Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
c
c
c
c
c
c
c
c
c
c
c
c
c
c
c
cc
cc
cc
PPRRO
OFFEESSSSO
ORRA
A
cc
cccc
cc
PSIQUE - Alma, Vida.
PSICO - Termo de composição que se emprega a fim de indicar a idéia de mente,
espírito, alma.
LOGOS - Estudo, teoria.
c c
Psico + logia.
Ciência que estuda as idéias, as determinações e sentimentos, cujo conjunto
forma o espírito do homem; ciência dos fatos da consciência e de suas leis; tratado sobre a
alma e as faculdades intelectuais e morais.
c
Pessoas que, em sua profissão, se ocupam com experiência psíquica e
comportamento, com os variados modos de sua expressão e com as causas e condições do
psíquico. As tarefas do psicólogo que atua na prática dos mais diversos campos de
psicologia aplicada podem ser classificadas em três ramos de atividades, a saber:
Psicodiagnóstico (reconhecimento das particularidades individuais, inclusive condições
responsáveis pela atualização de tais características); Aconselhamento (orientação
profissional, orientação educacional, etc.,); Psicoterapia (tratamento, mudanças no
indivíduo ou por influência ambientais às quais ele está sujeito). A designação ³Psicólogo
Diplomado´ é um título acadêmico que só se confere após concluído o curso de psicologia
em escola superior.
2
Psicólogo - Indivíduo que se dedica à Psicologia, que se notabiliza pela observação
e análise dos estudos da alma.
No sentido mais amplo, o objeto de estudo da Psicologia é o HOMEM.
(Verhalten; Behavior).
Os *teólogos consideram comportamento, o mais das vezes, modelos de
contrações musculares de que resultam determinados movimentos de tipo constante (Ação
Instintiva).
Pode tratar-se de ações como de reações.
K.Fiedler.
Como pequena amostra dos numerosos pontos de vista sobre esse, que é o objeto
da psicologia, seguem algumas definições de Comportamento:
1.Atividade de um organismo;
2.Atividade observável de um organismo específico;
3. Atividade mensurável de um organismo específico;
4.Respostas do indivíduo, da espécie ou do grupo, aos estímulos;
5.Resposta específica de um organismo específico;
6.Resposta particular de um modelo de resposta;
7.Movimento;
8.Atividade total, subjetiva e objetiva, não observável e observável, de um
indivíduo ou grupo.
c
c
Comportar + mento
Procedimento, modo de se comportar ou de proceder.
Esta palavra foi introduzida na linguagem filosófica para indicar o objeto da
psicologia de reação, chamada impropriamente muitas vezes de psicologia objetiva.
Claparede propõe a palavra conduta para indicar as reações não estereotipadas da espécie,
mas que caracterizam o indivíduo, e provêm do hábito. Em Psicologia, entende-se como
comportamento o conjunto de reações que resultam da experiência individual e que não se
transmitem à espécie. A escola do behaviorismo, ou da psicologia do comportamento,
preconiza a observação como norma de comportamento, porquanto somente as ações
humanas podem ser observadas, e despreza a introspecção como método psicológico.
COMPORTAMENTO:
O termo Comportamento vem de: com - PORT - a - mento.
O termo PORT, que deu origem também à palavra porto, significa levar, conduzir
daí com - PORT - ar, exportar, transportar. Logo, o que leva uma pessoa a agir é com
- PORT - a - mento, ou melhor, você leva (carrega) com você modos de agir que se
expressam em situações de estímulo.
COMPORTAMENTO:
São as respostas de uma pessoa ou de um animal diante de uma situação.
3
c
(Psicologia Do Comportamento)
BEHAVIORISMO:
Designação de uma forma radical da psicologia objetiva.
O método de ³Introspecção´ é recusado, só os conceitos de ³Estímulo´ e
³Reação´ tem importância para a discussão dos fatos psicológicos (J.B. Watson).
O PSICOLÓGO COMPORTAMENTAL:
Ele está interessado em descobrir as variáveis que controlam o comportamento e
em determinar as relações precisas que existem entre elas.
A Escola Behaviorista ou Comportamental segue as propostas de B.F. Skinner.
Define o COMPORTAMENTO como qualquer movimento observável ou
mensurável feito por um organismo, incluindo movimento externos e internos e seus
resultados, bem como as secreções glandulares e seus efeitos.
Skinner (l938) distinguiu duas espécies de comportamento:
.Comportamento Respondente
. Comportamento Operante
4
Se o reforço é interrompido, a freqüência de uma resposta condicionada declina até
que não ocorra numa freqüência maior do que a nível operante. O decréscimo na força de
uma resposta condicionada quando não reforçada é chamada EXTINÇÃO.
@
Há também uma classe de estímulo chamado REFORÇO NEGATIVO ou
ESTÍMULO AVERSIVO, eles enfraquecem o comportamento.
B.F. Skinner
Psicólogo americano, responsável pelo avanço da análise experimental do
comportamento. A base da corrente Skinneriana está na formulação do condicionamento
operante.
No caso do condicionamento operante, o que propicia a aprendizagem dos
comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito resultante, no sentido de
satisfazer-lhe alguma necessidade, ou seja, a relação que se estabelece entre uma ação e seu
efeito.
BIBLIOGRAFIA:
* BOCK, Ana M.Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Mª.de
Loudes T.. Psicologias; Uma Introdução ao Estudo de
Psicologia.
5
* REESE, Ellen P. Análise do Comportamento Humano. Livraria
José Olympio.
c
c
c c
Nasce com Freud, na Áustria, a partir da prática médica, recupera para a psicologia
a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a
tradição da psicologia como ciência da consciência e da razão.
O termo Psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de
investigação e a uma prática profissional. Enquanto Teoria, caracteriza-se por um conjunto
de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. A Psicanálise,
enquanto Método de Investigação, caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o
significado oculto daquilo que é manifesto através de ações e palavras ou através das
produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres. A Prática
Profissional refere-se à forma de tratamento psicológico (a análise), que visa a cura ou o
auto conhecimento.
Em l900, Freud apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e funcionamento
da personalidade. Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou instâncias psíquicas:
inconsciente, pré-consciente e consciente.
6
O DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL:
No processo de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo tem, nos primeiros anos
de vida, a função sexual ligada à sobrevivência, e portanto o prazer é encontrado no próprio
corpo. O corpo é erotizado, isto é, as excitações sexuais estão localizadas em partes do
corpo, e há um desenvolvimento progressivo que levou Freud a postular as fases do
desenvolvimento sexual em:
Y YY Y
OS MECANISMOS DE DEFESA:
São vários os mecanismos que o indivíduo pode usar para realizar a deformação da
realidade, chamados Mecanismos de Defesa.
Os Mecanismos de Defesa são processos realizados pelo ego e são inconscientes.
Para Freud, defesa é a operação pela qual o ego exclui da consciência os
conteúdos indesejáveis, protegendo, desta forma, o aparelho psíquico. O ego - uma
instância a serviço da realidade externa e sede dos processos defensivos - mobiliza estes
mecanismos, que suprimem ou dissimulam a percepção do perigo interno, em função de
perigos reais ou imaginários localizados no mundo exterior.
7
-cREGRESSÃO: o indivíduo retorna a etapas anteriores de seu desenvolvimento; é
uma passagem para modos de expressão mais primitivos.
BIBLIOGRAFIA:
* BOCK, Ana M.Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Mª. de
Lourdes T.. Psicologias, Uma Introdução ao Estudo de
Psicologia. Ed. Saraiva.
ccc
c
c
Nosso organismo é equipado com sistemas especiais de captação de informações,
que denominamos Ê
ou Ê
Ê
. São eles que nos capacitam a colher
dados de maneira a podermos planejar e controlar nosso comportamento e nos movimentar.
Os sentidos detectam , realizam transdução (conversão) e transmitem informações
sensoriais. Cada sentido tem um elemento de detecção denominado
, que é
composto por uma única célula ou um grupo de células especificamente responsável por um
determinado tipo de energia.
Cientistas catalogaram onze sentidos humanos distintos, sendo que a a
o
e o encontram-se entre os mais conhecidos.
O revelou-se composto de cinco sistemas dérmicos (pele) separados (ou
somato-sensoriais):
e
Os seres humanos tem mais dois sentidos que detectam os atos do próprio
organismo (proprioceptivos), que são:
e o
O
depende dos receptores dos músculos, tendões e articulações.
Esse sistema informa os seres humanos do posicionamento relativo das partes do corpo
durante o movimento. Se fecharmos os olhos e flexionarmos a perna, o sentido cinestésico
nos torna consciente do movimento.
O
é, as vezes, denominado sentido de orientação ou equilíbrio.
Responsável por informar a respeito do movimento e da orientação de sua cabeça e corpo
em relação à terra quando estes se movimentam sozinhos dentro do meio que os cerca e
8
quando são impulsionados através do espaço por automóveis, aviões, barcos e outros meios
de transporte. Os órgãos vestibulares estão localizados nas partes ósseas do crânio em
ambos os ouvidos interno, são cheios de fluidos que registra as mudanças de velocidade e
direção do movimento
c
c
c
c A percepção não fornece um reflexo exato da realidade. Os próprios sentidos
humanos não respondem a muitos aspectos do ambiente que nos cerca, a exemplo disto,
não ouvimos os sons de alta freqüência registrados pelos morcegos, não sentimos o cheiro
de substâncias que exalam das solas dos sapatos como os cachorros o sentem, etc. De
outro lado, as doenças, o cansaço, a monotonia e as drogas nos fazem ver coisas que não
existem.
A percepção é o significado que damos às experiências que recebemos através dos
órgãos dos sentidos.
Barber e Legge (Apud Braghirolli et. All, 1990, p.74) definem a percepção como o
³processo de recepção, seleção, aquisição, transformação e organização das informações
fornecidas através dos nossos sentidos.´
As percepções humanas dependem das expectativas, motivações, atenção e
experiências anteriores (aprendizagem).
A atenção é uma condição essencial para que haja percepção. É a atenção que nos
possibilita selecionar aspectos do meio ambiente.
a)c Seletividade Perceptiva - Nossos órgãos sensoriais são simultaneamente atingidos por
uma variedade de estímulos, não obstante, só percebemos um subconjunto destes
estímulos. A esta concentração numa proporção apenas da estimulação sensorial
denomina-se
Exemplo disto é, ao conversarmos com uma
pessoa nos concentramos apenas nos estímulos que partem dela embora nossos órgãos
sensoriais estejam sendo atingidos por várias outras estimulações auditivas, visuais,
táteis, etc
9
cc
c
c
c Para que haja interação social é preciso que as pessoas percebam-se uns aos outros.
Chama-se percepção social ao processo pelo qual formamos impressões a respeito
de uma outra pessoa ou grupo de pessoas.
cc c
10
haja tal preconceito de O em relação as pessoas dessa nacionalidade, poderá ter sido O
condicionado, por experiências passadas, a ver na doação de esmolas sempre um ato de
ostentação e não de caridade autêntica.
Sendo assim, muitos outros valores, atitudes, tendências e experiências anteriores do
percebedor podem influírem decisivamente em sua percepção (formação do percepto).
c
11
As pessoas e outros animais respondem às suas emoções com expressões faciais,
gestos e ações.
cc
c
c
c
Há controvérsia quanto a emoção ser inata ou adquirida, porém todos aceitam que o
recém nascido apresenta reações que denotam sentimentos de prazer e desprazer.
O estudo das emoções tem demonstrado que em sua formação há componentes
orgânicos responsável pelo aparecimento de reações emocionais à medida que o indivíduo
se desenvolve e amadurece (respostas do sistema nervoso , principalmente autônomo, e o
do sistema endócrino) como da influência da aprendizagem no desenvolvimento emocional.
Os que enfatizam o papel da aprendizagem no desenvolvimento emocional apontam
três processos de aquisição de respostas emocionais:
a)c Imitação ± consiste na observação de um modelo e na posterior incorporação das
respostas do mesmo.
b)c Condicionamento ± uma resposta é aprendida através da associação de um estímulo
neutro a um outro capaz de provocar uma reação emocional.
c)c Compreensão ± através dos processos racionais e lógicos (considerando a recepção,
interpretação e informações recebidas). A razão nos faz compreender as conseqüências
de determinados eventos, e isto nos leva a sentir emoção.
c
De acordo com diversos estudiosos, a ansiedade pode ser despertada por diferentes
motivos, assim, para Freud, os perigos do mundo real e a previsão de punição por expressar
impulsos sexuais, agressivos ou outras formas proibidas ou engajar-se em comportamento
imoral seriam os detonadores da ansiedade. Os cognitivistas realçam os conflitos entre
expectativas, crenças, atitudes, percepções, informações, concepções e coisas parecidas que
conduzam à dissonância cognitiva. Os behavioristas acreditam no condicionamento como
eliciadores da ansiedade
12
cc
c
c
!"#$%&:
Sistema Nervoso Autônomo: consiste em nervos que vão do cérebro e da medula
espinhal para os músculos lisos dos órgãos internos, glândulas, coração e vasos sangüíneos.
O Sistema Nervoso Autônomo apresenta duas divisões chamadas de Divisão ou
Sistema Simpático e Divisão ou Sistema Parassimpático.
O Sistema Nervoso Simpático atua durante os estados de excitação do organismo e
age no sentido de despender os recursos do organismo. Ativado pelo Hipotálamo,
desencadeia mudanças profundas no organismo preparando-o para enfrentar desafios (como
nas situações de luta, medo ou fuga): aumenta o suor; o coração bate mais depressa; o
sangue é redistribuindo para os músculos; liberação do açúcar na corrente sangüínea;
melhora da contração do músculo fatigado, torna mais rápida a coagulação dos sangue,
aprofunda a respiração para melhorar a oxigenação, etc.
O Sistema Nervoso Parassimpático tende a ser mais ativo quando os animais estão
calmos, quando digerem os alimentos, dormem e se recuperam de uma doença, etc.
O Sistema Endócrino compõe-se de glândulas sem canais de secreção externa que
secretam substâncias químicas denominadas hormônios e as lançam diretamente na corrente
sangüínea. Uma vez no sangue,, esses mensageiros químicos são conduzidos até partes
distantes do corpo para influenciarem as células-alvo sensíveis. Os hormônios têm papeis
importantes na regulação do metabolismo, do crescimento, da sexualidade, da emotividade,
da vitalidade e da motivação. As Supra-renais são glândulas de importância nas reações
emocionais, uma vez que liberam os hormônios Adrenalina e a Noradrenalina responsáveis
pela resposta de ativação, ação (Adrenalina na corrente sangüínea) e reações de
paralisação torpor, falta de ação por obra da noradrenalina na corrente sangüínea.
13
BIBLIOGRAFIA
c
O que é PENSAMENTO?
Esta palavra pode ser usada como um rótulo geral para atividades mentais variadas,
tais como raciocinar, resolver problemas e formar conceitos.
cc
c
14
é o termo utilizado por Piaget ao processo de incorporação de objetos ou experiências
novas aos esquemas existentes. À capacidade, mais tarde, de representar uma coisa por
outra, empregando palavras e símbolos dá-se o nome de Esquemas Representacionais.
Para Piaget o pensamento se desenvolve em uma seqüência fixa (constante) de
estágios em todas as crianças (não significa cronologia) e a construção dos estágios tem
como base o estágio precedente ou seja, ela depende da experiência anterior do sujeito e
não somente da maturação, do meio social que pode ³acelerar ou retardar a aparição de um
estádio, ou mesmo impedir sua manifestação´. Estabeleceu para cada estágio período
correspondentes à idade cronológica:
*1. Estádio da Inteligência Sensório ±Motora (até dois anos);
*2.Estádio da Inteligência Simbólica ou Pré-Operatória ( 2 à 7-8 anos);
*3.Estádio da Inteligência Operatória Concreta ( de 7-8 anos à 11-12 anos);
*4.Estádio da Inteligência Operatória Formal ( a partir de 12 anos com patamar de
equilíbrio por volta dos 14-15 anos).
Evolução:
1o Subestádio caracterizado pelos exercícios reflexos ( até 1 mês).
15
O que Piaget chama de inteligência neste estágio é a capacidade de formar uma
imagem mental daquilo que não está presente no momento. Cada objeto ou situação é
representado, o que quer dizer, evocado em imagem, por meio de símbolos ou signos
diferenciados. A capacidade evocadora é a função simbólica ou semiótica; os meios
são a linguagem, a imitação diferida, a imagem mental, o desenho, o jogo simbólico.
Piaget pensa que a passagem da inteligência sensório-motora à inteligência
representativa se opera pela imitação, que já vem se desenvolvendo no estádio anterior.
Entre 2 e 5 anos ,aproximadamente, a criança adquire a linguagem, contudo esta
linguagem não é apta para exprimir o pensamento magístico da criança. Essa dominação
de um pensamento por imagens, sem a possibilidade de comunicá-la pela linguagem, encerra
a criança em si mesma. Exemplo do pensamento imagístico observamos no jogo simbólico
onde a criança transforma o real ao bel-prazer das necessidades e dos desejos do momento,
assim, uma concha pode representar um gato, um prato pode representar uma cama para
boneca.
Ao expressar, pela linguagem, o seu pensamento, a criança vê o que enuncia e para
ela, é como se o adulto ou outrem visse como ela o que ela evoca.
Neste estádio a criança não tem um pensamento genérico e conceitual, assim o
termo cão, quando é pronunciado pela criança, remete pela imagem-símbolo a um cão
familiar, ou a um cão conhecido e não à generalidade do conceito.
O pensamento da criança entre 2 e 7 anos está, pois, dominado pela representação
imagística de caráter simbólico. A criança trata as imagens como verdadeiros substitutos
do objeto e pensa efetuando relações entre imagens
Conservações:
óc Conservação dos comprimentos ( 7 anos)
óc Conservação das superfícies ( 7 anos)
óc Conservações numéricas ( 7 anos)
óc Conservação da substância (7 ± 8 anos)
óc Conservação do peso (8 ± 9 anos)
óc Conservação do volume (10 e 12 anos)
BIBLIOGRAFIA
DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia, São Paulo,
McGraw-Hill do Brasil, 1983.
DOLLE, Jean-Marie Para Compreender Jean Piaget, Rio de Janeiro,
Ed. Guanabara,1974.
16
c
17
W.Reich, em sua teoria, procurou demonstrar que o comportamento dos
indivíduos é determinada, também, pelas condições histórico-estruturais da sociedade em
que os homens vivem. Buscou mostrar que a formação do caráter (personalidade) é peculiar
e ajustada às condições de vida econômica, política e cultural de um povo. E esta formação
caracteriológica (de personalidade) passa a ³sustentar´, legitimar e conservar esta ordem
social.
Para Erich Fromm, a personalidade desenvolve-se de acordo com as oportunidades
que a sociedade oferece. Outros autores, como Lewin, consideram a influência social
equivalente a experiências grupais, isto é, afirmam a importância dos grupos sociais aos
quais o indivíduo pertence ou já pertenceu, na formação e controle de seu comportamento.
(c
cc
cc
c
c
cc)
c
CICLOTÍMICO - Pessoas de bom humor, tomam a vida tal como ela é, naturais,
abertos, espontâneos, de amizades rápidas e fáceis, ternos. Oscilam com facilidade da
alegria para a tristeza. Pela sua capacidade de sintonização afetiva e de irradiação afetiva, se
contagiam com facilidade com a alegria ou a tristeza dos outros. Extrovertido,
comunicativo, facilidade nas relações interpessoais e adequada captação dos estímulos
ambientais. Muito sociais e bem aceitos. Tendem profissionalmente a empregos que se
adaptam as suas qualidades. Facilidade para fazer dinheiro. Comerciantes, homens de
empresa, especuladores, intermediários. Oradores tipos charlatões, humoristas.
Tipo Constitucional - Pícnico (tórax largo, assim como abdômen e crâneo,
tendência a acumular gordura, pescoço grosso e curto, rosto redondo, tendência à calvície
precoce, estatura baixa, mãos e pés curtos, pele lisa e brilhante, olhos redondos e vivos,
cabelos lisos).
18
sociais, estabelecendo entre eles e os outros, uma barreira de frieza e reserva, mesmo que
internamente desejam ter amizades e ser aceitos socialmente. Facilidade para o pensamento
abstrato e lógico.
Grandes filósofos, matemáticos e líricos. Frios, fanáticos e com grande capacidade
de exercer domínio sobre as massas (condutores da humanidade e grandes revolucionários).
Tipo Constitucional - Leptossomático (eixo vertical do corpo domina sobre os
demais, cabeça pequena, nariz grande e queixo hipoplásico, pele pálida e pouco lisa, ombros
estreitos, pouco desenvolvimento muscular, mãos largas e ossudas, face alongada, pescoço
comprido, tendência ao envelhecimento precoce, olhos sonhadores).
BIBLIOGRAFIA:
* HALL, C.S., LINDZEY G. Teorias Da Personalidade. EPU.
* BOCK, Ana M.Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Mª.de
Lourdes T.. Psicologias, Uma Introdução ao Estudo de
Psicologia. Ed. Saraiva.
19
cc c
cc c
BREVE HISTÓRICO:
A Seleção de Pessoal no sentido sistemático e sobre bases psicológicas, começou
praticamente com Hugo Munstenberg em 1910 na Universidade de Harvard. A partir daí, o
desenvolvimento da Seleção de Pessoal, foi muito intenso, embora, alguns estudos já
tivessem sido iniciados antes dessa época.
Por volta de 1917 ou logo após surgiram as primeiras instituições destinadas à
orientações e à seleção profissional, do Instituto Jean Jacques Rousseau em 19l6; o
Laboratório de Psicologia Industrial de Charlo Henbourg em 1918 e outros.
No Brasil o pioneiro em Seleção Profissional, foi o Engº Roberto Mange, criando a
primeira organização do gênero, o Centro Ferroviário de Ensino e Seleção Profissional.
20
A partir de 1945 passamos a contar também com o Dr. Emílio Mira y Lopes,
posteriormente diretor do Instituto de Seleção e de Orientação Profissional da Fundação
³Getúlio Vargas´, no Rio de Janeiro.
Embora ambos apresentassem objetivos idênticos, usavam métodos até certo ponto
diferentes. Mange representava a corrente psicométrica, enquanto Mira y Lopes a corrente
clínica.
DEFINIÇÃO:
A literatura especializada contém inúmeros conceitos de Seleção. Dentre alguns
que examinamos, segue aqueles que exprimem de maneira mais satisfatória o que
entendemos ser Seleção de Pessoal.
Visto o objetivo que imedia, ³ Seleção é o satisfatório ajustamento de um
indivíduo a um determinado grupo social, seja este um grupo educacional (seleção de
alunos), seja um grupo ocupacional (seleção de pessoal), ou qualquer outro grupo
(esportivo, religioso, cultural, etc.)´.
SELEÇÃO:
É um processo através do qual escolhemos elementos que tiverem as melhores
probabilidades de ingressarem com sucesso num grupo operacional.
Seleção não significa que sempre devemos escolher os indivíduos que obtiverem os
melhores e mais elevados índices de aptidões e capacidade. Trata-se da escolha, dentre os
melhores, daquele que mais convêm a determinada situação. Assim, interessa o indivíduo
que apresente, pelos resultados obtidos na testagem e na entrevista, maior possibilidade de
adaptação a determinado grupo e não o indivíduo que obteve a melhor classificação.
Como exemplo imaginemos uma fábrica que necessita de operadores para
máquinas automáticas num determinado setor. O trabalho é predominantemente
sensório-motor (colocar chapa de metal numa prensa, acionar um pedal e retirar a chapa já
estampada). Fica claro que um indivíduo com nível intelectual ou de escolaridade próprio a
profissões superiores estaria rapidamente submetido à fadiga psicológica, a sentimentos de
desvalorização pessoal e profissional que rapidamente ocasionariam instabilidade em seu
comportamento e consequentemente no emprego. Essa situação é muito comum quando
indivíduos com aptidões e capacidades superiores (os melhores colocados) são admitidos
para trabalhos que exigem muito pouco dessas mesmas capacidades.
ccc
a) EXPERIÊNCIA NO TRABALHO:
É o método mais natural e considerado o mais primário. Este método é utilizado
por empresas ainda não atingidas por provas técnicas e métodos dessa área.
Baseia-se na verificação da experiência do candidato, visto o exame de
documentos como C.T.P.S., Cartas de Referências, dados pessoais como idade, sexo,
nacionalidade, etc. Uma vez admitido, o indivíduo trabalha durante um determinado
período, quando deverá permanecer ou não definitivamente na empresa.
21
trabalho. O problema maior na elaboração das propostas de solicitação de emprego é a
definição dos itens que realmente possam diferenciar indivíduos com boa possibilidade de
êxito. O conceito atual é de que o exame dos formulários é apenas um dos ítens que deve
formar o processo seletivo.
f) DINÂMICAS DE GRUPOS
c
cccc
c
cc
Mercado de Trabalho pode ser definido como uma área onde os diversos grupos
ocupacionais encontram emprego, mudam de empregador ou onde encontram salários
relativamente uniformes.
22
A importância do Recrutamento varia de acordo com o ciclo econômico, as crises
de desenvolvimento, as crises políticas e sociais e os meses do ano e, as vezes com as
flutuações das estações. Nos tempos de prosperidade aumenta o número de empregos e
aumenta a competição das indústrias pela mão-de-obra disponível.
Durante os períodos de recessão ou de depressão, a mão-de-obra é abundante e a
competitividade se cria entre os trabalhadores. O empresário tem pessoal de sobra para
escolher e que aparece facilmente, com ou sem anúncio.
Tanto o Recrutamento como a Seleção se tornam definitivamente mais fáceis nos
tempos de dificuldades econômicas. Apesar disso, num período de recessão a mão-de-obra
torna-se mais conservadora e raros indivíduos se arriscam a mudar de emprego.
Tanto Recrutador como Selecionador devem ser sensíveis aos fatores que
modificam as condições do mercado de trabalho. Deve saber determinar tendências e
escolher o meio adequado de ação em cada momento; devem saber orientar o empresário
sobre o que ocorre no mercado de trabalho.
BIBLIOGRAFIA:
c
ccc
Grupo de diversos testes destinados, em seu conjunto, a examinar uma capacidade
global (grau de inteligência, aptidão para determinadas escolas ou profissões, etc.). As
intercorrelações entre cada um dos testes não devem ser demasiado altas, mas as
correlações do resultado global com o critério devem ser mais altas do que as de um teste
particular.
c :
Os testes constituem um dos grandes conjuntos de técnicas para exame e
diagnóstico psicológico. Eles são instrumentos de diagnósticos psicológico, mas não devem
ser considerados o instrumento por excelência. O uso de testes é necessário, mas não
23
dispensa a observação e a entrevista, que a rigor vem complementar os dados colhidos
através dos mesmos.
A palavra teste vem do latim (Testis = testemunha), através do inglês (Test =
prova). Em sentido etimológico, fazer um teste seria dar testemunho ou fazer uma prova.
Em qualquer campo da atividade humana encontramos tais provas ou testes.
Entretanto, no plano das ciências, torna-se necessário introduzir um sentido mais preciso a
essa idéia ampla, acima exposta; e esse sentido é o da medida. Fazer um teste será medir,
isto é, comparar com um critério determinado.
Para a medida são necessários:
1º. a existência de um ponto ou estado de referência, isto é, o critério propriamente
dito;
2º. a uniformidade do estímulo, isto é, uma situação estimuladora padronizada.
A palavra teste, usada pela primeira vez por J. Mackeen Cattell em 1890, sob a
expressão ³teste mental´, atualmente é empregada com um adjetivo mais amplo (teste
psicológico), para distinguí-lo dos possíveis testes biológicos, físicos, astronômicos, etc.
DEFINIÇÃO:
³Teste é uma prova definida, implicando uma tarefa a executar, idêntica para todos
os indivíduos examinados, com técnica precisa para a apreciação do sucesso ou do fracasso,
ou para a avaliação numérica do resultado. A tarefa pode comportar a apresentação de
conhecimento adquirido (teste pedagógico), ou de funções sensório-motoras ou mentais
(teste psicológico)´ (Associação Internacional de Psicotécnica).
³Teste é uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento´.
(Anastasi).
Um teste padronizado deve ser também aplicado em condições padronizadas, para
que se obtenha resultados válidos. Aplicar testes não é atividade de rotina nem tarefa que se
possa improvisar; toda aplicação requer preparação prévia e treinamento adequado da
pessoa incumbida de realizá-la.
*cc*cc
cc
VALIDADE
Diz respeito ao fato do teste medir realmente aquilo a que se propõe. Contudo,
devemos lembrar que os testes não medem diretamente as capacidades, as funções ou os
traços que se propõe como objetivo, mas sim indiretamente, através de amostras do
comportamento.
Na medida em que essas amostras são bem escolhidas, de forma a representar
efetivamente o fenômeno em estudo, o teste será válido.
ccc
Qualidade que se refere ao fato de o instrumento medir bem, com acuracidade, é
verificada através da fidedignidade, isto é, da confiança na permanência dos resultados. Um
teste é tanto mais preciso e fidedigno quanto mais estáveis e constantes forem seus
resultados.
cc
c
Diz respeito à uniformidade de processo na aplicação, avaliação e interpretação do
teste, pois, padronizar significa unificar segundo padrão, e no caso dos testes psicológicos
fixar critérios para se poder comparar objetivamente os resultados de diferentes indivíduos.
Para assegurar essa uniformidade, o manual de cada teste oferece instruções
técnicas para a administração do teste e para a avaliação e interpretação do teste e para a
avaliação e interpretação dos resultados. Essas instruções, suficientemente claras e precisas,
devem ser respeitadas rigorosamente pelo examinador.
24
c c
Aferição se refere à graduação do teste, à fixação de graus de resultados e
unidades de comportamento, a fim de se poder comparar objetivamente os resultados de
diversos indivíduos. Aferir um teste é estabelecer as unidades ou normas, para avaliação e
interpretação dos resultados no teste.
APTIDÃO: Pode definir-se como o conjunto das capacidades inatas para executar
tarefas qualificadas em diversos campos culturais.
25
Para Allport: ³Personalidade significa o conjunto de hábitos, atitudes e traços que
determinam o ajustamento de uma pessoa a seu ambiente.´
Para a Psicologia: ³Personalidade é o conjunto de modos de agir, essencialmente
para com outras pessoas. Ela resulta das experiências e influências que recebemos durante
toda nossa vida.´
Personalidade: Única e Diferente.
Tecnicamente não se pode aceitar a afirmação de que uma pessoa tenha ³mais´ ou
³menos´ personalidade do que outra. Qualquer pessoa possui individualidade,
personalidade, singularidade.
³Personalidade é a maneira pela qual a pessoa age, pensa e sente.´
BIBLIOGRAFIA
OBS: Complementar com a leitura do texto que vai da página 148 à 165, do livro ** Psicologia
Aplicada à Administração
Autor - Agostinho Minicucci
Ed. Atlas - 49ª edição
Conceitos extraídos dos diversos Manuais de Aplicação de Testes
Dicionário de Psicologia.
W.Arnold, H.J.Eysenck, R.Meili - Ed. Loyola.
26
* Entrevista do Tipo III: Não especificam as questões, mas o tipo de resposta
desejada. Recomenda-se seu uso apenas para conhecer certos conceitos espontâneos dos
sujeitos.
BIBLIOGRAFIA:
* CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos (Ed.Compacta).
Ed. Atlas.
27
c
(ccc
c
Distinguiremos estas três palavras que normalmente são utilizadas como sinônimos
mas que não o são:
Motivo ± pode ser definido como ³uma condição interna relativamente duradoura que leva
o indivíduo ou que o predispõe a persistir num comportamento ou a permanência da
situação´ (Sawrey e Telford).
Teoria Cognitiva ± Procuram negar que o efeito dos estímulos sobre o comportamento seja
automático (colocando-se contra a behaviorista).
Acreditam que nós escolhemos, por meio da percepção, pensamento e raciocínio, os
valores, as crenças, as opiniões e as expectativas que regularão a conduta para uma tarefa
almejada. Mas, reconhecem que o comportamento e seu resultado dependerão tanto das
escolhas conscientes do indivíduo, como dos acontecimentos do meio sobre os quais não
tem controle e que atuam sobre ele.
28
forte tendência de comportamento não é, necessariamente, aquela que a pessoa
conscientemente decide que é melhor para ela.
Nesta abordagem, a motivação do comportamento, em grande parte, é proveniente do Id e
o comportamento resulta da interação, conflituosa ou não entre ID, EGO e SUPEREGO.
c
cc
c
,c
29
um estado físico satisfatório. Cada uma dessas necessidades liga-se com um sistema
biológico junto ao corpo, que na maioria dos casos, para poder sobreviver, exige a
satisfação. Ninguém pode imaginar um homem privado do oxigênio mais de 8 minutos, ou
privado de água e viver mais de uma semana ou privado de comida e viver mais de um mês.
Por isso, assim que uma pessoa se torna ciente da falta de oxigênio, água ou comida, ela se
torna agitada, irrequieta e tensa, até que consiga algo para satisfazer estas necessidades.
O mesmo acontece com todas as outras necessidades fisiológicas, incluindo o sexo,
exceto que a necessidade do sexo parece a única necessidade não exigida para a
sobrevivência individual, mas é muito importante para a sobrevivência da raça.
Ao identificar as necessidades fisiológicas como sendo as preponderantes Maslow
quis dizer que, se uma pessoa fosse totalmente carente - se todas as necessidades estivessem
por satisfazer - ela seria dominada por suas necessidades fisiológicas; suas outras
necessidades desapareceriam ou seriam reprimidas. No entanto, uma vez satisfeitas as
necessidades fisiológicas, surgem então necessidades ³mais altas´ que passam a dominar o
comportamento. Ao serem atendidas, elas são substituidas por outras necessidades mais
altas por serem mais tipicamente humanas, e assim por diante. Eis, pois, o que Maslow
pretendeu dizer ao conceber as necessidades humanas dispostas em uma hierarquia de
preponderância relativa.
Preenchidas as necessidades fisiológicas, surgem as necessidades de segurança,
Karem Horney define como a ³necessidade de sentir-se seguro de perigos hostis e ameaças
do mundo´. A segurança física não se revela tão importante como a segurança psicológica,
conforme ficou demonstrado durante a guerra. Crianças que assistiram ao bombardeio da
Segunda Guerra Mundial, em Londres, manifestaram menos insegurança do que as crianças
que ficaram privadas dos pais e mandadas para lugares mais seguros. Evidentemente as
pessoas que nos amam e nos querem bem representam para nós maior segurança do que
toda segurança física que sentimos na presença de pessoas estranhas. Mesmo como adultos
nos sentimos inseguros quando tememos que ninguém nos quer, ninguém nos ama, em
situações em que pessoas estranhas nos cercam, em situações de perigo.
A satisfação dessa necessidade requer uma real segurança física e ainda uma
sensação de estar protegido dos males e danos, tanto físico quanto emocional
(potencialmente ³gratificáveis´ por salários, benefícios marginais e um sentimento de
segurança na capacidade pessoal de ganhar o sustento pelo trabalho realizado).
As necessidades fisiológicas e as de segurança acham-se, ambas, centradas no
indivíduo. Contudo, uma vez satisfeitas, aparecem as primeiras necessidades
Sociais: as de aceitação e afeto. Neste estágio, o indivíduo é motivado a assegurar
o seu lugar num determinado grupo, com a gratificação do sentimento de a ele pertencer,
bem como a construir relações emocionais íntimas com outros, a dar e receber amor.
Maslow denominou necessidade de ³respeito´ o conjunto de necessidades
seguintes, o qual não só inclui a necessidade de auto-respeito e a de uma auto avaliação de
si mesmo, como também abrange o respeito ou consideração por parte dos outros
indivíduos. Maslow classificou esta necessidade em dois subconjuntos. Primeiro, há uma
necessidade de independência e liberdade e de um sentimento íntimo de confiança na
própria competência para lidar com o mundo. Segundo, há a necessidade de ter esta
competência reconhecida e apreciada pelos outros.
Quando todas as outras necessidades foram satisfeitas, a última a emergir é a da
auto-realização. Segundo Maslow, ³aquilo que um homem pode ser, ele deve ser´. A auto
realização não é tanto um estado ou estágio do organismo, como a fome, a ser satisfeito por
uma gratificação periódica. Trata-se, ao invés disso, de um processo do ser humano, no
qual o indivíduo luta para alcançar a extensão total da sua capacidade.
De acordo com Maslow, as necessidades fisiológicas, as de segurança, as de afeto
e as de respeito são todas necessidades por escassez, por déficit, enquanto, por outro lado,
a necessidade de auto-realização é a necessidade de crescimento. Os quatro primeiros
conjuntos de necessidades foram denominados de déficit por serem resultantes da falta de
alimentação ou da falta de segurança e etc. Contudo, a pessoa que busca a auto-realização,
30
livre das necessidades por déficit, está emprenhada no processo de realizar suas
potencialidades de vivenciar o conceito que tem de si mesmo. Cada pessoa é uma entidade
singular e ³única´ e precisa procurar sua fórmula própria de realização. Trata-se, pois,
quase que inteiramente, de um processo interno, e a gratificação da necessidade, o
sentimento de realização, advêm da experiência de executar coisas que realizam o potencial
da pessoa. A auto-realização é uma necessidade de crescimento por ser, em sua essência,
um processo permanente de autodesenvolvimento. Cada novo desenvolvimento do ser
constitui prospecção para um desenvolvimento posterior.
Embora Maslow defendesse a relativa integridade da ordem de sua hierarquia, ele
não acreditava que uma necessidade tivesse 100% satisfeita, antes que surgisse a
necessidade mais elevada. Pelo contrário, ele afirmou que a maior parte dos integrantes de
nossa sociedade se acha, ao mesmo tempo, parcialmente satisfeita e parcialmente
insatisfeita, quanto a todas as suas necessidades básicas.
Àc
c
ccc
(cccc
c
cc
-c
cc
c
Nem sempre a satisfação das necessidades é obtida. Pode existir alguma barreira
ou obstáculo ao alcance da satisfação de alguma necessidade.
Toda vez que alguma satisfação é bloqueada por alguma barreira, ocorre a
frustração. Havendo frustração a tensão existente não é liberada através da descarga
provocada pela satisfação. Essa tensão acumulada no organismo mantém o estado de
desequilíbrio.
31
Por outro lado, o Ciclo Motivacional pode ter outra solução além da satisfação da
necessidade ou da sua frustração: a Compensação ou Transferência. Ocorre a compensação
(ou transferência) quando o indivíduo tenta satisfazer alguma necessidade impossível de ser
satisfeita, através da satisfação de outra necessidade complementar ou substitutiva. Assim, a
satisfação de outra necessidade aplaca a necessidade mais importante e reduz ou evita a
Frustração. Desta forma, toda necessidade humana pode ser satisfeita, frustrada ou
compensada. Cada uma dessas soluções envolve uma infinidade de nuances e de variações
intermediárias.
Para as necessidades fisiológicas, os objetivos são relativamente fixados e quase
não tem compensações ou substitutivos: a fome só se satisfaz com alimentação, a sede
somente com a ingestão de líquidos, se estes são os motivos a serem satisfeitos. Para as
necessidades psicológicas e de auto-realização os objetivos são mais flexíveis e possibilitam
transferências e compensações. A necessidade de prestígio, por exemplo, pode ser satisfeita
pela preemência social, pelo sucesso profissional, pelo poder do dinheiro ou ainda pela
conduta atlética.
Toda necessidade não satisfeita é motivada de comportamento, porém quando uma
necessidade não é satisfeita dentro de algum tempo razoável, ela passa a ser um motivo de
frustração.
ccc
c
c
c
*c c c
c c c c c c c
c
Uc
c
cc
Apresentamos idéias básicas que muito ajudarão a compreensão deste assunto.
32
* Para medir a motivação no trabalho, precisamos de conceitos operacionais, ou
seja, de conceitos com os quais possamos atuar. O primeiro deles é o de satisfação e seu
correlato, o de insatisfação. Generalizando, podemos dizer: O que causa satisfação, em
geral, motiva; o que causa insatisfação reduz a motivação.
* Outro conceito importante é o de necessidade, que gera impulso nos seres vivos.
Este impulso está muito ligado a motivo.
* Há muitas tendências nas pessoas, capazes de levá-las à ação. Por exemplo, a
tendência para o poder, para a realização, para buscar companhia de outras pessoas
(afiliação), para a independência, para a satisfação sensorial (prazer), para a segurança
pessoal e familiar, para a auto-realização, para conhecer coisas novas (curiosidade), para
destruir obstáculos que impedem a satisfação de necessidades (agressão), etc. Estas
apresentam-se em maior ou menor intensidade, em cada pessoa. Podem elas transformar-se
em força de ação e por isso, certamente, em motivo.
* E por fim relacionamos a diferença entre Incentivo e Motivo: No primeiro
(Incentivo), não há envolvimento do ³eu´ . O indivíduo age levado por pressões externas:
ganhar comissão, levar certa vantagem, evitar punições, etc. No Motivo, ao contrário, o
³eu´ está envolvido, isto é, o indivíduo age impelido por força interna, porque gosta e quer.
Recorrendo aos incentivos, pode-se fazer com que as pessoas ajam, mas sob condições
limitadas. Uma duradoura, entretanto, só pode emanar de uma motivação verdadeira, que
ocorrerá quando o indivíduo tiver seu próprio gerador instalado dentro de si, não havendo
maior necessidade de impulso externo; neste caso, o indivíduo terá vontade de executar as
tarefas.
cc
c
33
³desenvolvimento de sensibilidade´, dinâmica de grupo, etc.; que mesmo assim não
motivam, isoladamente ou no contexto administrativo defeituoso.
(c
c
0c
Por que as práticas de que falamos não são motivadoras? Vamos encontrar uma
resposta na análise da natureza humana. O homem possui uma natureza biológica e outra
psíquica; cujas necessidades e objetivos se encontram num plano diferente e mais elevado.
Os incentivos tradicionais e os que descrevemos acima giram em torno da natureza
biológica do homem, atendendo às necessidades que surgem nessa área. Bom salário,
vantagens adicionais, colônia de férias, tratamento adequado à pessoa, etc., deixam o ser
humano biologicamente satisfeito e atendido em suas necessidades fisiológicas, de conforto,
de segurança e de saúde. Contudo, essas práticas pouco têm haver com a natureza psíquica
que possui outras necessidades: de realização, de crescer como pessoa (auto-realização), de
conhecimento e estima, e fazer alguma coisa que lhe agrade e de faze-la bem feito, de
ascensão social, etc.
Motivar é mobilizar esta área psíquica (superior) da pessoa. É implantar nessa
parte da personalidade um móvel ou ³motor´ de ação. Numa empresa, o indivíduo gosta de
sentir-se solicitado como pessoa, de receber responsabilidade, de aceitar um trabalho que o
desafie. Partindo desta premissa, pode-se motivar alguém com estas palavras: ³tenho uma
tarefa difícil para você. Mas sei que está à altura dela´. Tais palavras podem tornar-se um
gerador de ação dentro da pessoa. Sabendo-se digno de confiança, o funcionário passa a ver
e a sentir a tarefa de modo diferente. Sendo responsável pelo trabalho e estando
pessoalmente envolvido, quer mostrar que tem capacidade para realizá-lo. É diferente do
que alguém dizer: ³faça isto, e você ganhará uma comissão de 10% ³ ou ³se não fizer isto,
você será punido´ ou simplesmente ³faça isto´.
Como já vimos, o incentivo parte sempre do exterior, ao contrário da verdadeira
motivação, que atua no interior do indivíduo, levando-o a ação. Empresários de países
sobretudo rico, consciente ou inconscientemente, fazem-se muitas vezes esta pergunta: ³Por
que o pessoal não é mais produtivo? Pagamos bom salário, damos boas condições de
trabalho, temos excelentes vantagens adicionais e emprego estável. Mesmo assim, o pessoal
parece não estar disposto a despender mais do que o esforço mínimo´.
34
Para motivar não é preciso usar palavras, basta criar condições tais que mobilizem
o empregado como pessoa, como realizador que é, como ser responsável que deseja ser,
como ser social, justo e produtivo que é.
TÉCNICO: ³Em julho de 61, recebi uma grande responsabilidade. Com isto, o
trabalho ficou mais interessante. Trabalho com mais afinco, porque é algo diferente da
rotina que estou habituado. Sinto-me mais feliz e satisfeito com meu serviço e com a
Companhia em que trabalho´. Outro técnico disse o seguinte: ³Estava trabalhando num
projeto e pensei que tivesse encontrado uma boa solução. Um profissional do
Departamento, no entanto, arrasou, parte por parte, todo meu planejamento, com
comentários depreciativos. Isso me deixou profundamente triste e insatisfeito´.
OPERÁRIA: ³Há duas semanas atrás, soldei mais transistores que ninguém: 2.100
aparelhos em nove horas. Meu chefe de seção elogiou-me e me sinto satisfeita até agora...
Meu antigo chefe também veio me cumprimentar´.
35
A motivação deriva, em suma, do auto-controle exercido pelo indivíduo no seu
trabalho, aquela característica de liberdade de ação que se lhe dá sem mantê-lo
constantemente sob rígido controle, e da integração que se define como a realização das
próprias necessidades dos indivíduos orientando seus esforços no sentido do êxito da
empresa. Em outras palavras, integrar os objetivos individuais com os objetivos da empresa,
trabalhando em comum para o êxito desta de maneira a que cada um possa partilhar dos
benefícios resultantes.
Parece não haver dúvidas que o indivíduo contribui muito mais para a organização
quando aceita responsabilidades e assume um compromisso, livremente, para alcançar seus
objetivos, do que quando tais objetivos são impostos de fora. Neste caso, o compromisso
não é autêntico e a aceitação deriva mais da autoridade de quem impôs do que do fato de o
subordinado estar convencido de que sua contribuição é importante para a empresa.
A confiança e cooperação mútuas, a orientação e o auxílio, são aspectos
importantíssimos e necessários à administração por integração e auto-controle.
BIBLIOGRAFIA:
36
O comportamento de Liderança (que envolve funções como planejar, dar
informações, avaliar, arbitrar, controlar, recompensar, estimular, punir, etc) deve ajudar o
grupo a atingir os seus objetivos, ou, em outras palavras, a satisfazer suas necessidades.
1. LIDERANÇA AUTOCRÁTICA:
. Apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo.
. O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, cada
uma por vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo.
. O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu
companheiro de trabalho.
. O líder é dominador e é ³pessoal´ nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada
membro.
2. LIDERANÇA DEMOCRÁTICA:
. As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo
líder.
. O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo,
solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas
ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com os
debates.
. A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem
liberdade de escolher os seus companheiros de trabalho.
. O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito, sem encarregar-se
muito de tarefas. O líder é ³objetivo´ e limita-se aos fatos em suas críticas e elogios.
37
. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o curso dos
acontecimentos. O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos
membros quando perguntado.
AUMENTO DA AUTORIDADE DO
ADMINISTRADOR
38
__
AUMENTO DA LIBERDADE DO SUBORDINADO
_____
A B C D E
F G
39
O estilo de liderança apropriado a cada um dos quatro níveis de maturidade inclui a
dosagem certa de comportamento de tarefa (direção) e comportamento do relacionamento
(apoio).
³Determinar´: para maturidade baixa. Pessoas que não têm nem capacidade nem
vontade (M1) de assumir a responsabilidade de fazer algo, não são competentes nem
seguras de si.
³Persuadir´: para maturidade entre baixa e moderada. As pessoas que não têm
capacidade mas sentem disposição (M2) para assumir responsabilidades, têm confiança em
si, mas ainda não possuem as habilidades necessárias.
BIBLIOGRAFIA :
40
* Teoria Geral da Administração
Idalberto Chiavenato. McGraw-Hill.
c c
O líder é o guia, tem iniciativa nas situações que os demais vacilam, os demais
sentem-se seguros com a sua presença.
O líder tende a possuir rapidez e firmeza de decisão, imaginação e, freqüentemente,
algum conhecimento especial, é respeitado por disposição de reconhecer igualmente o
direito de cada um.
O líder do grupo, é mais amplamente conhecido do que os demais membros, em
conseqüência de sua capacidade de mobilidade maior. O líder lida com o grupo, respeitando
as diferenças individuais mobiliza o grupo, dirigindo-se primeiramente ao seu auxiliar direto.
cc*cc
c
c
Sintetizando, sem a pretensão de esgotar o quadro de características do líder,
podemos apontar:
cc c
41
*Dominar o grupo, impondo sua vontade;
*cc c
c
cc
c3 4 !! c, 452c
c6cc
cc
42
Nossos atos se traduzem geralmente em quatro tipos de comportamentos:
Os conhecimentos por nós e por qualquer um que nos observa. Este
comportamento varia grandemente conforme nossa estimativa do que é correto em um
ambiente específico e com diferentes grupos de pessoas. Limita-se àquilo de que nossos
parentes e amigos estão cônscios e ao que nós consideramos óbvio, tais como nossas
características, nossa maneira de falar, nossa atitude geral, algumas de nossas habilidades,
etc.
Outras características de comportamento são facilmente percebidas pêlos outros,
mas das quais, geralmente, não estamos cientes. É o que nossos amigos sabem de nós, mas
que não nos dizem e que ao iniciarmos nossa participação num grupo, comunicamos a
todos os tipos de informações das quais não estamos cientes, mas que são observadas pelas
outras pessoas do grupo. No rol dessas informações encontram-se nossa maneira de agir,
nosso estilo de relacionamento, e outros.
Detemos também informações sobre nós mesmos que não comunicamos aos
outros, mantemo-las ocultas. O fazemos porque temos medo que se o grupo vier a saber
dos nossos sentimentos, percepções opiniões a respeito do grupo ou dos seus integrantes,
ou de nós mesmos, o grupo poderá rejeitar-nos, atacar-nos, ou atingir-nos de alguma forma.
Em conseqüência disto, não revelamos tais informações. Muitas vezes, uma das razões
possíveis pelas quais guardamos o segredo é que não encontramos elementos de apoio no
grupo a que pertencemos. Temos a suposição que revelando nossos sentimentos,
pensamentos e reações, os integrantes do grupo poderão julgar-nos negativamente.
Entretanto, não temos condições de saber como os membros reagirão realmente, a menos
que testemos tal suposição e revelemos algo sobre nós. Ou seja, se não assumirmos alguns
riscos, jamais saberemos sobre a realidade e irrealidade de nossas suposições. Finalmente
surgem os fatores da personalidade, dos quais não estamos conscientes e que as pessoas
que estão relacionadas conosco também desconhecem.
O melhor conhecimento de si próprio pode ser conseguido se:
. Identificarmos e resolvermos os conflitos que temos dentro de nós e que
impedem a nossa maneira de agir;
. Observarmos como o nosso comportamento influi nos outros (alegria, tristeza,
raiva, etc.);
. Reconhecermos as defesas que utilizamos para repelir ameaças imaginárias ou
reais;
. Evitarmos a tendência a frustração;
. Flexibilidade de comportamento.
Somente a partir do auto-conhecimento é que se pode tentar compreender o outro
em seus atos e decisões. Se eu possuo barreiras e defesas, conflitos internos que limitam o
meu relacionamento, logo, o outro também possui.
Passamos a conhecer melhor as pessoas quando:
* Observamos o seu comportamento;
* Oportunizamos a exposição dos seus pensamentos, sentimentos e ações;
*Eliminando as idéias pré-concebidas e ações esteriotipadas.
Devemos interpretar as pessoas pelo que elas são e não pelo o que desejaríamos
que fossem.
c
c
A troca, o inter-relacionamento só é possível a partir do momento em que hajam
duas ou mais pessoas juntas. A esta reunião de pessoas dá-se o nome de GRUPO.
Constituídos por indivíduos que trazem juntos de si percepções, emoções, motivos,
aptidões, características de personalidade, idade e sexo, instrução, características físicas,
interesses, experiências e valores culturais diferentes uns dos outros. São indivíduos únicos,
que não raro trazem seus anseios e problemas para o grupo e procuram nele suas respostas.
Surgem então os conflitos interpessoais que podem ter diferentes origens.
43
Vale lembrar que GRUPO tem por definição ³o conjunto de indivíduos que têm os
mesmos interesses ou as mesmas opiniões, tendências, gostos, fins, funções, etc.´ e que o
grupo de trabalho é formado pela condição única que é a Empresa.
Sempre desejamos ³fazer parte´. ³Fazer parte de´ com envolvimento, é uma das
necessidades básicas de qualquer ser humano.
Em pesquisa feita sobre baixa produção no trabalho, insatisfação e mudança de
emprego, faltas e atrasos, verificou-se que isso acontecia quando:
* Os empregados trabalhavam isolados dos outros;
* Trabalhavam em compartimentos pequenos e a sós;
* Trabalhavam com pessoas de alto status com as quais não podiam comunicar-se.
O grupo oferece apoio ao indivíduo em suas atividades, dando-lhe a oportunidade
de desenvolver a iniciativa e criatividade. Ele tem o poder de fornecer um ambiente de que
necessita o indivíduo para trabalhar com eficiência e satisfação.
cc c c
c*cc
c
0c
Para muitos autores, ³um grupo define-se como um conjunto de pessoas
interagindo entre si, conscientes uma das outras e que se percebem como grupo´ (Edgar
Schein).
Para outros, como José Bleger, ³um grupo é um conjunto de pessoas que entram
em interação, mas além disso e fundamentalmente, o grupo é uma sociabilidade estabelecida
sobre um fundo de indiferenciação ou sincretismo, no qual os indivíduos não têm existência
como tais e entre os quais opera um transitivismo permanente´.
Na primeira concepção, um conjunto de pessoas vendo uma vitrine não seria
considerada grupo, mas para Bleger já é.
cc c
44
cc
c
A situação paradoxal do ser humano é que, da mesma forma que é no grupo que
ele se explicita e define sua identidade, é dentro do grupo que ele vivencia a perda dessa
mesma individualidade. A interação do indivíduo com o grupo é de permanente conflito e
ambivalência: de um lado, a pessoa quer sentir-se pertencendo (o grupo como útero) e, de
outro, teme anular-se, fundir-se. Este estado de atração e rejeição atravessa etapas
diferentes a partir da formação do grupo.
cccc
c
c
45
emoções, expectativas, reações pessoais, moral, clima, estilos pessoais, comunicação,
organização informal, cultura (crenças, valores, normas informais, etc).
___É da transação indivíduo versos empresa, da transação Sistema Humano versos
Sistema Técnico, que resultam e dependem os resultados sob a forma de produtos ou
serviços, que se avaliam segundo parâmetros de produção e produtividade, segundo
conceitos de eficiência e eficácia. Vendas, prestação de serviços, lucro, retorno de
investimentos, fluxo de caixa, parcela de participação no mercado, satisfação do público ou
do consumidor, etc - tudo é função dos fatores comportamentais, tudo é função da
transação dos empregados com a empresa em que trabalham.
cc
c
c
c
Entende-se por cultura organizacional o conjunto de fenômenos decorrentes da
atuação dos homens na organização. É, portanto, um fenômeno grupal, resultante e
característico de uma coletividade. É um conceito que engloba tanto os fatos materiais,
como abstratos resultantes do convívio humano institucional.
A cultura pode ser dividida em três elementos componentes, cada um abrangendo
uma área de fenômenos.
c
c
Conjunto de normas, valores, regulamentos, política administrativa, tradições,
estilos gerenciais que governam e controlam o funcionamento organizacional. É a função
reguladora, de autoridade dentro da organização. Engloba não só as leis formais, como os
costumes, rituais, padrões e códigos informais, isto é, não estabelecidos oficialmente, mas
obedecido tacitamente. Em linguagem de análise transacional, corresponde ao Pai; em
linguagem da teoria sistêmica, relaciona-se ao subsistema gerencial administrativo.
46
A interdependência mais estreita e direta ocorre entre preceitos e caráter. As
normas são responsáveis pela segurança e expressão das necessidades psicológicas dos
indivíduos. O abuso das manifestações pessoais ameaça a disciplina e a segurança da
organização.
O Clima é um fenômeno que resulta do jogo das variáveis culturais. É como a
melodia, resultante das notas e compassos. O clima, portanto é decorrente da maior ou
menor permissividade dos preceitos, da maior ou menor exigência tecnológica.
Equilíbrio entre preceitos e caráter resulta em coesão, moral elevada, segurança e
satisfação.
Revelou-se possível caracterizar clima organizacional por meio do modelo dos três
motivos sociais básicos, de Mc.Clelland. O motivo de poder indica valorização dos
preceitos; o motivo de realização enfatiza a tecnologia; e o motivo de afiliação dá destaque
ao caráter.
Embora clima seja uma resultante da cultura, tem também sobre ela efeito. Climas
tensos provocam revisão do binômio preceitos-caráter. Há, portanto, uma causalidade
circular entre cultura e clima.
Cultura e clima têm efeito também sobre a produtividade organizacional, pois
podem facilitar ou entravar a eficiência organizacional.
Cultura e clima não só se alteram por agitações internas, como sofrem mudanças
por fatores externos: legislação governamental, pressões políticas, demandas de clientes,
recursos de mão-de-obra, matéria-prima, etc. - mudanças essas nem sempre planejadas.
Embora um clima de harmonia seja mais confortável nem sempre é o mais criativo,
pois tensão e conflito levam a inovação de mudanças necessárias. A diferenciação é tão
necessária quanto a integração.
As especializações levam à formação de grupos com cultura própria. Os
especialistas sofrem conflitos de lealdade entre a organização em que trabalham e o grupo
de sua profissão, quando as duas culturas entram em choque. Por esse motivo é mais lenta a
formação de uma cultura própria nas equipes multidisciplinares, em que trabalham técnicos
de diferentes origens profissionais.
A empresa familiar caracteriza-se por uma cultura que reforça os preceitos e tende
a ser resistente às demandas externas. Está mais empenhada na preservação dos seus
valores do que em abertura e renovação.
A organização brasileira também revela cultura patriarcal. O estilo gerencial mais
aceito é o autocrático benevolente.
Existe uma cultura organizacional típica das grandes organizações que transcende
as culturas sociais locais. Em outras palavras: as grandes organizações, em diversas partes
do mundo, são mais semelhantes entre si do que as grandes e pequenas empresas no mesmo
país.
Os intercâmbios culturais são mais fáceis a nível tecnológico. Mesmo assim,
passam pelo crivo dos preceitos e caráter locais.
Tanto o administrador como o consultor, precisam conhecer os elementos, as
caraterísticas e a dinâmica da cultura organizacional para o bom desempenho de suas
funções.
(Por Edela Lanzer P. de Souza)
c
ccc
A literatura sobre o moral dos empregados teve o seu início com a Teoria das
Relações Humanas. O moral é um conceito abstrato, intangível, porém perfeitamente
perceptível. O moral é uma decorrência do estado motivacional, uma atitude mental
provocada pela satisfação ou não-satisfação das necessidades dos indivíduos. Como o moral
está intimamente relacionado com o estado motivacional, na medida em que as necessidades
dos indivíduos são satisfeitas pela organização, ocorre uma elevação do moral enquanto, na
medida em que as necessidades dos indivíduos são frustradas pela organização, ocorre o
abaixamento do moral. Via de regra, quando o moral está elevado é porque as necessidades
47
individuais encontram meio e condições de satisfação; quando o moral está baixo é porque
as necessidades individuais encontram barreiras internas ou externas que impedem sua
satisfação e provocam a frustração.
O moral elevado é acompanhado de uma atitude de interesse, identificação,
aceitação fácil, entusiasmo e impulso positivo em relação ao trabalho e geralmente em
paralelo a uma diminuição dos problemas de supervisão e de disciplina. O moral elevado
desenvolve a colaboração, porquanto ele se apoia em uma base psicológica onde predomina
o desejo de pertencer e a satisfação de trabalhar em grupo. Depende invariavelmente do
clima de relações humanas que se desenvolve dentro de uma organização, principalmente,
quando a organização formal permite um adequado entrosamento com a organização
informal, quando as comunicações são de boa qualidade e o nível de supervisão é
satisfatório.
Por outro lado, o moral baixo é acompanhado por uma atitude de desinteresse,
negação, rejeição, pessimismo e apatia com relação ao trabalho e geralmente trazendo
problemas de supervisão e de disciplina. Assim, o moral é uma conseqüência do grau de
satisfação das necessidades individuais.
48
muitas vezes eficientes. Geralmente há um vencedor e um vencido. Infelizmente para o
vencido o conflito muitas vezes recomeça. Hostilidade, angústia e ferimentos físicos são
muitas vezes as conseqüências das táticas dos protagonistas da estratégia do poder.
Usando a estratégia da negociação, ambos os conflitantes podem ganhar. O
objetivo da negociação consiste em resolver o conflito com um compromisso ou a solução
que satisfaz a ambos os envolvidos no conflito. Tudo indica que o uso da estratégia da
negociação fornece geralmente uma quantidade maior de conseqüências positivas, ou, ao
menos, poucas conseqüências negativas.
Porém as boas negociações exigem outras habilidades que precisam ser aprendidas
e praticadas. Tais habilidades incluem a habilidade de determinar a natureza do conflito,
eficiência em indicar as negociações, habilidade em ouvir o ponto de vista do outro, e o uso
do processo da solução do problema através da decisão do consenso.
SUPRESSÃO - O líder procura isolar de algum modo uma das partes conflitantes,
sendo que sua preocupação volta-se mais para o ³sintoma´ do problema e novas
conseqüências que poderão surgir, do que para a busca à origem do mesmo.
c
Desde que o ser humano aprendeu a se comunicar, o seu grande sonho sempre foi
liderar pessoas e, para atingir os seus objetivos, percebeu que nem só ³gritando´ as pessoas
lhe obedeciam. Surgiu aí o relacionamento humano baseado numa comunicação eficiente.
Se analisarmos o nosso dia-a-dia, perceberemos que gastamos a maior parte do
nosso tempo falando com as pessoas, e, se pudermos melhorar a nossa comunicação e o
nosso relacionamento humano, teremos menos problemas e mais eficiência em nosso
trabalho.
Os empresários normalmente apontam a comunicação e o relacionamento humano
como sendo os maiores de todos os problemas de fornecimento, produção ou venda.
Com uma análise, conseguiremos ver que em nossas vidas estes também são os
problemas que se apresentam com maior freqüência.
49
ccc
c
1.4. 4>74?4Ô#:&c:#c&;<74Ô#$%&c
a)Significado Indicativo: Decorre da relação entre a palavra e o objeto que
a representa.
b)Significado Estrutural: Forma em que a palavra ou frase é colocada.
c)Significado Contextual: É a conseqüência do texto em que a palavra ou
frase se encontra.
d)Significado Conotativo: Ligada a experiências pessoais dos elementos
utilizados da palavra ou frase.
50
3.1.@Ô74Ô#: Falhas no canal de emissão da mensagem.
3.2.<;#7#:
3.2.1.Devido à Personalidade
Nascem dos preconceitos, hereditariedade, educação, meio, experiências
individuais e estado emocional geral e momentâneo. São os seguintes:
a) Auto-suficiência: O indivíduo não aprende o que já julga saber.
b) Congelamento das avaliações: As mudanças que ocorrem nas pessoas, grupos e
coisas são ignoradas.
c) Diferença entre os aspectos objetivos e subjetivos do comportamento: O
comportamento exteriorizado nem sempre corresponde ao que existe, subjetivamente. Na
comunicação é necessário que haja coincidência entre a personalidade subjetiva e objetiva.
d) Tendência à complicação: É notória a tendência em complicar o que não é
entendido.
3.3. ;A784Ô#: Estudo das mudanças que, no espaço e no tempo, sofre a
significação das palavras.
3.3.1.Devido à Linguagem
a) Nascem da confusão existente quanto ao significado das palavras e sua
conseqüente má utilização.
. Fatos e Opiniões: fato é acontecimento (não se discute);
. Opinião: é o modo de ver as coisas (é discutível);
. Inferências: oferecem certezas relativas;
. Observações: oferecem certezas mais absolutas.
b) Descuidos nas palavras abstratas: Exemplo: céu, sempre, eternidade, conceitos
morais, etc.
d)c Desencontros: quando o significado das palavras não é compartilhado.
e)c Indiscriminação: é a constituição de clichês, agrupando pessoas, coisas e
fatos diversos sob classificações semelhantes.
f)c Polarização: caracterizada por termos contraditórios e inconciliáveis. Tende
a reconhecer apenas os extremos, negligenciando as posições intermediárias
g)c Falsa identidade baseada em palavras: através de uma palavra são julgadas as
crenças e atitudes de um indivíduo.
h)c Polissemia: vários sentidos atribuídos a cada vocábulo.
h) Barreiras Verbais: obstáculos provocados por palavras e expressões capazes de
despertar antagonismos.
Ucc
4.2.Vantagens:
O ouvinte atento tem as seguintes vantagens:
- dispõe de melhores informações;
- economiza tempo;
- assegura-se de como a mensagem está sendo recebida;
- estimula o interlocutor a falar;
- previne mal-entendidos.
51
4.3.Níveis:
Ouvir é perceber através do sentido da audição;
Escutar é dirigir a atenção para ouvir. A habilidade em escutar advém de
quatro níveis:
1º. Deduzir o sentido do som, é o estágio das associações corretas.
2º. Compreende o que se está dizendo, em que o significado da palavra depende do
contexto, da intenção e do tom em que é proferida.
3º. Distinguir o real do imaginário, procura se atribuir valor certo ao que é lido,
ouvido e observado.
4º. Escutar com empatia, é a disposição para compreender o pensamento do
interlocutor, como se estivesse vivenciando a situação.
lc
c
c
5.1.A Voz:
É o elemento revelador do nosso estado emocional, de nossos pensamentos
e sentimentos, muito mais do que as palavras.
5.2.Características da Fala:
- Ênfase;
- Entonação;
- Pronúncia;
- Ritmo;
- Confiança.
5.3.Dicção:
É o ato de dizer. Depende de:
- Inspiração;
- Pausa;
- Expiração.
c
c
52
Escrita: é a transcrição no papel (ou em outro material), da palavra falada,
através dos símbolos gráficos.
c
c
c
BIBLIOGRAFIA:
Durante a Primeira Guerra Mundial as armas eram bem simples do ponto de vista
tecnológico.
Na Segunda Guerra Mundial, entretanto, as armas e instrumentos de guerra eram
altamente sofisticados como, por exemplo, os radares, os sonares, os submarinos, etc, não
tendo os soldados ³background´ suficiente para manejá-los. Isto resultava em uma elevada
freqüência de acidentes, quando de seu uso, de forma a preocupar os altos escalões
53
militares. A solução foi simplificar os instrumentos de guerra para que um número maior de
soldados pudessem utilizá-los. Organizaram-se então equipes de engenheiros, médicos e
psicólogos para exames destes instrumentos e máquinas sob o ponto de vista anatômico,
fisiológico e psicológico. Como conseqüência, vários deles foram reprojetados e adaptados
às características psico-fisiológicas do homem. Desta forma surgiu uma nova ciência - a
ERGONOMIA - nome composto das palavras gregas ERGON (trabalho) e NOMOS (lei).
No fim da Guerra, os EUA e a Europa descobriram que se a indústria bélica podia
tirar partido desta nova ciência, a ERGONOMIA, as indústrias não bélicas também o
poderiam fazer. Em 1949, foi então fundada a Sociedade de Pesquisas Ergonômicas na
Universidade Oxford. Em 1961 foi organizada a Associação Internacional de Ergonomia em
Estocolmo.
A partir daí, vários países passaram a desenvolver esta ciência, dentre eles a USA,
Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Polônia, dentre outros. Os estudos a respeito tiveram
um aprofundamento ainda maior com o início dos programas espaciais devido às severas
solicitações impostas ao organismo humano dos astronautas em seu ambiente de trabalho,
ou seja, nas cápsulas espaciais e em locais extra-terrenos.
54
ERGONOMIA, de forma a possibilitar o conhecimento e o estudo completo do sistema
homem-máquina-ambiente de trabalho visando, principalmente, a uma melhor adequação do
trabalho ao homem.
Bcc
c
1. REDUZIR:
. o cansaço do operário;
. a possibilidade de erros;
. os acidentes de trabalho;
. as ausências ao trabalho;
. os custos operacionais.
(Por acidente de trabalho se entende não apenas aqueles que resultam em lesão ou
afastamento - temporário ou definitivo - do trabalhador, mas também aqueles que resultam
em perdas de tempo, de material e em parada ou interrupção de produção e/ou atividade).
2.AUMENTAR:
. o conforto do trabalhador;
. a produtividade;
. a rentabilidade.
Em resumo: proporcionar melhores condições de trabalho ao homem e ao mesmo
tempo aumentar a eficiência e reduzir os custos.
c
ccB0c
Ergonomizando as ferramentas, os instrumentos, as condições e o ambiente de
trabalho, adaptando-os à capacidade psico-fisiológica do homem.
cc
c
1.ERGONOMIA DE CONCEPÇÃO:
É o estudo ergonômico dos instrumentos e ambientes de trabalho antes de sua
construção.
EX: Como colocar uma máquina com curva de nível de ruído conhecido, dentro de
um ambiente de trabalho onde se encontram inúmeras outras máquinas?
Solução: Ela deve ser posicionada de forma que o nível de ruído resultante não
ultrapassem limites que provoquem lesões na audição do operador.
2.ERGONOMIA CORRETIVA:
É a que modifica sistemas já existentes. Portanto, o estudo ergonômico só é feito
após a construção do instrumento e/ou ambiente de trabalho. O exemplo da guilhotina de
corte de papel citado anteriormente é um caso típico de Ergonomia Corretiva.
3.ERGONOMIA SELETIVA:
É feita selecionando-se o homem ideal e/ou a faixa de utilizadores ideal para uma
máquina, atividade ou ambiente de trabalho já existente. A atuação do selecionador de
pessoal é importantíssima neste campo, o que esclareceremos mais adiante.
EX: Pessoas predispostas a lombalgias (dores lombares) não devem ser
selecionadas para executar trabalhos e utilizar máquinas que provoquem ou agravem este
problema, como por exemplo, as atividades que envolvam levantamento de carga pelo
trabalhador.
55
Como um Selecionador de Pessoal pode, por exemplo, atuar em conjunto com o
Engenheiro de Segurança para aplicar a ERGONOMIA no Brasil?
Como no Brasil a Ergonomia de Concepção ainda é principiante, a maioria das
indústrias dispõe de máquinas e instrumentos não ergonômicos, ou seja, que não dão as
mesmas condições de conforto e segurança para os diferentes tipos de pessoas.
Mesmo em se tratando de equipamentos importados que tenham sido
ergonomicamente projetados em seu país de origem, pode ocorrer, que tais equipamentos,
eventualmente, não se adaptem ergonomicamente a uma faixa de nossos utilizadores,
devido à diferenças antropométricas existentes entre os respectivos povos.
Deve então o Selecionador de Pessoal procurar, juntamente com o Engenheiro de
Segurança e o Médico do Trabalho, determinar, para estes casos, que características
antropométricas e fisiológicas devem ter os candidatos, para execução destas funções.
Poderá assim escolher, por exemplo, entre os candidatos a operar uma empilhadeira com
concepção ergonômica, aquele que dimensionalmente e fisiologicamente melhor se adaptar
a ela.
É evidente que esta solução é incomparavelmente preferível à trocar toda uma
frota de empilhadeiras que ainda se encontram em boas condições de uso. Portanto, desde
que exista uma faixa de utilizadores para a qual o equipamento possibilite condições
ergonômicas razoáveis, deve-se optar por esta solução. Desta forma usa-se ERGONOMIA
SELETIVA visando solucionar o problema de adaptação da máquina ao homem, nos casos
em que houve falha na concepção.
Entretanto, não devemos chegar ao exagero de escolher um gerente apenas
considerando-se a compleição física que o mesmo deveria ter somente porque é o que
melhor se adapta às características da poltrona da sala que lhe será destinada. Aliás, de um
modo geral, poltronas caríssimas e de uma beleza incomum, normalmente encontradas em
ambientes de trabalhos de executivos, apresentam, muitas vezes, incríveis deficiências de
projeto, devido a não consideração dos princípios ergonômicos, quando da sua concepção.
Os princípios devem ainda ser observados nos casos de admissão de pessoal para
determinados tipos de atividade como, por exemplo, as que envolvem levantamento de peso
pelo trabalhador. Deve-se então quando da seleção, eliminar os predispostos a problemas na
coluna vertebral.
A aplicação dos princípios ergonômicos tem lugar assim, já quando da admissão de
pessoal. Esta aplicação da ERGONOMIA SELETIVA por parte do selecionador de pessoal
possibilitará não só que se evite acidente de trabalho, como também propiciará melhores
condições de trabalho, aumentando assim, o rendimento e trazendo, consequentemente a
diminuição dos custos operacionais.
A contribuição do selecionador de pessoal, é, portanto, decisiva para otimizar
ergonomicamente as condições de trabalho nas empresas.
56
O Psicólogo deve cooperar com o Engenheiro de Segurança da empresa visando
determinar se o acidente de trabalho não tem como causas tensões exercidas sobre o
operador devido às características inadequadas da máquina ou do ambiente de trabalho.
C
c
Especialmente deletérias são as formas de vibração ocorrendo em freqüência de 8 a
100 Hz, com aceleração excessiva.
À
c
Epidemologicamente, é bem conhecido ser o frio um fator que tende a agravar
todos os fatores antes citados. No frio ocorre vasoconstrição, com fechamentos de
arteriolas da pele e de vários tecidos, com o propósito de evitar a perda de calor pelo
organismo. E esta vasoconstrição contribuiria para uma má circulação, favorecendo as
lesões.
-+
c6c
cc
c
c
Há um certo acordo nas diversas pesquisas feitas quanto a que as mulheres são
duas vezes mais predispostas para as L.E.R. do que os homens. Na origem deste fato:
- Os músculos, tendões e ligamentos das mulheres possuem menor resistência que
os dos homens;
57
- Fatores hormonais: é comum a ocorrência de L.E.R. em épocas de início de
alterações hormonais significativas, como gravidez, início de uso prolongado de
anticoncepcionais ou cirurgia de retirada dos ovários;
- Jornada contínua, normalmente espera-se que a mulher cumpra, além do trabalho
normal, uma carga de trabalho doméstico, na qual muitas das tarefas agravam as lesões.
lcc
c
É bem aceito que os sistemas de trabalho devem ser dotados de alguma tensão,
caso contrário a produtividade geral do grupo será baixa. No entanto, à medida que o grau
de tensão estiver excessivamente elevado, ocorrerá um prejuízo na nutrição sangüínea dos
músculos, com a conseqüente possibilidade de metabolismo anaeróbico, dor muscular,
fadiga e predisposição para a L.E.R..
Um nível excessivo e tensão costuma ser bastante freqüente nas linhas de
montagem, onde uma esteira leva as peças de um posto de trabalho para outro e o ritmo de
produção é determinado pela velocidade da esteira. É prática comum nestas linhas o
desrespeito aos tempos definidos pela área de engenharia de métodos da empresa,
trabalhando-se rotineiramente num ritmo acelerado, principalmente em épocas de picos de
produção.
c
O conhecimento existente sobre encefalias cerebrais evidencia a existência de
endorfinas (opióides similares à morfina), cujo aumento no nosso líquido
cefálico-raquidiano é capza de nos causar analgesia. O conhecimento existente ilustra ainda
que uma das principais formas de desencadear a liberação encefálica de endorfinas é a
vivência de prazer.
Neste sentido, pessoas que estejam insatisfeitas com seu trabalho, com o seu
emprego, com o salário, com a alimentação, com a assistência médica, com o clima de
trabalho, com a tensão imposta pela esteira, com as dificuldades de cumprir as atividades
diárias, ou simplesmente pessoas que estejam insatisfeitas com suas vidas tem uma
tendência maior de sentir dor do que aquelas que trabalham prazerosamente.
No caso das tenossinovites e das L.E.R, esse fator especialmente importante, pois
uma das causas freqüente de acúmulo crítico de movimentos e posturas viciosas é a
especialização de determinado trabalhador numa determinada função: o trabalhador passa a
fazer apenas uma parte do ciclo, geralmente com movimentos padronizados, o que costuma
vir acompanhado, num número significativo de trabalhadores, de uma sensação de pouca
criatividade e de pouca autoridade sobre o que faz.
c
c
Especialmente importantes, como predisponentes para as L.E.R são os
traumatismos de cabeça de rádio, de ulna, do cotovelo e do ombro.
58
$
c c
Pessoa de personalidade tensa são mais predispostas às pessoas que apresentam
postura mais positiva em relação à vida tenderão a se recuperar melhor que aquelas de perfil
mais negativista.
Muitas pessoas não toleram o trabalho repetitivo e de movimentos estereotipados;
mecanismos já explanados, são mais predispostas às L.E.R.; e ao contrário do que é
normalmente considerado, muitas pessoas gostam de trabalhar em linhas de montagem.
Há que se desenvolver estudos de personalidade capaz de identificar características
dos que se adaptam dos que não se adaptam com o objetivo de se fazer um ajustamento
psicológico à época da seleção.
As lesões por traumas cumulativos, em suas fases iniciais, são muitas vezes
confundidas com simulação, como somatização ou com neurose. No entanto, à medida que
a lesão evolui, ninguém mais tem dúvida da existência do quadro.
Uma das medidas de maior alcance social do médico do trabalho é reconhecer
precocemente as lesões, adotando assim as medidas compatíveis.
c
cccc
c
cccc
c
c*c*cccc
c
cc
c
3
#!Ô&c&!#2c
c
HISTÓRICO:
cc cEc
c
cc
c
c
c
SETOR DE TREINAMENTO:
* Diagnosticar (levantar necessidades)
a)Coleta de Dados, através de questionários, entrevistas, observações.,
reuniões, etc.
59
b) Análise de Dados: da organização, da operação e do indivíduo.
* Planejar
* Desenvolver ou Encaminhar para treinamentos fora da empresa
* Acompanhar
* Avaliar
* Feedback
c*c cc 0c
O QUE É TREINAR?
Pode-se considerar como um esforço planejado, organizado, especialmente
projetado para auxiliar os indivíduos a desenvolverem suas capacidades.
c*ccc
0c
1. Aprender o método certo de trabalho.
2. Alcançar um nível satisfatório de desempenho de trabalho.
3. Adquirir capacidades que poderão ser valiosas para possíveis ocupações futuras.
cc
c
cc
c
1. Aperfeiçoar o conhecimento e as habilidades de trabalho.
2. Receber informações.
3. Modificar as atitudes. (desenvolver atitudes mais favoráveis)
c c 1c c
c
APRENDIZAGEM:
Processo através do qual uma mudança (ou reformulação) de comportamento
ocorre como resultado de prática ou experiência.
c c Fc c
c c Fc c
c c Fc c
c
cc
c
1. Experiência.Concreta.
2. Observação e Reflexão.
3. Formação de conceitos abstratos e generalização.
4. Aplicação dos conceitos em novas atribuições.
cc
cccccc
cc
c
60
* Não se deve programar um treinamento, se não houver o desejo de aprender.
* A insatisfação consigo próprio e com o seu desempenho leva o indivíduo a
participar ativamente das atividades de treinamento.
c
É a demonstração do aprendido.
O desempenho pode ser alterado pela fadiga, falta de motivação, temperatura
ambiente.
B
cc
c
cc
c
b) Problemas de Pessoal:
61
- relações deficientes entre o pessoal;
- número excessivo de queixas;
- pouco ou nenhum interesse pelo trabalho;
- falta de cooperação;
- falhas e substituições em demasia; - dificuldades na obtenção de bons
elementos; - tendência a atribuir falhas aos outros; - erros na
execução de ordens; etc.
cc
c
- Demonstração (Workshop, Oficina);- Filmes;- Slides e TV;- Conferências;- Aula;- Estudo
de casos;- Role-playing;- Task-model (tarefas q.estimulam discussões sobre fatores
críticos);- Rodízio de cargos;- Treinamento de sensibilidade
c
1. TOLEDO, Flávio. Administração de Pessoal. (Desenvolvimento de
Recursos Humanos). Ed. Atlas.2. REESE, Ellen P. Análise do Comportamento Humano.
Livraria José Olympio Editora.3. W. Arnold, H.J.Eysenck, R.Meili. Dicionário de
Psicologia. Edições Loyola.4. SPINA, Patrícia P.N. . Manuel de Recrutamento e Seleção de
Pessoal.5. KONDO, Yoshio. Motivação Humana, um fator- chave para o Gerenciamento.
Ed.Gente.6. WERTHEIMER, Michael. Pequena História da Psicologia. Companhia Editora
Nacional.7. MINICUCCI, Agostinho. Psicologia Aplicada à Administração. Ed. Atlas.8.
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia Aplicada à Administração de
Empresas. Ed. Atlas.9. KOLK, David A., RUBIM, Irwin M., MCHTYRE, James M.,
MCGRAW-Hill. Psicologia Organizacional, Uma Dosagem Vivencial.10. HERSEY
/ BLANCHARD - E.P.U. Psicologia para Administradores (A Teoria e as Técnicas
da Liderança Situacional).11. BOCK, Ana M. Bahia., FURTADO, Odair.,
TEIXEIRA, Maria de Lourdes T. Psicologias, Uma Introdução ao Estudo de
Psicologia. Ed. Saraiva.12. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos na Empresa.
Vol.2 - Planejamento, Recrutamento e Seleção de Pessoal. Vol.5 - Treinamento e
Desenvolvimento Pessoal - Desenvolvimento Organizacional. Ed. Atlas.13.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos (Edição Compacta). Ed. Atlas.14. HALL,
C.S., LINDZEY, G. - E.P.U. Teorias da Personalidade.15. CHIAVENATO, Idalberto,
MCGRAW-Hill. Teoria Geral da Administração.
÷ c c
cc` ccc
c
c
c
c
c
62