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Estética em Kant

Vamos abordar o estudo da beleza, segundo a teoria Kantiana, que pretende deslocar o centro
da existência da beleza do objeto para o sujeito.

Segundo Moritz Geiger, filósofo alemão, Kant tratou de demonstrar que os problemas
estéticos eram insolúveis, e a impossibilidade de resolvê-los adviria da diferença radical
existente os juízos estéticos (ou o juízo de gosto), e os juízos de conhecimento.

Kant afirma que os juízos de conhecimento emitem conceitos que possuem validez geral,
validos para todo mundo, baseado em propriedades objetivas.

Já os juízos estéticos, não emitem conceito, decorrem de uma simples reação pessoal do
contemplador diante do objeto, e não de propriedade deste, não exigindo concordância geral.
Em síntese é o que o contemplador sente ao ver o obejeto.

Daí diz Geiger que segundo o pensamento de Kant que o conteúdo do juízo estético é a reação
do sujeito e não propriedade do objeto.

O juízo estético e o juízo sobre o agradável

Kant afirma que “agradável é aquilo que agrada os sentidos, na sensação” o que quer dizer que
a diferença entre juízo estético sobre o juízo do agradável, se baseia numa sensação pessoal
do sujeito, que tal objeto é agradável para quem o sente.

Primeiro paradoxo Kantiano sobre a Beleza

O juízo estético ao mesmo tempo difere e tem alguma coisa com o juízo sobre o agradável e o
juízo do conhecimento. Ele se parece com o juízo sobre o agradável porque se baseia numa
simples sensação de prazer que o sujeito experimenta diante do objeto, mas difere deste juízo,
porque a pessoa que gosta de um quadro, não se conforma que ele seja belo apenas para ela,
quer que todo mundo goste também.

Comparando o juízo estético com o juízo do conhecimento, vemos que ele se difere dele
porque não se baseia em conceitos e sim numa sensação, por outro lado, é semelhante,
porque nós exigimos dele validade geral.

Concluindo sobre o exposto, podemos dizer que:

-O juízo do conhecimento é um conceito de validade geral.

-O juízo sobre o agradável é uma sensação, reação meramente pessoal do sujeito, ausência de
validade geral.

-O juízo estético é uma sensação agradável do sujeito, ausência de conceito,mas exigência de


validade universal.
Por isso, para Kant, a beleza, ou melhor, “a satisfação determinada pelo juízo de gosto”, que é
como ele prefere chamar a beleza, é, em primeiro lugar e antes que mais nada, “aquilo que
agrada universalmente sem conceito”, ou seja, “um universal sem conceito”.

Segundo paradoxo sobre a Beleza

Se para Kant a primeira característica da Beleza é “universal sem conceito” é uma paradoxo;
quando o sujeito emite um juízo estético, não esta exprimindo uma conceito decorrente das
propriedades do objeto, mas o sujeito exige para esse juízo estético, a validez universal, que
todos gostem.

Segundo Kant a beleza é resultante de faculdades necessariamente comuns a todos os


homens, a sensibilidade oi imaginação, aliada talvez ao entendimento.

É uma espécie de harmonização das faculdades causada pela sensação de prazer. Daí, a
segunda característica aparentemente ambígua e paradoxal da Beleza; da satisfação
determinada pelo juízo de gosto: “é uma necessidade subjetiva que nos parece como
objetiva”.

O sujeito, ao experimentar uma sensação de prazer, exige para seu juízo, o assentimento de
todos.

Terceiro paradoxo sobre a Beleza

É uma reflexão sobre as diferenças entre o juízo estético e o juízo sobre o agradável.

Ambos os juízos se baseiam numa sensação de prazer pessoa, mas a diferença é que o
interesse físico a satisfazer, o prazer causado por essa sensação, é interessado, mas quando a
sensação de prazer é causada pela alegria, é diferente, é gratuita e desinteressada.

Por isso, Kant continua sua exposição afirmando que o sentimento da Beleza não procura
satisfazer nenhuma inclinação, pelo menos diretamente, é um sentimento puramente
contemplativo; não é turvado por nenhum desejo, é um prazer desprovido de interesse.

O julgameto de gosto é puramente contemplativo, é uma julgamento que, indiferente à


existência de um objeto, une somente sua natureza ao sentimento de prazer ou desprazer.
Esta contemplação não é regida de acordo com conceito e acrescenta Kant que o agradável, a
beleza e o bem são satisfações, mas que pode se dizer que, destas três espécies de satisfação,
somente aquela dada pelo gosto da Belezaé desinteressada e livre.

Quarto paradoxo sobre a Beleza


Para entendermos, é fundamental distinguir o fim da finalidade. Kant afirma que: todo fim,
considerado como principio de satisfação, comporta sempre um interesse como motivo de
julgamento, trazido sobre o objeto do prazer.

O contrario ocorre com a finalidade. Do ponto de vista estético, finalidade, é para Kant,
“alguma coisa que o sujeito descobre no objeto e que tem o dom de excitar harmonicamente
suas faculdades”.

Temos então, o fim ao objeto e à sua destinação útil; e a finalidade, ligada ao sujeito e a
sensação de prazer harmonioso que ele experimenta.

O fim é ligado à propriedade do objeto, e o juízo estético é puramente subjetivo, baseado no


livre jogo da imaginação e do entendimento. Nenhum prazer ligado ao fim pode ser estético,
porque todo ele é interessado.

Com isso, afirma Kant que “o juízo estético não tem outro fundamento senão a forma da
finalidade de um objeto”

A quarta fórmula Kantiana sobre a Beleza é que: “a satisfação determinada pelo juízo de gosto
é uma finalidade sem fim”.

Beleza Livre e Beleza Aderente

No pensamento de Kant, foi muito importante para estética, a distinção que ele estabeleceu
entre Beleza Livre e Beleza Aderente, que iria repercutir profundamente nas teorias sobre arte
abstrata em nosso século.

A distinção entre Beleza Livre e Beleza Aderente se deriva da finalidade fim. São três graus de
utilidade crescente e decrescente, os dos objetos puramente ligados ao fim e à sua distinção
útil, e mesmo já dentro do campo da Beleza, e, já dentro do campo da finalidade, os dois
objetos que representam coisas (arte figurativa) e dos que representem simples formas (arte
abstrata).

Kant chama de Beleza ligada às artes figurativas de “aderente” (porque ela adere o conceito
que fazemos das coisas representadas) e chama de “livre” a que se liga às artes abstratas, que
representam formas puras.

A concepção Kantiana do prazer desinteressado, assim como a satisfação determinada pela


Beleza livre – que, pelos Kantianos, é considerada a única Beleza esteticamente pura – não é
estranha aos inúmeros preconceitos sobre a arte “pura” e sobre os “perigos” que representam
as “impurezas” de determinadas formas de arte em nosso mundo contemporâneo.

Por outro lado, Mortiz Geiger, filósofo alemão, aponta uma contradição fundamental no
pensamento Kantiano, onde ele pergunta: “se o sentimento estético é realmente expressão de
faculdades cognoscitivas de validez geral, não teremos que admitir também que em todos os
homens os mesmos objetos devem provocar o sentimento estético adequado, assim como as
faculdades cognoscitivas, universamente válidas constituem o fundamento lógico adequado? E
se esta conseqüência é correta, não se poderia, do mesmo modo, assinalar, teórica e
conceitualmente, qual deve ser, no objeto, a condição apta a suscitar o livre acordo das
faculdades cognoscitivas?”

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