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1° CASO
Congestão Nasal e Desconforto Geral
HISTORIA SOCIAL: Financeiramente estável, casada faz dois anos, não fuma, não
consome álcool.
HISTORIA PROFISSIONAL: Trabalha faz cinco anos como professora uma creche na Zona
Norte do Rio de Janeiro, formada em pedagogia.
EXAME FÍSICO: Altura 1.68, peso 59 kg, T° 39,1 C, FR = 20, FC = 87, TA = 124 / 66. Congestão
nasal evidente, sem dispnéia, rinorréia esverdeada abundante. Leve fotofobia sem
outras alterações visuais, otoscopia sem alterações, canal orofaríngeo sem alterações,
dor na palpação de seios frontais e maxilares.
Ausculta cardíaca rítmica sem sopros. Murmúrio vesicular adequado sem ruídos
adventícios.
Abdome compressível sem dor ou viceromegalias.
Pulsos periféricos simétricos, sincrônicos e palpáveis.
Resto do exame físico normal.
QUAL O DIAGNOSTICO
Clinica?
Pela história clinica de sintomas respiratórios altos, evolução natural da patologia que
não melhora com recomendações médicas e os sinais achados na nova avaliação
orientam para um quadro de sinusite aguda. Sinusite é a segunda infecção mais comum
das vias aéreas superiores. Pode ser causada por vírus, bactérias ou alergias.
Os seios paranasais são formados por um grupo de cavidades aeradas que se abrem
dentro do nariz e se desenvolvem nos ossos da face. Estas cavidades têm
comunicação com as cavidades nasais. As causas mais comuns que podem
desencadear a sinusite são: a gripe, alergia, desvio do septo nasal e más condições
climáticas.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS?
a) Resfriado Comum → Infecção mais comum das vias aéreas superiores, O principal
agente causador do resfriado comum é o rinovírus. Mas existem vários outros
vírus capazes de provocar esta doença, como o vírus parainfluenza, o
adenovirus e o vírus sincicial respiratório.
QUAL A CONDUTA?
Paciente com sintomas de vias aéreas superiores com prévio tratamento médico sem
melhoria. Agora esta com cefaléia e febre, sendo necessário investigar um pouco mais
seu quadro para iniciar rapidamente o tratamento adequado.
Tomografia evidencia acumulo de muco nos seios paranasais com preferência no lado
esquerdo. Edema mucoso produz obstrução das vias de drenagem dos seios que
posteriormente e infectado por vírus ou bactérias. Uma estrutura óssea perissinusal
integra apóia a teoria de um quadro agudo, já que sem fosse um quadro crônico as
paredes ósseas apresentariam um espessamento.
EVOLUÇÃO
Inicia-se terapia antimicrobiana por 7 dias com amoxicilina * 1000mg / dia,
descongestionante nasal, AINES * 500mg / 8 hrs, hidratação oral, repouso. Paciente
com evolução favorável e não apresento complicações.
Ao contrário do resfriado comum, na gripe ocorre febre alta, de até 40ºC, e calafrios. Além
disto, outras partes do corpo podem ficar doloridas, podendo ocorrer dor de cabeça, dor
no corpo e nas articulações. Também é comum haver intolerância à luz e lacrimejamento.
O acometimento das vias aéreas superiores é percebido pela presença de coriza, tosse,
dor de garganta e obstrução nasal. Além disto, as vias aéreas inferiores também podem
ser atingidas, o que resulta em tosse e dificuldade para respirar.
Fig. 1 Fig. 2
Fig. 3 Fig. 4
TC de seios da face, cortes axiais. Espessamento mucoso nos seios frontal esquerdo (fig. 1), maxilar ipsilateral
(fig. 3) e de algumas etmoidais à esquerda (fig. 2). Pequeno espessamento mucoso no maxilar esquerdo (fig.
4).
Fig. 5 Fig. 6
Fig. 7 Fig. 8
TC de seios da face cortes sagitais. (fig. 5) Espessamento mucoso do seio maxilar direito, (fig. 6) Mínimo
assentamento mucoso no seio maxila esquerdo. (fig. 7) Nota-se velamento parcial do seio frontal direito. (fig.
8) Moderado compromisso dos seios esfenoidais e algumas células etmoidais.
TC de seios da face, cortes coronais uma vez mais evidenciando espessamento mucos nos seios esfenoidais
(fig. 9), frontal direito (fig. 10), e maxilares (fig. 11).
Fig. 12 Fig. 13
Raios X da face com velamento parcial do seio maxilar direito; espessamento da mucosa ou seio maxilar
esquerdo. As incidências utilizadas para avaliação são Waters (fig. 12), Caldwell (fig.13) e lateral ou perfil.
2° CASO
Cefaléia e Obstrução Nasal
HISTORIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente com quadro clinico de 6 meses de evolução com
cefaléia hemicraneana esquerda leve, posteriormente surge sensação de obstrução
nasal ipsilateral. Paciente consulta otorrinolaringolista quem inicia estudos para o
paciente.
HISTORIA SOCIAL: Depende financeiramente de seus pais, não fuma, não consume
bebidas alcoólicas nem psicoativas.
EXAME FÍSICO: Altura 1.76 m, peso 61 kg, T° 36.3 C, FR = 17, FC = 81, TA = 114 / 72.
Congestão nasal escassa, sem dispnéia no momento. Sem alterações visuais,
otoscopia sem alterações, canal orofaríngeo sem alterações,
Auscultação cardiorrespiratória dentro de limites normais.
Abdome desprezível e indolor, não apresenta viceromegalias.
Pulsos periféricos simétricos, sincrônicos,
Pares craniais sem déficit motor ou sensitivo. Não apresenta lateralização.
HIPÓTESES DIAGNOSTICAM:
a) Sinusite Crônica → Processo inflamatório de pelo menos um dos seios
paranasais. Caracteriza-se pela persistência dos sinais e sintomas da
sinusite por mais de 12 semanas como rinorréia purulenta, congestão nasal,
tosse, secreção posterior, halitose, dor de garganta varia com a faixa etária e
intensidade do quadro.
EVOLUÇÃO
O paciente foi submetido à cirurgia através do acesso cirúrgico externo por
rinofrontotomia lateral esquerda com extensão supraorbitária sob anestesia geral,
sendo o tumor ósseo fragmentado com uma broca de motor pneumático com exérese
total da lesão. O exame anatomopatológico confirmou a suspeita de osteoma. O
paciente evoluiu sem evidências de recorrência da lesão.
Sua incidência varia de 0,43% a 3%, sendo localizados geralmente no seio frontal (57-
80%) seguidos dos seios etmoidais (16-25%) e mais raramente nos seios maxilares e
esfenoidais . Sua incidência é maior nas 3ra e 4ta décadas de vida, porém pode ser
encontrado em qualquer idade. Apresenta discreta predominância no sexo masculino
Figuras 14 – 19; TC de seios da face, cortes axiais sem contraste, onde se observa massa de osso polipóide
fazendo protrusão para os seios frontais (fig. 14 – 16) e de células etmoidais à esquerda (fig. 17 – 18),
adicionalmente pode-se visualizar discreto espessamento mucoso nos seios frontais.
Fig. 20 Fig. 21 Fig. 22
Figuras 20 – 22; TC de seios da face, cortes sagitais. A lesão se insinua pelo canal frontonasal esquerdo e
acomete algumas células etmoidais deste lado, acarretando retenção de material com densidade de partes
moles nos seios frontais.
Os seios da face e um dos exames que precisa dos três cortes tomográficos AXIAIS, CORONAIS e SAGITAIS
para poder caracterizarem e delimitar às lesões que afeitam esta região.
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