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Saldanha Lima, servidor público desde 1990 e juiz federal há dez anos. No ano passado,
Lima concluiu um MBA em Poder Judiciário na Escola de Direito da FGV e defendeu uma
monografia que fala das inovações de gestão da 10ª Vara da Seção Judiciária Federal do
Estado do Ceará, onde exerce a função de juiz. Desde 2005, a unidade implementou
mudanças na formação e qualificação dos 14 servidores da equipe, com a uniformização dos
procedimentos de trabalho e mais prioridade no despacho de processos. Com as reformas,
acabou virando um benchmark entre as varas cíveis do Estado. "Incluímos ações como
fixação de metas, medição de resultados e valorização do mérito para a ocupação de funções
de chefia", lembra o juiz. "Os próximos servidores da unidade seguirão uma cultura já
consolidada." O trabalho permitiu a aceleração da tramitação e o encerramento mais rápido
das causas que chegam à seção. "A quantidade de processos arquivados ou remetidos às
instâncias superiores, ao longo de cada ano, foi sempre superior ao volume de causas novas.
Essa tendência levou à redução dos processos em tramitação em mais de 60%, em três anos.
"Justiça tardia é injustiça", diz Lima. Para Adriane de Almeida, coordenadora do Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), ações como essas atraem talentos que
desejam ser reconhecidos pelo desempenho profissional. "O resultado é a retenção de
funcionários qualificados e empresas mais eficientes", analisa. "Para as estatais, a aderência
às boas práticas da governança é tão ou mais importante do que para as firmas privadas, pois
elas têm o compromisso de manter um relacionamento transparente com a população."