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NOÉ E O DILÚVIO
Gênesis 7.1-12, 23-24
É que ele era como que pequena ilha no meio de grande mar, pequeno oásis em
grande deserto.
Sim, ilha, porque, no meio de toda a corrupção, depravação e violências do mundo,
era ele o único que andava com Deus e se mantinha em pureza de caráter; oásis,
porque, como neste se alegra quem caminha através de deserto, assim Deus se
alegrava nele, por isso que o tomou para com ele estabelecer novo pacto com o novo
mundo, a nova geração que adviria dele.
A) MATERIALISMO
O Senhor Jesus, falando sobre sua segunda vinda, faz referência aos dias de Noé,
dizendo que os homens viviam vida materializada: "comiam e bebiam..." Mt 24.38.
É que os próprios descendentes do piedoso Sete, filho de Adão, aquele em cujos dias
se começou a invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), sim, os descendentes deste
abandonaram, desprezaram a Deus. Uniram-se aos filhos do perverso Caim, não só
pelo casamento como pela comunhão de ideias e sentimentos. Até hoje o
materialismo é causa de muitos desastres no mundo.
B) MALDADE
Em Gn 6.5, vemos: "Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na
Terra, e que era continuamente mau todo o desígnio do seu coração". Em seguimento
ao materialismo reinante, e como fruto consequente, proliferava a maldade nos
corações.
Por isso, não havia senão maus desígnios neles e entre eles. E pelo impulso do
coração assim agiam os homens. Vem, mais tarde, o sábio Salomão e diz, repleto de
experiências: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele
procedem as fontes da vida". (Pv 4.23).
C) CORRUPÇÃO E VIOLÊNCIA
"A Terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência (Gn 6.11).
Materialismo, maldade e corrupção, que tríade infeliz! que tremenda trilogia! Ideias vis,
sentimentos impuros, ações depravadas era o que existia, com abundância, nos dias
de Noé.
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2 - A DECISÃO DIVINA
Diante do estado em que se encontrava a humanidade, diz-nos o texto bíblico (6.6),
Deus se arrependeu de haver criado o homem. O termo arrependeu-se é figurado,
pois Deus de tudo sabia, antes de haver criado o homem.
Mas, a tristeza lhe era grande. E sua atitude foi uma, não por violência, mas por
justiça: "Farei desaparecer da face da Terra o homem que criei, o homem e o
animal..."(6.7). Em sua determinação, entretanto, Deus age:
Era Noé o único descendente do piedoso Sete que trilhava o mesmo caminho e, como
seu bisavó Enoque, andava com Deus. Procurava, então, o Senhor a Noé para o por a
par de sua decisão. "Resolvi dar cabo de toda carne..." diz-lhe (6.13).
E passa a instruí-lo quanto às providências que deveria tomar para a sua salvação e
de toda a sua família.
B) COM PACIÊNCIA - Com efeito, deu o Senhor bastante tempo - 120 anos - a Noé,
para que construísse, com vagar e perfeição, a arca; e aos demais homens, para que
pensassem um pouco, considerassem o seu estado de afastamento de Deus e se
voltassem para ele.
Assim fizeram os ninivitas, aos quais o Senhor deu apenas 40 dias. Arrependeram-se.
E Deus os poupou e à sua cidade. Sob a paciência de Deus, durante 120 anos, Noé
construiu a arca, tornando-se, destarte, pregador da justiça, como lhe chama o
apóstolo Pedro (II Pe 2.4-6). Pregava, enquanto trabalhava.
C) COM AMOR - Sim. Deus agiu com amor, pois de outro modo teria destruído tudo,
completamente tudo. Desde o princípio, tem ele agido assim. Poderia ter destruído o
primeiro casal, após a queda deste, e feito outro casal. Preferiu, entretanto, dar
assistência ao primeiro.
Agora, também poderia destruir tudo. Preferiu, entretanto, conservar a raça humana e
todas as demais vidas. E quando consideramos que as crianças que morreram no
dilúvio estão salvas, gozando a vida eterna, compreendemos que, para elas, só houve
vantagem, lucro.
D) COM SEVERIDADE E JUSTIÇA - Não lhe era possível tolerar mais tal estado do
mundo. Deu tempo suficiente a todos. Chegando, porém, o dia determinado, envia
sobre a terra o dilúvio.
Sete dias depois de se haver instalado na arca Noé e sua família, bem como os
animais que a ele vieram, começa a chover torrencialmente e isto durou 40 dias e
noites. E, ainda, "romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos
céus se abriram" (7.11). O dilúvio não é conto, não é obra de ficção, não é lenda. E um
fato concreto da história.
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É que esta, embora apoiando-se na tradição, teve a orientação divina, ao passo que
as outras se alteraram ao sabor dos homens. Para o crente, basta o que diz a Bíblia.
Houve, de fato, o dilúvio.
C) ERA HOMEM DE FÉ
Recebe ordem de Deus para construir a arca e não vacila. Pôs mãos à obra. Também
não tenta modificar a orientação divina quanto à espécie e tamanho do barco - a arca -
que deveria fazer. 0 Senhor mandava, não havia que discutir. Não é fácil viver pela fé,
onde todos só querem crer no que veem. Mas é possível. O autor da carta aos
Hebreus (11.7) coloca este patriarca entre os heróis da fé. Bem merecida colocação!
D) ERA PERSEVERANTE
Trabalhou durante 120 anos fazendo a arca. Quanta zombaria, quantos impropérios
não teria ouvido nesses 120 anos! E quantos não lhe teriam aconselhado
"amigavelmente", em particular, no sentido de desistir de tal empreendimento! Ele,
entretanto, continuava sua obra, até lhe dar a última demão. Sim, era persistente.
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CONCLUSÃO
Muitas lições práticas aprendemos desta lição. Vejamos, por exemplo:
a) O dilúvio serve de perene aviso a todos os homens sobre o dia do juízo de Deus,
que virá independentemente da vontade ou crença dos indivíduos.
b) Devemos andar com Deus, para, conforme ponto central da lição, não perecermos
com os ímpios, no dia do Senhor.
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