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SEGI – Adorno Cerimonial

Mãe África, continente gigantesco,


enigmático, complexo, místico, onde a
riqueza de seus minerais, competem com a
pobreza de sua população, à vista do
Mundo Moderno. Entretanto neste tópico
deixaremos de lado os problemas sociais, e
abordaremos a riqueza e beleza
incontestável de uma das pedras mais
misteriosas, denominada entre
os Iorubás de segi.
Trata-se de uma conta de coloração azul,
não translucida, formato cilíndrico, sua
origem é quase que totalmente obscura. De
forte significado religioso, a simbologia de
sua cor, está ligada ao mito das Divindades
Supremas e seus domínios. Amplamente
utilizada em diversos rituais, assim como
em diversos adornos das Culturas
Africanas. Por se tratar de uma pedra
enigmática, a mesma faz parte integrantes
de diversas receitas da Medicina
Tradicional Iorubá.
Na atualidade o termo segi designa as
contas cilíndrica independente do material
ou cor na qual foram confeccionadas.
Entretanto dentro da cultura Iorubá somente
o consideram como legitimas as de
coloração azul com suas variações de
tonalidades e suas formas cilíndricas e
irregulares.
Hungeve: Confeccionado em contas de cor
marrom, intercaladas com contas de corais
e finalizado com segi. Importante ressaltar
que na antiguidade somente os Reis
Daomeanos tinham o direito de usar as
misteriosas contas desegi, pois acreditava-
se serem excrementos do Vodum Dan Aydo
Wédo.
Contas de vidro Blema Koli em Iorubá
designada pelo termosegi, são conhecidas
por diversos outros nomes tais como:Koli,
Cori, Kor, Segi, Accori, Ekeur, Aggrey
Por séculos os mercadores muçulmanos
da Africa do Nortecruzaram o Saara em
direção aos reinos da Africa Negra, para
traficar escravos e sobretudo em busca de
ouro. Mas o que eles usavam nessas trocas
? Sal, feixes de pinho, braceletes de cobre,
pingentes e anéis com insignias feitos de
cobre, e contas de vidro azul. Quando os
portugueses se estabeleceram no Forte de
Mina, os africanos pediram que eles
trouxessem Cori de suas viagens para o
leste para trocar por ouro. Eles navegaram
da Costa do Ouro, ao sul deGhana, em
direção ao Reino do Benim para comprar
essas contas Cori e seus correlatos,
tornaram-se um produto de exportação. Nos
quatro seculos seguintes, os visitantes
europeus em visita à Costa do Ouro,
escreveram a respeito dessas contas de
vidro. Nem sempre concordavam sobre o
que era ou como deveria ser chamado, mas
seus comentários eram bem descritivos. É
importante ressaltar algumas questões,
sobretudo que, existe um coral azul nessas
águas, mas que é tão duro que não pode ser
trabalhado para servir como conta, não se
conhecendo a existência de nada assim.

Coral é a palavra usada para conta em


várias línguas incluindo a holandesa, de
quem muitos desses escritores receberam as
informações. Esses viajantes eram bem
mais treinados para reconhecer vidro de
pedras preciosas do que a maioria das
pessoas atualmente.

O nome dessa conta foi mudando com o


tempo.
No Século XVI passou a ser conhecida
como Cori, e em meados do Século XVII
passou a chamar-se Accori, isso porque
os Ashantis, nome de um grupo étnico que
habita o sul do Gana, falantes da língua
Twi El Mina, costumam colocar uma vogal
no começo das palavras de idioma Fanti.
No inicio do Século XVIII, os
viajantes Barbot e Bosmanrelataram que os
nativos chamavam essa conta de Accori e
que os europeus chamava de Aggrey, esta
ultima acabando por ser adotada
oficialmente. Enquanto as contas estavam
sendo importadas, a fonte sempre foi o leste
de Ghana. A importação cessou no começo
do Século XIX quando a fonte produtora
mudou-se para a República de Gana.

A atribuição de uma origem fenícia foi


baseada na impressão errônea de que
os Aggrey eram Chevrons (contas cuja
origem era considerada fenícia naquele
momento).

Foi o visitante Bowdich quem criou essa


confusão, em seus belos relatos de
viajantes, que descreviam as
contas Aggreycomo o nome genérico para
todas as contas Ashantis deGhana.
Através dos relatos de Bowdich, quase
todos concordavam que essa conta era
azul. Brun examinando com mais cuidado
verificou que era uma conta dicroica, ou
seja, azul quando recebia luz (luz sobre a
conta) e verde quando emanava luz (luz por
trás da conta).

Os portugueses pediram ao famoso


artesão Antônio Neri, imitar essas contas
verde/azuis. Essas imitações são bem
conhecidas, e são comummente chamadas
de Koli, apesar dos Ashantis chamarem-nas
de Kor ou Ekeur, todos os nomes
correlatos Cori-Accori-Aggrey.
Essas contas são feitas por negociantes
de Ghana , mas com características
diferentes. Queimam as contas translucidas
e mergulham contas europeias para torná-
las opacas e mudar de textura, o que
parecem estrias de alongamento, são apenas
bolhas que se formam na superfície por
causa do calor.

O mesmo processo era feito na Nigéria para


confeccionar as contas Segi. Ha evidencias
de que os nigerianos queimavam as
contas Aggrey para alterar a textura delas e
o formato para redondo.
As contas Aggrey com ou sem
modificações gravitaram em direção a Ife, o
que indica a grande afluência delas para a
região do Delta do Niger durante as
transações com os europeus.

Será possível encontrar legitimas


contas Aggrey?
Possivelmente. Um local para ser buscar a
resposta é dentro das propriedades dos Reis
Ashantis. Eles possuem uma conta tubular
cujo nome nada tem a ver com Aggrey. É
conhecida por Gyanie pronunciando-
se Djení, certamente devido a cidade
de Djenne.

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