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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL


PCC 2435 - TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS I

DEFINIÇÃO E DOSAGEM DE ARGAMASSAS PARA ASSENTAMENTO DE ALVENARIA

A. Escolher e justificar a escolha de uma argamassa (cimento:cal:areia), dentre as


argamassas relacionadas, para as seguintes alvenarias:
1. de vedação de blocos de concreto em estrutura de laje plana com elevada
deformação
2. de vedação de blocos de concreto celular autoclavados (só vedação), com
posterior aplicação de revestimento
3. resistente, de tijolos maciços (aparente)
4. resistente, de blocos de concreto para muro de arrimo

a) 0:1:3; b) 1:0:4; c) 1:0,5:5; d) 1:1,5:7; e) 1:2:9; f) 1:2,5:10

B. A especificação de projeto para o traço da argamassa de assentamento de uma


alvenaria de vedação de blocos de cerâmicos é 1:1,5:8,5 (cimento:cal:areia, em
massa de materiais secos). Em função disto, determinar:
1. O traço em volume de areia úmida;
2. Os traços de betoneira (com dimensão das padiolas e caixas) para a mistura da
argamassa intermediária e desta com o cimento (argamassa final);
3. O volume de argamassa final produzido por uma betonada e os consumos de
materiais por m3.
1. Características dos materiais
δcim = 1,14 Kg/dm3
γcim = 3,0 Kg/dm3
δcal = 0,85 Kg/dm3
γcal = 2,5 Kg/dm3
δareia = 1,38 Kg/dm3
γareia seca = 2,65 Kg/dm3
iareia = 1,28
hareia = 5%

2. Características das argamassas

Umidade da argamassa intermediária = 15%


Umidade da argamassa final = 23%
darg int = 1,85 kg/dm3 (massa unitária da argamassa intermediária)
Varinc = 4% Varg (volume ar incorporado na argamassa final)

3. Características do equipamento
betoneira - 580l, com carregador

Revisão: 15/05/2006
ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL
PCC 2435 - TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS I

DEFINIÇÃO E DOSAGEM DE ARGAMASSAS PARA ASSENTAMENTO DE ALVENARIA

A. Escolher e justificar a escolha de uma argamassa (cimento:cal:areia), dentre as


argamassas relacionadas, para as seguintes alvenarias:
1. de vedação de blocos de concreto em estrutura de laje plana com elevada
deformação
2. de vedação de blocos de concreto celular autoclavados (só vedação), com
posterior aplicação de revestimento
3. resistente, de tijolos maciços (aparente)
4. resistente, de blocos de concreto para muro de arrimo

a) 0:1:3; b) 1:0:4; c) 1:0,5:5; d) 1:1,5:7; e) 1:2:9; f) 1:2,5:10

B. A especificação de projeto para o traço da argamassa de assentamento de uma


alvenaria de vedação de blocos de cerâmicos é 1:1,5:8,5 (cimento:cal:areia, em
massa de materiais secos). Em função disto, determinar:
1. O traço em volume de areia úmida;
2. Os traços de betoneira (com dimensão das padiolas e caixas) para a mistura
da argamassa intermediária e desta com o cimento (argamassa final);
3. O volume de argamassa final produzido por uma betonada e os consumos de
materiais por m3.
1. Características dos materiais
δcim = 1,14 Kg/dm3
γcim = 3,0 Kg/dm3
δcal = 0,85 Kg/dm3
γcal = 2,5 Kg/dm3
δareia = 1,38 Kg/dm3
γareia seca = 2,65 Kg/dm3
iareia = 1,28
hareia = 5%

2. Características das argamassas

Umidade da argamassa intermediária = 15%


Umidade da argamassa final = 23%
darg int = 1,85 kg/dm3 (massa unitária da argamassa intermediária)
Varinc = 4% Varg (volume ar incorporado na argamassa final)

3. Características do equipamento
betoneira - 580l, com carregador
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO
- DEFINIÇÃO E DOSAGEM DE ARGAMASSAS PARA ASSENTAMENTO DE ALVENARIA -

RESOLUÇÃO DA PARTE “A”

CARACTERÍSTICAS A SEREM CONSIDERADAS

Para a análise das características das argamassas propostas é interessante montar o


quadro a seguir, que apresenta comparativamente, para cada dosagem, as proporções
relativas de cada material.

PROPORÇÕES/ RELAÇÕES
TRAÇOS cim/cal agl/agr cim/agr cal/agr
a(0:1:3) 0:1 1:3 --- 1:3
b(1:0:4) 1:0 1:4 1:4 ---
c(1:0,5:5) 1:0,5 1:3,3 1:5 1:10
d(1:1,5:7) 1:1,5 1:2,8 1:7 1:4,7
e(1:2:9) 1:2,0 1:3 1:9 1:4,5
f(1:2,5:10) 1:2,5 1:2,9 1:10 1:4

Resistência mecânica e durabilidade.

- decresce de “b”/"c"/"d"/"e"/"f"/"a", pois decresce a relação cim/agr.

Quanto maior a quantidade de cimento na argamassa, menor sua porosidade e maior a


quantidade de aglomerante propiciando ligações entre os grãos de agregados. Isto torna-a
mais resistente e dificulta a entrada de agentes deletérios. Por outro lado, uma argamassa
excessivamente rígida pode levar a uma alvenaria com menor capacidade de acomodar
deformações e com maior potencial de fissuração quando submetida a deformações de
origem interna ou externa.

Assim, argamassas com quantidades elevadas de cimento devem ser usadas em


situações muito específicas, como por exemplo em paredes em contato com agentes
agressivos, como paredes em contato com solo abaixo do lençol freático.

Capacidade de absorver deformações e de distribuir esforços

- aumenta de “b”/"c"/"d"/"e"/"f"/"a", pois aumenta a relação cal/agr


- a argamassa mais fraca é menos rígida, absorvendo mais as deformações.

A capacidade de absorver deformações também depende da adequada aderência entre os


blocos e a argamassa. Desta forma, argamassas excessivamente fracas podem possuir
um baixo potencial de aderência, diminuindo a capacidade de absorver deformações (as
fissuras surgem na interface bloco-argamassa).

3
Capacidade de retenção de água

- relacionada à quantidade de finos na mistura (relação agl/agregado)


- aumenta de “b”/"c"/"d"/"e"/"f"/"a",

Entre os finos que compõem a pasta da argamassa, encontram-se principalmente a cal,


as parcelas de finos de solo (argilo-minerais existentes na areia) e o cimento. Os dois
primeiros materiais possuem uma maior finura e capacidade de adsorver água na
superfície de seus grãos. Assim, para relações agl/agregado semelhantes, as argamassas
que possuem maior quantidade de cal ou finos de solo propiciam maior capacidade de
retenção de água do que as argamassas ricas em cimento.

Capacidade de aderência

O potencial de aderência de uma argamassa está ligado a muitas outras propriedades,


principalmente à trabalhabilidade e à capacidade de retenção de água, pois delas
depende o perfeito preenchimento das juntas durante o assentamento, propiciando uma
maior extensão de aderência. A retenção de água evita a perda excessiva de água para
os blocos, prejudicando o preenchimento dos poros capilares por pasta de argamassa,
piorando a hidratação dos aglomerantes e aumentando o potencial de retração na
secagem dos blocos. Também é importante a resistência mecânica da argamassa, por
propiciar uma maior resistência das cunhas de pasta que são responsáveis pela aderência
mecânica.

O potencial de aderência é também função das características da base sobre a qual a


argamassa é aplicada. Assim, a capacidade de retenção de água da argamassa deve ser
ajustada à sucção da base:

Sucção da Base Retenção da Argamassa

alta alta
Média média
Baixa baixa

SITUAÇÕES DADAS NO TIPOS DE ARGAMASSA


ENUNCIADO PASSÍVEIS DE USO
1 vedação em estrutura deformável d, e
2 bloco autoclavado só vedação e, f
3 maciço aparente d, c
4 muro de arrimo b, c

Situação 1

Na situação 1, apesar da alvenaria servir apenas como vedação, a parede está numa
situação na qual é possível prever-se que ela vai funcionar como contraventamento da
estrutura (mesmo que isso não tenha sido planejado).

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Assim, torna-se crítica tanto a capacidade de acomodar deformações desta argamassa,
como a sua capacidade de aderência. A dosagem “d” é uma dosagem intermediária, com
uma quantidade razoável de cimento, porém não em excesso, podendo propiciar as
características indicadas acima.

Os blocos de concreto de boa qualidade não possuem grande absorção inicial. Assim, a
quantidade de cal da dosagem “d” deve ser suficiente para a trabalhabilidade e a retenção
de água necessária para a boa execução do serviço.

Alternativamente, pode-se também utilizar a dosagem “e”, mais fraca, desde que esta
propicie uma aderência adequada entre bloco e argamassa (esta aderência pode ser
medida através de ensaio realizado na própria obra – ensaio de tração na flexão).

Situação 2

Na segunda situação trata-se de uma alvenaria só de vedação, sujeita a solicitações


provenientes apenas de peso próprio de cargas de utilização, de tensões internas, sem
grande solicitação estrutural. Em termos de durabilidade, esta alvenaria é
necessariamente revestida, estando protegida dos agentes deletérios do meio ambiente
pelo revestimento.

Por outro lado, os blocos de concreto celular autoclavados possuem alta sucção inicial e
elevado potencial de retração por secagem. Desta forma, as propriedades que devem ser
privilegiadas nesta situação são a capacidade de retenção de água e a capacidade de
acomodar deformações.

Assim, opta-se pela dosagem “f” que apresenta uma grande capacidade de retenção de
água por possuir elevada proporção de cal na sua dosagem. Pode-se alternativamente
utilizar a dosagem “e” para que, com uma maior quantidade de cimento, proporcione um
maior potencial de aderência.

Situação 3

Nesta situação temos uma alvenaria resistente aparente. Os principais requisitos para
esta argamassa são de proporcionar uma boa durabilidade. Apesar de ser uma alvenaria
resistente, a resistência à compressão da argamassa tem pouca influência na resistência
à compressão da alvenaria. Desta forma, a resistência mecânica da mesma deve ser
adequada a este uso, porém não muito exagerada, pois assim poderíamos diminuir muito
significativamente a capacidade de absorver deformação e trabalhabilidade, que também
são extremamente importantes.

A argamassa sugerida “d” é uma argamassa com uma quantidade intermediária de


cimento e cal, podendo propiciar as propriedades indicadas acima.

Caso avalie-se que as condições de agressividade do meio sejam muito elevadas, ou que
as solicitações de cisalhamento e flexão nas paredes sejam significativas, pode-se optar
pela dosagem “c”, que por ser mais rica possibilita uma maior durabilidade e também
aderência para tijolos cerâmicos maciços (que podem ser molhados no assentamento,

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dispensando que a argamassa possua uma capacidade de retenção de água muito
elevada).

Situação 4

Nesta situação temos uma alvenaria que certamente estará sujeita a grandes esforços de
flexão e deve possuir uma durabilidade elevada por estar em contato direto com o solo.
Assim, a argamassa utilizada deve possuir uma quantidade elevada de cimento em sua
composição, para potencializar a durabilidade.

Recomenda-se nesta situação a argamassa de traço “b”, por possuir apenas cimento em
sua dosagem. Nesta situação, a trabalhabilidade necessária deve ser garantida pela
utilização de uma areia com boas características (de granulometria contínua, grãos
arredondados e parcela de finos argilosos maior que 5%). Caso não se consiga a
trabalhabilidade adequada com a areia em utilização, seria possível acrescentar uma
pequena parcela de cal na argamassa para corrigir esta deficiência.

Cabe ressaltar, também, que nesta situação a capacidade de acomodar deformações não
é tão crítica, pois, por ser um muro de arrimo esta alvenaria estará bastante reforçada por
armadura colocadas em sua seção e que, nesta situação, o surgimento de pequenas
fissuras por movimentação interna da alvenaria não é crítico para o desempenho funcional
da parede (é uma alvenaria externa).

Caso avalie-se que as tensões não sejam muito elevadas (muro de arrimo baixo) e que as
condições de agressão do meio não sejam críticas (solo com nível de lençosl freático
baixo, existência de dreno que impede o contato da água do solo com a alvenaria), seria
possível empregar uma dosagem com menor proporção de cimento como a dosagem “c”.

RESOLUÇÃO DA PARTE “B”

Relações

massa
massa unitária = δ = .
vol. aparente

massa
massa específica = γ = .
vol. real

Vh vol. apar. úmido


i = inchamento = . . = . .
V0 vol. apar. seco
Varg = Vcim + Vcal + Vareia seca + VH2O + Var inc

V = volume real
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1.1. Traço em massa
1:p:q
1:1,5:8,5

1.2. Transformação do traço em massa seco para traço em volume seco

massa
massa unitária = δ = . .
vol. aparente

volume massa
1 δ
X A

A
X= . .
δ
Traço em volume materiais secos

1 p q
. . : . . : . .
δcim δcal δareia seca
1 1,5 8,5
. . : . : . .. 1 : 2,01 : 7,02 (volume seco)
1,14 0,85 1,38

1.3. Transformação do traço em volume seco para traço em volume úmido

Vh Vh
i=. . 1,28 = . .
V0 7,02

Vh = 1,28 x 7,02 = 9,0

Traço em volume materiais úmidos - 1 : 2,0 : 9,0

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2.1. Definição da argamassa intermediária

Traço em volume de materiais úmidos - 1:4,5 (cal:areia)

. Volume de um saco de cal (20 kg)

20 Kg
. . = 23,5 dm3
0,85 Kg/dm3

. Quantidade de areia para um saco de cal 4,5x23,5 = 105,75 ~ 106dm3 areia úmida
. Supondo uma padiola com as seguintes dimensões: 35x45x23 cm, resulta em 36,23 l
cada padiola, sendo que para três padiolas tem-se aproximadamente 109 l de areia úmida.

2.2. Definição do traço de betoneira (580 l)


1 saco de cal - 23,5 l
3 padiolas areia - 109,0 l
água - (?)

Determinação da quantidade de água a adicionar


Supondo a umidade da argamassa intermediária de 15% com relação à massa de
materiais secos, tem-se:

109
. . = 85 l areia seca
1,28

que resulta em 117,5 Kg areia seca; daí

20 + 117,5 = 137,5 Kg materiais secos


137,5 x 0,15 = 20,6 kg de água total na argamassa

- determinação da quantidade de água contida na areia úmida (h=5%)


117,5 x 0,05 = 5,87 kg de água
. Total de água a acrescentar: 20,6 - 5,9 = 14,7 l/saco de cal

Definição da quantidade de material a ser colocado na betoneira, em função de sua


capacidade

Vcal + Vareia + Vágua = Vmateriais


23,5 + 109,0 l + 14,7 l = 147,2 l. Como a betoneira comporta 580 l, pode-se colocar 3 X
147,2 = 441,6 l, daí resulta para cada betonada:

3 x 1 = 3 sacos cal
3 x 3 = 9 padiolas areia
3 x 14,7 = 44 l de água

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Volume produzido por betonada

Supondo que:
Volume de argam. intermediária = Volume de areia seca, tem-se:
Volume de argamassa produzido por betonada = 255 litros (3 X 85 l)

2.3. Dosagem da argamassa mista


traço em volume de areia seca - 1:2:9/1,28 = 1:2:7,02

1 dm3 cimento - 7.02 dm3 arg. interm.

1 dm3 cim - 7,02 dm3 arg. int.


1,14 Kg cim - 7,02 dm3 arg. int.
50 Kg cim - 307 dm3 arg. int.
e portanto pode-se dosar:
1 saco cimento
11 padiolas de 35 x 45 x 18 cm, de argamassa intermediária (=311 l)

Considerando arg int = 1,85 Kg/dm3, tem-se que o peso de uma padiola é igual a ~ 53
Kg, podendo ser transportada por dois operários; portanto, as dimensões escolhidas estão
adequadas.

3.1. Definição do volume de argamassa produzido por uma betonada

Varg = Vcim + Vcal + Vareia + VH2O + var incorporado

Mcim Mcal mareia


Varg = . . + . . + . .+ magua + 0,04 Varg
γcim γcal γareia

mágua = 0,23 (mcim + mcal + mareia)

Definição do volume de argamassa para 1 Kg de cimento

1  1 p q 
Varg = . . . . + . .+ . .+ 0,23 x (1 + p + q) 
0,96  γcim γcal γareia 

1  1 1,5 8,5 
Varg = . ..  . . + . .+ . .+ 0,23 x (11) 
0,96  3,0 2,5 2,65 

Varg = 6,95 dm3/kg cim.


para 50 kg de cimento tem-se: 348 dm3 argamassa

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3.2. CONSUMO DE MATERIAIS por m3 de ARGAMASSA

1 Kg cimento 6,95 dm3


x 1000 dm3

1000 x 1 Kg
cimento . . = 144 Kg
6,95

cal 144 x 1,5 = 216 Kg

144 x 8,5
areia . . x 1,28 = 1,14 m3 areia úmida
1,38

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