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“Do Estatuto das Cidades ao Plano Diretor: apresentação de um modelo

Democrático de gestão urbana na Cidade de Belém”

Carlos Henrique Marinho Branco*


henriquembranco@gmail.com

Resumo:
Este artigo visa apresentar o processo de implementação do Plano Diretor de Belém e
suas propostas de intervenção teórica na lógica produção do espaço urbano municipal.
No bojo desse artigo buscou-se apresentar o caráter democrático do Plano Diretor
Urbano de Belém a partir do entendimento do debate feito no processo de construção do
mesmo. Ao longo do trabalho apresentamos fundamentações teóricas no que diz
respeito ao entendimento de diversos autores sobre a questão do espaço urbano e as
cidades, procurando travar debate com estes e a relação ao ato de planejar esses espaços.

Palavras-Chave: Planejamento urbano, Gestão Local, Espaço urbano,


Desenvolvimento, Políticas Públicas.

Abstract:
This article aims to discuss the process of implementing the Master Plan of Bethlehem
and its implications for the production of the municipal urban space. In the midst of this
discussion trying to discuss the democratic character of the Master Plan for Urban
Bethlehem from the understanding of the debate made in the process of constructing the
same. Throughout the work presenting theoretical arguments regarding the
understanding of various authors on the issue of urban areas and cities, looking for
halting debate with them and respect the act of planning these spaces.

Keywords: Urban Planning, Local Management, Space urban, Development and Public
Policy.

__________________________
* Professor de geografia, especialista em geografia da Amazônia: Sociedade e gestão dos recursos
naturais.
Do Estatuto da Cidade1 ao Plano Diretor: apresentação de um modelo
democrático de gestão urbana na cidade de Belém.

1 - Considerações Iniciais:
As gestões municipais têm enfrentado enormes desafios na regulação e
orientação da produção do espaço da cidade e na promoção do desenvolvimento sócio-
econômico. Belém, como em grandes cidades brasileiras, o crescimento se realiza sem
que haja um adequado ordenamento, dificultando as respostas às demandas dos diversos
atores sociais que interagem na cidade, comprometendo assim, a perspectiva de
construção de uma cidade mais justa e igualitária, no que diz respeito ao acesso de seus
moradores aos equipamentos urbanos.
O presente artigo faz referência a um novo modelo de gestão do espaço urbano
no Brasil: a implementação do Estatuto da Cidade, criado em 2001, pelo Ministério das
Cidades apresentou uma nova etapa, no que diz respeito à utilização, a finalidade e o
modelo de gestão dos espaços urbanos brasileiros. Aliados a isso, o Plano Diretor
(PD),a lei municipal que estabelece regras para o crescimento e o funcionamento da
cidade. Seu objetivo é a organização da cidade para que o interesse coletivo prevaleça
sobre o interesse individual ou de um determinado grupo. Trata-se de uma forma legal
de garantir a função social da cidade e da propriedade, através da justa distribuição entre
os moradores dos benefícios e dos custos dos investimentos municipais, conforme prevê
o Estatuto da Cidade e, por conseguinte, o Plano Diretor. Áreas metropolitanas como a
de Belém, e outras cidades de médio porte agregaram a maior parte da população
regional. No Pará, 66,51% da população reside em áreas urbanas. São 4.116.378
pessoas, de um total de 6.189.550 habitantes, com uma densidade demográfica de 4,96
hab/km², segundo o Censo 2000/IBGE:

Belém é uma das metrópoles brasileiras e a maior cidade da Região Norte.


Sua região metropolitana é composta por seis municípios (Belém,
Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara e Barcarena, este último
recém incorporado a RMB) totalizando 1.794.981 habitantes, sendo que a
maioria da população reside em zonas urbanas. Apenas o Município de
Belém possui 1.279.861 habitantes.

1
O Estatuto das Cidades foi criado pelo Ministério das Cidades sob a Lei Federal n° 10.257, de
10/07/2001. O referido Estatuto visa coordenar a implementação de políticas de sustentabilidade nos
municípios brasileiros, implementando ferramentas como o Plano Diretor.
O Município de Belém está dividido em oito Distritos Administrativos e 71
bairros, com um território de 50.582,30 ha, sendo a porção continental correspondente a
17.378,63 ha ou 34,36% da área total, e a porção insular composta por 39 ilhas, que
correspondem a 33.203,67 ha ou 65,64%. O contingente populacional na área urbana
representa uma taxa de urbanização muito superior à observada para o conjunto da
Amazônia e para o Estado do Pará. Atualmente, Belém apresenta uma densidade
demográfica de 1.201,39 hab./km². (CODEM, 2000).
O crescimento e a expansão urbana do Município também podem ser notados
através do aumento de unidades imobiliárias cadastradas em sua área urbana, conforme
levantamento do Cadastro Técnico Multifinalitário – CTM. Em 1970 estavam
cadastradas 120.000 unidades. Atualmente existem 362.064 cadastros. Isto se reflete
também na taxa de urbanização do Município que atinge cerca de 99,53%, segundo
dados do Censo 2000. A concentração de grande parte da população ocorre onde a
altitude da porção continental acha-se em áreas de cotas inferiores ou iguais a 4 metros,
espaços tradicionalmente conhecidos por “baixadas”. Por apresentarem cotas inferiores
a 4 metros, estas áreas sofrem influência das 14 bacias hidrográficas existentes no
Município, o que lhes impõem a condição de ocuparem terrenos alagados
permanentemente, ou sujeitos a inundação periódica. (ANDRADE, 2002).
A realidade sócio-econômica de Belém está pontuada através de estrutura
produtiva na quais as atividades do comércio e serviços se apresentam como as mais
importantes alternativas de emprego e renda para a população. Além disso, a capital
concentra grande parte das atividades produtivas do setor terciário do Estado.
Importante lembrar que essa estrutura é fruto do processo histórico de inserção da
região na evolução da economia nacional e mundial.
De acordo com os dados da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais –
Ministério do Trabalho, para o período 1998 a 2002, e fazendo uma análise muito
sucinta do número de empreendimentos legalmente instalados em Belém, observa–se
que o número de empresas existentes na capital cresceu 14,39%, enquanto que na
Região Metropolitana de Belém e no Estado, essa evolução foi de 19,30% e 37,23%
respectivamente. Já com relação ao comportamento da administração pública, as
atividades econômicas que apresentaram melhor desempenho foram o comércio com
19,69%, a construção civil com 13,86% e os serviços de apoio industrial que
registraram um desempenho positivo de 13,86%.
Outro aspecto importante a ser destacado é o nível de emprego de Belém em
relação à RMB e ao Estado: a RAIS do período analisado aponta que Belém detém
cerca de 51% de todo o emprego gerado no Pará, mesmo o crescimento sendo oriundo
dos setores de serviço e comércio na RMB. Refletindo o processo de desindustrialização
do Município de Belém, o segmento relativo à indústria de transformação se revela o
mais ineficiente na geração de emprego e renda, na medida em que neste setor – 1991 a
2000 – foi eliminado o total de 6.516 oportunidades de trabalho. O total de postos de
trabalhos destruídos na década pelo setor da indústria de transformação foi de 41,0% em
relação à eliminação das oportunidades de emprego em Belém. A partir destas
constatações, a análise das repercussões na dinâmica da cidade e qualidade de vida, uso
do solo, suporte à economia e questões sociais, apontam desafios a serem enfrentados
como forma de superação e/ou mitigação de problemas urbanos.
Estes desafios passam pela capacidade de criação dos instrumentos de gestão
como o Estatuto da cidade e do Plano diretor que sinalize para um diagnóstico das
demandas urbanas e assim, busque alternativas para estas demandas mais comuns às
áreas urbanas. A partir destas questões é que pretendemos apresentar neste trabalho a
forma de como está sendo implementado o Plano Diretor, e as mudanças que o plano
poderá contemplar a concepção e gestão do espaço urbano. Mais do que isso se procura
aqui compreender as transformações na dinâmica espacial e, por conseguinte na
participação das coletividades no Processo de produção do espaço urbano.

1.1 A questão urbana: Um cenário nacional


Nas cidades brasileiras vivem hoje cerca de 82% dos habitantes do país,
segundo o Censo 2000, do IBGE. Mas apenas uma pequena parte da população usufrui
boas condições de moradia, transporte, trabalho e lazer. A maioria vive em situação
precária, com baixo padrão de qualidade de vida e carente no atendimento das
necessidades básicas. Segundo FANI (2007), a cidade é um lugar de contraste, mas
também de encontro, representado pelos espaços de uso público, onde os moradores
convivem com a diversidade e o “jogo” de interesses, por isso, para viverem em
harmonia, estabelecem regras que deverão ser seguidas por todos. As cidades, sob a
égide capitalista, apontam o paradoxo de serem ao mesmo tempo reduto da estrutura
política e econômica que usufrui intensamente da mais valia urbana, seja pela
demarcação do território através da exploração da propriedade ou pelo domínio do
poder político municipal, mas, por outro lado, é na cidade, o residir, o conviver de uma
classe sedenta pelo gozo dos benefícios urbanos.

O urbano é a obsessão daqueles que vivem na carência, na pobreza, na


frustração dos possíveis que permanecem como sendo apenas possíveis.
Assim, a integração e a participação são a obsessões dos não-participantes,
dos não-integrados, daqueles que sobrevivem entre os fragmentos da
sociedade possível e das ruínas do passado: excluídos da cidade, às portas do
‘urbano’. (LEFEBVRE, 1991, pág. 98)

Para a definição das regras de socialibilidade entre os indivíduos de uma


cidade, existe um conjunto de normas chamada de PD (Plano Diretor), documento este
onde a sociedade estabelece o que é melhor para toda uma coletividade. O PD retrata a
cidade desejada por todos e reflete as expectativas de seus moradores por melhor
qualidade de vida. Por isso, deve estar de acordo com as atuais necessidades da
população. A formação dos espaços urbanos e da constituição de cidades no Brasil não
é algo novo, ocorre desde o processo de formação territorial de nosso país. O fenômeno
de aglutinação e concentração nesses espaços é que há a necessidade de ser mais bem
estudado e entendido. Cabem a nós geógrafos e outros estudiosos do ambiente urbano,
esmiuçar modelos alternativos de gerir o espaço urbano. Segundo (Silva 2005, p. 09),

O crescimento acelerado e desordenado da década de 70 do século XX que


coincide com um progressivo processo de majoração do intercambio
econômico do país com outras nações, estabelecendo a necessidade de
maior industrialização forçada para tanto, a concentração espacial de mão-
de-obra barata, a instalação de melhor infra-estrutura física para o ciclo de
produção, circulação e consumo dos produtos, uma moeda estável e um
aparato político-institucional que garantisse o respeito e a continuidade de
uma economia voltada para o interior dos grandes capitais, em partes
internacionais.

Os efeitos desta política urbana são cotidianamente conhecidos, através do


crescimento de áreas de expansão da cidade, sem devido planejamento, da concentração
de equipamentos em determinados lugares em detrimento a totalidade da cidade, do
processo de favelização, da violência, do desemprego e de tantos outros. Por conta
desses males, o Poder Público Municipal, na perspectiva de reverter ou pelo menos
diminuir os problemas que atormentam as cidades brasileiras, programa o Plano Diretor
objetivando a criação de gestão democrática que melhor atenda os anseios dos
diferentes seguimentos da sociedade. Neste trabalho temos como objetivo abordar os
artigos 432,44 e 45, da Lei 10257/2001, que se denominava “Estatuto da Cidade” e seus
desdobramentos nos Planos Diretores Urbanos (PDU), tomando como estudo de caso a
cidade de Belém.

Sem o plano diretor o Município não pode exigir do proprietário que ele
cumpra o princípio constitucional da função social da propriedade. Isto
porque cabe ao plano diretor – como lei introdutória de normas básicas de
planejamento urbano – a delimitação das áreas urbanas onde pode ser
aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsória, considerando
a existência de infra-estrutura e de demanda para utilização (arts. 41, III, e
42, I, do Estatuto). (BUENO, 2003, pág. 92).

O Estatuto da Cidade é a denominação oficial da Lei 10.257 de 10 junho de


2001, que ficou incumbido de regulamentar e desenvolver políticas públicas no espaço
urbano no Brasil. O referido estatuto surgiu como projeto de lei em 1990, proposto pelo
então senador Pompeu de Souza, tendo sido aprovado apenas no ano de 2001, isto é,
após 11 anos de seu surgimento. O Plano Diretor3 conforme preconizado pela
Constituição Federal e pelo Estatuto da Cidade (Lei Federal Nº 10.257/01) é o
instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana e tem como
objetivo maior garantir ao cidadão o direito de acesso à Cidade.
Para tanto, em seu bojo o Plano Diretor da cidade de Belém 4 deve: normatizar
os instrumentos definidos na Constituição Federal de 1988 e regulamentados pelo
Estatuto da Cidade e indicar como podem e devem ser aplicados, bem como, orientar as
prioridades de investimentos da cidade; coordenar as ações dos setores público e
privado, na direção de garantir a transparência da administração pública e a participação
da sociedade na gestão da cidade; compatibilizar os interesses coletivos; e distribuir de
forma justa os benefícios e os ônus da urbanização. Já o Estatuto da Cidade é a lei que
regulamenta o capítulo de política urbana da Constituição Federal de 1988 (artigos 182
e 183). Delega para os municípios e seus Planos Diretores a tarefa de definir, no âmbito

2
Os artigos referentes ao Estatudo da cidade tratam respectivamente: ordenamento jurídico-regulátorio de
ação do Plano Diretor.
3
Segundo PINTO (2003), "a elaboração do plano diretor é privativa do profissional do urbanismo, que é
uma especialização regulamentada pelo CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia), por meio da Resolução nº 218/73". Mas é preciso lembrar que "o urbanismo trabalha a partir
de insumos produzidos por outros especialistas, como o arquiteto ou engenheiro arquiteto (art. 2º), o
agrimensor, o topógrafo (arts 4º e 6º), o geólogo (Lei 4.076/62) e o geógrafo (Lei 6.664/79)".
4
O Plano Diretor da cidade de Belém foi implementado pela Lei n° 7.603 de 13 de janeiro de 1993. Este
plano apesar de ter mais de 15 anos, teve no bojo de suas ações pouca aplicabilidade no que diz respeito
as suas diretrizes e objetivos.
de cada Município, as condições de cumprimento da função social da propriedade e da
cidade. Disponibiliza para os governos municipais novos instrumentos de controle do
solo urbano e para os cidadãos instrumentos de participação direta nos processos de
planejamento e gestão municipal.
O Direito à Cidade pressupõe o cumprimento da função social da cidade, da
função social da propriedade urbana, assim como da Gestão democrática, princípios
preconizados pelo movimento da reforma urbana e legitimados no Estatuto da Cidade.
A obrigatoriedade da propriedade de ter função social, isto é, atender à coletividade, não
representa uma melhora na condição de vida da maioria da população da cidade, haja
vista, que há a necessidade de dotar essas comunidades de programas sustentáveis de
renda. A Função Social da cidade corresponde ao direito à cidade para toda a
população: direito a terra urbanizada, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-
estrutura e aos serviços públicos, ao transporte coletivo, à mobilidade e acessibilidade,
ao trabalho e ao lazer. Já a Função Social da propriedade urbana é entendida como um
elemento constitutivo do direito de propriedade, o que significa dizer que o próprio
direito de propriedade deixa de existir quando ela não cumpre sua função social.
A propriedade imobiliária deve cumprir as suas funções sociais, utilizadas
como suporte às atividades ou usos de interesse do município, a exemplo de: habitação,
bem como a habitação de interesse social; atividades econômicas geradoras de trabalho
e renda; preservação do meio ambiente cultural e natural. O uso e a ocupação do solo
deverão ser compatíveis com a oferta de infra-estrutura, saneamento e serviços públicos
e comunitários, levando em consideração o direito de vizinhança, a segurança do
patrimônio público e privado, a preservação e recuperação do ambiente natural e
construído (Estatuto das Cidades, 2001, p. 82).
Conforme apresentação acima citada, podemos perceber a que se propõe um
Plano Diretor, no caso da cidade de Belém, suas propostas são de pouca aplicabilidade
pelo órgão gestor, haja vista, que não há o cumprimento das propostas pertencentes ao
PD. Temos um dos piores índices de habitabilidade do país, conforme dados do
IBGE/2006. No espaço urbano de nossa cidade, a proposta de dotar nossas propriedades
de função social, está fora de nossa realidade. Os espaços ócios se proliferam na cidade,
em busca da especulação imobiliária, perdendo sua principal função: social.
No bojo da discussão de implementação de um ordenamento espacial para as
cidades brasileiras, a Constituição Federal de 1988, no que diz respeito a políticas
urbanas, regulamenta nos artigos 182 e 183, a criação do Estatuto das Cidades, que
deverá nortear as políticas públicas no âmbito da função social, agindo em conjunto
com as leis orgânicas desses municípios. A junção das propostas do estatuto, juntamente
com a lei orgânica do município, nascerá o Plano Diretor Urbano, que terá a função de
dirigir e tornar prática as ações de uso do solo no âmbito legal de sua criação.
A referência feita à gestão democrática - significa a democratização dos
processos decisórios e o controle social sobre a implementação da Política Urbana,
estabelecendo mecanismos transparentes, conhecidos e legitimados pelos diferentes
setores da sociedade para a gestão urbana. Para atender a estes princípios, o Plano
Diretor pode utilizar mecanismos diversos, como indicação de planos setoriais,
definição de ações estratégicas e utilização de instrumentos, em especial os
instrumentos urbanísticos apontados pelo Estatuto da cidade. Instrumentos Urbanísticos
- os instrumentos definidos no Estatuto da Cidade, são regras que o poder público e a
iniciativa privada devem seguir para que a cidade e a propriedade urbana cumpram a
sua função social. Segue o organograma de constituição do processo de criação de
Planos Diretores e suas atribuições no que diz respeito a forma de utilização e de gestão
do espaço urbano.
Relação do Plano Diretor com as Leis e Planos de Ordenamento Jurídico

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
(Artigos 182 e 183)

Condiciona o direito de propriedade à função social

Lei N° 10.257/01 LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO


ESTATUTO DA CIDADE
Conjunto de princípios e instrumentos Conjunto de princípios que estabelecem
que visam garantir as funções sociais da normas para o desenvolvimento
cidade e da propriedade municipal

Plano Diretor
Instrumento básico da política de desenvolvimento urbano que deve ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade. Dispõe sobre os princípios e
objetivos da política urbana e define os instrumentos urbanísticos a serem aplicados (Lei n°
10.257/2001.

Lei de Uso e Ocupação do Solo Lei de Parcelamento do Solo

Outras leis específicas


Planos Setoriais Legislação ambiental

Fonte: Constituição Federal do Brasil.

2 - Plano Diretor de Belém


O Plano Diretor Urbano do Município de Belém (Lei Municipal nº 7.603, de
13 de janeiro de 1993), que possui diretrizes para as áreas urbanas do município. Apesar
de vigorar a 17 anos, muitas de suas propostas não foram realizadas, prejudicando o
atendimento adequado das necessidades da população, conforme dados de pesquisas
sócio-econômicas aplicadas pelo IBGE na capital do Estado.
No decorrer desse tempo, as áreas urbanas e rurais de Belém passaram por
grandes transformações, que afetaram a vida dos moradores da cidade e das ilhas: novas
comunidades surgiram, aumentou o número de habitantes, novas empresas foram
instaladas e cresceram a procura pelos serviços oferecidos pelos poderes públicos, como
educação, saúde, segurança, transporte coletivo, coleta de lixo, etc. As ilhas de
Mosqueiro e de Caratateua (popularmente conhecida como Outeiro) também estão
contempladas com um Plano Diretor estabelecido pela Lei n° 7.684, de 12 de janeiro de
1994, que foi elaborado com o Plano Diretor de Belém, por se tratarem de distritos da
capital do estado do Pará.
O primeiro PD de Belém foi implementado na gestão do então prefeito Hélio
Gueiros5. Esse primeiro plano teve pouca ou quase nenhuma ação concreta, ficou
restrito ao âmbito documental, não atendendo ao que se propôs. Serviu apenas para
ampliar a discussão no que diz respeito ao planejamento e gestão das problemáticas
urbanas na cidade de Belém. Este plano fundamentou-se em quatro vertentes de
atuação: nas funções sociais da cidade, o da propriedade urbana, na sustentabilidade
social, econômica e política e na gestão democrática. (Fundamentos do Plano Diretor de
Belém, 2001, pág. 64). Durante os anos que se passou desde sua implantação, as
diversas administrações que vieram não fizeram as revisões devidas. Neste sentido, a
atual administração municipal de Belém, iniciou a revisão do atual plano e intensificou
os estudos em 2006 e 2007.
Neste último ano, foram realizadas consultas aos distritos6 de toda a cidade.
Neste mesmo ano, o projeto chegou a Câmara Municipal de Belém, para as devidas
apreciações dos vereadores da cidade. O seu Núcleo Gestor é formado por
representantes da sociedade organizada, e por representantes do governo, designados
conforme dispõe o Decreto Municipal nº 50.750/2006 de 22 de Março de 2006, alterado
pelo Decreto Municipal nº 50.854/2006 de 12 de abril de 2006, os quais expressam a
diretriz municipal de compartilhar com a sociedade organizada a responsabilidade pela
condução da Revisão do Plano Diretor do Município de Belém, em atendimento ao
disposto no art. 40 da Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade.

5
O Governo de Helio da Mota Gueiros corresponde ao período dos anos de 1992 a 1996. Neste período o
referido prefeito solicitou o início dos trabalhos para implementação das ações contidas no Plano Diretor
da cidade.
6
Na gestão do prefeito Edmilson Rodrigues, como uma forma de melhorar a gestão e ações públicas na
cidade de Belém, dividiu-se a capital em oito distritos administrativos: DAOUT – Distrito Administrativo
Outeiro; DAMOS – Distrito Administrativo Mosqueiro; DAICO – Distrito Administrativo Icoaraci;
DABEN – Distrito Administrativo Benguí; DAENT – Distrito Administrativo Entroncamento; DASAC –
Distrito Administrativo Sacramenta; DABEL – Distrito Administrativo Belém; DAGUA – Distrito
Administrativo Guamá. Conforme Lei n° 7.682, publicado no Diário Oficial do Município, em 05 de
janeiro de 2004.
Em 2004, com atraso de três anos conforme reza a lei, que obriga aos gestores
municipais promover a realização de revisão desses planos, inicia a primeira atividade
de revisão do Plano Diretor de Belém que se daria de maneira compartilhada entre
governo e sociedade, representados em duas instâncias: uma Coordenação Técnica que
representa o conjunto de secretarias e órgãos da administração municipal; Um Núcleo
Gestor composto por membros do Governo e sociedade organizada e coordenação
Técnica feita pela Secretaria de Gestão e Planejamento-SEGEP, que teria o papel de
gerir o processo técnico da revisão. Desta forma, segundo a SEGEP, o Núcleo Gestor da
revisão do Plano Diretor tem a seguinte composição:

• Poder Público (oito membros):

a. Um representante do Executivo Federal;

b. Um representante do Executivo Estadual;

c. Quatro representantes do Executivo Municipal;

d. Dois representantes do Legislativo Municipal.

• Sociedade Organizada (12 membros):

a. Três representantes de entidades da classe de trabalhadores;

b. Três representantes de entidades da classe patronal;

c. Três representantes de entidades comunitárias e eclesiásticas;

d. Três representantes de entidades científicas, comunidades tecnológicas e


conselhos regionais de classe.
Síntese da Estrutura Gerencial do Plano Diretor de Belém

NÚCLEO GESTOR
SEGEP Poder Público e Sociedade
Organizada

Articulação de
Coordenação parceiros e afiliados.
Avaliação e
Técnica
contribuição nos
documentos
técnicos.

AUDIÊNCIAS PÚBLICAS E
ESCUTAS

PLANO REVISADO

Fonte: SEGEP – Secretaria Municipal de Gestão e Planejamento da cidade de Belém.

A necessidade da gênese do Plano diretor de Belém nasce como fruto das


demandas apresentadas pela cidade. O crescimento do número de pessoas vivendo nas
cidades, a contínua sobrecarga nos recursos, infra-estrutura e instalações urbanas, além
de profundos impactos causados no meio ambiente tem por conseqüência principal, a
deteriorização da qualidade de vida nas cidades.
De forma muito clara o PD apresenta como justificativa para a implantação
deste o agravamento dos problemas urbanos que impulsionariam a adoção de
ferramentas inovadoras, que superasse as limitações dos atuais instrumentos de gestão.
Desta forma, o desenvolvimento de indicadores voltados a monitorar as condições de
mobilidade em cidades no Brasil, assume grande importância no processo de
planejamento e maior sustentabilidade ao espaço urbano.
Outra característica do PD é a preocupação com a sustentabilidade urbana que
envolve a promoção de desenvolvimento sustentável exigindo que sejam compreendidas
ações em todos os níveis e esferas do desenvolvimento urbano incluindo intervenções
no ambiente físico e estratégias político-administrativas. Através de estudos efetuados
pela entidade Mundial sobre Ambiente e Desenvolvimento (WCED, 1987), que
constatou em um relatório que as condições necessárias para o desenvolvimento
sustentável no ambiente urbano: Populações e desenvolvimento; Energia; Garantia de
alimentos e Indústrias. A questão das cidades, ou mais precisamente a questão urbana é,
portanto, uma questão chave para a promoção do desenvolvimento sustentável.
Segundo MACLAREN (1997), as expressões “sustentabilidade urbana” e
“desenvolvimento urbano sustentável” possuem significados muitos próximos e tem
sido utilizado como forma de distinguir estas duas expressões, entretanto, é preciso
considerar a sustentabilidade como um estado desejável ou um conjunto de condições
que se mantêm ao longo do tempo. O Brasil cabe ressaltar o desempenho pelo recém
criado Ministério das Cidades, que, por meio da Secretária Nacional de Programas
urbanos, busca estimular o desenvolvimento de processos participativos e democráticos
que contribuem para melhor organização do espaço urbano. (Ministério das Cidades,
2003).
O referido plano dispõe de um conjunto de definições para políticas setoriais a
partir de diretrizes gerais e específicas para o desenvolvimento urbano e sócio-
econômico do município. O Plano desenvolvido a partir de uma demanda do Poder
Legislativo, segundo a Lei Orgânica do Município de Belém de 1990, foi construído em
um contexto favorável à reforma urbana, instituiu um variado conjunto de instrumentos
importantes de gestão urbanística. No entanto, dificuldades de ordens diversas não
permitiram a efetivação da implementação de suas determinações e utilização dos
instrumentos nele constantes. Destaca-se nesse sentido a falta de regulamentação de
seus instrumentos e a falta de maior empenho para a utilização do modelo espacial
definido no plano. Além da ausência de regulamentação, em nível federal, necessária de
alguns instrumentos.
Com a aprovação do Estatuto da Cidade houve o detalhamento dos
instrumentos de gestão urbana (a maioria já contemplada na Lei do Plano Diretor de
Belém), bem como a inclusão de novos procedimentos que deveriam ser adotados pelo
poder público municipal. O Estatuto dispôs, também, que a lei que instituísse o Plano
Diretor deveria ser revista, pelo menos, a cada dez anos. Desse modo tornou-se
necessária a revisão e atualização do Plano Diretor Urbano do Município de Belém,
atualmente com dezessete anos de vigência.
Segundo o próprio Plano Diretor de Belém, este está dividido em duas etapas
básicas. A primeira constituiu na elaboração de estudos e diagnósticos com base em
informações técnicas sistematizadas pelos membros da Equipe Técnica de Revisão do
Plano Diretor e consultores contratados; de seminários técnicos realizados nas
secretarias municipais; e de discussões com os técnicos dos municípios da Região
Metropolitana de Belém, por meio do Fórum Metropolitano, resultando no documento
base para discussão com a sociedade. A segunda etapa deverá consistir em um amplo
processo de discussão com a sociedade, configurando os diversos segmentos sociais,
por meio de seminários e audiências públicas, na perspectiva de elaboração coletiva do
texto final do Plano Diretor, o qual deverá ser transformado em projeto de lei a ser
encaminhado à Câmara Municipal.

2.1 – Etapas da revisão do PDUB – Plano Diretor Urbano de Belém


(Revisão – 2004)
Conforme a determinação do Plano Diretor, este deve passar por atualizações a
cada dez anos, para que o plano possa atender as mudanças ocorridas no espaço urbano
neste período de aplicações dos objetivos propostos no seio de sua construção. A
revisão do primeiro plano da cidade de Belém, só acontece após treze anos da
construção do mesmo. Abaixo, segue os objetivos propostos na revisão do primeiro
plano, além de direcionar as ações do segundo:
• Identificar a nova realidade de Belém e seus problemas e verificar se o Plano
anterior (1991), ainda atende as necessidades do município;
• Escolher os temas e os objetivos a serem trabalhados;
• Escrever a proposta do plano;
• Enviar a proposta para a Câmara Municipal, para que os vereadores possam
discutir e aprovarem o referido documento;
• Acompanhar a implementação do Plano.
Fonte: SEGEP – 2004.

2.2 – Como o Plano Diretor pode promover a regulamentação


fundiária e urbanização de áreas ocupadas por populações de baixa
renda:
Conforme o Estatuto da Cidade, o Plano Diretor deve garantir a todos o direito
de morar bem, no sentido de acomodação dos moradores que ali residem, ou seja,
proporcionar dignidade. Como sabemos, essa realidade é bem diferente, na cidade de
Belém essa realidade é bem verificável. Conforme dados da CODEM, grande parte da
população mora em áreas de situação muito ruim, ou melhor, áreas de risco como, por
exemplo: baixadas, loteamentos irregulares, ocupações precárias, sem o devido acesso a
serviços públicos de saneamento, saúde e educação. Alguns dessas moradias estão
localizadas próximas áreas de preservação ambiental, por exemplo, o Parque Ambiental
de Belém7.
A fim de proteger determinadas áreas da ocupação desordenada, além de
contribuir para determinar uma função social da terra, o Estatuto da Cidade via Plano
Diretor cria as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS). Essas zonas visão justamente
destinar áreas para atender populações de baixa renda com a construção de moradias
populares. Essa regra facilita também, a regulamentação e a melhoria de áreas de
ocupação precária e loteamentos construídos de forma irregular. Um terreno vazio, por
exemplo, no centro da cidade, poderá virar uma ZEIS e servir para as construções de
centenas de casas populares. Além da criação de áreas de interesse social, o estatuto cria
outras zonas. Temos a criação das Zonas Especiais de interesse Econômico (ZEIE),
áreas estas que são reservadas não para construir casas populares, ou conjuntos
residenciais. Seu intuito visa o fomento a atividades econômicas, por exemplo, fábricas,
estabelecimentos comerciais.
O Estatuto da Cidade serve como um conjunto de macro zoneamento, que
podemos nos referir como sendo econômico e social. Estabelecendo espaços auto-
segregados dentro de uma cidade. Há uma clara política de contradição do sistema. Por
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Área de preservação, criada para torna-se um cinturão verde, com objetivo de proteger os mananciais
Água Preta e Bolonha, que abastecem a cidade de Belém.
um lado, detêm-se áreas que são reservadas para aplicação social, que são a causa fim
de um sistema de produção concentrador e excludente. Por outro lado, criam-se espaços
que serviram para aprofundar mais essas mazelas, tornando-se reais zonas de interesse
econômico.
Outra ferramenta que o Plano Diretor visa implantar chama-se Estudo de
Impacto de Vizinhança (EIV), onde regulamenta que não poderá haver qualquer
construção de empreendimento, sem antes, um amplo estudo de impacto causado em
seu entorno. Por exemplo, se for se construir um Shopping Center, deverá ter um
estudo, que mensurará os impactos causados por aquele empreendimento, que analisa a
produção de ruindo, do fluxo de veículos e outras problemáticas que poderão ser
identificadas.
O Estatuto da Cidade visa fomentar a criação e a implementação dos Planos
Diretores Participativo para as cidades brasileiras, definindo uma série de instrumentos
urbanísticos que tem no combate a especulação imobiliária e na regularização fundiária
dos imóveis urbanos. O Estatuto da Cidade pode ser definido como uma lei inovadora e
audaciosa, pois, através dela, cria-se ferramentas que possibilitam uma intervenção mais
abrangente e efetiva do Poder Público no planejamento e desenvolvimento urbano nas
cidades. Conforme o Ministério das Cidades (2004), pela primeira vez no Brasil a
propriedade não é vista sob a ótica individualista e egoísta, mas com um novo conceito
de função social da propriedade. Implementa-se a visão coletiva e social do uso das
propriedades no país. Em um processo histórico enraizado na constituição de terras no
Brasil, os seus proprietários poderiam utilizar-se de seus bens imobiliários da forma que
se convenie. A manutenção de espaços ociosos, que serviam apenas para especulação,
visando lucro através dessas áreas, mesmo quando o poder público necessitasse dos
mesmos para atender as demandas sociais. Com o Estatuto da Cidade, seus proprietários
são obrigados por lei a utilizá-los com responsabilidade social.
De caráter obrigatório participativo, o PD deve ser elaborado pelas prefeituras
em conjunto com a Câmara de Vereadores e representantes da sociedade, por meio de
conselhos gestores, traçando as diretrizes de um município no que diz respeito às
políticas públicas. No Brasil, de um total de 5561 municípios, existem cerca de 30%,
ou seja, 1630 que se enquadram nas exigências de implementação de um Plano Diretor.
Segundo o Ministério das Cidades, apenas 100 municípios realizam o planejamento
urbano. O planejamento de áreas urbanas está mudando e evoluindo em virtude do
esforço da sociedade, dos administradores municipais e estaduais, com os conselhos
regionais de engenharia e arquitetura, bem como os movimentos sociais urbanos, entre
diversos exemplos, podemos citar o MST (Movimento dos Sem Tetos).
Criar Planos Diretores, talvez não seja a tarefa mais difícil. O grande desafio é
implementá-lo, ou seja, dar aplicabilidade a teoria. O papel da sociedade na fiscalização,
na vigilância e aplicação desses planos é fundamental para a manutenção dos mesmos.
O Estatuto da Cidade é um marco no processo de transformação e modernização
da administração pública, e certamente se tornará um divisor na redefinição da função
de propriedade em nossa sociedade. As repercussões geradas no âmbito social e nos
costumes de aplicação democrática serão fundamentais para se reescrever o
planejamento urbano no Brasil, buscando atender de forma mais eficiente os anseios da
coletividade. Se for bem utilizado, o PD poderá corrigir algumas mazelas sociais no
espaço urbano brasileiro.

Ultimas palavras...
Ao longo do trabalho levantamos questões que considero relevantes para o
entendimento da produção do espaço urbano de Belém pós Plano Diretor. Destaca-se
aqui o caráter mais democrático de construção do espaço urbano resultante das políticas
urbanas para a cidade. Contudo, apesar dos avanços apresentados pela construção do
PDU, vale destacar que as ações previstas no mesmo, referentes ao transporte,
saneamento, meio ambiente, patrimônio histórico, ainda carecem de atenção especial.
Claramente vêem-se no espaço urbano, as contradições resultantes do modelo de
desenvolvimento capitalista que produz e utiliza o território de forma a atender
interesses específicos. Além disso, é preciso definir qual a condição das demandas
sociais no plano diretor. Estas aparecem ora como destaque, ora como prioridade,
impedindo a materialização objetiva da intervenção à realidade.
3. Referências:
ANDRADE. Paulo de Tarso. Belém e suas Histórias de Veneza Paraense a Bellé
Epoque. Pará: Kanga, 2ª Ed, 2002.
BUENO, Vera Scarpinella. Parcelamento, edificação ou utilização compulsório da
propriedade urbana. In: DALLARI, Adilson de Abreu. FERRAZ, Sérgio. Estatuto da
Cidade – comentários a Lei 10.257/2001. 1. ed. São Paulo: Malheiros, 2002.
CARLOS, Ana Fani A. A Cidade. Série Repensando a Geografia. São Paulo: Contexto,
2007.
FREITAS, José Carlos de. Plano Diretor como Instrumento da Política Urbana. São
Paulo: SP, 2003.
LEFEVBRE, Henry.O Direito à Cidade. São Paulo: Moraes, 1991.
MAGLIO, Ivan Carlos. O Plano Diretor e a Sustentabilidade Ambiental nas
Cidades. São Paulo: SP, 2006.
McLAREN, P. Multiculturalismo crítico. São Paulo: Cortez, 1997.
SILVA, Márcio Luís da. A Gestão Democrática Municipal Diante das Possibilidades
e Restrições Trazidas pelo Estatuto das Cidades e pelo Plano Diretor. São Paulo:
SP, 2005.
SPÓSITO, Eliseu Savério. A Vida nas Cidades. Série Repensando a Geografia. São
Paulo: Contexto, 2004.
WECD, World Comission on Environment and Development. Our Common Future.
Oxford, UK: Oxford University Press, 1987.
Lei Federal n° 10.257, de 10 de julho de 2001.
Decreto Municipal da cidade de Belém. N° 50.854/2006 – 12 de abril de 2006.
Decreto Municipal da cidade de Belém. N° 50.750/2006 – 22 de março de 2006.

SITES:
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/LEIS_2001/L10257.htm
www.estatutodacidade.org.br

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