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Matemática elementar/Imprimir
Conjuntos
Em Matemática, conjunto é uma coleção de objetos (chamados elementos). Os elementos podem representar
qualquer coisa — números, pessoas, letras, etc - até mesmo outros conjuntos. Um conjunto pode conter outro(s)
conjunto(s), inclusive. Incorretamente chamada de "Teoria dos Conjuntos" no ensino médio. Essa teoria existe, mas
não é tratada no ensino médio, sendo a Teoria mais conhecida, a Axiomática de Zermello Frankel (ZFC, C
relacionado ao Axioma da Escolha), tratada de forma elementar no livro "Teoria Ingênua dos Conjuntos" de Paul
Halmos, traduzida para o português pelo prof. Irineu Bicudo.
Trata-se de um conceito primitivo. Um conjunto possui como única propriedade os elementos que contém. Ou seja,
dois conjuntos são iguais se eles tem os mesmos elementos.
Representação
Matematicamente o conjunto é representado por uma letra do alfabeto latino,
maiúscula (A, B, C, ...). Já os elementos do conjunto são representados por
letras latinas minúsculas. E a representação completa do conjunto envolve a
colocação dos elementos entre chaves, da seguinte maneira:
Especificando conjuntos
A maneira mais simples de representar algebricamente um conjunto é através de uma lista de seus elementos entre
chaves ({ }), conforme descrito nas seções anteriores:
Informalmente, usa-se o sinal ... quando a regra de formação do conjunto é óbvia a partir da enumeração de alguns
elementos. Por exemplo, os conjuntos abaixo, o primeiro com um número finito, e o segundo com um número
infinito de elementos:
Conjuntos que são elementos de outros conjuntos são representados com chaves dentro de chaves:
Porém há notações alternativas para representar os conjuntos, como a chamada notação de composição do conjunto,
que utiliza uma condição P para definir os elementos do conjunto:
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P é uma função na variável x que tem o domínio igual ao conjunto A. A variável x pode estar limitada por outro
conjunto, indicando-se a relação de pertinência adequada. Por exemplo:
O conjunto A será formado, de acordo com o desenvolvimento da equação dada, por 2 e 4 (únicos números inteiros
que satisfazem a condição P, ou seja, que tornam verdadeira a equação). Logo, .
Um cuidado deve ser tomado com a propriedade P(x), já que a formação de conjuntos através deste método pode
gerar resultados paradoxais.
Terminologia
Conjunto unitário
Um conjunto unitário possui um único elemento.
Conjunto vazio
Todo conjunto também possui como subconjunto o conjunto vazio representado por , , ou . Podemos
mostrar isto supondo que se o conjunto vazio não está contido no conjunto em questão, então o conjunto vazio deve
possuir um elemento ao menos que não pertença a este conjunto. Como o conjunto vazio não possui elementos, isto
não é possível. Como todos os conjuntos vazios são iguais uns aos outros, é permissível falar de um único conjunto
sem elementos.
Conjuntos numéricos
Existem também os conjuntos numéricos, que em consideração especial em matemática. Os principais conjuntos
númericos são listados a seguir.
Tópicos
• Potenciação
• Definição
• Propriedades da potenciação
• Radiciação
• Propriedades da radiciação
• Racionalização de denominadores
• Intervalos reais
• Exercícios
• O número imáginario
• Formas de representar os complexos
• Operações com os complexos
• Soma e subtração
• Multiplicação
• Divisão
Subconjuntos
Dizemos que um conjunto A é subconjunto de outro conjunto B quando todos os
elementos de A também pertencem a B. Por exemplo:
A = { 1,2,3 }
B = { 1,2,3,4,5,6 }
Nesse caso A é subconjunto de B, é indica-se . Deve-se reparar que B é
subconjunto de si mesmo; os subconjuntos de B que não são iguais a B são
chamados subconjuntos próprios.
Nota: O conjunto vazio, { } ou Ф (phi), é um subconjunto de todos os conjuntos. A é um subconjunto de B
...
P(A) é formado por somado às possiveis combinações dos elementos de A, com taxa variando de 1 a n(A).
Assim, n(P(A)) = número de combinações n(A), com taxa variando de 1 a n(A) somado a 1 (responsável por ).
n(P(A)) =
→ n(P(A)) =
Mas,
→ n(P(A))
Provando, portanto, que o número de elementos do conjunto de partes de A é dois elevado ao número de elementos
distintos de A.
Nota: O conjunto das partes é uma álgebra booleana sobre as operações de união e interseção.
O Teorema de Cantor estabelece que .
Conjunto Universo
Em certos problemas da teoria dos conjuntos, é preciso que se defina um conjunto que contenha todos os conjuntos
considerados. Assim, todos os conjuntos trabalhados no problema seriam subconjuntos de um conjunto maior, que é
conhecido como conjunto universo, ou simplesmente universo.
Por exemplo: em um problema envolvendo conjuntos de números inteiros, o conjunto dos números inteiros Z é o
conjunto universo; em um problema envolvendo palavras (consideradas como conjuntos de letras), o universo é o
alfabeto.
Relação de pertinência
Se é um elemento de , nós podemos dizer que o elemento pertence ao conjunto e podemos escrever
. Se não é um elemento de , nós podemos dizer que o elemento não pertence ao conjunto e
podemos escrever .
Exemplos:
•
•
•
Igualdade de conjuntos
Dois conjuntos A e B são ditos iguais se, e somente se, têm os mesmos elementos. Ou seja, todo elemento de A é
elemento de B e vice-versa. A simbologia usada é . Se um conjunto não é igual a outro, utiliza-se o
símbolo .
Simetria de conjuntos
Um conjunto A é dito simétrico se, para todo elemento a pertencente a ele, houver também um elemento -a
pertencente a esse conjunto. Os conjuntos numéricos Z, R, Q e C são simétricos.
União
A união de dois conjuntos A e B é um conjunto que contém todos os
elementos de A, todos os elementos de B, e nada mais além disso. Ou
então: Dado um universo U e dois conjuntos A e B, chama-se união de A
com B ao conjunto cujos elementos pertencem pelo menos ao conjunto
A ou ao conjunto B. Matematicamente:
Por exemplo:
Observar no último exemplo que os elementos repetidos (3,5) não aparecem na união.
• A união de um conjunto , qualquer que seja, com o conjunto vazio é igual ao próprio conjunto ,
.
• Também deve ser observado que a operação de união é comutativa, ou seja,
.
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Intersecção
A intersecção de dois conjuntos e , é o conjunto de elementos que
pertencem aos dois conjuntos. Ou então: Dados dois conjuntos e ,
pertencentes a um universo U, chama-se intersecção de A com B ao
conjunto cujos elementos pertencem tanto a quanto a .
Matematicamente:
Por exemplo:
Observar no último exemplo que, dado os conjuntos não terem elementos iguais, a intersecção resulta num conjunto
vazio.
Diferença
Dado um universo U ao qual pertencem dois conjuntos A e B, chama-se
diferença de A menos B ao conjunto de elementos que pertencem a A e
não pertencem a B; chama-se de diferença de B menos A ao conjunto de
elementos que pertencem a B e não pertencem a A. Matematicamente:
Por exemplo, o conjunto definido pela diferença entre os números inteiros e números naturais é igual ao conjunto Z-
(números inteiros não-positivos):
Z = {...,-2,-1,0,1,2,...}
N = {1,2,3,4,5,...}
Complementar
Dado um universo U, diz-se complementar de um conjunto A, em
relação ao universo U, o conjunto que contém todos os elementos
presentes no universo e que não pertençam a A. Também define-se
complementar para dois conjuntos, contanto que um deles seja subconjunto
do outro. Nesse caso, diz-se, por exemplo, complementar de B em relação a
A (sendo B um subconjunto de A) — é o complementar relativo — e usa-se
o símbolo . Matematicamente: Complementar de B em relação a A (em
azul mais escuro)
Exemplo:
A = { 3,4,9,{10,12},{25,27} }
D = { {10,12} }
Cardinalidade
A cardinalidade de um conjunto A representa a quantidade de elementos do conjunto, e é
Exemplos:
Se A = { 7, 8, 9 }, então A = 3
Se A = { }, então A = 0.
Se um conjunto tem n elementos, onde n é um número natural (possivelmente 0), então diz-se que o conjunto é um
conjunto finito com uma cardinalidade de n ou número Número cardinal n.
Mesmo se o conjunto não possui um número finito de elementos, pode-se definir a cardinalidade, graças ao trabalho
desenvolvido pelo matemático Georg Cantor. Neste caso, a cardinalidade poderá ser (aleph zero), .
Nos dois casos a cardinalidade de um conjunto é denotada por ou por . Se para dois conjuntos A e B é
possível fazer uma relação um-a-um (ou seja, uma bijeção) entre seus elementos, então .
A resolução, nos dois casos, deve ser feita com o Diagrama de Venn, marcando-se em cada pedaço o número (ou
porcentagem) de elementos, começando-se sempre do mais interno para o mais externo. No caso da porcentagem,
deve-se levar em conta que o total do Universo é 100%.
Exercícios
• Matemática elementar/Conjuntos/Exercícios
Produto cartesiano
Dados dois conjuntos A e B, chama-se produto cartesiano de A em B ao conjunto formado por todos os pares
ordenados cuja primeira coordenada seja pertencente a A, e a segunda coordenada seja pertencente a B. O simbolo do
produto cartesioano é . Matematicamente:
Par ordenado
Um par ordenado é uma coleção de dois objetos que tem uma ordem definida; existe o primeiro elemento (ou
primeira coordenada) e o segundo elemento (ou segunda coordenada). Diferentemente do conjunto { a,b }, um
par ordenado — simbolizado por (a,b) — precisa ser apresentado em uma determinada ordem, e dois pares
ordenados só são iguais quando os primeiros elementos são iguais e os segundos elementos são iguais. Ou seja,
Porém, o par ordenado pode ser representado como um conjunto, tal que não existe ambiguidade quanto à ordem.
Esse conjunto é:
Observar que o formato do conjunto, que inclui um subconjunto contendo os dois elementos do par e um conjunto
contendo o primeiro elemento, elimina a possibilidade de ambiguidade quanto à ordem. A notação (a,b) também é
conhecida como intervalo aberto.
Matemática elementar/Imprimir 10
Relações
Na teoria dos conjuntos, qualquer subconjunto do produto cartesiano A × B é chamada relação de A em B. (O
assunto é abordado com mais detalhes na próxima seção.)
Ver também
Wikilivros
1. Teoria dos conjuntos - texto mais avançado
Wikipédia
1. Conjunto
2. Complementar
3. Diagrama de Venn
4. Diagrama de Euler
5. Teoria dos conjuntos
Ligações externas
• Números Naturais: Primeira parte [1]
• Números Naturais: Segunda parte [2]
• Critérios de Divisibilidade [3]
• Exercícios Resolvidos de MDC, MMC e Divisores [4]
• Números Inteiros [5]
• Frações [6]
• Frações e Números Decimais [7]
• Números Racionais [8]
• Frações e Números decimais (Exercícios) [9]
[[|]]
Números naturais
Definição
Um número natural é um número inteiro não-negativo (0, 1, 2, ...). Em alguns contextos, o número natural é
definido como um número inteiro positivo, i.e., o zero não é considerado como um número natural. O uso mais
comum deles é a contagem ("Há 4 melancias voando num mar de suco de limão") ou a ordenação ("Esta é a 20ª
melhor canção sobre melancias voadoras já cantada por um jacaré"). As propriedades dos números naturais como,
por exemplo, divisibilidade e a distribuição dos números primos, são estudadas neste capítulo. Outras propriedades
que dizem respeito a contagens e combinações são estudadas pela análise combinatória.
Os matemáticos usam para se referir ao conjunto de todos os números naturais. Este conjunto é infinito e
contável por definição.
= {0,1,2,3,4,5,6,7,...}
Se retirarmos o desses conjunto, obtemos o subconjunto:
= {1,2,3,4,5,6,7,...}
Matemática elementar/Imprimir 11
Operações em
São duas as operações em naturais que sempre tem correspondente natural. São a adição e a multiplicação de
naturais. As outras operações básicas, a subtração e a divisão nem sempre tem correspondente em naturais, embora
possam ter em outros conjuntos.
Critérios de divisibilidade
Divisibilidade por 2
Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, isto é, quando é par.
Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos for divisível por 3.
Exemplo:
• 360 (3+6+0=9) → é divisível.
Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando os dois últimos algarismo forem 0 ou formarem um número divisível por 4.
Exemplo:
• 416 (últimos dois algarismos: 16 [= 4×4]) → é divisível.
Divisibilidade por 5
Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5.
Exemplo:
• 2.654.820 → é divisível.
Divisibilidade por 6
Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3.
Exemplo:
• 414 → divisível por 6, pois
• par → divisível por 2
• 4+1+4=9 → divisível por 3.
Divisibilidade por 7
A divisibilidade por também pode ser verificada da seguinte maneira:
Tome por exemplo o número 453. Separando-se o último algarismo ficamos com 45 e 3. Do primeiro subtraímos o
dobro do segundo, ou seja, Como 39 não é divisível por 7 o número 453 também não é.
Outro exemplo: → Separando e teremos Como é divisível por o número
também é.
Outro critério usa a soma e não a subtração. Um número de mais de três algarismos ABCD... é divisível por 7 quando
o número B(C+2A)D... for múltiplo de 7. Isso porque 98 = 100 - 2 é múltiplo de 7, então o que esta operação faz é
trocar 100 A por 2 A. Exemplos: 1645 -> 665 -> 65 + 12 -> 77 (múltiplo de 7); 3192 -> 192 + 60 -> 252 -> 56
(múltiplo de 7); 9876 -> 876 + 180 -> 1056 -> 76 (não é múltiplo de 7).
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Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando os três últimos algarismo forem 0 ou formarem um número múltiplo de 8.
Exemplo:
• 24512 → é divisível.
Divisibilidade por 9
Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos for divisível por 9.
Exemplo:
• 927 (9+2+7=18) → é divisível.
Divisibilidade por 10
Um número é divisível por 10 quando termina em zero.
Exemplo:
• 154.870 → é divisível
A divisibilidade por 11
Segue uma regra parecida com a da divisibilidade por 7. A título de exemplo considere o número 154.
• Separe o último algarismo
15 e 4
• Subtraía o segundo do primeiro, ou seja,
15 - 4 = 11.
Como 11 é divisível por 11, então 154 também o é.
Num contra-exemplo, usaremos o número 277. Pelo algoritmo teremos 27 e 7; 27 - 7 = 20, que não é divisível por
11, e portanto 277 também não o é.
O algoritmo pode ser aplicado várias vezes no caso de números maiores.
Dica: Números que seguem a forma "ABBA" são divisíveis por 11.
Por exemplo: para 1221, temos A = 1 e B = 2.
Uma regra prática para números grandes é somar os algarismos de posição par e os de posição ímpar. Se as somas
forem iguais ou os restos das divisões por 11 forem iguais, então o número é múltiplo de 11. Ou seja, em um número
da forma ABCDEFG, compara-se A+C+E+G com B+D+F
Exemplo: 783178 é divisível por 11, porque 7+3+7 = 8+1+8 = 17. Analogamente, 703175 também é, porque o
resto da divisão das duas somas por 11 são iguais, 7+3+7=17 tem resto 6 e 0+1+5=6 também tem resto 6.
Dois exemplos com números grandes:
• 4611686018427387901307445734561825860123058430092136939501844674407370955160 →
, portanto é divisível.
• 4611686018427387903307445734561825860223058430092136939511844674407370955161 →
, portanto não é divisível.
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Divisibilidade por
Um número é divisível por quando seus últimos n algarismos forem 0 ou divisíveis por
Números primos
Número primo é um número natural maior que 1 e que tem exatamente dois divisores positivos distintos: 1 e ele
mesmo. Se um número natural é maior que 1 e não é primo, diz-se que ele é um número composto. Por convenção,
os números 0 e 1 não são primos nem compostos.
Cálculo
Pode-se calcular o MDC de duas formas:
• Fatoração conjunta (ou algoritmo de Euclides, ou ainda Processo das divisões sucessivas)
• Fatoração disjunta
Fatoração disjunta
Faz-se a fatoração de cada termo separadamente para, depois, multiplicar os fatores comuns de menor expoente.
Exemplo
24 | 2
12 | 2
6 | 2 x
3 | 3
1 | 2³ • 3
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40 | 2
20 | 2 x
10 | 2
5 | 5
1 | 2³ • 5
Com efeito,
MDC = 2³ = 8
A | B | R1 | R2 | R...
R1 | R2 | R... | 0
onde,
A = um dos números
B = o outro número
= quociente da divisão
E assim em diante.
3 3
80 | 24 | 8 ← MDC (8)
8 | 0
Cálculo
Pode-se calcular o MMC de duas formas:
• Fatoração conjunta
• Fatoração disjunta
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Fatoração conjunta
Faz-se a fatoração com todos os n termos, simultaneamente:
Exemplo
24, 40 | 2
12, 20 | 2
6, 10 | 2 x
3, 5 | 3
1, 5 | 5
1, 1 | 120
Fatoração disjunta
Faz-se a fatoração de cada termo separadamente para, depois, manter-se a base em comum e o expoente maior,
multiplicado pelos fatores não comuns.
Exemplo
24 | 2
12 | 2
6 | 2 x
3 | 3
1 | 2³ • 3
40 | 2
20 | 2 x
10 | 2
5 | 5
1 | 2³ • 5
Com efeito,
23 • 3 • 5
8 •3 •5
120,
Matemática elementar/Imprimir 16
Ver também
Wikilivros
Uma abordagem mais avançada:
• Álgebra abstrata/Números naturais
• Teoria de números
Wikipédia
• Critérios de divisibilidade
• Fatoração
• Número natural
• Número primo
• Máximo divisor comum
[[|]]
Números inteiros
Definição
Os inteiros, ou números inteiros, consistem dos números naturais (0, 1, 2, ...) e dos números inteiros negativos (-1,
-2, -3, ...). O conjunto de todos os inteiros é normalmente chamado de Z (Mais apropriadamente, um Z em
blackboard bold, ), que vem de Zahlen (do alemão, "número").
Inteiros podem ser adicionados ou subtraídos, multiplicados e comparados. A principal razão para a existência dos
números negativos é que tornou possível resolver todas as equações da forma:a + x = b para a incógnita x; nos
números naturais apenas algumas destas equações eram solúveis.
Como os números naturais, os inteiros formam um conjunto infinito contável.
= {...,-3,-2,-1,0,1,2,3,...}
Se retirarmos o desses conjuntos, obtemos o subconjunto:
= {...,-3,-2,-1,1,2,3,...}
Outros subconjuntos de
• Conjunto dos inteiros não-negativos:
= {0,1,2,3,...}
• Conjunto dos inteiros não-positivos:
= {...,-3,-2,-1,0}
• Conjunto dos inteiros positivos:
= {1,2,3,...}
• Conjunto dos inteiros negativos:
= {...,-3,-2,-1}
Notas:
Matemática elementar/Imprimir 17
• =
• =
Veja também
Wikilivros
• Álgebra abstrata/Números inteiros - uma abordagem mais avançada
Wikipedia
• Número inteiro
[[|]]
Números racionais
Exemplo:
+ =
Cada número racional pode ser escrito de diversas formas, como, por exemplo, 3/6 = 2/4 = 1/2. A forma mais
simples é quando a e b não possuem divisores em comum, e todo racional tem uma forma como esta. A expansão
decimal de um racional é finita ou periódica, propriedade que caracteriza os números racionais.
Definições
De modo simples, pode-se dizer que uma fração de um número, representada de modo genérico como designa
este número dividido em partes iguais. Neste caso, corresponde ao numerador, enquanto corresponde ao
denominador.
={ / = com e }
Decimais
Decimais exatos
Decimais periódicos
= (a)
= (b)
Os decimais periódicos são denominados dízimas periódicas. As dízimas periódicas podem ser simples como no
exemplo (a) ou compostas como no exemplo (b). A fração que originou a dízima periódica é denominada de fração
geratriz e a parte que repete na dízima é denominada período.
Dízima simples
A fração geratriz é obtida usando-se como numerador o período e como denominador um número formado por tantos
noves quantos forem os algarismos do período.
Matemática elementar/Imprimir 19
Dízima composta
A fração geratriz terá como numerador a parte não-periódica, seguida do período menos a parte não-periódica, e
denominador um número formado de tantos noves quanto são os algarismos do período, seguido de tantos zeros
quantos são os algarismos da parte não-periódica (ante-período).
=> + = + = =
Tipos de frações
• própria: o numerador é menor que o denominador. Ex.:
• irredutível: o numerador e o denominador são primos entre si, não permitindo simplificação. Ex.:
• egípcia: fração que é a soma de frações unitárias, distintas entre si. Ex:
seguinte maneira Quando esta fração contínua termina, o seu resultado é um número
racional, porém quando esta fração não termina, o resultado pode ser racional ou irracional.
Operações
Multiplicação
Multiplicam-se os numeradores entre si e os denominadores entre si. Ex.:
Para multiplicar uma fração por um número inteiro, considera-se que este é uma fração cujo denominador é igual a 1.
Ex.:
É importante notar que, muitas vezes, a multiplicação dos numeradores e denominadores resulta em frações
redutíveis. Esta fração deve ser reduzida a uma fração irredutível:
Divisão
Como visto, a divisão é a operação inversa da multiplicação. É importante ter isso em mente para resolver uma
divisão entre frações:
Primeiramente inverte-se o divisor da segunda fração. Com isto, tem-se a inversão da operação, isto é, passará a
haver uma multiplicação:
Adição
Caso os denominadores não sejam iguais é preciso, antes de efetuar a adição, encontrar o menor múltiplo comum
(MMC) entre os denominadores:
Encontrado o MMC, este será dividido por cada um dos denominadores, multiplicando-se o resultado desta divisão
pelo respectivo numerador. Como o MMC de 3 e 5 é 15, tem-se que:
∴ ∴
Subtração
A subtração é feita seguindo-se os mesmos passos da adição.
Exponenciação
É indiferente resolver primeiro a exponenciação ou a divisão:
Radiciação
A radiciação de uma fração é feita seguindo-se os mesmos passos da potenciação.
Expoente fracionário
Da mesma forma que na divisão entre frações, a ocorrência de expoente fracionário causa a inversão da operação:
Simplificação de frações
Uma fração pode ser simplificada quando numerador e denominador não são primos entre si. Ex.:
Para tanto basta dividi-los pelo máximo divisor comum (MDC) entre eles, obtendo-se uma fração que, além de
manter a proporção da original, é do tipo irredutível:
Matemática elementar/Imprimir 22
?
∴ ∴
< ∴ <
A comparação entre frações com denominadores diversos vale-se do fato de que há frações que são equivalentes
entre si, pois:
e
Para tanto, basta dividir o numerador pelo denominador. O quociente será o numerador da fração mista e o resto será
o numerador. Como o quociente da divisão 7 ÷ 3 é igual a 2 e o resto é 1, tem-se que a fração acima, escrita como
fração mista, terá a seguinte notação:
Para fazer o caminho inverso, basta multiplicar o denominador pela parte inteira e somar o resultado ao numerador,
mantendo-se o denominador. Como o produto 3 × 2 é igual a 6 e a soma 6 + 1 é igual a 7, obtém-se novamente a
notação sob a forma de fração imprópria, como visto acima.
Ver também
Wikilivros
• Análise real/Números racionais - texto mais avançado
Wikipédia
• Fração
• Números racionais
[[|]]
Referências
Numero irracional
Matemática elementar/Imprimir 23
Números reais
Potenciação
Definição
Em matemática, potências são valores que representam uma multiplicação sucessiva de um número, ou seja,
representam o mesmo número multiplicado algumas vezes por si mesmo. Uma potência é composta por um número,
chamado base, que é multiplicado sucessivamente por si mesmo; e por um índice, chamado expoente, que diz o
número de vezes que a base é multiplicada por si mesma. As potências apresentam-se na forma onde n é o
expoente e x é a base.
A potência por exemplo, indica que a base, o número 4, será multiplicada sucessivamente 3 vezes por si mesma,
ou seja Se o expoente é 1, então o resultado tem o valor da base ( ), enquanto que
com um expoente 0, devido a regras de operações feitas directamente com potências, o resultado é sempre igual a 1 (
= 1).
Propriedades da potenciação
Primeira propriedade
Ao multiplicar potências de mesma base, repetimos a base e somamos os expoentes.
Segunda propriedade
Ao dividir potências de mesma base, repetimos a base e subtraímos os expoentes.
Terceira propriedade
Ao elevar uma potência a um outro expoente, repetimos a base e multiplicamos os expoentes.
Quarta propriedade
Ao elevar um produto ou um quociente a um expoente, elevamos cada um dos fatores a esse expoente ou, no caso do
quociente, elevamos o dividendo e também o divisor ao mesmo expoente.
Tópicos
1. Definição de Potência
2. Operações com potências
1. Multiplicação
1. Com a mesma base
2. Com o mesmo expoente
3. Com a mesma base e o mesmo expoente
2. Divisão
1. Com a mesma base
Matemática elementar/Imprimir 24
Exercícios
Ver: Matemática elementar/Exponenciais/Exercícios
Radiciação
Exercícios
Ver: Matemática elementar/Números reais/Exercícios
Intervalos reais
Intuitivamente, um intervalo real é um subconjunto dos números reais que não tem nenhum buraco. Ou seja, se I é
um intervalo, a e b são elementos deste intervalo com a < b, então todo número entre a e b também pertence ao
intervalo.
Os intervalos são classificados de acordo com seus extremos (o extremo superior e o extremo inferior). Cada
extremo pode ser ilimitados, limitado e aberto ou limitado e fechado.
Representa-se o intervalo através do seu limite inferior, seguido da vírgula (ou ponto-e-vírgula) e o limite superior.
Costuma-se representar o limite inferior por:
• - ilimitado
• - limitado e aberto
• - limitado e fechado
Sendo o limite superior representado por:
• - ilimitado
• - limitado e aberto
• - limitado e fechado
Por exemplo:
• - é o conjunto dos números reais não-positivos
• - é o conjuntos dos números reais x em que x ≥ 1 e x < 2
Matemática elementar/Imprimir 25
Exercícios
Ver: Matemática elementar/Números reais/Intervalos reais/Exercícios
Veja também
• Análise real/Os números reais - uma abordagem mais avançada
Wikipédia
• Número real
[[|]]
Exercícios
Sobre Radiciação
1. Coloque em ordem crescente:
2. Expresse sob a forma de raiz as expressões abaixo:
1.
2.
3.
3. Os lados de um triângulo valem cm, cm e cm. Calcule seu perímetro.
4. Simplifique os radicais
1.
2.
3.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Matemática elementar/Imprimir 26
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7. Coloque a expressão na forma mais simples, conforme o exemplo do exercício 1:
1. = = =
2.
3.
4.
5.
8. Escreva as expressões abaixo como uma soma de radicais:
1.
2.
3.
4.
9. Seja x um número real positivo tal que é o inverso de . Determine .
1.
2.
3.
4.
Matemática elementar/Imprimir 27
Ver também
• Matemática elementar/Exponenciais/Exercícios
• Matemática elementar/Números reais/Intervalos reais/Exercícios
Números Complexos
Introdução
Os números complexos são o resultado de vários aumentos sucessivos do conjunto numérico IN (naturais). Todos
estes aumentos foram para que mais equações tivessem solução. Vamos ver:
No princípio existiam apenas números naturais, representados pelo conjunto IN. Mas não era possível representar o
"nada" apenas com este conjunto, por isso foi inventado o número zero, 0, que acrescentado ao conjunto IN, formou
o oIN, que englobavam os números naturais mais o "0".
Mas equações do tipo não tinham solução em oIN. Com isto foram inventados os números negativos. O
conjunto oIN aumentado com os números negativos resultou no conjunto Z (números inteiros).
Mas com o conjunto dos inteiros ainda haviam algumas equações sem solução. Por exemplo, Com isto
foram inventadas as frações ou números fraccionários (também chamados dízimas infinitas periódicas e dízimas
finitas). O conjunto Z acrescido dos números fraccionários é o conjunto Q (números racionais).
Mas mesmo com os racionais, ainda haviam equações sem solução. Por exemplo, Por incrível que possa
parecer, não existe uma fração que possa assumir o lugar da variável embora várias causem um erro bem
pequeno. Com isto foram criados os números irracionais (também chamados dízimas infinitas não periódicas). O
é um exemplo de número irracional. Qualquer número com casas decimais que não possa ser o quociente do uma
divisão é irracional. O conjunto Q acrescido dos irracionais é o conjunto dos reais.
Finalmente, foi inventada uma extensão dos reais para fornecer solução às ultimas equações que faltavam. Esta
extensão é toda construída a partir de um elemento novo. Um numerozinho chamado Somando um real r com o
produto de por outro real c, temos muitos outros números do tipo Os reais acrescidos destes números
geram o conjunto dos complexos.
Alguém poderia pensar que este processo ainda não parou, mas pode-se provar que o processo terminou. É possível
mostrar que equações com coeficientes reais tem sempre solução nos complexos. Mas este é um resultado avançado
demais para este livro.
O número imaginário
Aprendemos desde muito cedo que não existem números reais tais que elevado ao quadrado dê como resultado -1.
Isso acontece porque existem certas "regras" de multiplicação no conjunto dos números reais que impedem isso. Por
exemplo a regra de que "menos com menos dá mais". Com isso precisamos definir um número com essa propriedade
para que possamos resolver todas as equações. Assim definimos i =
Soma e subtração
Como já foi dito, um número complexo pode ser representado por (a,b). Assim, a operação soma fica definida como:
(a,b) + (c,d) = (a + c, b + d)
ou na outra notação: (a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b + d)i
A subtração pode ser deduzida da operação soma:
(a,b) - (c,d)=(a,b) + (- (c,d))=(a,b) + (-c,-d) = (a-c,b-d)
ou na outra notação: (a + bi) - (c + di)=(a - c)+(b - d)i
Multiplicação
A própria definição do conjunto dos números complexos reside na multiplicação. Assim definimos o conjunto dos
números complexos como tendo a seguinte operação de multiplicação:
(a,b) . (c,d) = (ac - bd, ad + bc) = (ac - bd) + (ad + bc)i
Vamos ver quanto é
i=0 + 1i = (0,1)
Então:
= (0,1) . (0,1) = (0.0 - 1.1, 0.1 + 1.0) = (-1, 0)= -1 + 0i= -1
Veja também
Uma abordagem mais avançada dos números complexos pode ser vista no livro Análise complexa/Introdução.
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Relações
Relações são, conforme visto no capítulo anterior, quaisquer subconjuntos do produto cartesiano A × B. Em
verdade, as relações podem envolver produtos cartesianos de vários conjuntos (X1 × X2 × ... × Xn), e a relação
específica que envolve o produto cartesiano de dois conjuntos é chamada relação binária.
Assim, uma relação binária é o conjunto de pares ordenados cujo primeiro elemento pertence a A e o segundo
elemento pertence a B, quaisquer que sejam os conjuntos A e B. Representa-se a relação binária por .
O conjunto A é chamado de domínio da relação, o conjunto B é chamado de contradomínio da relação.
Matemática elementar/Imprimir 29
Especificando relações
A imagem à direita mostra uma maneira comum de se especificar
relações: através de figuras mostrando os dois conjuntos, com setas
indicando os pares ordenados.
As relações também podem ser especificadas matematicamente da
seguinte maneira:
,
Onde C é uma condição qualquer que associe os elementos de A e B. Pode ser uma equação ou inequação. Por
exemplo:
A = { 1,2,3 }
B = { 1,2,3,4,5,6 }
R = { (1,2) }
Representação gráfica
Relações binárias, visto consistirem de pares ordenados, podem ser
representadas em gráficos. Um gráfico é nada mais do que uma curva (o
nome se aplica mesmo a gráficos com apenas retas) que representa
visualmente a relação binária, para cada par ordenado em que ela se defina. O
gráfico formado assim é também chamado de sistema cartesiano ou gráfico
cartesiano, por representar um produto cartesiano.
Função
Existe um tipo especial de relação que é chamado função: é a relação na qual, para todo elemento do domínio, há
correspondência de um (e somente um) elemento no contradomínio. A função normalmente é simbolizada por f(x)
(sendo x uma variável, ou seja, um valor que pode representar qualquer elemento do conjunto domínio).
Como conseqüência natural da correspondência biunívoca entre elementos do domínio e contradomínio, a função é
sempre uma relação definida por uma equação (pois uma inequação associa um elemento do domínio a vários
elementos do contradomínio).
As funções são estudadas com mais detalhes no próximo capítulo.
[[|]]
Funções
Uma função é uma relação especial, que é definida da seguinte maneira: sejam dois conjuntos A e B, tais que para
todo elemento x pertencente a A, haja uma correspondência de um elemento y pertencente a B. Essa
correspondência é a função: a associação, definida de algum modo, entre todos os elementos de um conjunto e os
elementos de outro conjunto.
A função que associa um elemento x a outro valor pode ser indicada por f(x). O aparecimento de x na simbologia da
função não ocorre por acaso, uma vez que o valor f(x) depende de x. Por isso mesmo, x é chamada variável
independente e f(x) (ou y) é chamada de variável dependente. Matematicamente a função é definida:
, ou mais simplificadamente,
Um exemplo de função: dado o conjunto dos números naturais, uma função pode associar cada número ao seu
quadrado. Assim, essa função assumiria os valores: { 1,4,9,16,... }.
Uma função pode, na verdade, associar mais de um conjunto a outro; podem haver diversas variáveis independentes.
Por exemplo: uma função pode tomar dois valores inteiros e expressar sua soma:
No entanto, neste livro será dada mais atenção às funções de uma variável, apenas. São duas características da
função enquanto relação:
• há correspondência unívoca entre um elemento e o valor associado a ele pela função: isso significa que para
cada valor assumido pela variável independente (x), há um único valor da variável dependente (y) associado pela
função. Consequentemente, se t = f(x) e w = f(x), então t = w.
• a correspondência é total, ou seja, um valor assumido pela variável dependente estará associado para todo valor
possível de ser assumido pela variável independente.
Matemática elementar/Imprimir 31
A tabela a seguir mostra dois exemplos de relações que não são funções:
Nesse caso, um mesmo elemento (3) do domínio X aparece associado a dois elementos do Aqui a correspondência não é total: falta um valor
contradomínio Y (c,d). associado a 1.
Duas funções f(x) e g(x) são ditas iguais (f = g) se e somente se para cada valor de x no domínio D, f(x) e g(x)
assumam o mesmo valor:
Introdução
Relações que estabeleçam dependência entre os elementos de dois conjuntos são denominadas funções.
Um exemplo clássico de função é a do salário de vendedores que ganham por comissão:
Existe um valor fixo que o vendedor ganha mesmo se não conseguir vender nada naquele mês e uma comissão, que
depende da quantidade de vendas que o vendedor realizou. Por exemplo:
0 55 300 300
1 55 300 355
2 55 300 410
Da tabela acima podemos construir uma relação entre as vendas e o salário do vendedor:
E com isso, construímos um gráfico que relaciona vendas a salário, onde verifica-se que:
• O salário depende das vendas.
• O salário é uma função das vendas.
Definição
Ao aplicar uma função em um dado conjunto , cada elemento deste deverá ter como correspondente um
elemento em um dado conjunto .
Ao conjunto denomina-se domínio da função, sendo seus elementos denominados abscissas, e ao conjunto
denomina-se contra-domínio, sendo seus elementos denominados ordenadas ou imagens, quando estas se
correlacionarem a um elemento de .
Ou seja:
Dados dois conjuntos e não vazios, dizemos que a relação f de em será função se, e somente se,
.
(Para qualquer x pertencente a D existe um y pertencente a C tal que o par ordenado (x,y) pertence à função f)
Representações
Existem várias maneiras de se representar funções.
Abaixo você pode ver as três mais comumente utilizadas, sendo a primeira a predominante.
As representações abaixo são de uma função em relação a seu domínio e contra-domínio.
Há também as representações por sua fórmula algébrica em relação a sua imagem, como a seguir:
Matemática elementar/Imprimir 33
Condições de existência
As condições básicas de existência são:
1. Todo e qualquer elemento do domínio deve possuir uma única imagem no contra-Domínio.
2. Caso a equação algébrica da função contenha uma fração, seu denominador deve ser diferente a 0 (zero).
3. Caso a equação algébrica da função possua uma raíz de índice par, para que seu resultado pertença aos Reais, o
radicando deve ser maior ou igual a 0 (zero).
1. Caso essa mesma raíz esteja no denominador de uma fração, o radicando deve ser estritamente maior que 0
(zero).
2. Caso o índice dessa raíz seja um número ímpar, a única restrição é que o radicando seja diferente de 0 (zero).
Com isso, cada função deverá ter suas restrições particulares, mas sempre obedecendo as gerais acima. Algumas
regras não são aplicáveis a funções com contradomínio Complexo.
Nomenclaturas
Abaixo você confere o que significa cada nome utilizado ao se falar sobre funções:
Gráfico Cartesiano
Abscissa
Todo e qualquer elemento do domínio.
Ordenada
Todo e qualquer elemento do conjunto imagem.
Gráfico em Plano Cartesiano da função
Representação de todos os pontos que compõem uma função através de dois eixos perpendiculares.
Função Injetora e não sobrejetora Função Sobrejetora e não injetora Função Bijetora
• Resumindo:
• Função Injetora é aquela na qual cada elemento do domínio corresponde a um único do contra-domínio.
• Função sobrejetora é aquela na qual o contra-domínio é igual à imagem, ou seja, cada elemento do
contradomínio é correspondido por ao menos um do domínio.
• Função bijetora é aquela na qual para cada elemento no domínio corresponde a um único elemento no
contradomínio, e cada elemento no contradomínio corresponde a um único do domínio.
Matemática elementar/Imprimir 35
Exemplos
• Funções bijetoras
• Funções do primeiro grau são bijetoras.
• Funções estritamente sobrejetoras
• Funções estritamente injetoras
O domínio, já especificado, é
O contradomínio é
A imagem é
Continuidade
Uma função é dita contínua sobre um intervalo dado, , se possui um valor definido para todos os números
contidos nesse intervalo. Por exemplo, a função:
, definida para o contradomínio , não é contínua no intervalo , uma
vez que não está definida para x < 0.
Crescimento e decrescimento
Uma função é dita crescente, sobre um intervalo [A,B], se para cada valor de x + ε (ε sendo qualquer valor positivo),
.
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Paridade
A paridade de uma função é uma propriedade relacionada a simetria da mesma, e portanto só pode ser definida para
funções cujo domínio é simétrico (veja a definição de conjunto simétrico). Sendo um elemento pertencente a um
conjunto simétrico , uma função é dita:
• par, se para todo , ; ou seja, o valor da função é definido apenas de acordo com o módulo
da variável independente;
• ímpar, se para todo , ;
• sem paridade, se não corresponder a nenhum dos dois casos anteriores.
Exemplo de função par: -5x2 + 120. Observe que para qualquer valor de x, Exemplo de função ímpar: x3. Observe que para qualquer valor de x,
f(x) = f(-x); por exemplo: f(x) = -f(-x); por exemplo:
f(2) = -5*(22) + 120 = -5*4 + 120 = 100, f(2) = 23 = 8
f(-2) = -5*(-22) + 120 = -5*4 + 120 = 100 f(-2) = -23 = -8
f(2) = f(-2) f(2) = -f(-2)
Para o caso específico da constante ser igual a zero, a função é chamada função linear.
Matemática elementar/Imprimir 37
Graficamente, a função do segundo grau é sempre uma parábola, cuja concavidade depende unicamente do sinal da
constante a. Se a for negativo, a parábola tem o vértice voltado "para cima"; se a for positivo, a parábola tem o
vértice voltado "para baixo". (Considerando a representação usual do plano cartesiano.)
Composição de funções
O conceito de uma função é uma generalização da noção comum de "fórmula matemática". Funções descrevem
relações matemáticas entre dois objetos, e . O objeto é chamado o argumento da função , e o
objeto , que depende de , é chamado imagem de pela .
Intuitivamente, uma função é uma maneira de associar a cada valor do argumento um único valor da função
. Isto pode ser feito especificando através de uma fórmula ou regra de associação, um gráfico, ou uma simples
tabela de correspondência.
1. Gráficos, Função par e função ímpar, Funções crescentes e funções decrescentes, Máximos e mínimos
2. Função módulo, funções lineares, funções afins e funções quadráticas, Equações e inequações envolvendo estas
funções -
3. Composição e inversão de funções -
4. Funções exponenciais e funções logarítmicas - propriedades fundamentais, gráficos, equações e inequações
envolvendo estas funções.
5. Polinômios -
Ligações
• Função na Wikipédia.
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Tomemos dois conjuntos e . Digamos que o primeiro seja um conjunto de crianças e o segundo é de adultos.
Seja f a função que leva cada criança x do conjunto X na sua mãe y = f(x) do conjunto Y.
Matemática elementar/Imprimir 38
• Se no conjunto X não houver nenhum par de irmãos, então temos que para a e b crianças diferentes do conjunto X,
as suas mães f(a) e f(b) são diferentes. Neste caso, a função é injetora.
• Se o conjunto Y for formado apenas de mães, então qualquer que seja a mãe m do conjunto Y existe alguma
criança c tal que f(c) = m (ou seja, m é a mãe de c). Neste caso, a função é sobrejetora.
• Se não houver irmãos em X, e o conjunto Y for formado de mães, então existe uma correspondência perfeita entre
crianças e suas mães. A função f é, ao mesmo tempo, injetora e sobrejetora, ou seja, é bijetora.
Função Injetora e não sobrejetora Função Sobrejetora e não injetora Função Bijetora
• Resumindo:
• Função Injetora (ou função injetiva, ou uma injeção) é aquela na qual dois elementos diferentes no domínio
correspondem sempre a elementos diferentes no contra-domínio.
• Função sobrejetora (ou função sobrejetiva ou uma sobrejeção) é aquela na qual o contra-domínio é igual à
imagem, ou seja, cada elemento do contradomínio é correspondido por ao menos um do domínio.
• Função bijetora (ou função bijetiva ou uma bijeção) é aquela na qual para cada elemento no domínio
corresponde a um único elemento no contradomínio, e cada elemento no contradomínio corresponde a um
único do domínio.
No restante do texto, serão estudadas funções numéricas, ou seja, funções entre conjuntos de números reais.
Domínio finito
Quando o domínio da função é finito, a forma mais prática de verificar se a função é injetora, sobrejetora ou bijetora
é calcular diretamente f(x) para cada ponto do domínio, e verificar:
• se existem x e y diferentes com f(x) = f(y), então a função não é injetora
• se existe algum y no contra-domínio que ficou de fora, ou seja, para o qual não existe x com f(x) = y, então a
função não é sobrejetora
Matemática elementar/Imprimir 39
Exemplo
Seja A = { -2, -1, 0, 1, 2}, B = {0, 1, 2, 3, 4}, C = {0, 1, 4}, D = {0, 1, 2} e as funções:
• dada por k(x) = 1
• dada por g(x) = x2
• dada por h(x) = x2
• dada por f(x) = x + 2
Então:
• e não é injetora, porque e(0) = e(1). e também não é sobrejetora, porque não existe x tal que e(x) = 0.
• f não é sobrejetora, porque não existe x tal que f(x) = 2. Mas f é injetora: a única forma de f(x) ser igual a f(y) é
quando x = y, como pode ser visto listando os pares ordenados de f: {(0, 0), (1, 1), (2, 4)}.
• g não é injetora, porque g(-1) = g(1). Mas g é sobrejetora, porque para todo elemento y de C existe um elemento
(pode haver mais de um) x de A com g(x) = y. Isto pode ser visto também listando os pares de g: {(-2, 4), (-1, 1),
(0, 0), (1, 1), (2, 4)}. Outra forma de ver que ela é sobrejetora é observar que a imagem de g é o conjunto {0, 1, 4},
igual ao contra-domínio C.
• h é injetora, porque se h(x) = h(y), então x + 2 = y + 2 logo x = y. h também é sobrejetora, porque para todo
elemento y de B existe um x de A com h(x) = y. De fato, isto pode ser visto enumerando-se os pares de h, ou
observando-se que a imagem de h é o conjunto B.
Casos particulares
Alguns casos particulares para funções , em que A e B são conjuntos finitos de números
• Se f é injetora, então A não tem mais elementos que B
• Se f é sobrejetora, então A não tem menos elementos que B
• Se f é bijetora, então A tem tantos elementos quanto B
• Se f é uma função do primeiro grau, f(x) = a x + b, com a ≠ 0, então f é injetora.
Deve-se notar que estas regras não são suficientes para resolver todos os casos, por exemplo a função
dada por f(x) = x2, em que A = {-1, 1} e B = {0, 1} não é nem injetora nem sobrejetora.
Exemplo
Ver também
Artigos na wikipedia:
• Função injetiva
• Função sobrejetiva
• Função bijetiva
[[|]]
Matemática elementar/Imprimir 41
Função inversa
Dada uma função , uma pergunta natural é, dado um valor v do contradomínio, em que condições a
equação f(x) = v tem uma solução única x = u ?
Por exemplo, para funções do primeiro grau, de domínio e contra-domínios reais, f(x) = a x + b (em que a ≠ 0), a
equação f(x) = v admite a única solução .
Por outro lado, para funções reais do segundo grau f(x) = a x2 + b x + c (novamente, a ≠ 0), a equação f(x) = v pode
possuir duas, uma ou nenhuma raiz (dependendo do valor de ser, respectivamente,
positivo, zero ou negativo).
Como outro exemplo, a função f(x) = x2 + 1, quando o domínio é o conjunto dos números reais positivos e o
contra-domínio é o conjunto dos números reais maiores que um é tal que f(x) = v sempre admite uma única solução.
Isto porque, sendo v > 1, temos que x2 + 1 = v é equivalente a x2 = v - 1, ou seja, a solução é a (única) raiz quadrada
positiva do número positivo v - 1 dada por .
Conceito
Dada uma função , dizemos que é a função inversa de f quando:
• Para todo valor , a equação f(x) = y tem uma solução
• Esta solução é única, e dada por x = g(y).
Teoremas
• Se a função f tem uma inversa, então f é uma função bijetora.
• Se f é uma função bijetora, então f tem uma inversa, e a função inversa é bijetora
• A função inversa de uma função é única
• Se g é a função inversa de f, então f é a função inversa de g
Matemática elementar/Imprimir 42
Definições relacionadas
Uma função que tenha inversa diz-se
invertível.
A função inversa de uma função f é representada por f-1 - note-se que esta notação deve ser usada com cuidado, pois,
em alguns contextos, .
Ver também
Artigo na wikipedia:
• Função inversa
Exponenciais
Definição de Potência
Em matemática, potências são valores que representam uma multiplicação sucessiva de um número, ou seja,
representam o mesmo número multiplicado algumas vezes por si mesmo. Uma potência é composta por um número,
chamado base, que é multiplicado sucessivamente por si mesmo; e por um índice, chamado expoente, que diz o
número de vezes que a base é multiplicada por si mesmo. As potências apresentam-se na forma , onde n é o
expoente e x é a base.
A potência , por exemplo, indica que a base, o número 4, será multiplicada sucessivamente 3 vezes por si mesma,
ou seja . Se o expoente é 1, então o resultado tem o valor da base ( ), enquanto que
com um expoente 0, devido a regras de operações feitas directamente com potências, o resultado é sempre igual a 1 (
= 1).
A regra para o expoente zero pode parecer estranha. Mas se não fosse assim, todas as propriedades de potências
ficariam mais complicadas. Além disto, quem olhar um gráfico de uma função exponencial vai ver que não poderia
ser de outra forma. Enfim, tudo induz para que aceitemos esta forma de definir as potências com expoente 0.
Matemática elementar/Imprimir 43
Multiplicação
Para multiplicar duas potências com as bases iguais e expoentes diferentes, mantem-se a base e somam-se os expoentes.
Para multiplicar duas potências com os expoentes iguais e bases diferentes, mantem-se o expoente e multiplicam-se as
bases.
Para multiplicar duas potências com os expoentes iguais e as bases também iguais, pode-se utilizar qualquer uma das
regras.
Divisão
Para dividir duas potências com as bases iguais e expoentes diferentes, mantem-se a base e subtraem-se os expoentes.
Para dividir duas potências com os expoentes iguais e bases diferentes, mantem-se o expoente e dividem-se as bases.
Para dividir duas potências com os expoentes iguais e as bases também iguais, pode-se utilizar qualquer uma das regras.
(1)
(1) - Este caso nos dá mais um motivo para tomarmos qualquer potência com expoente 0 como sendo igual a 1.
Como e então .
Observe que isto não é a prova que pois foi utilizada uma propriedade para subtrair os expoentes,
propriedade esta que, para ser provada, necessita que seja considerado , logo, não pode ser provada
utilizando a equação acima.
Matemática elementar/Imprimir 44
é preciso, primeiro, converter uma (ou ambas) bases para que as duas bases fiquem iguais.
Exemplo
• Resolva:
Aplicando a propriedade :
Verificando:
(ok)
são resolvidas de forma análoga à biquadrada. Lembrando: uma biquadrada é resolvida pela
substituição . Resolve-se a equação em y, e, com o(s) valor(es) de y, resolve-se a equação em x.
Exemplo
• Resolva a equação
De novo, como temos bases diferentes, é conveniente reescrever tudo para a mesma base. Como , temos:
Ainda temos um problema! É preciso transformar em uma expressão onde esteja isolado. Para isto,
vamos usar a propriedade :
Matemática elementar/Imprimir 45
Resolvendo:
A primeira solução, y = -3, gera uma equação sem solução em x, porque é sempre um valor positivo e não pode
ser igual a -3.
A segunda solução fornece:
Ou seja:
x = -1
Verificando, temos que:
(ok)
Exercícios
• Ver /Exercícios/
Ver também
[[|]]
Exercícios
A seguir são sugeridos alguns exercícios sobre exponenciais.
1. Simplifique as expressões abaixo, conforme o exercício 1:
1.
2.
3.
Matemática elementar/Imprimir 46
4.
5.
6.
2. Simplifique as expressões abaixo:
1.
2.
3.
4.
3. Simplifique as expressões abaixo:
1.
2.
3.
4.
1.
4. ()
5. Se n é um número par, ()
6. Se n é um número ímpar, ()
7. ()
8. ()
9. ()
10. Se a é diferente de zero, ()
11. ()
12. ()
13. ()
14. ()
15. ()
16. ()
17. ()
18. ()
19. ()
6. Simplifique as expressões:
1.
Matemática elementar/Imprimir 47
2.
Logaritmos
Definição de Logaritmo
Sejam a e b dois números reais. O logaritmo de na base é o expoente a que deve ser elevado para que o
resultado seja . Em símbolos:
Soma e subtração
Mudança de base
apresentadas acima).
Matemática elementar/Imprimir 48
Demonstrações
Sejam:
Então:
• Log do produto
Da expressão
concluímos que:
portanto:
• Log da fração
Analogamente, de:
concluímos que:
portanto:
• Log da potência
A partir de:
chegamos a:
ou seja:
• Mudança de base
Da última expressão:
chega-se a:
Matemática elementar/Imprimir 49
ou seja:
e, finalmente:
Esse tipo de comparação facilita a compreensão do problema em questão e de muitos outros semelhantes.
Logaritmos e raízes
Quando temos uma equação do tipo , devemos buscar um número ao qual devemos elevar de
modo a obter o resultado . Exemplo:
Trigonometria
Trigonometria
Trigonometria (do grego trigonon = três ângulos e metro = medida) é uma parte da
Matemática que estuda as relações entre triângulos, ângulos e funções circulares como o
seno e cosseno.
1. Trigonometria do triângulo retângulo
Tabela de Trigonometria,
1728 Cyclopaedia
2. Arcos
e ângulos - medida de um arco (radianos), relação entre arcos e ângulos.
Matemática elementar/Imprimir 51
3. Razões trigonométricas na
circunferência
4. Funções trigonométricas
Matemática elementar/Imprimir 52
6. Transformações de soma de
funções trigonométricas em produtos
Matemática elementar/Imprimir 53
7. Identidades trigonométricas
básicas
8. Equações e inequações
envolvendo funções trigonométricas
Matemática elementar/Imprimir 54
Ver também
Exercícios de trigonometria
[[|]]
Arcos e ângulos
Circunferência
Seja um ponto qualquer do plano e um número real. A circunferência de centro e raio é o lugar
geométrico dos pontos desse plano tais que
Arco de circunferência
Consideremos uma circunferência de centro Sejam e dois pontos distintos de
Um arco de circunferência de extremos e é cada uma das partes em que fica dividida uma
circunferência por dois de seus pontos.
Quando teremos dois arcos: o arco nulo (um ponto) e o arco de uma volta (uma circunferência).
Matemática elementar/Imprimir 56
O grau
Um grau é um arco de circunferência cujo comprimento equivale a
da circunferência que contém o arco a ser medido. Portanto,
• O minuto ou seja,
• O segundo ou seja, e
Matemática elementar/Imprimir 57
O radiano
Um radiano é um arco de circunferência cujo comprimento é igual ao raio da circunferência que contém o arco a ser
medido. É a unidade do Sistema Internacional (SI).
Conseqüentemente, para medir um ângulo em radianos, convém calcular a razão entre o comprimento do
arco pelo raio ou seja, calcular quantos radianos mede o arco Portanto, como consequência da definição de
radiano, podemos estabelecer a seguinte relação:
O comprimento de uma circunferência de raio é Logo, a medida do arco de uma volta completa, em
radianos, é Para converter unidades, podemos usar as correspondências
O grado
Ver artigo na wikipedia Grado O grado foi introduzido junto com o Sistema métrico, durante a Revolução francesa
mas, ao contrário do sucesso das outras medidas, não pegou. Atualmente, ele é apenas utilizado nos trabalhos
topográficos e geodésicos feitos na França.
É a medida de um arco cujo comprimento equivale a da circunferência que contém o arco a ser medido. É
O ciclo trigonométrico
Consideremos no plano um sistema de eixos perpendiculares em que Seja uma circunferência
de centro raio e o ponto
Assim, a circunferência sobre a qual foi fixado o ponto como orientação é chamada ciclo trigonométrico
ou circunferência trigonométrica.
Ângulos côngruos
Os ângulos e em graus, são côngruos ou congruentes se, e somente se, para algum
ou seja, se e têm a mesma imagem no ciclo trigonométrico. Para indicar que e são côngruos
escrevemos
Por exemplo, os ângulos e são congruentes, pois
Expressão geral dos arcos que têm imagem em um ponto do ciclo trigonométrico..
Consideremos um sistema de eixos perpendiculares e uma circunferência de centro e raio
Sendo um ponto qualquer pertencente à a imagem de um ângulo na circunferência, podemos estabelecer uma
expressão geral dos arcos que têm imagem em um determinado ponto do ciclo trigonométrico.
Por exemplo, a expressão geral dos arcos que têm imagem no ponto dar-se-á por
ou sendo o número de voltas completas. Quando
deve-se andar no sentido anti-horário; se deve-se andar no sentido horário.
Analogamente, temos:
• Para ou
• Para ou
• Para ou
• Para ou ou
Matemática elementar/Imprimir 60
• Para ou ou
• Para ou ou ou ou
Considerando a figura acima, a expressão geral dos arcos que têm imagem em ou é:
• em graus:
• em radianos:
Expressão geral dos arcos que têm imagem em
• em graus:
• em radianos:
No caso da figura seguinte, a expressão geral dos arcos fica:
• em graus:
• em radianos:
Matemática elementar/Imprimir 61
Analogamente, os ângulos (em radianos) , e são congruentes, sendo sua primeira determinação
positiva o ângulo .
3. Se o ângulo inicial é
Ângulos correspondentes
• Em graus:
• Em radianos:
Exercícios
• Exercícios
[[|]]
A linha perpendicular ao eixo-x que passa pelo ponto (x,y) intercepta o eixo-x no ponto com abscissa x.
Analogamente, a linha perpendicular ao eixo-y intercepta este eixo no ponto de ordenada y. O ângulo entre o eixo-x
e o raio é α.
A funções trigonométricas de qualquer ângulo α são definidas por:
Estas três funções trigonométricas pode ser usadas para ângulos medidos em graus, radianos ou qualquer outra
medida angular, desde que fique claro qual é a unidade usada.
[[|]]
Funções trigonométricas
Este módulo precisa ser revisado por alguém que conheça o assunto ([[|discuta]]).
Definição
Funções trigonométricas são funções angulares, importantes no estudo dos triângulos e na modelagem de fenómenos
periódicos. Podem ser definidas como razões de dois lados de um triângulo rectângulo, contendo o ângulo ou, de
forma mais geral, como razões de coordenadas de pontos no círculo unitário ou, de forma ainda mais geral, como
séries infinitas ou, de forma igualmente geral, como soluções para certas equações diferenciais.
Existem seis funções trigonométricas básicas, cada uma com a sua abreviatura notacional padrão.
• seno ( em português; a maioria das linguagens de programação escrevem )
• coseno ( )
As últimas quatro funções são definidas nos termos das primeiras duas. Por outras palavras, as quatro equações em
baixo são definições e não identidades demonstradas.
• tangente
Matemática elementar/Imprimir 64
• secante
• cosecante
• cotangente
Periodicidade
Tanto a função Seno como a função Co-seno têm período 2 pi. A função tangente admite o período pi
Paridade
A função Seno é uma função ímpar, pois sen (-x)= -sen x, qualquer que seja x pertencente R. A função Co-seno é
uma função par, pois cos (-x)= cos x, qualquer que seja x pertencente a R. A função Tangente é uma função ímpar
pois é o quociente de uma função ímpar e uma função par: tg (-x)= -tg x, qualquer que seja x pertencente ao
domínio. A função Co-tangente é uma função de período pi.
Ângulos notáveis
Veja abaixo uma tabela com os valores mais importantes das funções trigonométricas.
Matemática elementar/Imprimir 65
0 0 1 0
1 0 Não definido
Existe um macete para memorizar estes valores. Lembrando que o gráfico da função seno é crescente no primeiro
quadrante (ângulos de 0 graus a 90 graus), escreva:
0, 30, 45, 60, 90
0, 1, 2, 3, 4
Em seguida, na segunda linha, tire a raiz quadrada e divida por 2:
0, 30, 45, 60, 90
0, 1/2, 1
E temos os valores da função seno. Os valores do cosseno são obtidos invertendo-se a primeira linha:
90, 60, 45, 30, 0
0, 1/2, 1
E os valores da tangente dividindo-se seno por cosseno.
Propriedades
Diretamente da figura que define seno e cosseno (ao lado), temos, pelo triângulo retângulo no primeiro quadrante,
que:
•
Matemática elementar/Imprimir 66
É convencional escrever o quadrado de uma função trigonométrica colocando-se o sinal imediatamente ao lado do
nome da função. Assim, esta relação é escrita:
•
A geometria do triângulo retângulo prova esta relação no caso de ou seja, para ângulos no primeiro
quadrante. Nos casos temos que um deles (seno ou cosseno) vale 1, e o outro vale 0, logo
a soma dos seus quadrados é 1.
Nos demais casos, temos:
Se x está no segundo quadrante, então está no primeiro quadrante, e:
: portanto:
Analogamente:
Se x está no terceiro quadrante, então está no primeiro quadrante, e:
: portanto:
Finalmente:
Se x está no quarto quadrante, então está no primeiro quadrante, e:
: portanto:
Ou seja, a relação
temos que:
Dividindo por
Dividindo por
Matemática elementar/Imprimir 67
Exercícios
• Matemática elementar/Trigonometria/Funções trigonométricas/Exercícios
Adição de arcos
Cosseno da soma
Considere a figura ao lado. Sejam três pontos e pertencentes à circunferência , cujas coordenadas são
e Os arcos e têm medidas
iguais, logo as cordas e também têm a mesma medida. Após aplicarmos a fórmula da distância entre dois
pontos da Geometria analítica, temos:
Seno da soma
Tangente da soma
Sabendo que e utilizando as fórmulas anteriores para soma de senos e cossenos, podemos
Então:
Cotangente da soma
Como podemos obter, de maneira semelhante à formula da tangente da soma, uma expressão para
Simplificando, temos:
usada se e
Exemplos
• Calcule:
• Resolução
Matemática elementar/Imprimir 69
Subtração de arcos
Cosseno da diferença
Para calcular fazemos uso da igualdade na fórmula do cosseno da soma,
conforme a seguir:
•
Então:
Seno da diferença
Podemos fazer a mesma substituição da igualdade para encontrar as outras relações de
diferença de arcos. Para o seno, usaremos a fórmula do seno da soma e a igualdade citada acima, conforme a seguir:
•
Logo,
Tangente da diferença
Usando novamente a igualdade e, desta vez, a fórmula da tangente da soma:
Simplificando, temos:
Cotangente da diferença
Mais uma vez, usaremos a igualdade e, desta vez, a fórmula da cotangente da soma:
Exemplos
• Calcule:
• Resolução
• Dados e calcule
• Resolução
Multiplicação de arcos
É possível deduzir fórmulas para calcular as funções trigonométricas de utilizando as fórmulas obtidas
para a soma de arcos e fazendo conforme será mostrado adiante.
Cosseno
Usando a fórmula do cosseno da soma, temos:
•
Logo, utilizando a Identidade relacional básica, podemos obter duas fórmulas finais:
ou
Seno
Ultilizando a fórmula do seno da soma:
•
Então, temos:
•
Logo:
Tangente
A partir da fórmula da tangente da soma:
Logo:
Exemplo
• Se e calcule
• Resolução
Precisamos encontrar para aplicarmos a fórmula. Para tanto, utilizaremos a identidade
que relaciona as funções cotangente e cossecante. A partir da cossecante obtida, podemos
encontrar o valor do seno, uma vez que Como o valor da cossecante é positivo.
De onde vem
Bissecção de arcos
Cosseno
Vamos utilizar as duas fórmulas que encontramos para a fim de que, dado o cosseno de uma arco
qualquer, possamos obter ou Para isto, consideraremos
A partir de
A partir de temos:
Seno
Caso nos seja dado o sabendo que calculamos e usamos as fórmulas
dadas logo acima para o cosseno.
Tangente
Exemplos
• Resolução
Logo, temos:
• Se determine
• Resolução
Podemos aplicar diretamente a fórmula, de modo que:
Exercícios
• Matemática elementar/Trigonometria/Adição, subtração, duplicação e bissecção de arcos/Exercícios
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informações, consulte a página de votações.
Fazendo:
Temos:
Substituindo a e b, em (I):
E por fim:
Exercícios
• Exercícios
[1] http:/ / pessoal. sercomtel. com. br/ matematica/ fundam/ naturais/ naturais1. htm
[2] http:/ / pessoal. sercomtel. com. br/ matematica/ fundam/ naturais/ naturais2. htm
[3] http:/ / pessoal. sercomtel. com. br/ matematica/ fundam/ naturais/ divisibilidade. htm
[4] http:/ / pessoal. sercomtel. com. br/ matematica/ fundam/ naturais/ naturais2-a. htm
[5] http:/ / pessoal. sercomtel. com. br/ matematica/ fundam/ inteiros/ inteiros. htm
[6] http:/ / pessoal. sercomtel. com. br/ matematica/ fundam/ fracoes/ fracoes. htm
[7] http:/ / pessoal. sercomtel. com. br/ matematica/ fundam/ fracoes/ fracdec. htm
[8] http:/ / pessoal. sercomtel. com. br/ matematica/ fundam/ fracoes/ racionais. htm
[9] http:/ / pessoal. sercomtel. com. br/ matematica/ fundam/ fracoes/ fracoes-a. htm
[10] Prostaférese (http:/ / ecalculo. if. usp. br/ funcoes/ logaritmica/ historia/ prostaferese. htm)
[[|]]
Conceito
Uma identidade trigonométrica é uma equação envolvendo funções trigonométricas e que é verdadeira para todos os
valores das variáveis envolvidas. Estas identidades são úteis sempre que expressões envolvendo funções
trigonométricas tem que ser simplificadas. Geralmente é possível aproveitar as características cíclicas das funções
para modificar o seu comportamento, transformando uma ou mais funções trigonométricas em outras operadas de
forma que apresentem o mesmo resultado da função original.
Portanto:
[[|]]
Matemática elementar/Imprimir 76
Conceito
Equações trigonométricas são equações nas quais a variável a ser determinada aparece após a aplicação de funções
trigonométricas.
Uma das grandes diferenças entre equações trigonométricas e as demais equações é a natureza periódica destas
funções.
Assim, enquanto equações do tipo:
possuem uma solução única, ou uma quantidade finita (e pequena) de soluções, uma equação do tipo:
admite infinitas soluções - por ser tan uma função periódica de período para cada solução x = a, temos que
e também serão soluções, assim como qualquer valor sendo k um
número inteiro (positivo, negativo ou zero).
sen(x) = n
A equação só tem soluções quando está no intervalo [-1; 1]. Se está neste intervalo, então é
preciso primeiro determinar um ângulo tal que:
Neste caso, as soluções são dois conjuntos infinitos (que devem ser unidos):
Exemplo
Resolva:
ou
ou
Outro exemplo
Resolva:
Substituindo
Sabemos que é um ângulo cujo seno vale 1/2. Portanto, y deve valer:
ou
Substituindo o valor de
ou
Ou seja:
ou
Matemática elementar/Imprimir 78
Esta solução está correta, mas, normalmente, deseja-se expressar os ângulos na forma em que
Para isso, como k é um número inteiro qualquer, ele pode ser substituído por qualquer outra expressão que também
indica um número inteiro qualquer. Ou seja, podemos substituir k por k + 10, k + 42, k - 1000, etc.
No caso, como queremos tornar a parte sem k em um número entre 0 e 2 π, temos que substituir k por k+1, obtendo:
ou
Finalmente:
ou
Exercícios
• Matemática elementar/Trigonometria/Equações e inequações envolvendo funções trigonométricas/Exercícios
[[|]]
Demonstração
Esta é uma das maneiras de demonstrar a lei dos cossenos.
Considerando a figura, podemos observar três triângulos:
• Para
Substituindo e em
Aplicação
A Lei dos Cossenos permite calcular o comprimento de um lado de qualquer triângulo conhecendo o comprimento
dos demais lados e a medida do ângulo oposto a esse. Ela também permite calcular todos os ângulos de um triângulo,
desde que se saiba o comprimento de todos os lados.
Exemplos
• Considere um triângulo de lados e sendo que o comprimento de é 2 metros e o comprimento de
é metros. Os lados e definem um ângulo de 30º. Calcule o comprimento de
• Resolução
comprimento de é 1 metro.
• Prove por Lei dos Cossenos que o triângulo eqüilátero também é eqüiângulo
• Resolução
Dado um triângulo eqüilátero de lados e por definição tem-se que Sejam e
os ângulos deste triângulo. Aplicando a Lei dos Cossenos:
Demonstração
Para demonstrar a lei dos senos, tomamos um triângulo
qualquer inscrito em uma circunferência de raio A partir do
ponto pode-se encontrar um ponto diametralmente oposto
e, ligando a formamos um novo triângulo
retângulo em
Da figura, podemos perceber também que porque determinam na circunferência uma mesma corda
Desta forma, podemos relacionar:
Demonstração
Para demonstrar a Lei das tangentes, podemos partir da Lei dos senos:
Exercícios
• Ver: Matemática elementar/Trigonometria/Lei dos senos e dos cossenos/Exercícios
[[|]]
Resolução de triângulos
Uma das aplicações mais comuns da trigonometria é a resolução de triângulos.
A resolução de triângulos é a operação matemática que, a partir de três elementos de um triângulo, determina todos
outros elementos. Estes elementos podem ser lados, ângulos, perímetro, área, etc.
Os casos mais comuns são representados por uma tríade de letras, usando-se L (para lado) e A para ângulo. Assim,
LLL significa resolver um triângulo no qual são dados três lados, LAA significa resolver um triângulo no qual é dado
um lado, um ângulo adjacente e um ângulo oposto. Nem todos casos são solúveis: AAA pode ter nenhuma (se a soma
dos ângulos não for de 180o) ou infinitas soluções; LLA pode ter nenhuma, uma ou duas soluções.
Matemática elementar/Imprimir 82
LLL
Usa-se a lei dos cossenos para se determinar dois ângulos; o terceiro ângulo sai naturalmente da soma dos ângulos
ser 180o.
LAL
Usa-se a lei dos cossenos para se determinar o lado oposto ao ângulo. Um outro ângulo pode ser determinado pela lei
dos senos ou dos cossenos.
ALA
Determina-se o terceiro ângulo pelos dois ângulos. Os outros lados saem pela lei dos senos.
LAA
Determina-se o terceiro ângulo pelos dois ângulos. Os outros lados saem pela lei dos senos.
LLA
Dois métodos podem ser usados, mas ambos podem não ter solução:
• Resolve-se o terceiro lado pela lei dos cossenos - neste caso, a equação é uma equação do segundo grau, que pode
ter nenhuma, uma ou duas raízes.
• Resolve-se o outro ângulo (que não é o ângulo formado pelos lados) pela lei dos senos - neste caso, a equação
também pode ter nenhuma, uma ou duas soluções.
[[|]]
Progressões
Seqüências ou progressões são funções do tipo , onde A é o conjunto dos números naturais ou um
subconjunto dos números naturais consecutivos com mais de dois elementos, e B é um conjunto numérico. Sendo
funções, nas sequências existe uma regra geral que permite determinar cada elemento de B a partir do elemento A,
por exemplo:
(2,4,6,8,10) é uma seqüência dos números pares de 2 até 10, que pode ser expressa pela função
. Também percebe-se que a função pode relacionar o elemento anterior (an) com
o posterior (an+1)da seguinte maneira: , sendo r uma razão fixa, a razão de progressão.
Os dois tipos de seqüências matemáticas mais comuns são a progressão aritmética, que contém números tais que o
anterior somado a uma razão fixa resulta no posterior, e progressões geométricas, que contém números tais que o
anterior multiplicado pela razão fixa resulta no posterior.
Exemplos:
(1,5,9,13,...) é uma progressão aritmética infinita (o que se indica pelo sinal ...) de razão igual a 4.
(1,3,9,27,81) é uma progressão geométrica finita de razão igual a 3.
Matemática elementar/Imprimir 83
Progressão Aritmética
Progressão aritmética (PA) é uma seqüência que tem entre um elemento e
seus adjacentes uma diferença igual. Ou seja, uma seqüência para a qual se
determinam os números somando ou subtraindo a razão de progressão.
Exemplo:
Onde:
• an é o termo que se procura encontrar (n é o índice, por exemplo, a3 é o terceiro termo da progressão).
• a1 é o primeiro termo da progressão. Conquanto a fórmula do termo geral seja expressa em função do primeiro
termo, nada impede que se utilizem outras posições na seqüência, desde que se adapte a fórmula.
• r é a razão de progressão
• n é, como já explicado, o índice do elemento procurado
Matemática elementar/Imprimir 84
Lendas matemáticas à parte, a soma dos termos de uma progressão aritmética pode ser obtida por uma fórmula
simples:
Onde:
• Sn é a soma dos termos até n.
• a1 e an são, respectivamente, o primeiro e o último termo da progressão (ou pelo menos, do subconjunto da
progressão sobre o qual será feita a soma)
• n é o total de elementos somados; reparar que a fórmula só permite somar elementos contíguos da progressão
Progressão Geométrica
Progressões geométricas são seqüências numéricas em que os
elementos crescem por multiplicações, a uma razão fixa.
Exemplo:
(razão de progressão q = 3)
Soma de Infinitos
Progressão geométrica (1,2,4,8).
A soma dos termos de uma P.G. infinita se dá pela seguinte equação:
Matemática elementar/Imprimir 85
Seqüências numéricas
1. Seqüências numéricas, Progressões aritméticas e progressões geométricas, Soma de um número finito de termos
de uma PA e de uma PG, noção de limite de uma seqüência, soma dos infinitos termos de uma PG de razão com
módulo menor do que 1, Representação decimal de um número real -
Exercícios resolvidos
1) Ache tres numeros em P.A crescente,sabendo que a soma é 15 e o produto é 105.
O problema pode ser resolvido assim: Chame de x o primeiro dos 3 números na PA e de r a razão da mesma. Então
os termos são os seguintes: x, x+r, x+2r Como a soma deve ser igual a 15, os números x e r precisam satisfazer a
equação: x + x+r + x+2r = 15 ou seja, 3x + 3r = 15 que se reescreve como x + r = 5
Logo, r = 5-x.
Por outro lado, se o produto de tais números é 105, deve ocorrer: x*(x+r)*(x+2r)=105 ou seja,
x*(x+5-x)*(x+2(5-x))=105 que pode ser reescrito como 50x-5x^2=105
As raízes dessa equação do segundo grau são 3 e 7 e se obtem rapidamente pela fórmula de Bhaskara.
temos que considerar cada um dos casos: x=3 nessa situação, como r=5-x=5-3=2, os termos da PA são 3, 5 e 7
x=7 deduz-se que r=5-7=-2, donde os termos são 7, 5 e 3
Apenas o primeiro caso representa uma PA crescente, logo a resposta é 3, 5 e 7
2) O perimetro de um triangulo retangulo mede 24 cm.Calcule as medidas dos lados sabendo que eles estao em P.A.
Sabendo que os lados estão em PA, podemos chamá-los de x, x+r e x+2r, e supor que esta é uma PA crescente, como
no problema anterior. Mas se o perímetro é 24, ou seja a soma dos lados tem esse valor, então: 3x+3r=24
ou seja x+r=8
donde r=8-x
Mas em todo triângulo retângulo vale o Teorema de Pitágoras, e a hipotenusa é sempre o maior lado, então:
(x+2r)^2=(x+r)^2+(x)^2
ou seja, (16-x)^2=8^2+x^2
ou ainda, 256 - 32x + x^2= 64 + x^2
que é equivalente a 32x=256-64=192
Portanto, x=6 e consequentemente r=8-6=2. Assim a resposta deve ser 6, 8 e 10.
[[|]]
Expressões algébricas
Produtos notáveis são expressões matemáticas padronizadas, em que um produto ou uma potência pode ser
expressa através de uma soma de monômios.
A operação inversa se chama fatoração algébrica, que consiste em expressar um polinômio como o produto de
polinômios (usualmente binômios) mais simples.
O desenvolvimento dos produtos notáveis é um passo fundamental na simplificação de expressões que envolvem
somas ou subtrações, como na resolução de vários tipos de equação.
A fatoração, por outro lado, é fundamental na simplificação de expressões que envolvem a divisão de polinômios, e
também é importante na resolução de equações polinomiais.
Matemática elementar/Imprimir 86
Produtos notáveis
Exemplos:
•
Exemplos:
•
Exemplos:
•
•
Exemplos:
•
Exercícios
• Ver Matemática elementar/Expressões algébricas/Produtos notáveis/Exercícios.
Fatoração algébrica
Considere o polinômio , que é uma diferença de dois quadrados, para fatorar o mesmo devemos obter a
raiz quadrada do primeiro termo menos a raiz quadrada do segundo termo , logo
temos , devemos, agora, multiplicar o polinômio resultante das raizes dos termos
iniciais pelo seu oposto: , logo a fatoração da diferença de dois quadrados é igual à raiz
quadrada do primeiro termo menos a raiz quadrada do segundo termo vezes o oposto:
, ou simplesmente
.
Outros exemplos:
ou
Matemática elementar/Imprimir 88
Fatoração completa
A fatoração completa implica na união de todos os métodos de fatoração de polinômios para tornar um polinômio
fatorado ao máximo, ou seja, que não pode ser mais fatorado. Considere o polinômio , que é a diferença de
dois quadrados, fatorando-o temos: , note que o primeiro termo da fatoração [
] é uma diferença de dois quadrados, devemos fatora-lo:
, assim, temos a fatoração completa do
polinômio .
Outros exemplos:
Matemática elementar/Imprimir 89
Artifício utilizado: Adicionamos e subtraímos o termo , não alterando, assim, o valor da expressão e
possibilitando a obtenção de trinômio quadrado perfeito para a realização da expressão.
Outro exemplo:
Artifício utilizado: soma-se e subtrai-se , obtendo-se logo em seguida uma soma de cubos:
Um passo intermediário que pode ser usado como artifício é a expressao da soma de dois quadrados:
Polinômios irredutíveis
Alguns polinômios não podem ser fatorados, estes são chamados de polinômios irredutíveis, mas o estudo destes
polinômios deve ficar para um livro mais avançado.
Exercícios
• Ver Matemática elementar/Polinômios/Exercícios.
Problemas resolvidos
Caso 1
Uma indústria produz apenas dois tipos de camisas: o primeiro com preço de R$45,00 a unidade e o segundo com o
preço de R$67,00 a unidade. Se chamarmos de x a quantidade vendida do primeiro tipo e de y a quantidade vendida
do segundo tipo.
• Qual a expressão algébrica da venda desses dois artigos?
• Qual o valor se forem vendidos 200 e 300 unidades respectivamente?
Caso 2
O segundo caso de fatoração é: agrupamento, onde há 4 ou mais termos. Temos como exemplo:
• ax+ay+bx+by = a(x+y)+b(x+y)= (x+y)(a+b).
• Colocamos o 'x+y' em evidência e quem os multiplica também.
Caso 3
Diferença entre dois quadrados.
Caso 4
Trinômio quadrado perfeito.
Matemática elementar/Imprimir 90
Caso 5
Soma e produto
Exercícios
• Ver Matemática elementar/Polinômios/Exercícios
Fração algébrica
Operações
Referências
Wikipédia
[[|]]
Polinômios
Definição
Polinômios em uma variável são séries de monômios (ou termos) em uma variável, que por sua vez são expressões
matemáticas na forma (que, no caso de n = 0, torna-se a constante a). Cada monômio é caracterizado por
• um coeficiente, que na equação acima é representado por a;
• uma variável, que na equação é representada por x; e
• um expoente natural, que na equação é representado por n. No caso particular n = 0, considera-se que e
o termo torna-se simplesmente a.
Assim, um polinômio é um conjunto de monômios, devidamente normalizados. A expressão mais correta é função
polinomial, mas o uso de polinômio é consagrado. A função polinomial ou polinômio assume a forma:
Grau
Define-se o grau de um polinômio como igual ao expoente mais alto entre as variáveis de seus monômios não-nulos.
Por exemplo, no polinômio o grau é 3, correspondente ao expoente mais alto entre as
variáveis nos monômios ( ).
Valor numérico
É o valor que se resulta a expressão quando determina-se um valor para as variáveis.
Exemplo
2x + 1 VN = ? Para x=5
VN = 2.5 + 1 = 11,
Matemática elementar/Imprimir 91
Raízes
Raiz ou zero é um valor tal que, atribuído à variável da função
polinomial, faz com que a função resulte em 0. Ou seja, se a é dito
raiz do polinômio P(x), então
Exemplos de raízes:
• tem raiz r = 4 (pois )
• tem raiz r igual a -1, pois
Um polinômio de grau n terá n raízes, sempre. Algumas vezes uma mesma raiz se repete, sendo por isso chamada
raiz dupla, tripla, quádrupla, etc. Por exemplo:
• tem raiz dupla r igual a 2, uma vez que pode ser fatorado em
Num gráfico representativo da função polinomial, as raízes sempre ocorrem nos pontos em que a curva cruza o eixo
das abcissas.
Identidade de polinômios
Dois polinômios são ditos idênticos se tiverem o mesmo grau e os monômios correspondentes idênticos, por
exemplo:
Como o desenvolvimento de B(x) resultou num polinômio de termos correspondentes idênticos a A(x), então os
polinômios são idênticos ou equivalentes; indica-se:
Matemática elementar/Imprimir 92
Polinômio nulo
Um polinômio é dito nulo quando todos os seus coeficientes são iguais a 0.
Igualdade de polinômios
é quando os polinomios sao iguais exemplo
3e3
Operações
Adição
Consideremos que tenhamos os fatores:
e
Processo:
Para fazer a soma dos polinômios de uma só variável, identificamos os monômios de mesmo expoente e somamos os
fatores dos mesmos, o resultado da soma dos fatores é multiplicado pela parte variável do monômio, repete-se o
processo para todos os monômios até que não haja mais fatores.
Para fazer a soma dos polinômios de várias variáveis, identificamos os monômios com variáveis iguais de mesmo
expoente e somamos os fatores dos mesmos, o resultado da soma dos fatores é multiplicado pela parte variável do
momômio, repete-se o processo para todos os monômios até que não haja mais fatores.
Matemática elementar/Imprimir 93
Subtração
O sinal de negativo (-)antes dos parêntese exige a troca de todos os sinais que estejam dentro dele.
(3x²-2x+5)-(5x-3)=
=3x²-2x+5-5x+3=
=3x²-7x+8
Multiplicação
(15x² - 10x + 2) • (3x - 2)
Nesse caso, multiplica-se todos os termos.
ou
Considere:
(15x² - 10x + 2) = A
(3x - 2) = B
donde,
A • B (ou B • A)
A
•B
---
x
donde,
(15x² - 10x + 2)
• (3x - 2)
-----------------
- 30x² + 20x - 4
45x³ - 30x² + 6x +
---------------------
45x³ - 60x² + 26x -4
Divisão
Para realizar-se uma divisão de polinômios, utiliza-se um dos teoremas abaixo:
• Método de Descartes
• Método do Resto
• Método de D'Alembert
• Método de Briot-Ruffini
Matemática elementar/Imprimir 94
Teoremas
Teorema do resto
O resto da divisão do polinômio P(x) por ax + b é dado por P(-b/a)
Exemplo de resolução 1
Têm-se a seguinte divisão:
• 1º passo: Determina-se x
Exemplo de resolução 2
O resto da divisão do polinômio pelo polinômio de primeiro grau é
Observações: Note que é a raiz do divisor
Teorema de D'Alembert
Um polinômio é divisível pelo polinômio de primeiro grau se e somente se,
Equações polinomiais
Fatoração
Lembre-se: Fatorar é simplificar uma expressão à um produto.
Existem várias formas de se fatorar um polinômio, ou seja, escrevê-lo como um produto de expressões mais simples:
• fatoração simples (ou por evidência)
• fatoração por agrupamento
• trinômios do quadrado perfeito
• e outros
Matemática elementar/Imprimir 95
Por agrupamento
Agrupam-se os termos em comum.
Exemplo
ax + by + bx + ay =
ax + ay + bx + by =
a (x + y) + b (x + y) =
(x + y) • (a + b)
Exercícios
• Matemática elementar/Polinômios/Exercícios
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Exercícios
A seguir são sugeridos alguns exercícios sobre fatoração de polinômios.
Fatore os seguintes polinômios: <quiz display=simple> { |type="{}"} { 2(x+y) (i) }
{ |type="{}"} { a(x+y) (i) }
{ |type="{}"} { 6(2x-y) (i) }
{ |type="{}"} { (x-y)(x+y) (i)|(x+y)(x-y) (i)|(x-y)*(x+y) (i)|(x+y)*(x-y) (i) }
{ |type="{}"} { (2a-b)(2a+b) (i)|(2a+b)(2a-b) (i)|(2a-b)*(2a+b) (i)|(2a+b)*(2a-b) (i) }
{ |type="{}"} { (a+2)(x+y) (i)|(x+y)(a+2) (i)|(a+2)*(x+y) (i)|(x+y)*(a+2) (i) }
{ |type="{}"} { (a-x)^2 (i) }
{ |type="{}"} { -(x^2+1)(b-a^2 x) (i)|-(b-a^2 x)(x^2+1) (i)|-(x^2+1)*(b-a^2 x) (i)|-(b-a^2
x)*(x^2+1) (i) }
{ |type="{}"} { (2 x-3)(2 x^2+1) (i)|(2 x^2+1)(2 x-3) (i)|(2 x-3)*(2 x^2+1) (i)|(2 x^2+1)*(2
x-3) (i) }
{ |type="{}"} { (a-3)^2 (i) }
{ |type="{}"} { (x-1)(x+1)(y-2) (i)|(x+1)(x-1)(y-2) (i)|(x-1)*(x+1)*(y-2)
(i)|(x+1)*(x-1)*(y-2) (i) }
{ |type="{}"} { -(2a-x)(2a+x)(4a^2+x^2) (i)|-(2a-x)*(2a+x)*(4a^2+x^2) (i) }
{ |type="{}"} { -x(b-ax)(ax+b) (i)|-x(ax+b)(b-ax) (i)|-x*(b-ax)*(ax+b) (i)|-x*(ax+b)*(b-ax) (i) }
{ |type="{}"} { a(3ax^3-6x^2+x-2) (i) }
{ |type="{}"} { 2(x+y)^2 (i) }
{ |type="{}"} { a (x^3+yz+z^2) (i) }
{ |type="{}"} { 3a(x-3)^2 (i) }
{ |type="{}"} { x(a+b)^2 (i) }
{ |type="{}"} { (x-2)^2(x+2)^2 (i) }
{ |type="{}"} { 2(x-1)^2(y-1)(y+1) (i)|2*(x-1)^2*(y-1)*(y+1) (i) }
</quiz>
Para fatorar os polinômios indicados nos próximos exercícios, é necessário conhecer a solução da equação do
segundo grau: <quiz display=simple> { |type="{}"} { (x-10)(x-3) (i)|(x-3)(x-10) (i)|(x-10)*(x-3)
(i)|(x-3)*(x-10) (i) }
{ |type="{}"} { (x-2)(2 x-1) (i)|(2 x-1)(x-2) (i)|(x-2)*(2 x-1) (i)|(2 x-1)*(x-2) (i) }
{ |type="{}"} { (y+5)(y+6) (i)|(y+6)(y+5) (i)|(y+5)*(y+6) (i)|(y+6)*(y+5) (i) }
{ |type="{}"} { (x-3)(x-2)(x+2)(x+3) (i) }
Matemática elementar/Imprimir 97
Respostas
O leitor pode conferir as respostas dos exercícios anteriores digitando-as nos campos indicados e clicando em
"Enviar". As respostas fornecidas utilizam o asterisco * para representar a multiplicação, ou então a simples
justaposição das expressões. Devido a uma limitação do sistema utilizado na produção do questionário acima, pode
acontecer que ele acuse incorretamente um erro quando sua resposta diferir da que foi indicada apenas por causa da
ordem um termo da resposta. Em caso de dúvida, também pode conferir as respostas utilizando um dos diversos
softwares de álgebra computacional existentes (se quiser uma uma lista de aplicativos deste tipo, pode consultar esta
página da Wikipédia inglesa).
Por exemplo, com o programa Maxima consegue-se o resultado da fatoração de inserindo o
comando
factor (3*a*x^2 - 18*a*x + 27*a);
Também é possível obter a resposta utilizando ferramentas gratuitas disponíveis na internet, como o Wolfram Aplha.
Basta usar o mesmo comando factor seguido do polinômio que deseja fatorar, e a resposta é calculada em seguida.
Veja as respostas para alguns dos exercícios acima, calculadas pelo Wolfram Alpha:
• (http://www.wolframalpha.com/input/?i=factor+2x+2y)
• (http://www.wolframalpha.com/input/?i=factor+(3*a*x^2+-+18*a*x+++27*a);)
As respostas dos demais exercícios é obtida de maneira análoga.
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Equações algébricas
Definição
Uma equação é uma igualdade de expressões matemáticas, que pode ser utilizada no estudo das funções,
nomeadamente das suas raízes. Pelo menos uma da expressão contém uma ou várias incógnitas (variáveis), cujo
valor é denominado de solução ou soluções da equação.
Cada uma das expressões pode ser considerada como função matemática (p.e. f(x) e g(x)), e partilhar as suas
propriedades, em que cada operação efectuada sobre uma das expressões, terá que ser replicada na outra
Raiz
Se as equações forem polinomiais, i.e., compostas por polinómios, o grau n da equação é o mesmo que o maior
expoente encontrado de ambos polinómios, e a sua solução admite no máximo n raízes. A raiz de uma equação é o
valor com o qual a incógnita anula a equação.
Exemplo
Um exemplo de como completar quadrado:
Temos a seguinte equação:
Agora imagine a equação:
Perceba que
Casos particulares
Problemas do 1º grau
A soma das idades de André e Carlos é 22 anos. Descubra as idades de cada um deles, sabendo-se que André é 4
anos mais novo do que Carlos.
Solução: Primeiro passamos o problema para a linguagem matemática. Vamos tomar a letra c para a idade de Carlos
e a letra a para a idade de André, logo . Assim:
Evolução
, donde
• a multiplica os termos:
Matemática elementar/Imprimir 99
• aqui tornou-se .
• então,
x = x1 x = x2
Exercícios
• Ver Fórmula de Bhaskara: Exercícios
Problemas do 2º grau
Num jantar de confraternização, seria distribuído, em partes iguais, um prêmio de R$ 24.000,00 entre os convidados.
Como faltaram 5 pessoas, cada um dos presentes recebeu um acréscimo de R$ 400,00 no seu prêmio. Quantos foram
convidados a este jantar?
Solução
x = número de convidados
24.000/x = prêmio recebido por cada um se não houvesse faltas
24.000/(x-5) = prêmio recebido por cada um, como faltaram 5 pessoas
24.000/x+400=24.000/(x-5) ===> cada um dos presentes recebeu mais 400
simplificando a equação:
dividindo os termos por 400
60/x + 1 = 60/(x-5)
mmc: entre x e x-5 = x.(x-5)
60 (x-5) + x.(x-5) = 60.x
60x - 300 + x² - 5x - 60x = 0
x²-5x-300 = 0
Matemática elementar/Imprimir 100
Equação biquadrada
Uma equação biquadrada é um equação do quarto grau que não possuem termos de grau impar:
A técnica para resolver esta equação consiste em reescrever a equação como uma expressão em y de forma que:
Exercícios
Ver Matemática elementar/Expressões algébricas/Equação biquadrada/Exercícios
Leitura complementar
• Gilberto G. Garbi. O Romance das Equações Algébricas. 3ª ed. São Paulo: Livraria da Física. 2009. ISBN
8588325764
• Gilberto G. Garbi. A rainha da Ciências: um passeio histórico pelo maravilhoso mundo da Matemática. Livraria
da Fisica, 2006. ISBN 8588325616
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Médias
Em Matemática, existem quatro tipos de médias.
• Média: a média de um conjunto de números é o valor numérico de tendência central que representa este conjunto.
É a razão entre a soma de todos os elementos de um conjunto e a quantidade de elementos deste conjunto.
Matematicamente
a + b + ... + z (n termos)
Exemplo
A = {3,5,9,12} =
É a razão do somatório dos produtos entre elementos e seu respectivo peso e, a soma dos pesos.
Exemplo
• João tirou 8 em Matemática e 9 em Português. Ele fará uma média Ponderada dando peso 3 à Matemática e peso
1 à Português. Qual será a média?
PM → M=8 → PM=3
PP → P=9 → PP=1
Média Harmônica
É o inverso da média Aritmética dos inversos dos números.
Exemplo
2e3
Média Geométrica
É a raiz n-ésima (ou enésima) do produto dos n números.
Exemplo
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Sistemas lineares
Definição
Sistemas lineares são conjuntos de equações lineares. Uma equação linear, por sua vez, é toda equação que pode
tomar a forma:
.
Por exemplo, 5x + 2y + z = 12 ou 0,2x - 15y = 0. Na equação linear sempre aparecem coeficientes e variáveis. No
primeiro exemplo, os coeficientes são 5, 2 e 1 (implícito), e as variáveis são x, y e z.
As equações lineares podem ter um grupo de valores que, substituindo as variáveis, as tornam verdadeiras. Por
exemplo:
Matemática elementar/Imprimir 102
Os valores que tornam a equação linear verdadeira são chamados soluções da mesma.
O sistema linear é composto por duas ou mais equações, geralmente apresentadas no seguinte formato:
Para estas equações podem haver um conjunto de valores que só serão a solução do sistema se forem solução de
cada equação. Assim, no sistema:
Percebe-se que a solução única capaz de satisfazer a ambas as equações é o par (2,4). O sistema acima é chamado de
sistema linear a 2 incógnitas, e portanto admite soluções que são pares ou duplas. De modo genérico, um sistema
será linear a n incógnitas (ou variáveis) e terá por solução uma n-upla (lê-se "enupla") do tipo (α1, α2, α3, ... αn).
Conforme veremos mais adiante, um sistema apresenta melhores condições de ser resolvido (ou seja, de ter sua
solução encontrada) caso tenha um número de equações igual ao número de incógnitas.
Classificação
Os sistemas lineares podem ser classificados quanto a possibilidade de obtenção de soluções, dentro do conjunto
numérico ao qual os sistemas devem ser resolvidos. Inicialmente, encontramos dois tipos de sistemas:
• impossíveis (ou inconsistentes) são os sistemas que não têm solução, geralmente por conterem equações lineares
que se contradizem. Por exemplo:
Observar que as equações apresentam o inconveniente de apresentar a mesma soma, mas com resultados
diferentes, o que leva à impossibilidade de resolver o sistema. O sistema impossível (SI) sempre resulta numa
contradição. Vale ressaltar que o conjunto numérico ao qual a solução pertence é fundamental na
determinação da possibilidade do sistema; por exemplo:
É considerado impossível dentro do conjunto dos números naturais, pois não há nenhum número natural que
somado em dobro 2y a outro número natural x resulte em um valor menor do que ele próprio y somado ao
mesmo número x. A solução real, (14,-2), é descartada se restringirmos a solução ao conjunto de números
naturais (-2 não é natural).
• possíveis (ou consistentes) são todos os sistemas que não levam a uma contradição, e portanto admitem soluções
dentro do conjunto numérico ao qual estão designados. Os sistemas possíveis, por sua vez, se subdividem em dois
tipos:
• possíveis determinados (SPD) são os sistemas que possuem apenas uma solução; é possível identificar uma
n-upla capaz de resolver todas as equações, única. Como exemplo, além daquele citado na seção anterior, o
sistema:
• possíveis indeterminados (SPI) são os sistemas que permitem infinitas soluções, porque apresentam os
chamados graus de liberdade, ou seja, permitem soluções arbitrárias. Por exemplo, o sistema:
Permite uma infinidade de soluções como (10,2), (12,4), (19,11), etc. Em todas elas, basta que a relação entre
o primeiro elemento e o segundo seja (α,α - 8). Também é indeterminado o sistema:
Pois apresenta mais incógnitas do que equações, sendo por isso impossível "trabalhar" as incógnitas de modo a
obter valor preciso para cada uma. A solução é qualquer tripla do tipo (α, 8 - α, -2). Observar que o terceiro
elemento pode ser definido, mas não os dois outros, de modo que essa é a mesma situação do sistema
indeterminado do exemplo anterior.
Sistemas equivalentes
Diz-se que dois sistemas lineares são equivalentes se, e somente se, apresentam a(s) mesma(s) n-upla(s) como
solução(ões). Assim, os sistemas:
Ambos apresentam como solução (-1, 2). Ambos são sistemas equivalentes, portanto.
Um sistema equivalente constitui, de certo modo, apenas um desenvolvimento de outro sistema, das equações desse
outro sistema devidamente transformadas. A relação de equivalência está presente desde situações mais óbvias
(quando dois sistemas são em tudo iguais, exceto pela ordem das equações lineares, por exemplo) até situações mais
complexas, nas quais é preciso multiplicar e somar as equações para obter as mesmas equações de outro sistema. No
exemplo dado, o segundo sistema foi formado a partir de duas equações:
• é a subtração de por
• é a subtração de por
A equivalência de sistemas é fundamental para transformação dos mesmos, e eventual resolução por método de
escalonamento, que será discutido mais adiante.
Resolução de sistemas
Os sistemas lineares podem ser resolvidos (ou seja, ter a solução encontrada) através de diferentes métodos. Aqui
examinar-se-á o método de escalonamento, e no próximo capítulo, o método ou regra de Cramer, que utiliza-se de
matrizes.
O método do escalonamento permite resolver sistemas lineares de n equações a n incógnitas. Caso existam mais
incógnitas do que equações, o método não funcionará, ou seja, ele não permite resolver sistemas com grau de
liberdade maior ou igual a 1. Já os sistemas com mais equações do que incógnitas podem ser resolvidos, desde que
não hajam contradições que o tornem SI.
Matemática elementar/Imprimir 104
Escalonamento
Classificado o sistema como SPD ou SPI, pode ser feito o escalonamento, que consiste basicamente em deixar as
equações do sistema na forma:
Ou seja, o sistema deve ter diversas equações, cada uma com um número crescente ou decrescente de incógnitas, de
modo que a última se reduza a apenas uma incógnita. Isso é feito com as transformações adequadas – sempre é
possível "zerar" uma das incógnitas na equação pela soma/subtração da equação anterior que contenha essa
incógnita. Exemplificando:
Inicialmente, vamos eliminar o termo composto pela variável x nas duas últimas equações, a partir da primeira. Para
tanto, inicialmente multiplicamos a segunda equação por -2 e a terceira por 4. Depois, somamos as equações a
primeira e obtemos:
A continuar o processo, pode-se trabalhar a segunda e a terceira equação linear para obter na terceira uma equação a
uma variável, que arbitrariamente escolhemos ser z. Para tanto, vamos multiplicar a segunda equação por -3, e então
somá-la à terceira equação:
A partir desta última equação, e em geral em qualquer sistema resolvido por escalonamento, é possível encontrar o
valor de uma primeira variável, no caso específico:
Método de Gauss
O método de Gauss é um método geral de resolver sistemas de equações lineares, consistindo de uma sequência de
passos simples que reduzem o sistema até que a solução se torna óbvia.
[[|]]
Definição
Sistemas de equações algébricas são conjuntos de equações algébricas.
Por exemplo,
Exercícios
• Matemática elementar/Sistemas de equações algébricas/Exercícios
[[|]]
Equações irracionais
Uma equação irracional é uma equação onde existem polinômios e raízes.
Por exemplo:
Uma definição mais precisa seria: uma equação algébrica irracional é uma equação onde existem funções racionais
e inversas de funções polinomiais.
Solução
Um dos métodos de solução é isolar, em um dos membros da equação, os termos que incluem raízes, e elevar ambos
os membros a uma mesma potência que elimine a raiz. No entanto, este procedimento não produz uma equação
equivalente a original, mas sim uma equação que possui entre as suas soluções os valores que resolvem a equação
inicial.
Por exemplo, quando se tem a igualdade entre uma certa expressão e outra expressão , pode-se concluir que
Por outro lado, é perfeitamente possível que duas expressões tenham os quadrados iguais, sem que elas
próprias sejam iguais. Este é o caso, por exemplo, quando se tem , pois para a maioria dos números,
(a igualdade só vale para ). Assim, se durante a resolução ambos os membros forem elevados a
uma certa potência, será necessário chegar se os valores obtidos como solução para a nova equação são também
soluções da equação inicial.
Acompanhe o próximo exemplo:
Esta equação do segundo grau possui duas soluções, a saber: e . Isto não significa que ambos estes números
sejam soluções da equação original, pois com os cálculos realizados até agora só é possível dizer que "se for uma
solução para a equação original, então tem que ser igual a ou igual a ".
Resta então saber se algum destes números verifica a equação proposta:
(verdadeiro)
(falso)
Portanto, a única raíz é "x = 3".
Exercícios
• Matemática elementar/Equações irracionais/Exercícios
[[|]]
Matrizes
Matrizes
Conceito
Uma matriz pode ser entendida como um conjunto de mn (m multiplicado por n) números, dispostos em m
linhas e n colunas, conforme figura ao lado.
Notação
• Matrizes devem ser escritas com parênteses ou colchetes à esquerda e à direita, sendo as duas maneiras
equivalentes.
• Uma matriz é indicada por uma letra maiúscula.
• Seus elementos são indicados usando a mesma letra, porém minúscula, com a linha e coluna usados como índice
(nesta ordem). Assim, o elemento da 3ª coluna na 2ª linha da matriz A será .
Assim, na matriz acima, de 2 linhas e 3 colunas, temos:
Matemática elementar/Imprimir 107
Adição e subtração
Esta operação só pode ser feita com matrizes de mesmo número de linhas e mesmo número de colunas (mesma
ordem). Sejam duas matrizes e .
Então a matriz é uma matriz mn tal que cada elemento de é dado por:
. Ver exemplo ao lado.
Matrizes nulas
Matriz nula é aquela cujos elementos são todos nulos.
matriz identidade é matriz na qual se e zero nos demais casos. Ou, de outra maneira, é
a matriz na qual todos os elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os demais são nulos.
Matrizes especiais
• Matriz linha é a matriz em que o número de linhas é igual a 1.
• Matriz coluna é a matriz em que o número de colunas é igual a 1.
• Matriz quadrada é a matriz em que o número de linhas é igual ao número de colunas.
• Matriz unitária é a matriz em que obedece a relação ( ).
• Matriz transposta ( ) da matriz é a matriz obtida pela permutação das linhas e colunas de . Ou seja,
cada coluna de será uma linha de e cada linha da matriz original será uma coluna da transposta.
Matemática elementar/Imprimir 108
Multiplicação de matrizes
Sejam as matrizes e (o número de colunas da primeira deve ser igual ao número de linhas da segunda).
O produto AB é dado pela matriz cujos elementos são calculados por:
Matriz inversa
Sejam as matrizes quadradas e .
Se , onde é a matriz unitária conforme já visto, então B é chamada de matriz inversa esquerda de A.
Para achar a matriz inversa:
Por exemplo, seja a matriz A ao lado e desejamos saber sua inversa esquerda B. O primeiro passo é acrescentar uma
matriz unitária no lado direito de A.
Agora, o objetivo é somar ou subtrair linhas multiplicadas por coeficientes de forma a obter a matriz unitária no lado
esquerdo (processo de Gauss-Jordan).
• 1ª linha = 1ª linha + 2ª linha multiplicada por -1.
• 2ª linha = 2ª linha + 1ª linha multiplicada por -1.
• 3ª linha = 3ª linha + 1ª linha multiplicada por -2.
• 3ª linha = 3ª linha + 2ª linha multiplicada por -3.
• 3ª linha = 3ª linha multiplicada por -1.
• 2ª linha = 2ª linha + 3ª linha multiplicada por -1.
E a matriz inversa é a parte da direita.
Matemática elementar/Imprimir 109
Determinantes
Determinantes de 2ª ordem
O conceito de determinante está ligado ao de matriz, embora seja completamente distinto: enquanto matriz é o
conjunto de elementos conforme já mencionado, determinante é o resultado de uma operação aritmética com todos
os elementos de uma matriz, que obedece a uma determinada regra. Só se aplica a matrizes quadradas.
O prefixo det é colocado antes da matriz para indicar determinante. Ou, de forma mais compacta, os colchetes na
matriz são substituídos por barras verticais para o mesmo efeito.
Para calcular um determinante de uma matriz (determinante de 2ª ordem):
Seja . Então
Teorema de Laplace
O Teorema de Laplace permite expandir um determinante de ordem em uma soma de determinantes de ordem
. A descrição do procedimento é a seguinte:
Considera-se uma fila (linha ou coluna) qualquer da matriz; somam-se os produtos de cada elemento desta linha por
seus respectivos cofatores. O cofator de um elemento, por sua vez, é definido como o determinante da matriz que
resta da eliminação da linha e coluna que passam pelo elemento, multiplicado pelo fator sinal ― negativo
se a soma do índice da coluna com o índice da linha for ímpar, e positivo do contrário. O processo pode ser repetido
indefinidamente, até chegarmos num determinante que possa ser calculado trivialmente.
Para deixar o processo mais claro, considere uma matriz . Podemos escolher qualquer linha
ou coluna para calcular o determinante; vamos, por comodidade, escolher a segunda coluna, pois ela contém um zero
― o que nos dispensa de calcular um determinante, já que este seria multiplicado por zero. Então
Você pode verificar que esse mesmo valor será obtido se usarmos a expansão de Laplace por outra coluna ou linha, e
também se usarmos a regra de Sarrus. De fato, podemos provar, algebricamente, que a regra de Sarrus é equivalente
Matemática elementar/Imprimir 110
e o determinante
Ver também
• Álgebra linear/Matrizes (livro com conteúdo mais avançado)
[[|]]
Análise combinatória
Análise Combinatória
Análise combinatória é a parte da matemática que estuda os métodos de contagem.
A Operação Fatorial
A função factorial é uma função que admite apenas um único argumento. Para esse argumento, chamemos-lhe , a
função factorial procura todos os números menores ou iguais a e maiores que e multiplica-os entre si.
Adicionalmente, é preciso dizer que tanto como pertencem ao conjunto dos números naturais (com uma
pequena diferença, inclui o número zero, não) e que a função factorial é representada pelo simbolo/operador
(ponto de exclamação). Definindo tudo isto formalmente:
Mas esta função ainda não nos diz muito acerca do que é de o factorial de um número, diz-nos apenas como a
representar e qual o seu domínio. Assim, não nos é possível saber para um dado valor qual o valor de .
A definição correcta de factorial é dada pelo operador productório da seguinte forma:
Estas duas definições são exactamente iguais, apenas muda a ordem pela qual as parcelas aparecem.
Exemplos
ou
mas
Matemática elementar/Imprimir 112
Acontece que, embora esta função não esteja definida para , foi estipulado que o factorial do número zero é
um. Portanto:
O que equivale a dizer "0 factorial está definido como sendo 1".
Permutações Simples
Permutações são os agrupamentos de um determinado número de elementos variando apenas a sua ordem. Ex.:
XYZ, XZY, YXZ, YZX,ZXY, ZYX. O número de agrupamentos de uma permutação simples de n elementos é dado
por n!.
Ex.: De quantas formas podemos agrupar as sete cores do arco-íris? R: 7! = 5040
Arranjos Simples
Imagine que temos um conjunto de 'n' elementos. O arranjo simples de taxa 'K' é todo agrupamento de 'K' elementos
distintos, podendo variar a ordem em que aparecem.
Ex.: A={X,Y,Z}
arranjo de taxa 1: X,Y,Z. arranjo de taxa 2: XY, YX, XZ, ZX, YZ, ZY. arranjo de taxa 3: XYZ, XZY, YXZ, YZX,
ZXY, ZYX.
O número total de arranjos de 'n' elementos, taxa 'K' é:
An,K= n! / (n-K)!
Quantos anagramas de três letras podemos formar pelo nosso alfabeto (com 26 letras)?
R: A26,3 = 26!/23! = 26*25*24 = 15600
Combinações Simples
As combinações são parecidas com os arranjos, mas apenas há a preocupação com a existência do elemento (não
com a ordem). Ex.:
Combinações de taxa 1 do conjunto A={A,B,C,D} A, B, C, D.
Combinações de taxa 2 do conjunto A={A,B,C,D} AB, AC, AD, BC, BD, CD.
Combinações de taxa 3 do conjunto A={A,B,C,D} ABC, ABD, ACD, BCD.
Combinações de taxa 4 do conjunto A={A,B,C,D} ABCD.
A fórmula é:
Cn,K= n! / (K!(n-K)!)
Ex.: Um jogo possui um cartão com 60 números. Deve-se marcar 6 deles. De quantas forma pode-se fazer isso?
R: C60,6 = 60!/(6!*54!) = 50063860
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Probabilidade
A palavra probabilidade origina-se do Latim probare (provar ou testar). Informalmente, provável é uma das muitas
palavras utilizadas para eventos incertos ou conhecidos, sendo também substituída por algumas palavras como
“sorte”, “risco”, “azar”, “incerteza”, “duvidoso”, dependendo do contexto.
Probabilidade condicional
Ao lançar uma moeda, sob certas condições, podemos calcular, com certeza a velocidade com que ela atingirá o solo.
Repetindo esse lançamento nas mesmas condições, obtemos o mesmo resultado. Os experimentos em que podemos
determinar os resultados nas diversas vezes que repetimos são denominados experimentos determinísticos.
Contudo, se observarmos um outro aspecto do mesmo lançamento e quisermos determinar qual das faces da moeda
cairá voltada para cima, não conseguiremos determinar com clareza se sairá cara ou coroa, pois, em lançamentos
sucessivos e em condições idênticas podemos descrever todos os resultados possíveis (no caso da moeda, cara ou
coroa).
Experimentos que têm essa característica são chamados experimentos aleatórios. Por exemplo:
• Lançar um dado e observar a face virada para cima.
• Retirar e observar uma carta de um baralho.
• Sortear uma bolinha no bingo e verificar o número.
Matemática elementar/Imprimir 114
Eventos independentes
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Geometria plana
Tópicos
Conceitos geométricos
Ângulos
Retas no plano
Triângulos
Polígonos
Circunferência e círculo
Construções geométricas usando régua e compasso
Áreas e volumes
Conceitos geométricos
Geometria plana
Lugar Geométrico
Lugar geométrico é um conjunto de pontos que satisfazem uma determinada propriedade. Nem mais, nem menos!
No contexto da geometria analítica, a propriedade geralmente pode ser descrita por uma equação. Nesse sentido, um
lugar geométrico pode ser entendido como um conjunto de pontos onde determinada função é igual a zero (ou seja,
sua curva de nível zero). Um estudo mais aprofundados dos conjuntos de pontos dados por uma equação, a relação
entre conjuntos deste tipo, e outros problemas similares são estudados em uma área da matemática denominada
geometria algébrica.
Exemplos: ...
Recta
Reta é uma noção primitiva.
Semi-recta
Enquanto a reta é infinita para os dois lados, a semi reta é infinita numa direção e finita na outra.
Segmento de recta
Enquanto a reta é infinita para os dois lados o segmento de reta termina em ambos os lados.
Áreas
A área de uma superfície plana é um número que expressa o tamanho daquela superfície. Quando maior, maior a
área. Existe uma definição formal. É a seguinte:
A área de uma superfície é um número real positivo de forma que:
1. A superfícies equivalentes estão relacionadas áreas iguais
2. A área da soma de superfícies é a soma das áreas das superfícies
3. Se uma superfície está contida em outra, sua área é menor ou igual à área da outra.
[[|]]
Matemática elementar/Imprimir 116
Ângulos
Ângulo
Intuitivamente, o ângulo é uma medida que expressa o quanto dois segmentos de reta estão não-paralelos.
[[|]]
Retas no plano
Paralelas
• Possuem coeficientes angulares iguais;
• Se interceptam no infinito (nunca se encontram).
Perpendiculares
• Possuem inclinação de 90° entre si;
• Se interceptam em apenas um ponto P definido na solução do sistema composto pelas equações das duas retas.
Teorema de Tales
O Teorema de Tales foi proposto pelo filósofo grego Tales de Mileto,
e afirma que: quando duas retas transversais cortam um feixe de retas
paralelas, as medidas dos segmentos correspondentes determinados nas
transversais são proporcionais. Para entender melhor o Teorema de
Tales, é preciso saber um pouco sobre razão e proporção. Para a
resolução de um problema envolvendo o Teorema de Tales, utiliza-se a
propriedade fundamental da proporção, multiplicando-se os meios
pelos extremos. Considerando-se o exemplo da figura, tem-se:
Ver também
• Teorema de Tales: Exercícios
[[|]]
Triângulos
Tipos de triângulos
Este triângulo é equilátero, pois possui os três lados congruentes. Em particular, como seus lados são dois a dois
congruentes, ele é um triângulo isósceles. Pode-se observar que seus todos os seus ângulos internos medem 60°, e
por isso ele é equiângulo.
Neste triângulo há somente dois lados congruentes: os que têm medida . Por este motivo, o triângulo é isósceles,
mas não é equilátero. Além disso, cada um destes dois lados forma um angulo de medida com a base do
triângulo.
Matemática elementar/Imprimir 119
Aqui, cada um dos lados tem um comprimento diferente dos demais. Assim, este é um triângulo escaleno. Observe
ainda que nenhum par de ângulos internos tem a mesma medida.
Área
Existem várias formas de se expressar a área A de um triângulo:
Congruência
Semelhança
Critério LLL
Segundo o critério LLL (lado-lado-lado), existe semelhança entre dois triângulos se os três lados de um são
proporcionais aos três lados correspondentes do outro.
Critério LAL
Segundo o critério LAL (lado-ângulo-lado), existe semelhança entre dois triângulos se têm entre si dois pares de
lados correspondentes proporcionais e se os ângulos por eles formados forem iguais.
Critério AA
Segundo o critério AA (ângulo-ângulo), existe semelhança entre dois triângulos se eles têm dois ângulos iguais.
Matemática elementar/Imprimir 121
Referências
1. Triângulo
2. Triângulo retângulo
[[|]]
Mediatriz
A mediatriz é a reta perpendicular a um lado do triângulo, traçada pelo
seu ponto médio. As três mediatrizes de um triângulo se encontram em
um único ponto, o circuncentro, que é o centro da circunferência
circunscrita ao triângulo, que passa pelos três vértices do triângulo. O
diâmetro dessa circunferência pode ser achado pela lei dos senos.
O Teorema de Tales determina que se o circuncentro estiver localizado
em um lado do triângulo, o ângulo oposto a este lado será reto.
Determina também que se o circuncentro estiver localizado dentro do
triângulo, este será acutângulo; se o circuncentro estiver localizado
fora do triângulo, este será obtusângulo.
Altura
Altura é um segmento de reta perpendicular a um lado do triângulo ou
ao seu prolongamento, traçado pelo vértice oposto. Esse lado é
chamado base da altura, e o ponto onde a altura encontra a base é
chamado de pé da altura.
O ponto de interseção das três alturas de um triângulo denomina-se
ortocentro (H). No triângulo acutângulo, o ortocentro é interno ao
triângulo; no triângulo retângulo, é o vértice do ângulo reto; e no
triângulo obtusângulo é externo ao triângulo. Os três vértices juntos
O ponto de interseção das alturas é o ortocentro com o ortocentro formam um sistema ortocêntrico.
Matemática elementar/Imprimir 122
Mediana
Mediana é o segmento de reta que une cada vértice do triângulo ao
ponto médio do lado oposto. A mediana relativa à hipotenusa em um
triângulo retângulo mede metade da hipotenusa.
O ponto de interseção das três medianas é o baricentro ou centro de
gravidade do triângulo. O baricentro divide a mediana em dois
segmentos. O segmento que une o vértice ao baricentro vale o dobro do
segmento que une o baricentro ao lado oposto deste vértice. No
triângulo Equilátero, as medianas, bissetrizes e alturas são
O ponto de interseção das três medianas é o coincidentes. No isósceles, apenas a que chegam ao lado diferente, no
baricentro ou centro de gravidade. escaleno, nenhuma delas.
Bissetriz
A bissetriz interna de um triângulo corresponde ao segmento de reta
que parte de um vértice e vai até o segmento de reta, dividindo o
ângulo do vértice em que partiu em dois ângulos congruentes.
Em um triângulo há três bissetrizes internas, sendo que o ponto de
interseção delas chama-se incentro.
Já a bissetriz externa é o segmento da bissetriz de um ângulo externo
situado entre o vértice e a interseção com o prolongamento do lado
oposto.
O ponto de interseção das três bissetrizes é o [[|]]
incentro.
Triângulo retângulo
Como dito anteriormente, um triângulo retângulo é aquele no qual um dos ângulos internos é reto.
Catetos e Hipotenusa
Em um triângulo retângulo, são chamados de catetos os lados perpendiculares entre si, ou seja, aqueles que
formam o ângulo reto, e é chamado de hipotenusa o lado oposto ao ângulo reto.
Teorema de Pitágoras
Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado da medida da
hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas dos
catetos.
Seja a hipotenusa, sejam e catetos do mesmo triângulo:
Teorema de Pitágoras
Isso significa que, conhecendo as medidas de dois lados de um triângulo retângulo, pode-se calcular a medida do
terceiro lado — propriedade única dos triângulos retângulos.
Demonstração do Teorema
Por semelhança
Seja um triângulo retângulo, com o ângulo reto localizado em , como mostrado na figura. Nós
desenhamos o segmento de reta que passa por e é perpendicular a . O novo triângulo é
semelhante ao nosso triângulo , pois ambos tem um ângulo reto (por definição de perpendicular), e eles
compartilham o ângulo em , implicando que o terceiro ângulo terá a mesma medida em ambos. De forma
análoga, o triângulo também é semelhante a . A semelhança leva a duas razões:
Aplicações do Teorema
Com o teorema de Pitágoras, pode-se calcular o comprimento da hipotenusa de um triângulo conhecendo
apenas o comprimento de cada cateto deste. Ou ainda, calcular o comprimento de um cateto conhecendo
apenas a medida da hipotenusa e de outro cateto. O teorema de Pitágoras pode também ser usado para calcular
o comprimento da diagonal de um retângulo conhecendo apenas os lados deste.
Exemplos
• Seja um triângulo retângulo no qual consista em um dos catetos o qual mede 3 metros de
comprimento e consista em outro cateto o qual mede 4 metros de comprimento. Calcule o
comprimento da hipotenusa .
Matemática elementar/Imprimir 125
• Resolução
Dado o Teorema de Pitágoras, , tem-se que e , portanto:
Triângulo 3_4_5
Prova visual para o triângulo (3, 4, 5), Chou Pei Suan Ching 500–200 d.C.
A conciência desta proporção permite, a partir do comprimento de dois lados de um triângulo 3_4_5, inferir
rapidamente o comprimento do terceiro lado. Por exemplo, sabendo que um triângulo tem um lado de 6 metros e
Matemática elementar/Imprimir 126
outro de 8 metros, pode-se inferir corretamente que o outro lado tem 10 metros (onde n=2).
Triângulo 45º_45º_90º
O chamado "triângulo 45º_45º_90º" possui ângulos com essas medidas e a proporção entre seus lados é:
. Ou seja, um triângulo retângulo e isóceles.
Triângulo 30º_60º_90º
O "triângulo 30º_60º_90º" possui ângulos com essas medidas e a proporção de seus lados é: .
Ver também
• Trigonometria
• Lei dos senos e dos cossenos
• Demonstração ilustrada do Teorema de Pitágoras na edição de Byrne dos Elementos de Euclides (http://www.
sunsite.ubc.ca/DigitalMathArchive/Euclid/bookI/images/bookI-47.html)
Esta página foi eleita pelos colaboradores como uma das melhores do Wikilivros em março de 2007. Para mais
informações, consulte a página de votações.
[[|]]
Matemática elementar/Imprimir 127
Polígonos
Polígonos são figuras geométricas planas das formadas por segmentos de reta interligados entre si fechados (linha
poligonal fechada).
• Arestas ou lados: cada um dos segmentos de reta que unem vértices consecutivos: , , , ,
.
• Vértices: ponto de encontro (intersecção) de dois lados consecutivos: A, B, C, D, E.
• Diagonais: segmentos que unem dois vértices não consecutivos: , , , , .
• Ângulos internos: ângulos formados por dois lados consecutivos: , , , ,
• Ângulos externos: ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo: , , ,
, .
Classificação
25 icosikaipentagono
inexistente 12 Dodecágono
...
A título de curiosidade, são mostrados a seguir os nomes de alguns polígonos cujos números de lados são potências
de 10:
Lados Nome
1000 quilógono
1.000.000 megágono
gigágono
109
googólgono
10100
Quadriláteros
Trapézios
São quadriláteros que possuem dois lados paralelos.
Paralelogramos
São quadriláteros cujos pares de lados opostos são paralelos.
Losangos
São quadriláteros em que todos os lados possuem a mesma medida.
Retângulos
Um retângulo é um paralelogramo, cujos lados formam ângulos retos entre si e que, por isso, possui dois lados
paralelos verticalmente e os outros dois paralelos horizontalmente.
Pode-se considerar o quadrado como um caso particular de um retângulo em que todos os lados têm o mesmo
comprimento. A soma dos ângulos internos: Si=(n-2)*180º / Si=360º
Matemática elementar/Imprimir 129
Quadrados
São quadriláteros em que todos os ângulos são iguais (a 90°) e todos os lados têm a mesma medida.
Fórmulas
Área
Triângulo
(base vezes altura divido por dois)
Polígonos regulares
São aqueles que possuem todos os lados e ângulos iguais.
Semelhança
[[|]]
Circunferência
A circunferência é apenas a forma do círculo ou medida. Como
calcular a área de uma circunferência
A área de um círculo (figura delimitada por uma circunferência) é
calculada multiplicando-se o quadrado do raio por Pi, constante
matemática que tem o valor de, aproximadamente, 3,1416.
Ou seja : S (área) = Pi (3,1416) x R²
Assim, por exemplo, um círculo cujo raio seja de 10 cm terá como área
s = 3,1416 x 10 = 314,16 cm quadrados.
Comprimento
Circunferência.
Matemática elementar/Imprimir 131
Círculo
Área
Setores
[[|]]
Introdução
Matemática elementar/Imprimir 132
Triângulo Eqüilátero
Abra o seu compasso em qualquer tamanho, trace um arco. Com a mesma abertura trace outro arco tendo como
centro qualquer ponto do arco já traçado. Agora, ainda com o mesmo raio, trace um arco tendo como centro a
intersecção do outro dois arcos anteriores. Ligue as três intersecções. Você tem agora um triângulo equilátero.
Mediatriz
Quadrado
Trace uma circunferência, trace um diâmetro em segunda, trace outro diâmetro perpendicular ao primeiro. Cada
ponta das retas que formaram o diâmetro forma um ponto do quadrado, e depois é só unir esses pontos.
Hexágono
Bisecção do ângulo
Matemática elementar/Imprimir 133
Exercícios
• Desenho geométrico/Exercícios
[[|]]
Áreas e volumes
Área do paralelogramo
Tipos de paralelogramos
Área do retângulo
A área do retângulo é o produto de seu lado por sua altura. A área de quadrado é um caso particular da área do
retângulo, assim como a figura quadrado é um caso particular da figura retângulo.
Área do losango
Área do quadrado
Seja a área do quadrado e seu lado:
Área do triângulo
A área do triângulo é o produto de sua base por sua altura dividido por dois.
b = medida da base AB
h= medida da altura relativa do lado AB
Obs: o Teorema de Heron permite calcular a área de um triângulo qualquer a partir das dimensões dos seus lados
Matemática elementar/Imprimir 134
Área do trapézio
A área do trapézio é o produto de sua altura pela média aritmética das bases (denotadas por B e b).
Área do círculo
[[|]]
Geometria espacial
1. Figuras geométricas espaciais - retas e planos no espaço, ângulos diédricos e poliédricos, poliedros convexos,
poliedros regulares.
2. Posições relativas de retas e planos - paralelismo e perpendicularismo no espaço, retas reversas.
3. Prismas, Pirâmides, Cilindros, Cones e seus respectivos troncos - cálculo de áreas e volumes.
4. Esfera e superfície esférica - cálculo de áreas e volumes.
5. Semelhança de figuras planas ou espaciais - razão entre comprimentos, áreas e volumes.
[[|]]
Pirâmides
Pirâmide Regular
Pirâmide regular é uma pirâmide cuja base é um polígono regular e projeção ortogonal do vértice sobre o plano da
base é o centro da base.
Fórmulas
• Área da base ( ): área de um poligono.
• Área lateral ( ): soma das áreas das faces laterais.
• Área total:
• Volume:
Geometria analítica
1. Vetores - O que são vetores?
2. Coordenadas cartesianas - Localização de pontos numa reta e num plano usando coordenadas cartesianas,
distância entre dois pontos, o uso de coordenadas cartesianas para a solução de problemas geométricos simples na
reta e no plano.
3. Cálculo com vetores - Soma e subtração de vetores, multiplicação de um escalar por um vetor.
4. Estudo da reta em geometria analítica plana - Equação da reta na forma normal, coeficiente angular, condições de
paralelismo e perpendicularismo de retas, equações e inequações de primeiro grau em duas variáveis, distância de
um ponto a uma reta.
5. Estudo da circunferência em geometria analítica - Equação, intersecção de retas e circunferências, retas tangentes
a circunferências, intersecção e tangência de circunferências.
Matemática elementar/Imprimir 135
6. Representação analítica de lugares geométricos, Definição e representação de cônicas, Equação reduzida de uma
cônica, Intersecção de retas e cônicas.
Referências
1. Geometria Analítica
[[|]]
Estatística
A Estatística é um ramo da Matemática que tem por objetivo obter, organizar e analisar dados, determinar as
correlações que apresentem, tirando delas suas consequências para descrição e explicação do que passou e previsão e
organização do futuro.
A Estatística é também uma ciência e prática de desenvolvimento de conhecimento humano através do uso de dados
empíricos. Baseia-se na teoria estatística, um ramo da matemática aplicada. Na teoria estatística, a aleatoriedade e
incerteza são modeladas pela teoria da probabilidade. Algumas práticas estatísticas incluem, por exemplo, o
planejamento, a sumariação e a interpretação de observações. Porque o objetivo da estatística é a produção da
"melhor" informação possível a partir dos dados disponíveis, alguns autores sugerem que a estatística é um ramo da
teoria da decisão.
Introdução
Medidas de Posição
Média
Média Aritmética
A média aritmética é o cálculo feito em um cálculo de adição e divisão pela porção de parcelas.
Exemplo:
Onde:
∑ = somatório;
xi= cada elemento x de 1 até n; e
n= número de elementos do conjunto de dados.
Matemática elementar/Imprimir 136
Moda
Medidas Separatrizes
É um tipo de separatriz que divide a série estatística em quatro partes iguais de 25% cada - e possui três divisórias,
que são Q1, Q2 e Q3, significando respectivamente, 1º quartil ou quartil inferior, 2º quartil ou quartil médio e 3º
quartil ou quartil superior.
Medidas de Dispersão
Absoluta
Relativa
Medidas de Assimetria
Medidas de Curtose
Ver também
• Probabilidade e Estatística - livro com conteúdo mais avançado
[[|]]
Cálculo
O estudo do Cálculo envolve três conceitos:
1. limite
2. derivada
3. integral
Embora atualmente os livros texto os apresentem para o aluno nesta ordem, eles foram definidos e usados na ordem
inversa. A princípio só havia o conceito de integral. Para formalizar o conceito foi definida e usada a idéia de
derivada. Finalmente para formalizar ambos os conceitos de derivada e integral, foi definido o limite.
Quando se estuda cálculo, limite é o que tem menos aplicações práticas. Derivadas um pouco mais e integral tem
muitas aplicações interessantes. Então, se você estiver achando o começo do estudo meio chato, não desanime.
Quando chegar em derivada fica um pouco melhor e quando chegar em integral fica muito mais gostoso.
[[|]]
Matemática elementar/Imprimir 137
Glossário
O seguinte glossário contém palavras usadas neste livro, em suas diferentes acepções quando for o caso. Procurou-se
especificar também palavras sinônimas e com grafias diferentes.
A
Álgebra (algebra). Parte da matemática que não trata especificamente com geometria. Esta é uma definição antiga.
Hoje a álgebra pode ser dividida em clássica e moderna. A álgebra clássica é a parte que trata de manipulação
simbólica e da solução de equações algébricas. A álgebra moderna ou abstrata lida com um ramo da matemática
conhecido como estruturas discretas (corpos, grupos, anéis, etc.).
Álgebra de Boole (Boolean algebra). Tanto na Matemática quanto na Ciência Computacional uma álgebra Booleana
ou de Boole ou ainda um reticulado (lattice) Booleano é uma estrutura algébrica que lida com as operações lógicas
E, OU e NÃO de mesma forma que lida com as operações sobre conjuntos correspondentes UNIÃO,
INTERSECÇÃO e COMPLEMENTAÇÃO. Esta estrutura foi nomeada em homenagem ao matemático Inglês
George Boole. A álgebra Booleana é uma tentativa de se utilizar técnicas algébricas para lidar com expressões do
cálculo proposicional.
Algoritmo (algorithm). Um algoritmo é um conjunto definido de operações e passos ou procedimentos que
objetivam levar a um particular resultado. Por exemplo, com algumas exceções, os programas computacionais, as
fórmulas matemáticas e (de forma ideal) receitas médicas e culinárias são algoritmos.
Análise (analysis). Parte da matemática que lida com a aproximação de objetos matemáticos (como número e
funções) por outros que são mais fáceis de entender e manejar.
Análise funcional (functional analysis). Parte da matemática que estuda espaços vetoriais de infinitas dimensões e
bijeções entre eles. Os elementos destes espaços são muitas vezes funções, como, por exemplo, o espaço das funções
contínuas sobre um intervalo.
Análise harmônica (harmonic analysis.) Veja teoria do potencial.
Anel (ring). É um conjunto munido de duas operações (normalmente denominadas de adição e multiplicação) que
satisfazem certas propriedades (ou axiomas). Alguns anéis mais conhecidos são: dos reais, dos números complexos,
dos polinômios, das matrizes. Muitos anéis são associativos, mas alguns podem não ser como os anéis de Lie.
Aproximação Diofantina (Diophantine approximation). Uma aproximação Diofantina é aproximar um número real
através de um racional (razão entre inteiros).
Assíntota (assyntota). Reta cuja distância em relação a uma curva diminui indefinidamente sem nunca cortar a
curva.
Axioma (axioma). Proposição que se aceita verdadeira sem demonstração.
C
• Conjunto
Conceito primitivo: reunião de elementos (veja Conjuntos).
D
• Diferença (conjuntos)
Operação envolvendo conjuntos que consiste em criar um novo conjunto (o conjunto diferença)
contendo os elementos que estão contidos num conjunto, mas não estão contidos em outro.
Matemática elementar/Imprimir 138
I
• Intersecção
Operação envolvendo (conjuntos) que consiste em criar um novo conjunto (o Conjunto intersecção)
contendo os elementos que estão contidos simultâneamente em todos os conjuntos interseccionados.
M
• Matriz
Elemento matemático formado por linhas e colunas, onde cada linha e cada coluna é um par ordenado.
P
• Par ordenado
Par de elementos em que a ordem dos mesmo é fundamental; indicado por (a,b), sendo a e b os
elementos ou coordenadas.
S
• Subconjunto
Conjunto contido em outro conjunto.
U
• União
Operação envolvendo conjuntos que consite em criar um novo conjunto (o conjunto união) contendo
todos os elementos dos conjuntos unidos, sem repetição.
• Universo
Na teoria dos conjuntos, representa o conjunto que contém todos os subconjuntos passíveis de estudo,
em determinado problema.
Z
[[|]]
Referências
Links
• Matemática 1ª a 4ª série do fundamental (http://educar.sc.usp.br/matematica/matematica.html)
• Matemática Divertida (http://www.reniza.com/matematica/)
• Matemática do Científico e do Vestibular (http://www.terra.com.br/matematica/)
• Matemática Essencial - Ensino: Fundamental, Médio e Superior (http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/
)
• Matemática - Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Matemática)
• Apostilas do estágio da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) (http://www.
obmep.org.br/estagio_bolsistas/apostila_estagio.html)
Matemática elementar/Imprimir 139
Livros
• Dante, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações. Ensino Médio. Ática, 2000. 1 e 2 v.
• Goulart, Márcio Cintra. Matemática no ensino médio. Scipione, 1999. 1 e 2 v.
• Iezzi, Gelson, Dolce, Osvaldo, Machado, Antônio. Matemática e realidade. Atual, 1997. ISBN 857056788X
[[|]]
Fontes e Editores da Página 140
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HB, Heldergeovane, Siebrand, 2 edições anónimas
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Augusto, Toobaz, 1 edições anónimas
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Image:Triangle.Circumcenter.png Fonte: http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro:Triangle.Circumcenter.png Licença: GNU Free Documentation License Contribuidores: Darsie,
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Image:Triangle.Centroid.png Fonte: http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro:Triangle.Centroid.png Licença: GNU Free Documentation License Contribuidores: Darsie,
EugeneZelenko, JMCC1, Limaner, W!B:, 1 edições anónimas
Imagem:Triangle.Incircle.png Fonte: http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro:Triangle.Incircle.png Licença: GNU Free Documentation License Contribuidores: Darsie, Limaner
imagem:Triângulo retângulo.svg Fonte: http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro:Triângulo_retângulo.svg Licença: Public Domain Contribuidores: E2m, 1 edições anónimas
Image:Triangulo-Rectangulo.png Fonte: http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro:Triangulo-Rectangulo.png Licença: GNU Free Documentation License Contribuidores: Czupirek,
EugeneZelenko, HB, KES47, Porao
Image:Pythagorean.svg Fonte: http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro:Pythagorean.svg Licença: GNU Free Documentation License Contribuidores: DieBuche, Emijrp, Helix84,
Kdkeller, Rohieb, Steff, 2 edições anónimas
Image:Proof-Pythagorean-Theorem.svg Fonte: http://pt.wikibooks.org/w/index.php?title=Ficheiro:Proof-Pythagorean-Theorem.svg Licença: Public Domain Contribuidores: Delimata,
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(Ben Russell)
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