[DEF0264] TEORIA DA TRIBUTAÇÃO: ASPECTOS Fabio Pereira da Silva

ECONOMICOS NUSP 9839461

PROFESSOR DR EDUARDO SCHOUERI
FICHAMENTO 8

FICHAMENTO 08

SELIGMAN e o início do imposto de renda norte-americano.

O texto discorre sobre o século passado, em que um grupo de economistas

iniciaram uma campanha para reformar o sistema estadunidense de finanças públicas a
fim de que houvesse maior preocupação do Fisco estatal com a distribuição equitativa de
obrigações fiscais. Assim, a nova política fiscal prometeu assegurar um regime de
impostos mais progressivo.
Dentre as forças que impulsionaram a transformação do estado fiscal
americano, destaca-se o movimento intelectual, cujo visionário pode-se citar o professor
Edwin Seligman. O professor, ao lado de seus colegas, aplicou suas teorias à política de
tributação americana, sobretudo, a partir da ideia de capacidade de contribuição
individual e personalista.
Esses estudiosos pertencem a uma nova escola de política econômica, a
Era dos Economistas Progressivos, que procuraram construir uma política fiscal que
correspondesse a um processo histórico de disparidade social.
O caso particular de Edwin Seligman é curioso, pois Seligman é herdeiro
de uma proeminente família de banqueiros que se interessou pelas finanças públicas e,
em especial, pela desigualdade na taxação. Todavia, desde pequeno, a família de
Seligman esteve envolvida nos círculos políticos dos EUA e de institutos humanistas,
razão pela qual desde cedo aprendeu a importância da participação cívica no país. Não é
a toa que Seligman é frequentemente descrito como vindo de uma tradição humanitária
liberal.
Na Alemanha, Seligman teve contato com os mais famosos economistas,
com quem aprendeu a examinar as políticas econômicas de uma perspectiva histórica. De
volta aos EUA, decidiu se dedicar inteiramente à Academia e não mais às finanças. Como
professor, enfatizou a importância da empatia e da historicidade no estudo da economia
e da sociedade.
De fato, à semelhança de Seligman, a experiência de vida dos estudiosos
da nova escola de política econômica estadunidense foi fator elementar para uni-los nesse

FACULDADE DE DIREITO
LARGO DE SÃO FRANCISCO – FDUSP
2017
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propósito. A política fiscal em si, aplica o historicismo às tarifas, aos débitos públicos e,
principalmente, ao imposto de renda.
Ainda sobre a política fiscal implementada, Seligman esclarece que os
impostos não são pagos como uma contraprestação aos serviços do Estado, mas sim
porque o Estado é "parte de nós". Em uma sociedade, os indivíduos e o Estado são
indissociáveis. E, neste cenário, os indíviduos das classes dominantes devem contribuir
mais para a redistribuição entre a sociedade, a partir do princípio da "faculdade de pagar"
- princípio da progressividade. Nesse sentido, os teóricos tentam fazer uma ponte entre a
Academia e a sociedade para conscientizá-la do estado de consciência social
Com efeito, a redistribuição de riqueza e transferência de receitas no
governo ajudaram a realocar o financiamento do Estado Social moderno. Desse modo, os
teóricos da nova escola econômica americana almejam redefinir as relações modernas
entre o Estado, a sociedade e a economia..

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