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Existem ainda outro tipo de apoio, de carácter financeiro. Pode ser chamado de
pensões (Grácio 1999). Estas pensões podem ser do regime contributivo ou não
contributivo, consoante os idosos tenham feito ou não descontos para a segurança
social. Se pertencem ao regime contributivo poderão ter direito à “pensão de velhice”
(limite de idade) ou à pensão de invalidez.
Pensão de velhice – é uma prestação mensal para pessoas que tenham chegado à
idade da reforma, e tem como objectivo compensar a perda de remunerações de
trabalho. Para beneficiar dela é necessário ter 65 ou mais anos.
Pensão de Invalidez – consiste numa prestação mensal que tem como objectivo
compensar a perda de remuneração de trabalho resultante da incapacidade antecipada
para o trabalho.
Pensão social – é uma prestação para os nacionais residentes no país, que não se
encontrem abrangidos por qualquer regime de protecção social; que não tenham
rendimentos ilíquidos de qualquer natureza, ou não exceda 30% da remuneração
mínima garantida à generalidade dos trabalhadores, quando se trata de uma pessoa
isolada, ou 50% se for casal.
Pensão por cônjuge ou de viuvez - é uma prestação atribuída ao cônjuge do
falecido pensionista que por si só, não tenha direito a qualquer pensão de
sobrevivência, enquanto mantiver o seu estado civil. Para ter direito à mesma, não
pode estar abrangido por nenhum regime contributivo.
É também a partir da década de 70 que surge o termo Idoso Institucionalizado. A
perda de autonomia física e a dependência são dos factores que mais levam ao
internamento do idoso. Um outro motivo é a inexistência de apoio familiar e também a
falta de recursos, quer a nível económico, quer a nível habitacional.
Contudo, a institucionalização do Idoso leva à rápida “deterioração e incapacidade
física e mental” o que vai abrir caminho a perturbações do foro psiquiátrico. (Borges,
2000).
O facto de muitas vezes as instituições não exigir formação técnica qualificada leva
ao agravamento destas situações, dada a pouca informação inicial.
Quando o idoso entra para uma instituição, à partida sabe que não mais voltará a sair,
vivo. Esta fase é encarada como a última da sua vida. Ao viver numa instituição, o idoso
é automaticamente afastado da comunidade e das relações sociais desta, ainda que
interaja com familiares e amigos, já não faz parte da sociedade e é assim considerado
excluído da mesma.
Curiosidades:
Nos últimos cinco anos, 25000 idosos foram vítimas de maus tratos, muitos
deles por familiares;
Mais de 1 300 000 idosos vivem com a reforma mínima;
“Envelhecer já não é uma arte, tornou-se um pesadelo”;
Em Lisboa, 60 000 idosos estão fechados em casa;
A pobreza em Portugal deve-se em grande parte às baixas reformas dos
idosos;
Foram detectados 100 lares clandestinos em 2007;
Hoje há 2000 idosos abandonados;
“Sobrevivem à espera da morte”:
Por cada 112 idosos há 6 jovens;
Com o envelhecimento da população mundial em 2030 haverá um idoso por
cada 8 pessoas no planeta. (Fonte: Blog pouco credível)
Grilo, P:; Rodrigues, Sofia; Hespanha, Pedro; Sousa, Liliana; (2007), “Famílias
Pobres: Desafios à Intervenção Social”; Colcecção Sistemas, famílias e Terapias.
Correia, P., (2007) “Velhos são os trapos: mito ou realidade?”, p. 1-17;