Sie sind auf Seite 1von 18

Universidade Federal da Bahia - UFBA

Instituto de Matemática - IM
Curso de Análise Real Vol 1, Elon Lages Lima
Exercı́cios Resolvidos

Análise Real

Belmiro Galo da Silva

Salvador-Bahia
Julho de 2010
Capı́tulo 1

Questão 1
Dados os conjuntos A e B, seja X um conjunto com as seguintes propriedades :
1o X ⊃ A e X ⊃ B
2o Se Y ⊃ A e Y ⊃ B então Y ⊃ X.
Prove que X = A∪B.
Demonstração.
“⊃”
A∪B⊂X
Seja ω ∈ A ∪ B, temos que ω ∈ A ou ω ∈ B
Se ω ∈ A, então ω ∈ X pois A ⊂ X pela 1a propriedade
Se ω ∈ B, então ω ∈ X pois B ⊂ X pela 1a propriedade
Com isso, concluı́mos que qualquer que seja ω ∈ A ∪ B, temos que ω ∈ X
Portanto A ∪ B ⊂ X

“⊂”
X⊂A∪B
Seja Y = A ∪ B, com isso, temos:
A ⊂ Y, pois A ⊂ A ∪ B
B ⊂ Y, pois B ⊂ A ∪ B
Portanto pela 2a propriedade, temos que X ⊂ Y
Ou seja, X ⊂ A ∪ B

De “⊃”e de “⊂”concluı́mos que X= A ∪ B. 

Questão 3
Sejam A, B ⊂ E. Prove que A ∩ B =∅ se, e somente se, A ⊂ Bc . Prove também
que A ∪ B= E se, e somente se, Ac ⊂ B.
a) A ∩ B = ∅ ⇔ A ⊂ Bc
b) A ∪ B = E ⇔ Ac ⊂ B
Demonstração.
a)“⇒”
A ∩ B = ∅ ⇒ A ⊂ Bc
Vamos supor que A 6⊂ B c . Seja x ∈ A, por defenição de complementar x 6∈ Ac .

2
Pela suposição x 6∈ B c e pela definição de complementar x ∈ B.
Com isso, temos que x ∈ A e x ∈ B. Logo x ∈ A ∩ B.
Concluı́mos que A ∩ B = ∅

“⇐”
A ⊂ Bc ⇒ A ∩ B = ∅
Seja x ∈ A, temos que x ∈ Bc e por definição de complementar x 6∈ B, com isso x ∈ A e
x 6∈ B.
Logo, x 6∈ A∩ B.
Como o x é arbritrário. A ∩B = ∅.

De “⇒”e de “⇐”concluı́mos que A ∩ B = ∅ ⇔ A ⊂ B c . 

b) “⇒”
A ∪ B = E ⇒ Ac ⊂ B
Vamos supor que Ac 6⊂ B. Seja x ∈ Ac . Por definição de complementar x 6∈ A.
Pela suposição x 6∈ B, por definição de complementar x ∈ Bc .
Como, x 6∈ A e x 6∈ B, x não pertence a união dos conjuntos pois ele não é elemento de
nenhum dos dois conjuntos, e portanto a união é diferente de E, que é o espaço todo.
Com isso, A ∪ B 6= E.

“⇐”
Ac ⊂ B ⇒ A ∪ B = E
Vamos dividir essa implicação em dois casos:
(i) para A ∪ B ⊂ E
(ii) para A ∪ B ⊃ E

(i) é trivial pois E é o espaço todo e portanto ele contém qualquer outro subconjunto.
(ii) Vamos supor que E 6⊂ A ∪ B, existe x2 ∈ E tal que x2 6∈ A ∪ B, ou seja, x2 6∈ A e
x2 6∈ B.
Como x2 6∈ A por definição de complementar x2 ∈ Ac
Concluı́mos que x2 ∈ Ac e x2 6∈ B. Logo Ac 6⊂ B. Contadição.
E ⊂ A ∪ B.
De (i) e (ii) concluı́mos que Ac ⊂ B ⇒ A ∪ B = E.
De “⇒”e de “⇐”concluı́mos que A ∪ B = E se, e somente se, Ac ⊂ B. 

3
Questão 4
Dados A, B ⊂ E. P rove que A ⊂ B ⇔ A ∩ B c = ∅
Demonstração.
“⇐”
A ∩ Bc = ∅ ⇒ A ⊂ B
V amos supor que A 6⊂ B. Tome x ∈ A tal que x 6∈ B, temos que x 6∈ Ac por definição de
complementar. E temos também que se x 6∈ B por definição de complementar x ∈ B c
Com isso, x ∈ A e x ∈ B c , logo x ∈ A ∩ B c
∴ A ∩ B c 6= ∅, Afirmação verdadeira por contrapositiva.

“⇒”
A ⊂ B ⇒ A ∩ Bc = ∅
Seja x ∈ A. Como A ⊂ B, x ∈ B
Por definição de complementar x 6∈ Ac e x 6∈ B c
Com isso, x ∈ A e x 6∈ B c . Logo X 6∈ A ∩ B c
∴ A ∩ Bc = ∅
De “⇒”e de “⇐”concluı́mos que A ⊂ B ⇔ A ∩ B c = ∅. 

Questão 5
Dê exemplo de conjuntos A, B, C tais que:
(A ∪ B) ∩ C 6= A ∪ (B ∩ C)
Construção.
Um exemplo simples seria: A = 3N, B = 4N, C = 2N, sendo N o conjunto dos naturais.
Para melhor compreensão, temos um outro exemplo:
Seja A = {3,6,9,12} ; B = {4,8,12,16} ; C = {2,4,6,8,10,12,14,16}
(A ∪ B) = {3, 4, 6, 8, 9, 12, 16}, com isso, (A ∪ B) ∩ C = {4, 6, 8, 12, 16}
Por outro lado,
(B ∩ C) = {4, 8, 12, 16}, com isso, A ∪ (B ∩ C) = {3, 4, 6, 8, 9, 12, 16}

Mostramos acima, exemplos de que (A ∪ B) ∩ C 6= A ∪ (B ∩ C) 

4
Questão 6
Se A, X ⊂ E são tais que A ∩ X = ∅ e A ∪ X = E. Prove que X = Ac
Demonstração.
“⊂”
X ⊂ Ac
Vamos supor que X 6⊂ Ac . Logo existe ω1 ∈ X tal que ω1 6∈ A. Por definição de comple-
mentar ω1 ∈ A Logo, se ω1 ∈ X e ω1 ∈ A, ω1 ∈ A ∩ X
Com isso, A ∩ X 6= ∅. Contradição, pois A ∩ X = ∅
∴ X ⊂ Ac

“⊃”
X ⊃ Ac
Vamos supor que Ac 6⊂ X.
Logo existe ω2 ∈ Ac tal que ω2 6∈ X.
Por definição de complementar de A, ω2 6∈ A. Como ω2 6∈ X e ω2 6∈ A
A ∪ X 6= E. Contradição, pois A ∪ X = E.
∴ X ⊃ Ac
De “⊃”e de “⊂”concluı́mos que X = Ac 

Questão 10
Seja A4B = (A−B)∪(B −A). Prove que A4B = A4C implica B=C. Examine
a validez de um resultado análogo com ∪,∩ ou × em vez de 4.
Demonstração:
(A − B) ∪ (B − A) = (A − C) ∪ (C − A) ⇒? B = C, ou seja,
(i)(A − B) ∪ (B − A) = (A − C) ∪ (C − A) ⇒? B ⊂ C e
(ii)(A − B) ∪ (B − A) = (A − C) ∪ (C − A) ⇒? B ⊃ C

(i ) Vamos supor que B 6⊂ C. Logo existe x ∈ B tal que x 6∈ C.


Caso 1. (x ∈ A)
Como x ∈ A e x ∈ B, x 6∈ (A − B) e x 6∈ (B − A)
Logo x 6∈ (A − B) ∪ (B − A) (*)
Como x ∈ A e x 6∈ C, x ∈ (A − C)
Logo x ∈ (A − C) ∪ (C − A) (**)
De (*) e (**)
(A − B) ∪ (B − A) 6= (A − C) ∪ (C − A)

5
Caso 2(x 6∈ A)
Se x 6∈ A e x ∈ B, x ∈ (B − A). Logo x ∈ (A − B) ∪ (B − A) (*)
Se x 6∈ A e x 6∈ C, x 6∈ (A − C) e x 6∈ (C − A). Logo x 6∈ (A − C) ∪ (C − A) (**)
De (*) e (**)
(A − B) ∪ (B − A) 6= (A − C) ∪ (C − A).
Com isso B ⊂ C. (Por contrapositiva)
(ii ) Análogo ao primeiro item.
de (i ) e (ii ) temos que:
(A − B) ∪ (B − A) = (A − C) ∪ (C − A) ⇒ B = C

~ Agora vamos examinar a validez de ∩.


A∩B =A∩C ⇒B =C
Falso, pois seja A = R+ B = N e C = Z

~ Agora vamos examinar a validez de ∪.


A∪B =A∪C ⇒B =C
Falso, pois seja A = R B = N e C = Z

~ Agora vamos examinar a validez de ×.


A × B = A × C ⇒ B = C(?)
(i)B ⊂ C(?)
∀b ∈ B. Tome a ∈ A, então (a, b) ∈ A × B. Como A × B = A × C
Daı́, (a, b) ∈ A × C. Logo b ∈ C.
∴ B ⊂ C.
(ii)C ⊂ B(?)
∀c ∈ C. Tome a ∈ A, então (a, c) ∈ A × C. Como A × C = A × B
Daı́, (a, c) ∈ A × B. Logo c ∈ B.
∴ C ⊂ B.
De (i) e (ii) temos que B = C.
∴A×B =A×C ⇒B =C 

Questão 11
Prove as seguintes afirmações:
a)(A ∪ B) × C = (A × C) ∪ (B × C)
b)(A ∩ B) × C = (A × C) ∩ (B × C)
c)(A − B) × C = (A × C) − (B × C)
6
d)A ⊂ A0 , B ⊂ B 0 ⇒ A × B ⊂ A0 × B 0 .
Demonstração:
a)“⊂”(A ∪ B) × C ⊂ (A × C) ∪ (B × C)(?)
Tome x ∈ (A ∪ B) × C, ou seja, x = (a, c) tal que a ∈ (A ∪ B) e c ∈ C.
Como a ∈ (A ∪ B), a ∈ A ou a ∈ B.
Temos que x = (a, c) com a ∈ A e c ∈ C, x ∈ (A × C) ou
x = (a, c) com a ∈ A e c ∈ C, x ∈ (A × B)
Concluı́mos que x ∈ (A × C) ∪ (B × C)
∴ (A ∪ B) × C ⊂ (A × C) ∪ (B × C)
“⊃”(A ∪ B) × C ⊃ (A × C) ∪ (B × C)(?)
Tome x ∈ (A × C) ∪ (B × C)
x ∈ (A × C) ou x ∈ (B × C)
Daı́, concluı́mos que x = (a, c) com a ∈ A e c ∈ C ou
x = (a, c) com a ∈ A e c ∈ C
Como x pode ser:
(a, c) com a ∈ A, dizemostambém que a ∈ A ∪ B, c ∈ C(*), ou
(b, c) com b ∈ B, dizemos também que b ∈ A ∪ B, c ∈ C(**)
De (*) e (**) temos que x ∈ (A ∪ B) × C.
∴ (A ∪ B) × C = (A × C) ∪ (B × C). 

b)“⊂”(A ∩ B) × C ⊂ (A × C) ∩ (B × C)(?)
Seja x ∈ (A ∪ B) × C.
x = (a, c) com a ∈ (A ∩ B) e c ∈ C.
Se a ∈ (A ∩ B), a ∈ A e a ∈ B
Como a ∈ A e c ∈ C então (a, c) ∈ A × C
e como a ∈ B e c ∈ C então (a, c) ∈ B × C
então x ∈ (A × C) ∩ (B × C).
“⊃”(A ∩ B) × C ⊃ (A × C) ∩ (B × C)(?)
Tome x ∈ (A × C) ∩ (B × C)
x = (d, c) tal que (d, c) ∈ A × C e (d, c) ∈ B × C
Como (d, c) ∈ A × C , d ∈ A e c ∈ C
e como (d, c) ∈ B × C, d ∈ B e c ∈ C.
Assim, d ∈ A e d ∈ B, ou seja, d ∈ A ∩ B
Daı́, x ∈ (A ∩ B) × C.
∴ (A ∩ B) × C = (A × C) ∩ (B × C). 

7
c)(A − B) × C = (A × C) − (B × C)
“⊂”(A − B) × C ⊂ (A × C) − (B × C)(?)
Seja x ∈ (A − B) × C
x = (h, c) tal que h ∈ (A − B) e c ∈ C
Como h ∈ (A − B), h ∈ A e h 6∈ B
Como h ∈ A e c ∈ C, x ∈ (A × C)
Como h 6∈ B e c ∈ C, x 6∈ (B × C)
Se x ∈ (A × C) e x 6∈ (B × C); x ∈ (A × C) − (B × C)
“⊃”(A − B) × C ⊃ (A × C) − (B × C)(?)
Seja x ∈ (A × C) − (B × C)
Ou seja, x ∈ (A × C) e x 6∈ (B × C)
Podemos dizer que como x ∈ (A × C), x = (h, c), h ∈ A e c ∈ C
e como x 6∈ (B × C) ⇒ h 6∈ B pois c ∈ C.
Daı́, h ∈ A e h 6∈ B. h ∈ (A − B) e c ∈ C
∴ x ∈ (A − B) × C.
Com isso, concluı́mos que (A − B) × C = (A × C) − (B × C). 

d)A ⊂ A0 , B ⊂ B 0 ⇒ A × B ⊂ A0 × B 0 .
Seja a ∈ A e b ∈ B.
Dado x = (a, b) ∈ A × B temos que a ∈ A e b ∈ B
Mas como A ⊂ A0 , a ∈ A0 e como B ⊂ B 0 , b ∈ B 0 .
Logo (a, b) ∈ A0 × B 0 .
Daı́, A × B ⊂ A0 × B 0 . 

Questão 12
Dada a função f : A → B :
a)Prove que se tem f (X − Y ) ⊃ f (X) − f (Y ), sejam quais forem os subconjuntos X e Y
de A;
b) Mostre que se f for injetiva entãof (X − Y ) = f (X) − f (Y ) para quaisquer X, Y con-
tidos em A.
Demonstração:
a)f (X) − f (Y ) ⊂ f (X − Y )
tome w ∈ f (X) − f (Y ). Temos que w ∈ f (x) e w 6∈ f (Y )
Como w ∈ f (x).∃x1 ∈ X tal que f (x1 ) = w e comow 6∈ f (Y ).
x1 6∈ Y [Pois se x1 fosse elemento de Y, f (x1 ) = w e w 6∈ f (Y )]
Então x1 ∈ X − Y pois x1 ∈ X e x1 6∈ Y . Logo f (x1 ) ∈ f (X − Y )
8
∴ w ∈ f (X − Y ). 
b) Vamos mostrar “ ⊂ ” de f (X − Y ) = f (X) − f (Y ), valendo agora a injetividade. Pois
a primeira inclusão foi mostrada no item anterior.
f (X − Y ) ⊂ f (X) − f (Y )(?)
Seja w1 ∈ f (X − Y ). Logo ∃! (pois é injetivo) x1 ∈ X − Y tal que f (x1 ) = w1
Daı́, x1 ∈ X e x1 6∈ Y .
f (x1 ) ∈ f (X) e f (x1 ) 6∈ f (Y )
Como f é injetivo se f (x1 ) = f (x2 ) ⇒ x1 = x2
Como f (x1 ) = w. ∀y1 ∈ Y , f (y1 ) 6= w.
Daı́, w ∈ f (X) e w 6∈ f (Y )
∴ w ∈ f (X) − f (Y ). 

Capı́tulo 2

Questão 9a
Sejam X e Y conjuntos finitos. Prove que card(X ∪ Y ) + card(X ∩ Y ) =
card(X) + card(Y ).
Demonstração:
Usaremos ] para indicar cardinalidade.
Sabemos que X ∪Y = X ∪(Y −X) com isso, concluı́mos que ](X ∪Y ) = ](X)+](Y −X)(*)
Sabemos também que Y = (X ∩ Y ) ∪ (Y − X)
Com isso, concluı́mos que ](Y ) = ](X ∩ Y ) + ](Y − X)
Obtemos, ](Y − X) = ](Y ) − ](X ∩ Y ) e substituindo em (*). Temos:
](X ∪ Y ) = ](X) + ](Y ) − ](X ∩ Y )
Daı́, ](X ∪ Y ) + ](X ∩ Y ) = ](X) + ](Y ). 

Capı́tulo 4

Questão 1
Se lim xn = a então lim |xn | = |a|. Dê um contra-exemplo mostrando que a
recı́proca é falsa, salvo quando a = 0.
Demonstração:
Observe que: Se lim xn = a, temos que ∀ε > 0, ∃n0 ∈ N tal que n > n0 ⇒ |xn − a| < ε.
Ora, xn = xn − a + a ⇒ |xn | ≤ |xn − a| + |a| ⇒ |xn | − |a| ≤ |xn − a|
9
Por outro lado, a = a − xn + xn ⇒ |a| ≤ |a − xn | + |xn | ⇒ |a| − |xn | ≤ |a − xn |
Portanto, ||xn | − |a|| ≤ |xn − a| < ε. Ou seja, lim |xn | = |a| 
Um Contra-exemplo é:
xn = (−1)n . |xn | = 1 e lim |xn | = 1. Mas @ lim xn .

Questão 2
Seja lim xn = 0. Para cada n, ponha yn = min {|x1 |, |x2 |, ..., |xn |}. Prove que
yn → 0.
Demonstração:
(yn ) é uma sequência monótona. De fato:
y1 = |x1 |,
y2 = |x1 | se |x1 | ≤ |x2 | ou y2 = |x2 | se |x2 | ≤ |x1 |
Assim y2 ≤ y1
y3 = |x1 | se |x1 | ≤ |x3 | ou y3 = |x2 | se |x2 | < |x1 | e |x2 | < |x3 | ou y3 = |x3 | se |x3 | < |x1 | e
|x3 | < |x2 |
Portanto, y3 < y2 < y1 .
Prosseguindo desta forma, (yn ) será uma sequência ou decrescente, ou não-crescente.
Como lim xn = 0 ⇒ ∀ε > 0, ∃n0 ∈ N tal que n > n0 ⇒ |xn − 0| < ε. Ouseja, |xn | < ε.
Assim, os termos de (yn ) também tende a zero. Desta forma yn → 0. 

Questão 3
Se lim x2n = a e lim x2n−1 = a, prove que lim xn = a
Demonstração:
Como lim x2n = a e lim x2n−1 = a então ∀ε > 0, ∃n1 , n2 ∈ N tal que n > max{n1 , n2 } ⇒
ε ε
|x2n − a| < 2
e |x2n−1 − a| < 2
Portanto, pela desigualdade triangular:
|x2n − a| + |x2n−1 − a| < ε
|x2n + x2n−1 − a| < |x2n − a| + |x2n−1 − a| < ε
|xn − a| < ε 

Questão 6
Se lim xn = a e lim(xn − yn ) = 0 então lim yn é igual a a.
Demonstração:
ε
Como lim xn = a temos que ∀ε > 0, ∃n1 ∈ N tal que n > n1 ⇒ |xn − a| < 2
10
e como lim(xn − yn ) = 0 temos que ∀ε > 0, ∃n2 ∈ N tal que n > n2 ⇒ |xn − yn | < 2ε .
Tomando n0 = max{n1 , n2 }. Como |yn − a| = |yn − a + xn − xn | = |xn − a − (xn − yn )| ≤
ε ε
|xn − a| + |xn − yn | < 2
+ 2

Com isso, |yn − a| < ε, ∀ε > 0, n > n0 . Ou seja, lim yn = a 

Questão 7
Seja a 6= 0. Se lim yan = 1 então lim yn é igual a a
Demonstração:
Como lim yan = 1. Temos que ∀ε > 0, ∃n0 ∈ N tal que n > n0 ⇒ | yan − 1| < ε
|a|
|yn −a|
Mas, | yan − 1| = | yna−a | = |a|
com a 6= 0
|yn −a|
Portanto, | yan − 1| = |a|
< |a|ε
⇒ |yn − a| < ε, ou seja,lim yn = a. 

Questão 10

Sejam k ∈ N e a > 0. Se a ≤ xn ≤ nk para todo n, então lim n xn = 1
Demonstração:
a ≤ xn ≤ nk , ∀n
√ √ √n
Temos que, n a ≤ n xn ≤ nk
√ √
n
lim n a → 1 e lim nk → 1

Pelo teorema do Sandwiche, lim n xn = 1 

Questão 11a.
1 n+1
Sejam xn = (1 + n1 )n e yn = (1 − n+1 ) . Mostre que lim xn .yn = 1 e deduza daı́
que lim(1 − n1 )n = e−1 .
Demonstração:
(n+1)n nn+1
xn .yn = (1 + n1 )n .(1 − 1 n+1
n+1
) = nn
. (n+1)n+1 = n
n+1
∴ lim xn .yn = 1
1 n
Sabendo que lim (1 + ) = e e lim xn .yn = 1.
x→+∞ n
Temos que, lim xn . lim yn = 1
x→+∞ x→+∞
Com isso, e. lim yn = 1
x→+∞
1
lim yn = 
x→+∞ e

11
Questão 14

n
Seja a ≥ 0, b ≥ 0. Prove que lim an + bn = max{a, b}.
x→+∞
Demonstração:
b
Em particular, a > b. Com isso, a
<1
1 1 1
n n
(a + b ) = [a .[1 +
n
n
( ab )n ]] n = a.[1 + ( ab )n ] n
1 √
como lim[1 + ( ab )n ]] n = 1. Temos que lim
n
an + b n = a 
x→+∞

Questão 20
1
Seja x1 = 1 e ponha xn+1 = 1 + xn
. Verifique que |xn+2 − xn+1 | ≤ 12 |xn+1 − xn |.
Conclua que existe a = lim xn e determine a.
Demonstração:
(i)A priori vamos mostrar que xn .xn+1 ≥ 2 para todo n ∈ N
(∗)∀xn temos que xn ≥ 1, pois temos para n = 1, xn = x1 = 1 e para n > 1 vamos ter
1
que xn 6= x1 com xn = 1 + xn−1
≥1
1
Com isso, xn .xn+1 = xn .(1 + xn ) = x n + 1. De (∗) temos que xn .xn+1 = xn + 1 ≥ 2

(ii)Agora vamos mostrar que |xn+1 − xn | ≤ 12 |xn − xn−1 |


−xn
|xn+1 − xn | = |1 + x1n − 1 − xn−1
1
| = | xxn−1
n .xn−1
| e como mostramos em (i), xn .xn+1 ≥ 2, logo
−xn
| xxn−1
n .xn−1
| ≤ 12 .|xn − xn−1 |

(iii)Por fim, vamos concluir que a sequência é convergente.(Dica: Lembre-se que o módulo
da soma de vários números reais é menor ou igual que a soma dos módulos desses números
e daı́ mostramos que a sequência é de Cauchy).
|xn+2 − xn+1 | ≤ 12 .|xn+1 − xn | ≤ ( 12 )2 .|xn − xn−1 | ≤ ... ≤ ( 21 )n .|x2 − x1 |
Vamos provar por indução: para n = 1
|x3 − x2 | ≤? 21 .|x2 − x1 |
|x3 − x2 | = | 32 − 2| = 21 , por outro lado, 21 .|x2 − x1 | = 12 |2 − 1| = 1
2
1
Com isso, 2
≤ 12 X
Assuimimos que é válido para n. |xn+2 − xn+1 | ≤ ( 21 )n .|x2 − x1 |.
Vamos provar que vale para n + 1
−xn+2
1
|xn+3 − xn+2 | = |1 + xn+2 1
− 1 − xn+1 | = | xxn+1
n+2 .xn+1
| ≤ 12 .|xn+2 − xn+1 | ≤ ( 12 ).( 12 )n .|x2 − x1 | =
( 21 )n+1 .|x2 − x1 |
Logo, pelo pricı́pio de indução a afirmação é válida.
Se a sequência é de Cauchy então sabemos que ela converge.
|xn+k − xn | = |xn+k − xn+k−1 + xn+k−1 − xn+k−2 + ... − xn+1 + xn+1 − xn | ≤

12
≤ |xn+k − xn+k−1 | + |xn+k−1 − xn+k−2 | + ... + |xn+1 − xn | ≤
( 12 )n
≤ [( 21 )n+k + ( 12 )n+k−1 + ... + ( 12 )n ].|x2 − x1 | ≤ 1− 12
.|x2 − x1 | = ( 12 )n−1 .|x2 − x1 | < ε
Agora, sabemos que a sequência xn converge para um certo a, pois ela é de Cauchy.
Logo se a sequência xn converge para a a sequência xn+1 também converge para a.
1
Com isso, xn+1 = 1 + xn
1 a+1
a=1+ a
= a
. Logo, a2 − a − 1 = 0
4=1+4=5
√ √
1± 5 1+ 5
a= 2
e como lim xn = a > 0 então a = 2
. 

Questão 42
Se Σan converge e an > 0 então Σ(an )2 converge.
Demonstração:
Ou usar Dirichlet, ou
Σan < ∞ ⇒ lim an = 0
x→+∞
∃n0 ∈ N tal que an < 1, ∀n ≥ n0
Com isso, 0 < an < 1 ⇒ 0 < (an )2 < an < 1
Pelo teste da comparação an converge. 

Capı́tulo 5

Questão 1
Um conjunto A ⊂ R é aberto se, e somente se, cumpre a seguinte condição:“se
uma sequência (xn ) converge para um ponto a ∈ A então xn ∈ A para todo n suficiente-
mente grande”.
Demonstração:
“ ⇒ ” Suponha que (xn ) converge para um ponto a ∈ A então ∀ε > 0, ∃n0 ∈ N tal que
n > n0 .
|xn − a| < ε, ou seja, xn ∈ (a − ε, a + ε). Como A é aberto então existe um intervalo
aberto (a1 , b1 ) tal que a ∈ (a1 , b1 ) ⊂ A. Logo xn ∈ (a − ε, a + ε) ⊂ (a1 , b1 ) ⊂ A
∀n suficientemente grande.
1
“ ⇐ ” Suponha que x ∈ A qualquer. Então a sequência xn = x − n
tende a x para um n
suficientemente grande. Logo ∀ε > 0, ∃n0 ∈ N tal que xn ∈ (x − ε, x + ε), como xn ∈ A
pela ida demonstrada acima temos que (x − ε, x + ε) ⊂ A, ou seja, x ∈ (x − ε, x + ε) ⊂ A
∀x ∈ A. Logo A é aberto. 
13
Questão 2
Tem-se lim xn = a se, e somente se, para todo aberto A contendo o ponto a,
existe n0 ∈ N tal que n > n0 implica xn ∈ A.
Demonstração:
“ ⇒ ” Se lim xn = a ∈ A então ∀ε > 0, ∃n0 ∈ N tal que n > n0 implica xn ∈
(a − ε, a + ε). Como a ∈ A que é aberto. ∃(a1 , b1 ) ⊂ A tal que a ∈ (a1 , b1 ). to-
mando ε = min(a − a1 , b − a1 ), xn ∈ (a − ε, a + ε) ⊂ A.
“ ⇐ ” Suponha que qualquer que sejao aberto A contendo o ponto a, existe n0 ∈ N
tal que n > n0 implica xn ∈ A. Em particular xn ∈ (a − ε, a + ε), ∀ε > 0 logo
a − ε < xn < a + ε ⇒ |xn − a| < ε.
Portanto, segue que lim xn = a. 

Questão 3
Seja B ⊂ R aberto. Então, para todo x ∈ R, o conjunto x + B = {x + y; y ∈ B} é
aberto. Analogamente, se x 6= 0, então o conjunto x.B = {x.y; x ∈ A, y ∈ B} são abertos.
Demonstração:
Se x = 0 ⇒ x + B = B que é aberto. Caso contrário, para cada a ∈ x + B temos
que ∃b ∈ R tal que a = x + b como B é aberto então existe um intervalo (i, j) tal que
b ∈ (i, j) ⊂ B. Logo a ∈ (x + i, x + j) ⊂ x + B i, j ∈ R. Portanto x + B é aberto.
Analogamente, seja a ∈ x.B então ∃b ∈ B tal que a = x.b. Desta forma como b ∈ B que
é aberto existe um intervalo (i, j) ⊂ B tal que b ∈ (i, j), logo a ∈ (xi , xj ) ⊂ x + B. 

Questão 4
Sejam A, B abertos. Então os conjuntos A + B = {x + y; x ∈ A, y ∈ B} e
A.B = {x.y; x ∈ A, y ∈ B} são abertos.
Demonstração:
Seja a ∈ A + B qualquer, então existe um x ∈ A e y ∈ B tal que a = x + y. Como A e B
são abertos existem intervalos (a1 , a2 ) ⊂ A e (b1 , b2 ) ⊂ B tal que x ∈ (a1 , a2 ) e y ∈ (b1 , b2 ).
Logo a ∈ (a1 + b1 , a2 + b2 ) ⊂ A + B. Desta forma A + B é aberto. Analogamente, seja
a ∈ A.B então ∃x ∈ A e y ∈ B tal que a = x.y. Logo a ∈ (a1 .b1 , a2 .b2 ) ⊂ A.B
∴ A.B é aberto. 

14
Questão 5
Para quaisquer X, Y ⊂ R, tem-se int(X ∩ Y ) = int(X) ∩ int(Y ) e
int(X ∪ Y ) ⊃ int(X) ∪ int(Y ). Dê um exemplo em que a inclusão não se reduza a uma
igualdade.
Demonstração:
(i)int(X ∩ Y ) ⊂ int(X) ∩ int(Y )
Seja x ∈ int(X ∩ Y ) ⇒ existe um intervalo (a, b) tal que x ∈ (a, b) ⊂ X ∩ Y , ou
seja, x ∈ (a, b) ⊂ X e x ∈ (a, b) ⊂ Y . Logo x ∈ int(X) e x ∈ int(Y ). Com isso,
x ∈ int(X) ∩ int(Y ).
(ii)int(X ∩ Y ) ⊃ int(X) ∩ int(Y )
Seja x ∈ int(X) ∩ int(Y ) ⇒ existe um intervalo (a, b) tal que x ∈ (a, b) ⊂ X e
x ∈ (a, b) ⊂ Y . Com isso, x ∈ (a, b) ⊂ X ∩ Y ⇒ x ∈ int(X ∩ Y )
De (i) e (ii) temos que int(X ∩ Y ) = int(X) ∩ int(Y ) 

(iii)int(X ∪ Y ) ⊃ int(X) ∪ int(Y )


Seja x ∈ int(X) ∪ int(Y ) ⇒ x ∈ int(X) ou x ∈ int(Y ). Com isso ∃ um intervalo (a, b)
tal que x ∈ (a, b) ⊂ X ou x ∈ (a, b) ⊂ Y ⇒ x ∈ int(X ∪ Y ) 

(iv)A outra inclusão não é válida, pois considere X = [1, 3] e Y = [3, 7], tomando
x = 3 ∈ int(X ∪ Y ), porém x 6∈ int(X) e x 6∈ int(Y )

Questão 6
Se A ⊂ R é aberto e a ∈ A então A − {a} é aberto.
Demonstração:
Seja x ∈ A − {a} como A é aberto, existe um intervalo (a1 , b1 ) tal que x ∈ (a1 , b1 ) ⊂ A,
se a ∈ (a1 , b1 ) então x ∈ (a1 , a) ∪ (a, b1 ) ⊂ A − {a}, logo x ∈ (a1 , a) ou x ∈ (a, b1 ) ambos
contidos em A − {a}.
Se a 6∈ (a1 , b1 ) então x ∈ (a1 , b1 ) ⊂ A − {a}. Qualquer que seja o caso A − {a} é aberto.

Questão 11
Se X ⊂ F e F é fechado então X ⊂ F .
Demonstração:
Como F é fechado, por definição F = F . Como X ⊂ F ⇒ X ⊂ F = F 

15
Questão 12
Se lim xn = a e X = {x1 , x2 , ..., xn , ...} então X = X ∪ {a}.
Demonstração:
Como lim xn = a ⇒ a é ponto de aderência de um sequência xn ⊂ X. Logo a ∈ X. Desta
forma X ∪ {a} ⊂ X.
Suponha que ∃b ∈ X tal que b 6∈ X ∪ {a} então ∃yn ∈ X tal que lim yn = b o que é
uma contradição, pois se isso ocorresse não existiria lim xn = a, pois teriamos uma sub-
sequência de xn tendendo para b, segundo a definição do conjunto X. Logo X ∪{a} = X.

Questão 14
Sejam F, G conjuntos fechados distintos tais que F ∪ G seja um intervalo fechado
(limitado ou não). Então F = ∅ ou G = ∅.
Demonstração:
Suponha que F 6= ∅ e G 6= ∅ e I = F ∪ G limitado (poderia não ser)
Seja c = inf(G), com isso, c ∈ G ⇒ c ∈ G (pois G é fechado)
Dado a ∈ F temos que a 6= c. Para qualquer x ∈ I tal que I1 = {a < x < c} ⇒ x ∈ F
Mas, c ∈ I1 ⇒ c ∈ F . Contradição. Logo F = ∅ ou G = ∅
OBS.: Se I não for limitado então ou F ou G terá limite inferior ou superior. 

Questão 23
Um conjunto não-vazio X ⊂ R é um intervalo se, e somente se, satisfaz a condição
seguinte:“a, b ∈ X, a < x < b ⇒ x ∈ X”.
Demonstração:
“⇒”Seja X ⊂ R um intervalo. Sem perda de generabilidade, suponha X = [a, b], desta
forma. ∀x ∈ int(X) ⇒ a < x < b. Com isso, x ∈ X.
“⇐”Suponha que, a, b ∈ X e a < x < b ⇒ x ∈ X. Logo X = [a, b] que é um intervalo.
De “⇒”e de “⇐”concluı́mos a equivalência. 

Questão 26
Se F é fechado e A é aberto então F − A é fechado.
Demonstração:
Vamos mostrar que F − A = F − A

16
Sabemos que F − A ⊂ F − A é trivial.
Agora vamos mostrar que F − A ⊃ F − A
Suponha agora x ∈ F − A logo x é ponto de aderência de alguma sequência (xn ⊂ F − A.
Ou seja, (xn ) ⊂ F com (xn ) 6⊂ A. Como F = F , x ∈ F e x 6∈ A. Logo x ∈ F − A.
Portanto, F − A ⊃ F − A.
Desta forma F − A é fechado. 

Questão 32
Para todo X ⊂ R, X 0 é fechado.
Demonstração:
Vamos mostrar que X 0 = X 0
Ora, X 0 ⊂ X 0
Seja x ∈ X 0 então existe (xn )n∈N ⊂ X 0 tal que lim xn = x
Como (xn ) ⊂ X 0 ⇒ ∀n ∈ N, existe nk > n tal que (xnk − ε, xnk + ε) ∩ (X − {x}) 6= ∅
∀ε > 0 e xnk → x
Desta forma x ∈ X 0 .
Logo, X 0 ⊂ X 0 e portanto X 0 é fechado. 

Questão 34
(X ∪ Y )0 = X 0 ∪ Y 0 .
Demonstração:
“⊂”Seja x ∈ (X ∪ Y )0 então ∀ε > 0 (x − ε, x + ε) ∩ [(X ∪ Y ) − {x}] 6= ∅
Ora, (X ∪ Y ) − {x} = (X − {x}) ∪ (Y − {x})
Logo (x − ε, x + ε) ∩ [(X − {x}) ∪ (Y − {x})] 6= ∅. Então
[(x − ε, x + ε) ∩ (X − {x})] ∪ [(x − ε, x + ε) ∩ (Y − {x})] 6= ∅. Com isso,
(x − ε, x + ε) ∩ (X − {x}) 6= ∅ ou x − ε, x + ε) ∩ (Y − {x}) 6= ∅
Logo x ∈ X 0 ou x ∈ Y 0 . Portanto x ∈ X 0 ∪ Y 0 .
“⊃”Seja agora x ∈ X 0 ∪ Y 0 então x ∈ X 0 ou x ∈ Y 0
Sem perda de generalidade suponha x ∈ X 0
Logo, ∀ε > 0 (x − ε, x + ε) ∩ (X − {x}) 6= ∅
Como, (x − ε, x + ε) ∩ (X − {x}) ⊂ X ⊂ X ∪ Y ⇒ x ∈ (X ∪ Y )0
Portanto, (X ∪ Y )0 ⊃ X 0 ∪ Y 0
De “⊂”e de “⊃”temos que (X ∪ Y )0 = X 0 ∪ Y 0 

17
Questão 35
Todo ponto de um conjunto aberto A é ponto de acumulação de A.
Demonstração:
Seja a ∈ A, com A aberto então existe um intervalo aberto (a1 , b1 ) tal que a ∈ (a1 , b1 ) ⊂ A.
Com isso, ∀ε > 0, (a − ε, a + ε) ∩ (a1 , b1 ) 6= ∅
E observe que (a − ε, a + ε) ∩ (a1 , b1 ) = {a} se ε = 0
Logo, ∀ε > 0, (a − ε, a + ε) ∩ [(a1 , b1 ) − {a}] 6= ∅
Com isso, (a − ε, a + ε) ∩ [A − {a}] 6= ∅, pois (a1 , b1 ) − {a} ⊂ A
Portanto, a ∈ A0 

Questão 37
Seja X ⊂ R tal que X 0 ∩ X = ∅. Mostre que existe, para cada x ∈ X, um
intervalo aberto Ix , de centro x, tal que x 6= y ⇒ Ix ∩ Iy = ∅.
Demonstração:
Como X 0 ∩ X = ∅ ⇒ ∀x ∈ X temos que ∃ε > 0 tal que (x − ε, x + ε) ∩ (X − {x}) = ∅
Logo, para cada x ∈ X conseguimos Ix = (x − ε, x + ε) para um tal ε dado.
Desta forma, se x 6= y temos que Ix ∩ Iy = ∅.
Pois, Ix ∩ (X − {x}) = ∅. 

Capı́tulo 8

Questão 3
00
Seja p : R → R um polinômio de grau ı́mpar. Existe c ∈ R tal que p (c)=0.
Demonstração:
Seja p polinômio de grau ı́mpar.
p(x)=an xn + ... + a2 x2 + a1 x + a0 com an 6= 0 e (n ı́mpar)
0
p (x)=nan xn−1 + ... + 2a2 x + a1 com an 6= 0 e (n-1 par)
00
p (x)=n.(n − 1)an xn−2 + ... + 2a2 com an 6= 0 e (n-2 ı́mpar)
Pelo teorema Fundamental da álgebra, p00 tem n-2 raı́zes. Como as raı́zes complexas são
00
conjugadas, vai existir pelo menos um c tal que p (c)=0. 

18

Das könnte Ihnen auch gefallen