inclusivos.

BIBLIOGRAFIA

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