0 Bewertungen0% fanden dieses Dokument nützlich (0 Abstimmungen)
128 Ansichten2 Seiten
Este documento discute as bases epistemológicas da ciência moderna. Ele contrasta a "imagem manifesta do mundo" percebida pelos sentidos com a "imagem científica do mundo" interpretada intelectualmente pela razão. Algumas pessoas se sentem ameaçadas pelo conhecimento científico, pois ele contradiz crenças baseadas na percepção imediata e porque a maioria das pessoas não compreende plenamente a ciência. No entanto, a ciência é um esforço natural do ser humano para entender o mundo, da mesma
Originalbeschreibung:
Trabalho da disciplina Bases Epstemológicas das Ciências Modernas
Originaltitel
"Imagem manifesta do mundo” x “Imagem científica do mundo”
Este documento discute as bases epistemológicas da ciência moderna. Ele contrasta a "imagem manifesta do mundo" percebida pelos sentidos com a "imagem científica do mundo" interpretada intelectualmente pela razão. Algumas pessoas se sentem ameaçadas pelo conhecimento científico, pois ele contradiz crenças baseadas na percepção imediata e porque a maioria das pessoas não compreende plenamente a ciência. No entanto, a ciência é um esforço natural do ser humano para entender o mundo, da mesma
Este documento discute as bases epistemológicas da ciência moderna. Ele contrasta a "imagem manifesta do mundo" percebida pelos sentidos com a "imagem científica do mundo" interpretada intelectualmente pela razão. Algumas pessoas se sentem ameaçadas pelo conhecimento científico, pois ele contradiz crenças baseadas na percepção imediata e porque a maioria das pessoas não compreende plenamente a ciência. No entanto, a ciência é um esforço natural do ser humano para entender o mundo, da mesma
Henry Wachtler da Costa RA 21009916 Hugo Lopes Tavares RA 21023916 Juliana Neves Gonalves RA 21069516 Marcio Hideki Hoshino Jnior RA 11201723080
FICHAMENTO 06: AULA DO DIA 1/12/2017.
H uma diferena radical entre a imagem manifesta do mundo e a nossa imagem
cientfica do mundo, ou seja, entre a forma como o mundo se apresenta aos nossos sentidos de forma imediata e catica e a forma como o interpretamos intelectualmente via razo e o reapresentamos de forma organizada. Este, alis, podemos considerar que seja o nosso projeto cientfico: usar as nossas capacidades naturais para entender a natureza., pois se o nosso aparato biolgico de apreenso no consegue dar conta do mundo, a nossa mente o faz, transformando-nos em sujeitos do conhecimento. E o faz por meio de procedimentos cientficos como o da induo, que consiste na deteco de regularidades em eventos observados e a abduo, que consiste em tirar concluses a partir de um grupo heterogneo de fatos. O faz pela busca constante por melhores explicaes por meio de experimentaes e falseamentos, pelo uso da razo, que significa matematizar o mundo. Deste modo, este projeto, que no momento, depois de quatro sculos sendo posto em prtica, conseguiu produzir uma imagem cientfica, acaba por se contrapor imagem manifesta e, dessa maneira, negando-a como verdadeira. E isto causa problemas para os cientistas (ou seja, aqueles que produzem a imagem cientfica do mundo), opondo-os queles que confiam na imagem manifesta do mundo a ponto de basear suas crenas e valores nela. O que significa dizer que, por isso, h pessoas que se sentem ameaadas pelo conhecimento produzido pelos cientistas o que acontece porque a maior parte das pessoas passa ao largo da cincia durante a vida e, no a experimentado, a desconhece e a teme, sentindo-se ameaado por ela. O que em certo sentido no deixa de ser compreensvel, pois os nossos crebros no foram feitos para certos clculos matemticos, s estamos preparados para imaginar somente pequenas quantidades (bilhes de anos so inimaginveis), de maneira que de se esperar que a produo cientfica seja vista como anti-natural e no como um salto qualitativo (pois supera os nossos limites) produzido por ns mesmos. Quer dizer, como aquele que confia na apreenso imediata do mundo pelos sentidos poderia confiar em imagens cientficas da Terra de muito tempo antes de ser possvel que houvesse algum como testemunha do que ocorria? Ainda com o agravante de que a maior parte do Universo no- humana e o homem espera ser o centro do Universo (Galileu Galilei no preso toa). Por outro lado, como considerar como anti-natural aquilo que produzido pelo homem, que tambm parte da natureza? Estar vivo se relacionar, e nesse sentido fazer cincia se relacionar com o mundo. Desde o nosso surgimento na Terra ns nos reproduzimos, avaliamos, percebemos e desenvolve mecanismos de sobrevivncia e permanncia na terra, e o constante aperfeioamento desse sistema leva o ser humano inferir e aprender conscientemente, seja na abordagem das propriedades primrias do mundo (aquelas que pertencem objetivamente aos nossos objetos), seja na abordagem das suas propriedades secundrias (aquelas que surgem na relao do objeto com o sujeito que o observa e portanto so subjetivas). Em certo sentido esta somente a aplicao da teoria de Darwin (a seleo natural por replicao, herana e variao tambm do conhecimento), desde a origem da vida. De qualquer modo, so por estes motivos que as nossas imagens cientficas vm sendo combatidas por movimentos reacionrios que consideram que cada coisa tem o seu lugar no mundo e que no se deve querer aquilo que no foi feito para ns (ou seja, o conhecimento sobre as coisas do mundo), de modo que pretender isto, ou seja, tentar (re)interpret-lo, ir contra esta ordem natural das coisas, havendo muitas vezes at a expectativa de que a cincia ir corromper os jovens (acusao que desde Scrates sofrem aqueles que vm nas suas interpretaes do mundo o sentido de suas existncias). O que (infelizmente) se justifica, pois a imagem cientfica realmente tem essa capacidade dissolvente reputada a ela, no sentido de que o questionamento destas regras de no conhecimento do mundo leva-a ao questionamento de convenes sociais. Mas o processo cientfico no pode ser controlado. Nem internamente ele o (no h um centro, um lugar de controle, na comunidade cientfica), o que dir externamente.