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Capitulo 1 INTRODUGAO E CONCEITOS BASICOS ada ciéncia tem um vocabulério proprio, e a termodin- mica nao 6 excecdo. A definicao exata dos conceitos, basicos estabelece uma base sélida para 0 desenvolvi- mento da ciéncia e evita possiveis mal-entendides. Iniciamos este capitulo com uma vis8o geral da termodindmica e dos sis- temas de unidades e prosseguimos com uma discussao sobre alguns conceitos basicos como sistema, estado, postulado de estado, equillorio e processo. Discutimos também a temperatu ra e as escalas de temperatura com énfase particular & Escala de Temperatura Internacional de 1990. Em seguida, apresenta: ‘mos @ pressdo, que é a forga normal exercida por um fluido por unidade de érea, e discutimos as pressbes absoluta e manomé trica, a variagao da pressao com a profundidade e 0s disposit- vos de medigao de press4o como mandmetros e bardmetros. estudo cuidadoso desses conceitos ¢ essencial para uma boa Compreenséo dos t6picos dos préximos capitulos. Por fim, apre- sentamos uma técnica sistemética e intuitiva de solucao de pro- blemas que pode ser usada como modelo para a solucao dos problemas de engenharia, 0s objetivos do Capitulo 1 séo. * Identiticar 0 vocabulério exclusivo da termadinamica por meio da definicao exata dos conceitos bésicos, formando uma base sdlida para o desenvolvimento de seus principios. + Revisar os sistemas de unidade métrico e inglés. ‘+ Explicar os conceitos bésicos da termodinamica como sistema, estado, postulado de estado, equilibrio, processo e ciclo. + Revisar os conceitos de temperatura, escalas de temperatura, pressao e pressdo absoluta e manométrica, * Introduzir urna técnica sisternticae intutiva de solugao de problemas. + j Termodinamica Energia potencial Energia indica FIGURA 1-1 Energia nio pode ser eriada nem destruida: ela pode apenas mudar de forma (primeira lei. Armarenanento de energia (Canidae) Enurada se energia (Swnidades) Sala de enersi, (Funidades) FIGURA 1-2 Principio de conservagao da energia para © corpo humano. Ambiente fio 20° Calor FIGURA 1-3 O calor Mui da maior para a menor temperatura, 1-1 * TERMODINAMICA E ENERGIA A termodinimica pode ser definida como a ciéneia da energia. Embora toda pes- soa lenha uma idéia do que seja energia, & dificil estabelecer uma definigdo exata para cela, A enengia pode ser entendida como a capacidade de causaralteragdes. © nome fermodindmicu vem das palavras gregas therme (calor) ¢ dynamis (movimento), que descrevem bem os primeiros esforgos de converter calor em movi- mento. Hoje esse mesmo nome & amplamente interpretado para incluir todos os aspectos da energia e das transformagies de energia, entre eles a geragao de energia celétrica, @refrigeragao e as relagdes que existem entre as propriedades da matéria Umia das leis mais fundamentais da natureza é 0 principio de conservagio da ‘energia, Ele diz que durante uma interagao, a energia poe mudar de uma forma para ‘outra, mas que a quantidade total permanece constante. Ou seja, a energia nio pode ser criada ou destrufda, Uma rocha que cai de um penhasco, por exemplo, adquire velocidade como resultado de sua enengia potencial ser convertida em energia cin ca (Figura 1-1), O principio de conservagdo da energia também forma a base da inds- tria da dieta: uma pessoa que tenha uma entrada de energia (alimento) maior do que 4 sada de energia (exerefcio) ganhara peso (armazenaré energia na forma de gordu- ra), € uma pessoa que tenha uma entrada de enengia menor do que a sada perder peso (Figura 1-2). A alterago no contetido de energia de um corpo ou de qualquer outro ema ¢ igual & diferenca entre a entrada de energia e a sada de energia, e 0 balan- 0 de energia € expresso como E, ~ E, = AE. ‘A Primeira Lei da Termodinamica ¢ apenas uma expressio do principio de conservagiio da energia, e diz que a energia & uma propricdade termodinamica. A ‘Segunda Lei da Termodindmica diz que a energia tem qualidade, assim como quan- ridade, € que 0s processos reais ocorrem na ditegao da diminuigao da qualidade da cenergia. Por exemplo, o café quente em uma xicara deixada sobre uma mesa estria aps um certo tempo, mas o café frio em uma xicara deixada na mesma sala nunca esquenta por conta propria (Figura 1-3). A energia de alta temperatura do café & degradada (transformada em uma forma menos til a uma temperatura mats baixa) depois de ser transferida para o ar ambiente. Embora os prinefpios da termodindmica existam desde a eriagio do universo, & termodinamica $6 surgiv como ciéncia apds a construgdo dos primeiros motores 4 vapor na Inglaterra, por Thomas Savery, em 1697. e por Thomas Newcomen, em 1712. Apesar de muito lentos e ineficientes, esses motores abriram caminho para o desenvolvimento de uma nova cigncia ‘A primeira e a segunda leis da termodinémica surgiram simultaneamente na década de 1850, principalmente em decorréncia dos trabalhos de William Rankine, Rudolph Clausius ¢ Lord Kelvin (anteriormente William Thomson), O termo termo- dindmica foi wsado pela primeira vez em uma publicagdo de Lord Kelvin em 1849. 0 primeiro livro sobre fermodindimica foi escrito em 1859 por William Rankine, profes- sor da Universidade de Glasgow. E bem conhecido o fato de que uma substdncia consiste em um grande nime- +0 de particulas chamadas moléculas. As propriedades da substincia naturalmente dependem do comportamento dessas particulas. Por exemplo, a pressio de um gis piente ¢ 0 resultado da transferéncia de quantidade de movimento entre © as paredes do recipiente. Entretanto, no & preciso saber © compor- tamento das particulas de gas para determinar a pressao no recipiente, Seria neces- sirio apenas colocar um medidor de pressio no recipiente. Essa abordagem macroseépica do estudo da termodindmica, que nao exige conhecimento do com- portamento das particulas individuais, € chamada de termodindmica chissiea, Ela oferece um modo direto € ficil para a solugio dos problemas de engenharia, Uma abordagem mais elaborada, com base no comportamento médio de grandes grupos de paniculas individuais € chamada de termodindmica estatistica, Essa aborda- gem microsc6pica € bastante sofisticada e & utilizada neste livro apenas como um elemento de suporte, Areas de Aplicagao da Termodinamica ‘Todas as atividades da narureza envolvem algun interagio entre energia e maté- 1. Assim, € dificil imaginar uma drea que no se relacione a termodinéimica de algu- ‘ma maneita. O desenvolvimento de uma boa compreensio dos prineipios bisicos da termodinimica hé muito constitui parte essencial do ensino da engenaria, Capitulo 1 A termodindmica é encontrada normalmente em muitos sistemas de engenharia © em outros aspectos da vida; no ¢ preciso ir muito longe para ver algumas iireas de sua aplicagao, Na verdade, nao é preciso ir a lugar algum. O coragdo esta constante- ‘mente bombeando sangue para todas as partes do corpo humano, diversas converses de energia ocorrem em trilhdes de células do corpo, ¢ 0 calor gerado no corpo é cons tantemente rejeitado para o ambiente. O conforto humano estd intimamente ligado a jo do calor metabélico, Tentamos controlar a taxa de transferéncia \digies ambientais ca esto no local onde moramos, Uma casa comum é, em alguns aspectos, uma galeria cheia de maravilhas da te ira 1-4). Muitos utensilios e aparelhos domésticos comuns foram criados, no seu 0 ow em parte, usando os princfpios da termodinamica. Alguns exemplos incluem rede elétrica ou de gis, os sistemas de aquecimento ¢ condicionamento de ar, o reft gerador, o umidificador, a de pressio, o aquecedor de gua, 0 chuveiro, o ferro de passar roupa, € até mesmo o computador e a TV. Em uma escala maior, a termodi- ‘nimica tem um papel importante no projeto das usinas nucleares, nos coletores sol res © no projeto de veiculos desde os auntoméveis comuns até os avides (Figura 1-5) A casa eficiente qi r2ia, por exemplo, foi criada com base na minimizagZo da perda de calor no inverno e do ganho de calor no vero. O tamanho, a localizaco e a poténcia do ventilador do seu computador t selecionados pds uma andlise que envolve a termodinamica, 10 a0 consumo de © corpo humano Radiadores de automdveis Usinas termoelétricas FIGURA 1-5 Algumas dreas de aplicago da termodindn Unidade dear condicionado,refrigerador¢radiador: © The McGraw-Hill Companies, Inc. 14PhotoDise: eriancas: © Nel. [2U/PhanoDise; sina termoelerca: © Corbis rates fee 1-2 * IMPORTANCIA DAS DIMENSOES E UNIDADES Toda grandeza fisica pode ser caracterizada pelas dimensdes. As magnitudes atribuidas as dimensdes so chamadas de unidades. Algumas dimensdes bisicas, como massa m, comprimento L, tempo te temperatura T sio selecionadas como dimensdes primérias ou fundamentais, enguanto outras como velocidade V, ener- gia E e volume V so expressas em fungio das dimensdes primdrias e so chamadas imensdes secundirias ou dimensdes derivadas, Introdugao e Conceitos Basicos Coletores solares| Chuveirg} Agua ‘quent Agua Troecador de calor FIGURA 1-4 projeto de muitos sistemas de engenharia, como este sistema solar de aquecimento de dgua, envolve a Avides Sistemas de refrigeragio Biraten foirafo; avi: Ok 4 | Termodinamica ae As sete dimensoes fundamentais (ou primérias) e suas unidades no SI Dimensoes ____Unidades Comprimento metro (m) Massa quilograma (kg) Tempo ‘segundo (s) ‘Temperatura kelvin (K) Corrente elétrica ampere (A) Quantidade de luz candela (cd) Quantidade de materia mole (mol) ere) Prefixos padrao em unidades SI Maltiplo ____Prefixo 10 tera, T 10° sige, G 10° mega, M 108 uilo, k 10° hecto, h 10! deca, da lo! deci, d 10? centi, ¢ 10 mil, m 10-8 micro, a 10° rrano, 0 10-2 pico. p femas de unidades foram desenvolvidos ao longo dos anos. Apesur dos unidade cientifica e de engenharia para unificar © mundo com um nico sistema de unidades, hoje ainda existem dois conjuntes de unidades em uso: 0 sistema inglés, que também € conhecide como United States Customary System (USCS) [Sistema Usual dos EVA] ¢ 0 SE métrico (Le Systeme International d°Unités — Sistema Internacional de Unidades) que também € conhecido como Sistema Internacional. O SI é um sistema simples € Kiico baseado no esealonamento decimal entre as diversas unidades, utilizado no trabalho cientifico e de engenharia na maioria das magdes industrilizadas incluindo a Inglaterra, O sistema inglés, porém, nao tem tuma base numérica sistemiitica aparente, ¢ diversas unidades desse sistema esto rela ccionadas entre side forma bastante arbitraria (12 pol = 1 pé, | mitha = S280 pés, 4 qt = gal etc. 0 que o forna confuso e dificil de entender. Os Estados Unidos si0 0 nico pais industrializado que ainda nao fez a conversio completa para o sistema métrico. (Os esforgos sistemaiticos para desenvolver um sistema de unidades universalmen: te aceito remonta a 1790, quando a Assembiéia Nacional Francesa incumbiu a Academia Francesa de Ciencias de criar tal sistema de unidades. Em pouco tempo, uma das primeiras versées do sistema métrico foi desenvolvida na Franga, mas nao teve aceitagdo universal até 1875, quando o Tratado da Convengio Métrica foi prepa- rado ¢ assinado por 17 nagdes, incluindo os Estados Unidos. Nesse tratado internacio- nal, metro e grama foram estabelecidos como as unidades métricas de comprimento & de massa, respectivamente, € foi estabelecida uma Conferéncia Geral de Pesos e Medics (CGPM) para se reunir a cada seis anos. Em 1960, & CGPM produziu o SI. «que tinha por base seis quantidades fundamentais; suas unidades foram adotadas em 1954 na Décima Conferéncia Geral de Pesos e Medidas: metro (m) para comprimen- to, quilograma (kg) para massa, segundo (s) para tempo, ampere (A) para corrente elé- trica, grau Kelvin (°K) para temperatura € candela (ed) para intensidade luminosa ‘(quantidade de luz), Em 1971, a CGPM adicionou uma sétima quantidade fundamen- tal de unidade: mole (mol) para a quantidade de matéria. ‘Com base no esquema de notagao apresentado em 1967, 0 simbolo de grau foi aabandonado oficialmente da unidaide de temperatura absolut, e todos os nomes de uni- dades passuram a ser eseritos sem maitisculas, mesmo que fossem derivado de nomes proprios (Tabela 1-1). Entretanto, a abreviacio de uma unidade devia ser escrita com 4 primeira letra em maidscula, caso a unidade derivasse de um nome proprio. Por exemplo, a unidade SI de forga, cujo nome foi dado em homenagem a Sir Isaac Newton (1647-1723) 6 0 newton (no Newton), ¢ sua abreviago € N. Da mesma forma, 0 nome completo de uma unidade pode ser colocado no plural, mas no sua abreviagio. Por cexemplo, 0 comprimento de um objeto pode ser 5 m ou 5 metros, nao 5 ms ou 5 metro. Finalmente, nenhum ponto deve ser usado nas abreviagdes de unidades, a menos que aaparega no final de uma frase. A abreviago adequada de metro é m (nao m.). ‘O movimento recente na diregdo do sistema métrico nos Estados Unidos parece ter comegado em 1968 quando o Congresso, em resposta ao que estava acontecendo no restante do mundo, aprovou a Lei do Estudo Métrico. © Congresso continuou pro- ‘movendo uma mudanga voluntéria para o sistema métrico, aprovando a Lei de Con- versio Métrica de 1975. Um projeto de let aprovado pelo Congresso em 1988 defi © prazo final de setembro dé 1992 para que todos os drgios federais passassem a uti- lizaro sistema métrico, Entretanto, esses prazos foram relaxados sem nenhum plano claro para 6 faturo, As indistrias envolvidas no comeércio intemacional (como automotiva, de refri- gerantes e bebidas alcodlicas) passaram rapidamente a utilizar o sistema métrico por questdes econdmicas (um tinico projeto mundial, menor nmero de tamanhos, esto- ques menores ete.). Hoje, quase todos os sutoméveis fabricados nos Estados Unidos seguem 0 sistema métrico. Porém, a maioria das indiistrias desse pais resistiu & ‘mudanga, retardando assim processo de conversio, No momento, os Estados Unidos so uma sociedade de sistema duplo, e perma- necerdio assim alé que & transigdo para 0 sistema métrico esteja completa. Isso adicio- na uma carga extra aos alunos de engenharia, uma vez que eles devem manter sua ‘compreensio do sistema inglés enquanto aprendem, pensam ¢ trabalham no SI. Neste livro, enfatizamos 0 uso do sistema SL : ‘Como jé dissemos, o SI tem por base um relacionamento decimal entre as uni- dads. Os prefixos usados para expressar 0s multiplos das diversas unidades esto lis- tados na Tabela 1-2. Eles so padrio para todas as unilades, ¢ 0 aluno € incentivado ‘a memorizé-los em virtude de sta smpla utilizagao (Figura 1-6), Capitulo 1 io —ww9— (10°) Algumas Unidades do SI e Inglesas No SI, as unidades de massa, comprimento e tempo s40 0 quilograma (kg), ‘metro (m) ¢ segundo (s), respectivamente. As unidades respectivas do sistema inglés so @ libra-massa (Ibm), pé e segundo (s). Embora no idioma inglés a palavra libra seja*pound’, 0 simbolo Ib é, na verdade, a abreviagdo de libra, que era a antiga medi- dda romana de peso. O inglés conservou esse sfmbolo mesmo depois do final da ocu- pagdo romana da Gri-Bretanha em 410 dC. As unidades de massa e comprimento dos dois sistemas relacionam-se com 1 Ibm = 0,45359 ke 1 pé = 0,3048 m No sistema inglés, forga € considerada uma dimensio primaria e€ atribuida a ela uma unidade nao derivada. Essa é a fonte de confusdo e erro que pede o uso de uma constante dimensional (g,) em muitas formulas. Para evitar esse aborrecimento, con- sideramos a forga uma dimensio secundsria, cuja unidade € derivada da segunda lei de Newton, ou seja Forga = (Massa) (Aceleragio) F=ma an No SI, a unidade de forga é newton (N), ¢ ela ¢ definida como a forca necessd- ria para acelerar uma massa de 1 kg a uma taxa de I mis. No sistema ingles, uti dade de forga € a libra-forga (bf) definida como a forca necesséria para acelerar uma massa de 32,174 lbm (1 slug) « uma taxa de 1 péls® (Figura 1-7). Ou seja, IN = 1 kgemis? Vibf = 32,174 tm pes? ‘Uma forga de 1 N € aproximadamente equivalente ao peso de uma maga peque- na (m = 102 g), enquanto uma forga de 1 Ibf € aproximadamente equivalente a0 peso de quatro magas médias (m.,) = 454 g), como mostra a Figura 1-8. Outra unidade de Forga normaimente usada em muitos paises europeus € 0 quilograma-forga (kgf), {que € 0 peso de uma massa de | kg no nivel do mar (1 kgf = 9.807 N). © termo peso quase sempre € utilizado incorretamente para expressar massa, particularmente pelos “vigilantes do peso”. Ao contrario da massa, o peso W é uma Forga. Ele ¢ a forga gravitacional aplicada a um corpo, e sua magnitude € determina- dda pela segunda lei de Newton, W=mg () 2 ‘onde m & a massa do corpo e g & a aceleragdo gravitacional local (g & 9,807 m/s? ou. 32.174 péls? no nivel do mar e 45° de latitude). Uma balanga comum mede a forga gravitacional que age sobre um corpo. O peso de uma unidade de volume de uma substdncia € chamado de peso especifico ¥ e € determinado por y = pg. onde p é a densidade. A massat de um corpo permanece a mesma independente de sua localizago no saniverso, Seu peso, porém, modifica-se de acordo com alteragdes na aceleragao gra- ‘itacional. Um corpo pesa menos no alto de uma montanha, uma vez que g diminui Introdugao.e Conceitos Basicos = | 5 FIGURA 1-6 Os prefixos das uinidades SI sio usados em fodas as éreas da engenharia =i mst FIGURA 1-7 A definigaio de unidades de forga. Het FIGURA 1-8 ‘As magnitudes relativas das unidades de forga newton (N), quilograma-forga kgf) ¢ libra-forga (Ib). 6 =| Termodinamica FIGURA 1-9 Um corpo que pesa 600 N na Terra pesaré apenas 100 N na Lua. S 8B 23178 The pals? FIGURA 1-10 0 peso de uma nivel do mar. ade de massa no FIGURA 1-11 Para que uma equaco seja dimensionalmente homogénea, todos os seus termos devem ter a mesma unidade. © Reimpreszo com permisaio especial do King Features Syndicate e=os8o7mst |p =32.174 pei? ‘com a altitude, Na superficie da lua, um astronauta pesa cerca de um sexto daguilo ‘que normalmente pesaria na Terra (Figura 1-9) No nivel do mar, uma massa de | kg pess 9,807 N, como ilustra a Figura 1-10. ‘Uma massa de 1 tbm, porém, pesa | Ibf, levando as pessoas a acreditar que a libra massa e a libra-forga podem ser usadas como libra (Ib), 0 que & uma grande fonte de erro do sistema inglés. ‘Biptecist:cbtesver ue.s forya da phavidade id age sobte uita:mnainé devida, 2 atragio entre as massas e, portanto, ela é proporcional as magnitudes das massas e inversamente proporcional wo quadrado da distancia entre elas. Assim, a aceleragao ¢gravitacional g em uma localizago depende da densidade local da crosta da Terra, da distancia ao centro da Terra e, em menor grau., das posigdes da lua e do sol. O valor de g varia com a localizagio entre 9,8295 mvs? a 4500 m abaixo do nivel do mar € 7,3218 m/s? a 100,000 m acima do nivel do mar, Entretanto, a altitudes de até 30,000 10 de g do valor no nivel do mar de 9,807 m/s? é menor do que 1%. Assim, para a maioria das finalidades priticas, a aceleragdo gravitacional pode ser admitida constamte ¢ igual a 9,81 m/s, E interessante notar que, nos locais abaixo do nivel do mar, 0 valor de g aumenta com a distincia ao nivel do mar, atinge um valor méximo acerca de 4500 me, em seguida, comega adiminuir. (Qual valor voc® acha que g tem no centro da Terra?) {A principal causa de confusdo entre massa e peso & que a massat em geral én dda indiretamente calculando-se a forca da gravidade exercida sobre ela, Essa abord ‘gem também considera que as forgas exercidas por outros efeitos, como o empuxo, so despreziveis. Isso & como medi a altitude de um avido por meio da pressao baro- métrica, A forma direta apropriada de medir massa € comparé-la a uma massa cconhecida, Essa forma é complicada e, portanto, mais usada para calibra3o & medi- ‘lo de metais preciosos. © trabalho, que & uma forma de energia, pode ser definido simplesmente como forga vezes distncia, Dessa forma, ele tem a unidade “newton-metro (N-m)”, c mada de joule (J). Ou seja 1J=1Nem oO Uma unidade de enengia mais comum no SI € 0 quilojoute (1 kJ = 10°). No sis: tema inglés, a unidade de enersia & 0 Btu (unidade térmica britinica),definida como a ‘enengia necesséria para elevar em I*F a temperatura de 1 thm de Sigua 3 68°F. No siste- ma métrico, a quantidade de energia necessiria para elevar em IC a temperatura de 1 g de dgua a 145°C 6 definida como uma ealoria (cal, ¢ I cal = 4,1868 J. AS magni tudes do quilojoule e do Buu so quase idénticas (1 Bru = 1.0551 Ki}. Homogeneidade Dimensional No ensino fundam enddemos que ni & possive Mas de certa maneira conseguimos fazer isso (por engano, & claro). Em en, lodas as equagdes deve ser dimensionalmente homogéneas. Ow seja, ca termo de uma equagdo deve ter a mesma unidade (Figura 1-11). Se, em algum estigio da and- lise, estivermos somando duas quantidades com unidades diferen clara de que cometemos um erro nos pr jos. Assim, a verificagio das dimensdes pode servir como unva valiosa ferramenta para detectar erros. EXEMPLO 1-1 Lovalizagao Inconsisténcias Em algum estagio da solugdo de um problem seguinte equagao: luma pessoa acabou chegando & B= 25M + 7hke onde E¢ a energia totale tem 2 unidade quilojoules. Determine como corgi erro € discuta 0 que o causou. Solugao Durante a andlise, uma relag8o com unidades inconsistentes & obtida. & preciso encontrar a coregio e a causa provével do erro deve ser determinada. Capitulo 1 IntrodugdoeConceitos Basicos =| 7 ‘Anélise 0s dois termos do lado direito no tém as mesmas unidedes e, portanto, eles no podem ser somados para obter a energia total. A multiplicacao do ultimo ‘ermo pela massa eliminaré 0s quilogramas do denominador, ¢ toda a equacdo se tornard dimensionalmente homogénea, ou seja, cada termo teré a mesma unidade. Discussd0 Obviamente esse erro foi causado pelo esquecimento de multiplicar 0 iltimo termo pela massa em um estagio inicial ‘Todos sabemos por experiéncia que as unidades podem causar terriveis do- res de cabega se nao forem usadas com cuidado na solugio de um problema, Entretanto, com um pouco de atengao ¢ habilidade, elas podem ser usadas a nosso favor: para verificar formulas e até para derivar formulas, como explica 0 proximo exemplo. EXEMPLO 1-2 Como Obter Formulas por meio de Consideracdes sobre as Unidades Um tanque esté cheio de éleo cuja densidade ¢ p = 850 kg/m?. Seo volume do tanque for V= 2 m?, determine a quantidade de massa m do tanque. Solugde 0 volume de um tanque de éleo € conhecido. A'massa do dleo deve ser determinada, Hipétese 0 6le0 & uma substinciaincompressivele, portant, sua densidade & constante. fnalise Um esquema do sistema que acabamos de descrever € dado na Figura 1-12. Supontha que tenhamos esquecido a férmula que relaciona a massa & densi- dade e 20 volume. Sabemos que a massa tem unidade de quilograma. Em outras palavras, quaisquer que sejam os célculos que realizarmos, acabaremas tendo uni FIGURA 1-12 ‘dade de quilogramas. Colocando em perspectiva a formula dada, termos Exquema do Exemplo 1-2. p=85D kg/m? V= 2m) bvio que podemos eliminar m*'e obter kg multiplicando essas duas quantidades. Assim, a formula que estamos procurando deve ser m= pV Entao, ; m= (ASO Kg m9 1700 kg Discussao Observe que essa abordagem pode néo funcionar para érmulas mais ‘complicadas, Voce deve ter em mente que uma formula que nao é dimensionalmente homogé- estd definitivamente errada, mas uma formula dimensionalmente homogénea nio esta nevessariamente certa. Razdes de Conversao Unitarias Assim como todas as dimensdes no primarias podem ser formadas por combi- nagdes adequadas de dimensées primérias, todas as unidades ndo primérias (unida- des secundirias) podem ser formadas pela combinagdo de unidades primérias. As unidades de forca. por exemplo, podem ser expressas como Neke © Ibf= 32174 16m 8 =| Termodinamica FIGURA 1-13 ‘Uma massa de 1 Ibm pesa 1 Ibf na Terra FIGURA 1-14 Uma peculiaridade do sistema métrico de unidades. \VIZINHANCA, c FRONTEIRA FIGURA 1-15 Sistema, vizinhanca e fronteira. Elas também podem ser expressas de forma mais conveniente como razies de conyersao unitirias como Ne ey bt kgem/e 32,174 Ibm + pé/s! As razdes de conversio unitérias so identicamente iguais |. no possuem, ‘unidade e, portanto, tais razSes (ou seus inversos) podem ser inseridas conveniente- mente em qualquer célculo para converter unidades adequadamente. Os alunos so incentivados a sempre usar as razdes de conversdo unitérias, como as mostradas aqui na conversio de unidades. Alguns livros inserem a constante gravitacional arcaica 2, definida como g. = 32,174 Ibm-pé/lbf-s? = kg-m/N-s? = 1 nas equagdes, para forgar as unidades a coincidirem. Essa pratica leva a confusdo desnecessaria e veementemente desencorajada pelos autores. Em vez dela, recomendamos que os alunos usem as razdes de conversio unitérias EXEMPLO 1-3 0 Peso de uma Libra-Massa Usando as razées de conversdo unitarias, mostre que 1,00 Ibm pesa Loong Tera (Figura 1-13). ; Solugdo Una masa de 1,0 bm et sie paiae puro do Toa Seu ‘peso em Ibf deve ser determinado. Hipdtese —Consideram-se as condicdes padréo no nivel do mar, Propriedades A constante gravitacional € g = 32,174 péls*. ‘Anaise Aplicamos » segunda li de Newton pare calcula o peso org) que cor- smo dah mien 3 scale cine ae oaeite Ra areata ‘sua massa vezes 0 valor local da acelerac3o gravitacional. Assim, J bf 32,174 Ibm « pé/s* W = mg = (1,00 Ibm) (32,174 ve) ( ) = 1,00 1bt Discussao /A.massa 6 a mesma independente de sua localizacao. Entretanto, em | algum outro planeta com um valor diferente para a aceleraco gravitacional, 0 peso de 1 Ibm seria diferente daquele que foi caleulado aqui. Quando voc’ compra uma caixa de cereal para o café da manhi, o rétulo diz “Peso liquido: uma libra (454 gramas)”. (Consulte a Figura 1-14), Tecnicamente, isso significa que o cereal que esté dentro da caixa pesa 1,00 Ibf na Terra e tem uma massa de 453.6 g (0.4536 kg). Usando a segunda lei de Newton, 0 peso real do cereal no sis- tema métrico & w= me = sneost is) (< t=) (ME) = 1-3 = SISTEMAS E VOLUMES DE CONTROLE Um sistema ¢ definide como uma quantidade de matéria ou regido no espago sele- cionada para estudo, A massa ou regio fora do sistema é chamada de vizinhanga. A superficie real ou imagingria que separa o sistema de sua vizinhanga ¢ chamada de fron- teira, Esses termos so ilustrados na Figura 1-15. A fronteira de um sistema pode ser Jfixa ou mével. Observe que ela é & superficie de contato comparilhada pelo sistema € ‘pela vizinhanga. Em termos matemsticos, a fronteira tem espessura zero e. portanto, no pode conter massa nem ocupar nenhum volume no espaco. (Os sistemas podem ser considerados fechados ou abertos, dependendo da sele- 20 de uma massa fixa ou de um volume fixo para o estudo, Um sistema fechado Capitulo 1 também conhecido como massa de controle) consiste em uma quantidade fixa de sa, € nenhumna massa pode atravessar sua fronteira, Ou seja, nenhuma massa pode entrar ou sair de um sistema fechado, como mostra a Figura 1-16, Entretanto, a enet- forma de calor ou trabalho pede cruzar a fronteira; € 0 volume de um sistema fechado nao precisa ser fixo. Se, em um caso especial, nem a energia atravessa a fron- Jeira, esse sistema € chamado de sistema isolado, Considere 0 arranjo pistdo-cilindro mostrado na Figura 1-17, Desejamos deseo- bri © que acontece ao gas que est confinado quando é aquscido, Como nos concen- ramos no gas este & nosso sistema, As superficies interas do pistio e do cilindro for- ‘mam a fronteira; como nenhuma massa esti cruzando essa Frontera trata-se de um wi Fechado. Observe que a energia pode atravessar 8 fronteira, e que parte da {rontcira (neste easo a superficie interna do pistio) pode se mover. Tudo a que estiver do pais, ineluindo o pistio e o cilindro, é a vizinhanga Um sistema aberto, ou um volume de controle, como ¢ ustalmente chat uma regio criteriosamente selecionada no espago. Em geral, ele inclui um disposi tivo que envolve fuxo de massa, como um compressor, umn turbina ow um bocal. O escoumento airayés desses dispositivos pode ser methor estudado selecionando-se a regio dentro do dispositivo como o volume de controle. Tanto massa quanto energia podem eruzar a fronteira de um volume de controle, Um grande nimero de problemas de engenharia envolve fluxos de massa para Llentro e para fora de um sistema e, portanto, sio modelados come volumes de con- ‘role. Uni aquecedor de égva, um radiador de automével, uma turbina e um compres- sor apresentam fluxo de massa e devem ser analisados como volumes de controle (sis- temas abertos), em ver de massas de controle (sistemas fechados). Em geral, toda regio arbieraria no espago pode ser selecionada como um volume de controle. -cxistem rogras coneretas para a selegdio dos volumes de controle, mas a opiio adequa- da certamente torna a andlise muito mais fic. Se tivéssemos que analisar 6 Muro de ar través de um bocal, por exemplo, uma boa opsio para o volume de controle seria 2 regido interna do boca As fronteiras de um volume de controle sao chamadas de superficie de controle, e podem ser reais ou imagindrias, No caso de um bocal, a superficie intema do bocal parte real da fronteira, © as dreas de entrada e saida formam a parte imagina- ria, uma vez que nelas ndo existem superficies fisicas (Figura -18a), Um volume de controle pode ter tamanho ¢ forma fixos, como no caso de um hocal, ou pode envolver uma fronteira mével, como mostra a Figura 1-18). A maioria dos volumes de controle, porém, tei fronteiras fixas e, assim, nao envol- ve nenhuma fronteira mével. Em um volume de controle também pode haver in- teragdes de calor e trabalho, como em um sistema fechado, além de int de mass ‘Como exemplo de um sistema aberto, considere o aquecedor de agua mostrado, 1a Figura 1-19, Desejamos determinar quanto calor deve ser transferido para a gua do tanque a fim de obter uma corrente constante de gua quente. Como a sigua quen- Frontera Fronteia real imaginia ats oe (2) Um volume de controle com fromtcras reas © imaginrias FIGURA 1-18 ‘Um volume de controle pode conter fronteiras fixas, méveis, reais ¢ imagindrias. () Um volume de controle com frontecasfixa e mével Introdugao.e Conceitos Basicos =| 9 SISTEMA FECHADO FIGURA 1-16 Massa ndo pode cruzar as fronteiras de ‘um sistema fechado, mas energia pode. Fromeira smivel FIGURA 1-17 ‘Um sistema fechado com uma fronteira mével. Said te ions sqente FIGURA 1-19 Um sistema aberto (um volume de con- role) com uma entrada ¢ uma sada, wo | Termodinamica eed FIGURA 1-20 Critério para diferenciar proprie intensivas e extensivas, 3 10! mokéculasimmn? A v0 | © FIGURA 1-21 Apesar das grandes distincias entre as moléculas, uma substincia pode ser tratada como um continuo devido ao elevado mimero de moléculas que volume o. | ™“~ existem mesn extremamente pe te saird do tanque e seri substituida pela dgua fria uma n para aa rar nossa atengdo no volume formado pel siderar as correntes de gua quente € fria como massa que sai e entra do volume de controle, As superficies interiores do tanque caso, € 4 massa cruza a superficie de controle em dois locals. Em uma andlise de engenbaria, o sistema em estudo deve ser definido com cui dado. Na maioria dos ante simples e Sbvios, ¢ ‘a definigio do sistema pode parecer uma tarefa entediante e desnecessiir casos, porém, o sistema em estudo pode ser muito solisticado, e uma e dda do sistema pode simplificar bastante a andlise Jo € conveniente escolhermos fixa como nosso sist ise. Em ve7. disso, podemos concen: superficies imteriores do tanque ¢ con- formam a superficie de controle nesse ISOS, 0S sistemas investigados so ba Em outros -olha adequa- 1-4 * PROPRIEDADES DE UM SISTEMA ‘Qualquer caracteristica de um sistema é chamada de propriedade, Aly priedades conhecidas peratura T, 0 volume Ve an lista pode se estender incluindo propriedades menos conhecidas como a viscosidade, 4 condutividade térmica, © médulo de elasticidade, 0 coeficiente de expansdo térmi: ca, a resistividade elétrica e até mesmo a velocidade e a altura, As propriedades podem ser classificadas como intensivas ou extensivas. As pro- priedades intensivas sio independentes da massa de um sistema, como temperatura, pressio ¢ densidad. As propriedades extensivas sio valores que dependem do tama- ‘tho — ou exter total ¢ a quantidade de Um modo fécil de 10 4 pressio P, tet — do sistema, A ma sa total, © volu ‘movimento total sio alguns exemplos de propriedades extensi determinar se uma propriedade ¢ intensiva ou extensiva é dividir 0 sistema em duas partes iguais com uma partigio imagindria, como mostra a Figura 1-20, Cada parte tera propriedades intensivas com 0 mesmo valor do sistema original, mas metade do valor original no caso das propriedades extensivas, Em geral, as letras maitisculas so usadas para indicar propriedades extensivas (com a massa m como a grande excego), € as mintsculas, para as propriedades inten sivas (con pressio P e a temperatura T como as excegdes Sbvias), As propriedades extensivas por unidade de massa so chi des especificas. Alguns exemplos de propriedades especificas $i = Vim) e « energia total especifica (e = Em) las de proprieda © volume especii Continuo A matéria é formada por ditomos que se encontram amplamente espagados na fase gasosa, Entretanto, é bastante conveniet substincia e vé-la como uma matéria continua, homogénea e sem descontinui- dades, ou seja, um continuo. A idealizacio do continuo pern ‘como fungdes pontuais e considerar que as propriedades variam continuamente no ‘espago sem saltos de descontinuidade, Essa idealizagao é vilida desde que 0 tama nho do sistema com o qual lidan as moléculas. Esse € 0 caso de pr ins mais especificos. A ideali nossas afirmagdes, como “a densi quer ponto” Para se ter uma idéia das distancias existentes no nivel molecular, considere unt recipiente fe ignorar 4 natureza atémica de uma te tratar us propriedades 0s seja grande com relagdo ao espagamento entre jicamente texlos os problemas, com excegio implicita em mui a em qual de io do continuo est pleto de oxigénio nas condigdes atmosférieas. O didmetro da molécula de oxigénio € de aproximadamente 3 x 10°! m e sua massa € de 5.3 10" kg. Da mesma forma, 0 percurso livre médio do oxigénio & pressio de | atm © 20°C € de 6,3 X 10° m, Ou se em média uma distincia de 6,3 10-* m (cerca de 200 vezes o seu didmetro) até colidir com ooutra molécula. Além disso, existem cerea de 3 X 10" moléculas de oxigénio no minisculo volume de 1 mm? & pressdo de I atm e a 20° C (Figura 1-21). O modelo de continue se apliea ape metro) for muito maior do que o percurso livre muito altos ou altitudes muito grandes, 0 percurso livre médio pode se tornar grande altitude de 100 km), ima molécula de oxigenio percorr as enquanto o comprimento caraeteristico do sistema (tal como seu di io das moléculas. Em vicuos (por exemplo, ele & de cerca de 0,1 m panto ar atmostérico a u Capitulo 1 Introdugao e Conceitos Basicos = 1 = 11 Nesses casos, a teoria do escoamento de gis rarefeito deve ser utilizada, ¢ 0 impac~ to de moléculas individuais deve ser considerado. Neste livro, limitaremos nossa ate as que podem ser modeladas como um continuo. fo a subs 1-5 = DENSIDADE E DENSIDADE RELATIVA A densidade € definida como massa por unidade de yolume (Figura 1-22), fae » (kg/m’ “4 © inverso da densidade € 0 volume especifico dade de massa. Ou seja, / definido como volume por uni 8) pode ser expressa como p = Sm/6V. Em geral, a densidade de uma substincia depende da temperate A densidade da maioria dos gases & proporcional a pressdo ¢ inversamente proporcio- nal & temperatura. Os liquidos e sdlidos, por outro lado, so substi te incompressiveis,e a variagio de suas densidades com a pressBo so geralmente des. preziveis. A 20° C, por exemplo, a densidade da égua varia de 998 kg/m’ a 1 atm a 1003 kg/m a 100 atm, uma alterago de apenas 05%. As densidades de Hiquidos e solidos dependem muito mais da temperatura do que da pressio. A | atm, por exem- plo, engenharia As vezes, a densidade de uma substincia ¢ dada de forma rel de uma substincia bem conhecida. Nesse caso, ela & chamada de gravidade es} fica, ou densidade relativa e é definida como a razao entre a densidade da substi cia e a densidade de alguma substincia padrio, a uma temperatura especificada (em geral gua a4° C, para a qual pyjo = 1000 kg/im?). Ou seja densidade da gua varia de 998 kg/m’ a 20°C a 975 kg/m a 75°C, uma altera- 1s anilises de le 23%, aq pode ainda ser considerada desprezivel em mu Densidade retativa: pr=— 6) deza adimensio- Observe que a densidade relativa de uma substincia € uma gra nal. Entretanto, em unidades SI, o valor numérico da densidade relativa de uma subs- tGncia & exatamente igual & sua densidade em g/cm: ou ke/l (ou 0,001 veres a dk dlade em kg/m’), uma vez que a densidade da igua a 4°C & de | glem* = 1 kg/ = 1000 kg/m’, A densidade relativa do meretrio a O°C, por exemplo, 6 de 13,6. Assim, sua densidade a O°C & de 13,6 glem’ = 13,6 kg/l = 13.600 kg/m’. As densidades relat vas de algumas substancias a O°C so fornecidas na Tabela 1-3. Observe que as subs- is com densidades relativas menores do que I sio mais leves do que a agua e, Portanto, elas futuam na gua peso de uma unidade de volume de uma substanc fico © pode ser expresso como Echamado de peso espeet- Peso especifico: = pg (Nim') an onde g € a aceleracio gravitacional. As densidades dos liquidos sao essencialmente constantes ¢, assim, eles podem ser aproximados como substncias incompressiveis durante a maioria dos processo sem grandes prejuizos. 1-6 * ESTADO E EQUILIBRIO Considere um sistema que nio esteja passando por nenhuma mudanga, Nesse onto, todas as propriedades podem ser medidas ou calculadas em todo o sistema, © ue nos dé um conjunto de propriedades que descreve completamente a condigio, ou FIGURA 1-22 Densidade & massa por unidade de volume; 0 volume especitico é volume Por unidade de massa. ae) Densidades relativas de algumas substancias a 0°C Substancia oR Agua 1,0 Sangue 1,05 ‘Agua do mar 1,025 Gasolina 07 Alcool etilico 0,79 Mercirio 13,6 Madeira 0,3-0,9 Ouro 19,2 Ossos 1,7-2,0 Gelo 0,92 Ar (a1 atm) 0,0013 12 Termodinamica (a) Estado 1 (0) Estado? FIGURA 1-23 Um sistema em dois estados diferentes. (ay Ames (b) Depais FIGURA 1-24 ‘Um sistema fechado atingindo 0 equilibrio térmico, FIGURA 1-25 estado do nitrogénio & detinido por y, As (18) onde y, = pg € 0 peso especifico do fluido. Assim, concluimos que a diferenga de pressao entre dois pontos em um fluido de densidade constante & proporcional a dis- tincia vertical Az entre os pontos € & densidade p do fluido. Em outras palavras, 3 pressio em um fluido aumenta linearmente com a profundidade. £ 1ss0 0 que um mer- gulhador experimenta a0 mergulhar mais fundo em um lago. Para um determinado fluido, a distancia vertical Az as vezes € usada como uma medida de pressio ¢ cha- mada de altura manométrica, Concluimos também pela Equagdo 1-18 que para distincias de pequenas a moderadas, a variagio da presso com a altura é desprezivel para os gases, por causa de sua baixa densidade. A pressio em um tangue contendo um gis, por exemplo, pode ser considerada uniforme, uma vez que 0 peso do gis € muito baixo para fazer uma diferenga aprecidvel. Da mesma forma, a pressio em uma sala cheia de ar pode ser suposta constante (Figura 1-41), Se considerarmos 0 ponto 1 na superficie livre de um liquido aberto para a atmosfera (Figura 1-42), no qual a pressio € a pressio atmosférica Py, entd0 4 pres- so a uma profundidade h da superficie livre torna-se P= Pay + PEN OW yay = pel (1-19) 5s liquidos so substancias essencialmente incompressiveis e, portanto, a varia- ‘lo da densidade com a profundidade é desprezivel. Isso também acontece com os zzases quando a diferenga de altura nio é muito grande, Entretanto, a variagio da den- sidade dos liquidos ou dos gases com a temperatura pode ser significativa e deve ser levada em conta quando a precisdo desejada for alta. Da mesma forma, a profundida- des maiores, como aquelas encontradas nos oceanos, a variago na densidade de um liquido pode ser significativa, por causa da compressio exercida pelo enorme peso do liquido que esté acima. A aceleragio gravitacional g varia de 9,807 in/s? no nivel do mar até 9,764 m/s? a uma altitude de 14,000 m, na qual viajam os grandes avides de passageiros. Essa mudanga é de apenas 0.4% nesse caso extrem. Assim, ¢ pode ser suposto constante com um erro desprezivel. Para os fluidos cuja densidade muda significativamente com a altura, a relagao para a variagio da pressio com a altura pode ser obtida dividindo-se a Equagio 1-17 por Ax Az, ¢ tomando o limite de Ac —+ 0. Iso resulta em ap de Pe (1-20) sinal negativo porque supomos a diregdo < positiva para cima, de modo que AP 6 negativo quando dz & posi io diminui na diregao ascen- dente. Quando a variagao da densidade com a altura é conhecida, a diferenca de p siio entre os pontos 1 € 2 pode ser determinada pela integragio como ap=P.~ P= —| ped: a2 Para o caso de densidade e aceleragao gravitacional constantes, essa relaglo fica reduzida A Equacdo I-18, como jd era esperado. ‘A pressio em um fluido em repouso no depende da forma ou segdo transversal do recipiente. Ela varia com a distincia vertical, mas permanece constante em outras dliregdes. Assim, a pressdio ¢ igual em todos os pontos de um plano horizontal em deter- ‘minado fluido. O matemético holandés Simon Stevin (1548-1620) publicou em 1586 © principio ilustrado na Figura 1-43. Observe que as pressGes nos pontos A, B, C, D, E, F eG sio iguais, uma vez que estdo a uma mesma profundidade, ¢ estio interconec~ tadas pelo mesmo fluido em repouso, Entretanto, as presses nos pontos H e J nio sao iguais, jé que estes dois pontos nao estdo interconectados pelo mesmo fluido (ou seja, Capitulo 1 IntrodugaoeConceitos Basicos | = 21 Pa=Py=Po=Py=Pe=Pr=Po= Pam bah PyAP; FIGURA 1-43, {A pressio € a mesma em todos os pontos de um plano horizontal em um fluido, independente da geometria, desde que os ‘Pontos estejam interconectados pelo mesmo fluido. ‘iio podemos desenhar uma curva do ponto J a0 ponto H, permanecendo sempre no ‘mesmo fluido), embora eles estejam & mesma profundidade. (Vocé poderia dizer em {qual ponto a press € mais alta?) Da mesma forma, a forga de pressio exercida pelo {luido ¢ sempre normal & superficie nos pontos mostrados. ‘Uma conseqiiéncia da pressio de um fluido permanecer constante na dirego horizontal € que a pressdo aplicada a wma dada regiao de um fluido confinado ‘aumenta a pressio em todo 0 fluido na mesma medida. Esta é a Lei de Pascal, em ‘homenagem a Blaise Pascal (1623-1662). Pascal sabia também que a forga aplicada ‘por um fluido € proporcional a érea da superficie. Ele percebeu que quando dois cilin- dros hidréulicos com éreas diferentes esto conectados, o de maior érea de serio transversal pode ser usado para exercer uma forga proporcionalmente maior do que aquela aplicada a0 menor, A “méquina de Pascal” tem sido a fonte de muitas inven- {des que so parte do nosso dia-a-dia, como 0s freios € os elevadores hidréulicos. E isso que nos permite elevar um automével facilmente com um brago, como mostra Figura 1-44. Observando que P, = P, j4 que ambos os pistdes esto no mesmo nivel (oefeito das pequenas diferengas de altura é desprezivel, particularmente a altas pres- ses), raz entre a forga de sada e a forga de entrada é determinada por (1-22) A razio de freas AJA, € chamada de ganho mecanico ideal do elevador hidréulico, Usando um macaco hidriulico com uma raziio de dreas do pistio de A/A, = 10, por ‘exemplo, uma pessoa pode elevar um automével de 1000 kg aplicando uma forga de apenas 100 kgf (= 981 N). 1-10 * 0 MANOMETRO DE COLUNA Observamos na Equago 1-18 que uma mudanga de altura Az em um fluido em repouso corresponde a AP/pg, o que sugere que uma coluna de fluido pode ser usada para medir diferencas de pressio. Um dispositivo que se baseia nesse principio & cha- ‘mado de mandmetro de coluna, normalmente usado para medir diferengas de pres- tio pequenas e moderadas. Um mandmetro de coluna consiste principalmente em um tubo em forma de U, de vidro ou plistico, contendo um ou mais fluides como mered- rio, égua, dlcool ou Gleo. Quando as diferengas de pressao so elevadas, fuidos pesa- dos como o merctirio sao usados, o que mantém © tamanho do mandmetro em um vel gerencidvel, f FIGURA 1-44 Elevagiio de um peso grande com uma ‘orga pequena pela aplicagao da Lei de Pascal. 22 | Termodinamica FIGURA 1-45 (© manmetro de coluna bésico. Pra Pat h pe: Iss FIGURA 1-46 =964Pa — h=ssem Esquema do Exemplo 1-6. FIGURA 1-47 Em camadas de fluido sobs variagdo de pressao em uma camada de fluido de densidade p repostas, a ura h€ ph. Considere © manémetro de coluna usado para medir a pressdo do tanque mos- trado na Figura 1-45, Como os efeitos gravitacionais das gases so despreziveis, a pressiio em qualquer parte do tangue ¢ na posigio | tem o mesmo valor. Além disso, como a pressao em um fluido nao varia na diregao horizontal dentro do fluido, a pres- so no ponto 2 é igual & pressio no ponto 1, P, = Py ‘A coluna de fluido de altura h esid em equilibrio estitico e aberta para a atmosfera, essa forma, a pressdo no ponto 2 ¢ determinada diretamente da Equagao 1-19 como Pans + pa (1-23) onde p & a densidade do fluido no tubo. Observe que a seciio transversal do tubo niio tem efeito sobre a diferenga de altura h e, assim, ndo tem efeito sobre a pressdo exer- cida pelo fluido, Entretanto, odidmetro do tubo deve ser suficientemente grande (mais de alguns milimetros) para garantir que o efeito da tensio superficial, portanto, da levaco por capilaridade seja desprezivel EXEMPLO.1-6 Medico da Press@o com um Mandmetro de Coluna Um mandmetro de coluna & usado para medir a presso em um tanque. 0 fluido usado tem uma densidade relativa de 0,85, e 2 altura da coluna 6 de 85 cm, como mostra a Figura 1-46, Se a pressio atmostérica local for de 96 KPa, determine a pressdo absoluta dentro do tanque. Solugdo A leitura de um mandmetro de coluna acoplado @ um tanque e a pressdo atmostérica s30 fornecidas. A pressdo absoluta no tanque deve ser determinada. Hipotese 0 fluido do tanque 6 um gés cuja densidade & muito menor que a den- sidade do fluido manométrico. ‘A densidade relativa do vido manométrico 6 0,85. Supornos que a densidade padrao da Sgua seja 1000 kg/m®. Andlise A densidad do fuido € obtida multiplicando-se @ sua densidade relativa pela densidade da agua, igual a 1000 kg/m?: P= DR (yo) = (0,85)(1000 kg/m?) = 850 kgim? Entdo, da Equagdo 1-23, P= Pan + ph = 96 kPa + (850 kg/m) (981 m/s!) (055 m) ian) Goma Discuss30. Observe que a presso manométrica no tanque é de 4,6 kPa. = 1006 kPa Muitos problemas de engenharia ¢ alguns manémetros de coluna envolvem a sobreposigio de varias camadas de fluidos imisciveis de diferentes densidades. Tais sistemas podem ser facilmente anlisados se lembrarmos que (1) a variagdo da pressio em uma coluna de fluido de altura f € AP = pi, (2) em um fluido, a pressi ta para baixo e diminui para cima (OU Sea. Piya, > Page) € (3) dois pontos a uma mesma altura em um fuido continuo em repouso estio a uma mesma pressao. 0 iiltimo prineipio, resultado da Lei de Pascal, permite “pularmos” de uma colu- na de fluido para a préxima, sem nos preocuparmos com a variagiio de pressio, desde que nio pulemos sobre umm fluido diferente, © desde que 0 fluido esteja em repouso.. Assim a pressio em qualquer ponto pode ser determinada iniciando com um ponto de pressio conhecido ¢ adicionando ou subtraindo os termos pgh medida que se avanga na diregio do ponto de interesse. Por exemplo, a presso na parte inferior do tanque da igura 1-47 pode ser determinada iniciando na superficie livre. onde a pressio & P,, € movensdo para baixo até atingir 0 ponto 1 na parte inferior, Isso resulta em Pan + pigh, + pashs + paghs = Py No caso especial de todos os fluidos possuirem a mesma densidade, essa relagdo fica reduzida & Equaco 1-23, como era esperad, Capitulo 1 Introdugaoe Conceitos Basicos 1 = 23, Manémetros de coluna sio particularmente adequados para medir a queda de presstio entre dois pontos do escoamento em tim duto, devido & presenga de um dis- positivo como uma vélvula, um trocador de calor, ou qualquer resistencia a0 escoa- ‘mento. Isso € feito conectando as duas extremidades do mandmetto a esses dois pon- tos, como mostra a Figura 1-48, O fluido de trabalho pode ser um gas ou um liquido de densidade p,. A densidade do fluid manométrico € p;,€ a diferenca de altura do fluido manométrico € h. Uma relagdo para a diferenga de pressio P, ~ P; pode ser obtida iniciando no ponto 1 com P,, movendo ao longo do duto adicionando ou subiraindo os termos pgh até atingir 0 ponto 2, ¢ definindo o resultado igual a Py Py + pix(a + h) = pagh = piga = Pz (1-24) Observe que passamos do ponto A horizontalmente para 0 ponto B e ignoramos a parte inferior, uma vez que a pressio em ambos os pontos é a mesma, Simplificando, P, — P= (p: = prdgh (1-25) Note que a distincia «nfo tem efeito sobre o resultado, mas deve ser incluida na ané- lise. Da mesma forma, quando 0 fluido escoando no duto € um gis, enti py py e a relagdo da Equagio 1-25 pode ser simplificada para P, ~ Py ® p3gh. EXEMPLO 1-7 Medico da Pressau com um Mandmetro de Coluna de Varios Fluidos ‘agua de um tangue ¢ pressurizada a a, a pressao 6 medida por um manémetro de coluna de vies fluidos, come mostra a Figura 1-89. O tanque esté lcalizado em uma montanha a uma altitude de 1400 m, onde a pressdo atmosférica é de 85,6 kPa. Determine a pressdo do ar no tanque seh; = 0,1 m, h, = O.2me hy = 0,35 mv. Tome as densidades da agua, do dleo edo mercério como 1000 kg/m, 850 kgim?, € 13.600 kg/m®, respectivamente. Soluglo A presso em_um tanque de égua pressurizado & medida por um mand- ‘metro de vrios fluidos. A pressdo do ar no tanque deve ser determinada, Hipétese A presséo do ar no tanque & uniforme (ou seja, sua variago com a altu- ra é desprezivel devido & sua baixa densidade) e, portanto, podemos determinar a presséo na interface ar-Sgua. Propriedades. As densidades da agua, do dleo e do mercdrio $86 dadas como 1000 kg/m?, 850 ke/m? e 13.600 kein, respectivamente. Anélise niciando com a presse no ponto 1 na interface ar-eua, movendo a0 longo do tubo adicionando ou subtigindo os termos.pgh até atingirmos 0 ponto 2, € definindo 0 resultado como Py, uma vez que 0 tubo esta aberto para a atmoste- ra, temos PL Pages + Pato 82 ~ Prarie Bhs = Pram Resolvendo para P; € substituindo, P= Pam = Piqua: — Poca hs + Panis hy = Pan + $Poeiiolts — Pagal ~ Ptwoh:) |= 85,6 KPa + (9:81 m/s"J{ (13.600 kg/m?) (0.35m) ~ 1000 kg/m?) (0,1 m) —eoteniean mre) Gan = 10 kPa Discusséo Observe que pulando horizontalmente de um tubo para 6 outro e levan- do em conta que @ presséo permanece a mesma no mesmo fluido, a andlise fica muito mais simples. Observe também que o mercirio é um fluido tdxico € que os mandmetros e termémetros de mercirio est8o sendo substituides por outros com fluidos mais seguros, por Conta do risco da exposi¢&0 ao vapor de mercaris em caso de acidente. Un trecho de tubo ou Aispostivo de escoamento FIGURA 1-48 ‘Medigdo da queda da pressao através de ‘um trecho de tubo ou de um dispositivo de escoamento por meio de um ‘mandmetro de coluna diferencial. FIGURA 1-49 Esquema do Exemplo 1-7. (O desenho ‘no esté em escala.) 24 = | —_Termodinamica tipo spiral “Tubo toreido Helicoidal —_ ‘Se transversal do tubo FIGURA 1-50 Diversos tipos de tibos de Bourdon utilizados para medir press. FIGURA 1-51 0 bardmetro bisico. Outros Dispositivos de Medigao de Pressao Outro tipo de dispositive mecdnico de medigao de pressdo muito usado é 0 tubo de Bourdon, assim denominado em homenagem ao engenheiro e inventor francés Eugene Bourdon (1808-1884), que consiste em um tubo de metal oco torcido como ‘um gancho, cuja extremidade é fechada e conectada a uma agulha indicadora (Figura 1-50), Quando 0 tubo esta aberto para a atmosfera, ele ndo se deforma ¢ a agulha do ‘mostrador, neste estado, esta calibrada para a leitura zero (pressio manométrica), Quando 0 fluido dentro do tubo esta pressurizado, 0 tubo se estica € move a agulha proporcionalmente & pressio_aplicada, A eletrénica esta em todos os aspectos da vida, incluindo 0s dispositivos medi- dores de pressdio, Os sensores de pressiio modernos, chamados de transdutores de ressio, utilizam diversas técnicas para converter 0 efeito de pressio em um efeito elétrico, como uma mudanga de voltazem, resisténcia ou capacitincia, Os transduto- res de pressio so menores e mais répidos, e podem ser mais sensiveis, confidveis € precisos do que seus equivalentes mecinicos. Eles podem medir presses de menos de um milionésimo de | atm até varios mithares de atm. ‘Uma ampla variedade de transdutores de pressio esté disponivel para a medigio das presses manométrica, absoluta ¢ diferencial em uma ampla variedade de aplica- gies. Os transdutores de pressao manométrica wilizam a pressio stmosférica como referencia, por meio de uina abertura para a atmosfera na parte traseira do diafragma sensor de press, Eles acusam uma saida de sinal zero & pressio atmosférica inde pendente da altitude. Os transdutores de pressdo absoluta sao calibrados para ter uma safda de sinal zero no vacuo absoluto. Os transdutores de pressao diferencial medem diretamente a diferenga de pressio entre dois pontos, em vez de usar dois transduto- res de pressio e tomar a diferenga entre eles. Os transdutores de pressio extensométricos funcionam fazendo com que um diafragma se curve entre duas edmaras abertas para as entradas de pressio. A medida que 0 diafragma se estende em resposta a uma mudanga na diferenga de pressio através dele, o extensOmetro se estica e um circuito de ponte Wheatstone amplifica a saida, Um transdutor capacitivo funciona de modo similar, mas a varia- ‘do de capacitincia € medida, em vez da variagao de resisténcia, & medida que 0 diagrama se estende, (Os transdutores piezelétricos, também chamados de transdutores de pressio de estado sélido, funcionam de acordo com o prinespio de que um potencial elétrico € ‘gerado em uma substincia cristalina quando ela é submetida & pressio mecinica, Esse feniémeno, descoberto pelos irmaos Pierre e Jacques Curie em 1880, é chamado de feito piezoelétrico. Os transdutores de pressio piezoelétricos tém uma resposta em frequéncia muito mais ripida que Aquela das unidades de diafragma, e so muito ade- quads para as aplicagdes de alta pressio, mas em geral nao sio tao sensiveis quanto 0 transdutores do tipo diafragma, 1-11 * 0 BAROMETRO E A PRESSAO ATMOSFERICA A pressio atmosférica & medida por um dispositive chamado bardmetro, Desa forma, a pressio atmosférica € chamada com freqiiéncia de pressdo barométrica. O italiano Evangelista Torricelli (1608-1647) foi o primeiro a provar, de forma conclusiva, que 4 pressiio atmosférica pode ser medida pela inversio de um tubo cheio de mererio em um recipiente de mercirio aberto para a atmosfera, como mostra a Figura 1-51, A pressdo no ponto B ¢ igual & pressao atmosférica, ¢ « pres- siio em C pode ser considerada zero, uma vez que s6 existe vapor de merctrio acima do ponto C, cuja pressio é muito baixa com relagio a Py, podendo assim ser des- prezada com uma excelente aproximagao. Um equilirio de forgas na diregio verti- cal resulta em Pays = ah (1-26) ‘onde p é a densidade do merctirio, ¢ é a aceleragdo gravitacional local e é a altu- ra da coluna de merciirio acima da superficie livre. Observe que o comprimento € Capitulo 1 a segiio transversal do duto nao tém efeito sobre a altura da coluna de fluido de um. barémetro (Figura 1-52), ‘Uma unidade de pressio utilizada com freqiiéncia é a atmosfera padrao, defini- da como a pressio produzida por uma coluna de mereério com 760 mim de altura a OPC (Py = 13.595 kg/m’) sob aceleragio gravitacional padrio (g = 9,807 mis?). Se fosse usada digua em ver de merctrio para medir a pressio atmosférica padrio, seria necesséria uma coluna de gua com cerca de 10,3 m. As vezes, a pressio & express (particularmente pelos meteorologistas) em termos da altura da coluna de merciirio, A pressio atmosférica padrio, por exemplo, € de 760 mm Hg (29,92 pol Hg) a 0°C. A unidade mm Hg também é chamada de torr em homenagem a Torricelli. Assim, | atm = 760 torr e 1 torr = 133.3 Pa. A pressdo atmosférica padrio P,.., que no nivel do mar é de 101,325 kPa muda para 89,88, 79,50, 54.05, 26,5 e 5,53 kPa as altitudes de 1000, 2000, 5000, 10.000 e 20.000 metros, respectivamente. A pressdo da atmosfera padrio em Denver (altitude = 1610 m), por exemplo, é de 83,4 kPa. Lembre-se de que a pressio atmosférica em uma localizagio & apenas 0 peso do ar acima daquela localizagao por unidade de drea de superficie. Ela nfo apenas muda com a altitude, como também com as condigdes meteorolgicas, declinio da pressio atmosférica com a altitude tem importantes implicagdes na vida didria, Por exemplo, leva mais tempo cozinhar nas altitudes elevadas, uma vex que a dgua ferve a uma temperatura mais baixa a presses atmosféris baixas. O sangramento do nariz é uma experiéncia comum nas al que a diferenga entre a pressio sangilinea ea pressio atmosférica € maior neste caso, € as delicadas paredes das veias do nariz quase nunca conseguem suportar essa tensio extra, Para uma dada temperatura, a densidade do ar € mais baixa a altas altitudes e, assim, um determinado Volume contém menos ar € menos oxigénio. Nao ¢ surpresa que nos cansamos com mais facilidade € temos problemas respirat6rios a elevadas altitudes. Para compensar esse efeito, as pessoas que moram emt altitudes maiores desenvolvem pulmdes mais eficientes, Da mesma forma, um motor de automével de 2,0 | funcionars como um motor de 1,7 1a uma altitude de 1500 m (a menos que ele seja um motor turbo), por causa da queda de 15% na pressio e, portanto, da queda de 15% na densidade do ar (Figura 1-53). Um ventilador ou compressor deslocaré 15% menos ar nessa altitude para a mesma taxa de deslocamento volumétrico. Ven- tiladores que operam em elevadas altitudes precisam ser maiores para garantir uma ‘mesma vazio méssica. A pressio mais baixa e a conseqiiente menor densidade tam- bém afetam a sustentagao € 0 arrasto aerodinimico: avides precisam de uma pista ‘mais longa em altitudes maiores para desenvolver a sustentagao necessaria, € viajam a altitudes muito altas para reduzir o arrasto aerodinimico e, portanto, diminuir 0 consumo de combustivel. | EXEMPLO 1-8 Medico da Pressio Atmosférica com um Bardmetro Hise cone be lee besos cit pee Daas € de 740 mm Hg e a aceleracso amet saan ‘Suponha que a temperatura do mercirio seja de 1 sua densidade ¢ de 13.570 kg/m?, ‘Solugao Heat Nae eatin aaa & eseen wet localidade. A pressto atmosférica deve ser determinada. | Hipdtese A temperatura do mercirio € de 10°C. ie ‘Adensidade do mercirio € de 13.570 kg/m’. Ht hIRe 78 a me eran arama Pan = Pah | = (3sr0igymy oar eyarem( IS) Gt) oe Camm ainae com a temperatura e, portant, a afel- IntroducaoeConceitos Basicos =| = 25 FIGURA 1-52 © comprimento ou a segao transversal do tubo nao tém efeito sobre a altura da ccoluna de Mluido de um bardmetro, desde que 0 didimetro do tubo seja suficientemente grande para evitar os efeitos de tensao superficial (capilaridade) FIGURA 1-53 A grandes altitudes, um motor de automvel produz menos poténcia e uuma pessoa recebe menos oxigénio, por ‘causa da densidade mais baixa do a. 26 == | _—_‘Termodinamica FIGURA 1-54 Esquema do Exemplo 1-9 ¢ o diagrama de corpo livre do pistio, “EXEMPLO 1-9 | Efeito do Peso do Pistao sobre a Pressa0 em um Citindro 0 pistdo de um arranjo pistdo-cilindro vertical contendo um gés tem massa igual @ {60 kg e érea de segdo transversal de 0,04 m?, como mostra a Figura 1-54. A pres- s4o atmosférica Jocal é de 0,97 bar, a aceleragéo gravitacional ¢ de 9,81 mis*. (2) Determine a pressdo dentro do cilindro. (b) Se calor for transferido para 0 gas © seu volume dobrar, voo8 espera que a pressao dentro do cilindro mude? Solug3a Um gés est contido em um citindro vertical com, um pisto pesado. A [presso dentro do cilindro'e o efeito da variagdo de volume sobre a presséo deve) ser determinados. Hipdtese 0 atrito entre o pistao eo cilindro & desprezivel, Andlise (a) A pressao do gas no arranjo pistéo-cilindra depende da presséo atmos férica e do peso do pistao. O diagrama de corpo livre do pistdo, mostrado na Figura 1-54, e 0 equilibrio das forgas verticais resultam,em, seme) (inet) Caen) N97 bar = 12 bar (0) A variacio do volume no teré nenhum efeito sobre © diagrama de corpo livre desenhado na parte (a) e, portanto, a pressio dentro do cilindro permanecera 2 mesma. Discussd0 Se o gis se comporta como um gas ideal, a temperatura absoluta dobra ‘quando 0 volume é dobrado a uma pressao constante. EXEMPLO 1-10 Presso Hidrostatica em um Lago Solar com Densidade Variavet Lagos solares $80, pequenos lagos artficiais com alguns metros ve profundidede usados para armazenar energia solar, A ascencéo da égua aquecida (e, portanto, menos densa) é evitada pela colocacéo de sal no fundo do Jago. Em umn lago solar ‘com gradiente de sal tipico, a densidade da agua aumenta na regido de gradiente, ‘como mostra @ Figura 1-55, podendo ser expressa como p= ali +w(25) onde po é a densidade da agua na superficie, 2 6 a distincia vertical medida de cima para baixo a partir do topo da regido de gradiente, eH é a éspessura da regio de gradiente. Para H = 4m, po = 1040 kom? e uma espessura de 0,8 m para a regido superficial, calcule a pressdo manométrica no fundo da regio de eradiente. Solugdo A variago da densidade da agua salgada na regigo de gradiente de um lago solar com profundidade ¢ fornecida, A press8o manométrica no fundo da regi8o, de gradiente deve ser determinada. Hipétese A densidade na regido superficial do lago @ constante. Propiedad 1 eee x teva te tie oe 6 enn ae aise ‘Chamamos 0 topo e o fundo da regido de gradiente de 1 e 2, respectiva~ mente. Notando que a densidade da regiao superficial € constante, 2 pressdo mano- métrica no fundo da regido superficial (que & 0 topo da regiéo de gradiente) 6 LN 1000 kg +m Ine esi honsaircipaumteite( A fissdo completa de 0,1 kg de urénio-235 libera (6.73 X 10! ki/kg) (0.1 ke) = 6:73 X 107k {de calor, que € suficiente para atender &s necessidades de energia do automével por ‘Quantidade de energia do combustivel 6.73 10°) ‘Uso dirio de energia © 165.0005) dia = 40.790 dias © que equivale a cerea'de 112 anos. Considerando que nenfium automdvel dure ‘mais que 100 anos, esse veiculo nunca precisaré ser reabastecido. Parece, eno, que combustivel nuclear equivalente ao tamanho de Uma cereja é suficiente para abastecer um automével durante toda a sua vida atit. Discussdo Observe que o problema nao 6 muito realista, uma vez que a massa ci tica necesséria nao pode ser atingida com uma quantidade téo pequena de combus- tivel. Além disso, nem todo o urdinio pode ser eanvertido durante fissao, novamente ‘devido aos problemas de massa critica ap6s converséo parcial. IN? de dias = Na pritica, as reagdes de fusio so muito ais dificets de serem realizadas por ‘causa da forte repulsio entre as niicleos com carga positiva, chamada de repulsao de Coulomb, Para superar essa forga de repulsio e permitir que os dois niicleos se fun- dam, o nivel de energia dos niicleos deve ser elevado aquecendo-os a cerca de 100 milhoes de °C. Entretanto, tais temperaturas s6 sio encontradas em estrelas ou durante Capitulo 2 Energia, Transferencia de Energia e Andlise Geral da Energia a explosio de bombas atémicas. De fato, a reago de fusio descontrotada de uma ‘bomba de hidrogénio (a bomba H) é iniciada por uma pequena bomba atomica. A rea io de fusio descontrolada foi realizada no inicio dos anos 1950, porém todos os esforgos desde entalo para realizar a fusio controlada para produzir poténcia, seja por ppodleroxos lasers, campos magnéticos € correntes elétricas,falharam. Energia Mecanica Muitos sistemas de engenharia so projetados para transportar fluidos de um lugar a outro a uma vazio, velocidade e diferenga de altura especificadas, e 0 sistema pode produzir trabalho mecanico em uma turhina ou pode consumir trabalho mecdni- co em uma bomba ou ventilador durante o processo, Exses sistemas no envolvem, conversio da energia nuclear, quimica ou térmica em energia mecdnica. Da mesma forma, nao hi transferéncia de calor em quantidades significativas e os sistemas ope- ram essencialmente a temperatura constante. Tais sistemas podem ser analisados de forma conveniente considerando apenas as formas mecdnicas de energia ¢ 0s efeitos de atrito que causam perda de enengia mecanica (ou seja, conversdo em energia tér- mica que. em geral, nao pode ser utilizada para nenhuma finalidade ttl). ‘A energia meciinica pode ser definida como a forma de energia que pode ser convertida completa e diretamente em trabalho mecdnico por um dispositivo meciini- €o ideal como uma turbina ideal. As enengias cinética € potencial sio as formas conhecidss de energia mecinica. Entretanto, energia térmica nio é energia mecanica, uma vez que nio pode ser convertida direta e completamente em trabalho (a Segunda Lei da Termodinimica). ‘Uma bomba transfere energia meciinica para um fluido elevando sua pressio, € ‘uma turbina extrai energia mecanica de um fluido diminuindo sua pressio. Assim, a pressio de um fluido em escoamento também esté associada & sua energia mecanica, Na verdade, a unidade de pressio Pa € equivalente a Pa = N/m? = N-m/m* = J/m', que é energia por unidade de volume, ¢ 0 produto PV ou seu equivalente P/p tem uni dade Jkg, que € energia por unidade de massa. Observe que a pressio por si s6 no & ‘uma forma de enengia. Mas uma forga de pressao agindo sobre um fluido ao longo de ‘uma distincia produz trabalho, chamado de trabalho de escoamento, em uma quanti- dade P/p por unidade de massa. O trabalho de escoamento é expresso em termas de propriedades do fluido, sendo conveniente imaginé-lo como parte da energia do Mui- do e chamé-lo de energia de pressdo. Assim, a energia mecinica de um fluido em escoamento pode ser expressa por unidade de massa como piv Cty he 210) onde P/p € a energia de pressito, V"12 € a energia cinética, ¢ gz energia potencial do fluido, todas por unidade de massa. Ela também pode ser expressa na forma de taxa como (2 Eon = Title (2 7 +) aa ‘onde si € 0 fluxo de massa do fluido. Ent. ‘Tuido em um escoamento incompressivel (p variagao da energia mecdnica de um constante) toma-se tel %) — (Ki/ke) (212) AB ne = HMC ae = wi( Mis ete »)) (KW) 2413) Portanto, a enengia meciinica de um fluido no varia durante o escoamento se sua pressilo, densidade. velocidade e altura permanecerem constantes. Na auséncia de perdas, a variagio da enengia mecanica representa 0 trabalho mecanico fornecido a0 fuido (se Aejg. > 0) ou extrafdo do Muido (Se Aegec <0). oT Termodinamica 8S ms. Local avaliado para uma estacio e% discutido no Exemplo (© Wl. 30¢PhenoDIse Fronteira do sistema Calor SISTEMA FECHADO ‘Trabalho |. (om=constane) FIGURA 2-11 A energia pode atravessar as fronteiras de um sistema fechado na forma de calor e trabalho, maior a diferenga a taxa de transfers EXEMPLO 2-2 Energia do Vento Um local avaliado para uma estagao dics tan vend estiels de velocidad 8 3 mis (Figura 2-10). Determine a energia do vento (a) por unidade de massa, (6) para | uma massa de 10 kg de ar e (c) para um fluxo de massa de 1154 ke/s de ar: ‘Solugdo_Um local com velocidade do venta conhecida é considerado. As energias por unidade de massa para uma massa especificeda e para um certo fluxo de massa de ar devem ser determinadas. Hipétese 0 vento sopra, de modo estavel & velocidade especificada. ‘Anélise 2 Gnica forma de energia do ar atmosférico aproveitavel para esse fim & a ‘energia Cinética, @ qual & capturada por uma turbina eélica. Ee (2) A energia do vento por unidade de massa do ar é ve IS e epee enka et ear ) = 364) (0) A energia do vento para uma massa de ar de 10 kg é q E = me = (10kg) (36,1 Ike) = 361) ste (€) A energia do vento para um fluxo de massa de 1154 ke/s € E = the = (M4 ays) (361k) aa DDiscuss4o £ possivel mostrar que o fluxo de massa especificado corresponde a uma seco de escoamento com diametro de 12 m quando a densidade do ar ¢ de ‘1,2 kg/m’. Portanto, uma turbina de envergadura de 12 m tem um potenciel de geragdo de energia de 4 -7 KW, Turbingse6licas reais convertem cerca da um tergo desse potencial em ‘elétrica. =4i7kw | 2-3 » TRANSFERENCIA DE ENERGIA POR MEIO DE CALOR Energia pode cruzar a fronteira de um sistema fechado de duas formas diferen- tes: calor e trabalho (Figura 2-11), E importante diferenciar essas duas formas de cenergia. Elas serio discutidas em primeiro lugar, para formar uma base s6lida para 0 desenvolvimento das leis da termodinimica, "Nossa experiencia mostra que uma lata de refrigerante gelado deixada sobre uma mesa se aquece apis um certo tempo, da mesma forma que uma batata assada colo- cada sobre a mesma mesa se esfria, Quando tum corpo & deixado em um meio que esti ‘uma temperatura diferente, a transferéncia de energia ocorre entre 0 corpo e © meio até que 0 equilfbrio térmico seja estabelecido, ou seja, até que 0 corpo e 0 meio atin Jam a mesma temperatura, A dirego da transferéncia de energia sempre & do corpo ‘com temperatura mais alta para aquele com temperatura mais baixa. Depois de esta- belecida a igualdade de temperaturas, a transferéncia de energia para. Nos processos descritos acima, diz-se que a energia € transferida sob a forma de calor, Calor é definido como a forma de energia transferida entre dois sistemas (ou ‘entre um sistema ¢ sua vizinhanga) em viride da diferenga de temperaturas (Figura 2-12), Ou seja, uma interagao de energia s6 € calor se ocorrer devido a uma diferen- ‘ga de temperatura, Dessa forma. no pode haver qualquer transferéncia de ealor entre dois sistemas que estejam & mesma temperatura. Viirias frases de uso corrente hoje em dia — como fluxo de calor, adigao de calor, rejeigio de calor, absorgao de calor, remogao de calor, ganho de calor, perda de calor. armazenamento de calor, geragio de calor, calor de reayio, liberagao de calor, calor especifico, calor sensivel, calor latente, calor perdido, calor do corpo, calor do proceso, sumidouro de calor ¢ fonte de calor — nao so consistentes com 0 signifi-

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