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O CONSOLO NAS TRIBULAÇÕES


2 Coríntios 1.1-11

Por que há tanto sofrimento no mundo? Por que passamos por situações aflitivas?
Como explicar o aparecimento de terríveis doenças na vida de pessoas extremamente
bondosas?

Essas são perguntas que, por vezes, são feitas e que nem sempre temos uma
resposta adequadas para dar.

Primeiro, porque são indagações onde as respostas vão além do nosso limitado
conhecimento, e segundo, porque as respostas a estas questões, às vezes, fogem ao
campo da lógica e normalidade humana; pertencem aos mistérios do nosso bom
Deus.

Contudo, podemos afirmar que qualquer tipo de sofrimento, qualquer tribulação, pode
ser vista e aproveitada como bênção. Como pode ser isto? Seria uma espécie de
"masoquismo", isto é, sentir prazer com o próprio sofrimento? Cremos que não!

Cremos que Deus pode usar as tribulações e os sofrimentos como momentos de


provação da própria fé, ou até mesmo para uma aproximação maior à sua divina
pessoa. O presente estudo pretende nos ajudar a enfrentar as tribulações. Como nós,
cristãos, podemos enfrentar as tribulações da vida?

Análise do texto
O texto que serve de base para nossa reflexão é um clássico registro sobre o consolo
nas tribulações. O apóstolo conheceu de perto as perseguições, viu a morte bem
próxima e sofreu na pele todo tipo de incompreensão. Não obstante a tudo isso, Paulo
aprendeu sempre a dar graças ao Senhor. Suas palavras iniciais: "Bendito seja Deus"-
são um contraste às nossas constantes reclamações nas tribulações.

A ação de graças é feita na certeza do consolo divino. Os termos referentes à


consolação aparecem dez vezes no texto, significando o alívio proporcionado ao
indivíduo que foi confortado. O texto enfatiza a solidariedade da Igreja no sofrimento e
também a comunhão na consolação (vv. 6,7 e I Co 12.26).

O texto também fala das tribulações, e nesta análise, devemos perguntar: - Que tipo
de tribulação e qual a natureza da consolação? Por tribulação, o apóstolo inclui as
provações físicas, os diversos perigos, as perseguições e até mesmo as ansiedades
que surgem no exercício da missão.

Suas tribulações serão um tema presente em todo o corpo da carta (1.8-10; 4.7-12;
6.4-10; 11.23-33). Por consolação, podemos entender a mudança de situação, ou
seja, o livramento que anulava a tribulação momentânea

(v.8-11). Por isso, nesta rápida análise, podemos afirmar que a grande lição que
aprendemos com as tribulações, está sintetizada no versículo nove: "contudo, já em
nós mesmos tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e, sim, no
Deus que ressuscita os mortos!"

Da análise do texto e da ação de graças de Paulo pelas aflições sofridas, podemos


entender o consolo nas tribulações sob alguns pontos de vista. Vejamos:

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1 - O CONSOLO NAS TRIBULAÇÕES É PROPORCIONADO POR DEUS


Paulo deixa bem claro que o consolo nas tribulações vem tão somente de Deus, “o Pai
de misericórdias e Deus de toda a humanidade ".

Contudo, o consolo divino não isenta nenhuma pessoa das tribulações. A nota de
rodapé da Bíblia Vida Nova, diz que "uma das razões por que Deus manda tribulação
para os crentes, é que Ele quer que experimentem Seu conforto".

Fica claro também que a consolação pode ser entendida como encorajamento e graça
sustentadora em plena tribulação. Neste sentido, podemos entender o aspecto positivo
das tribulações. Elas nos permitem ver em Deus a fonte de toda consolação e, neste
sentido, as tribulações podem nos aproximar de Deus.

Porventura, pensaria a mulher sirofenícia em se achegar a Cristo, caso não tivesse o


coração dilacerado pelo tremendo sofrimento de sua filha possessa? (Mc 7.24-30).
Acaso teria Jairo chamado o Senhor, se não visse em agonia a sua filha? (Mc 5-21-
24).

Eis aí o caráter positivo das tribulações que a vida cristã nos desafia a descobrir.

Não afirmamos que as tribulações da vida tenham aspectos redentores, mas que o
nosso Deus se serve das mesmas para promover o crescimento do próprio homem
(Rm 5.3,4).

O Espírito Santo ganha nas Escrituras o nome de "Consolador" - promessa de Jesus


cumprida para o conforto de toda a comunidade cristã. É ele que, de forma singular,
imprime ao sofredor as energias para a sua vitória (Jo 14.16-18; 16.7-11).

O consolo nas tribulações é efetuado por Deus, o Consolador. Paulo experimentou isto
durante todo o seu apostolado. Dizia que "todas as cousas cooperam para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito"
{Rm 8.28).

A comunidade cristã de hoje é suficiente saber que Deus é poderoso e bom; se nos
permite passar por tribulações e sofrimentos, é por algum outro motivo de poder e
amor.

2 – O CONSOLO NAS TRIBULAÇÕES NOS TORNA CONSOLADORES


CAPACITADOS
A ação de graças do apóstolo é também por causa dos resultados obtidos do consolo
divino. A tribulação é permitida "para podermos consolar aos que estiverem em
qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por
Deus" (v.4).

O comentarista bíblico Colin Kruse, comentando este versículo, diz que "um ser
humano não pode efetuar livramento divino que anule a aflição de alguém, mas lhe é
possível compartilhar com outro sofredor o encorajamento que recebeu em meio às
suas próprias aflições. O testemunho da graça de Deus na vida do crente é um
lembrete poderoso às demais pessoas da habilidade e prontidão de Deus para prover
graça e força de que necessitam".

O consolo nas tribulações torna-nos consoladores capacitados, pois quando você fala
de sua própria experiência, sua fala é mais adequada. Não falará de teorias, mas de
algo prático e vivido em sua própria existência.

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Com absoluta certeza, alguém que já enfrentou uma determinada doença, terá
maiores condições de confortar uma pessoa que está enfrentando a mesma doença.
Os melhores consoladores nem sempre são os estudiosos, os intelectuais ou os
doutores.

Os melhores consoladores são aqueles que, na vida, tiveram tribulações e sofrimentos


e experimentaram a consolação infalível de Deus e agora podem, capacitadamente,
levar o encorajamento para outros que sofrem. Seria este um dos motivos de tanta
tribulação?

O apóstolo diz que "se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se
somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz,
suportando com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos" (v.6).

3 - O CONSOLO NAS TRIBULAÇÕES DESPERTA SOLIDARIEDADE.


A visão que o apóstolo Paulo tem da Igreja, é a visão de um corpo (I Co 12.12-27). A
participação da Igreja em qualquer atividade é sempre em conjunto: todos participam.

O consolo nas tribulações nos leva a uma saudável solidariedade, pois "somos
participantes dos sofrimentos e o seremos da consolação" (v.7). "De maneira que, se
um membro sofre, todos sofrem com ele, e, se um deles é honrado, com ele todos se
regozijam" (I Co 12.26).

É notável a solidariedade e a união que surge em épocas de sofrimentos, tribulações e


calamidades. A comunhão se intensifica e ficamos mais próximos de nossos
semelhantes. Paulo pede: "Todavia fizestes bem, associando-vos na minha tribulação"
(Fp 4.14).

Ele próprio sofria solidariamente com a Igreja cristã (Cl 1.24), e queria a solidariedade
da mesma; não queria que "ignorassem a natureza da tribulação" (v.8).

Em nossas comunidades atuais, são conhecidos: as reuniões de oração por aqueles


que sofrem, os grupos de visitação aos hospitais, a diaconia da Igreja que se mobiliza
para suprir necessidades de famílias inteiras.

Enfim, são atividades que mostram a solidariedade cristã em meio às tribulações.


Contudo, esta solidariedade tem deixado a desejar em muitas comunidades de hoje. A
sua seria uma delas?

O ministério de Paulo, bem como o trabalho da Igreja cristã primitiva, obtiveram êxito,
em grande parte por causa da solidariedade que sempre foi levada a sério entre os
primeiros cristãos (At 4.32-35; Rm 16.3,4).

Será que nos nossos sofrimentos temos experimentado o consolo efetuado por Deus?
Estamos, com o conforto recebido de Deus, tornando-nos consoladores capacitados?
Temos colocado essa capacidade em prática? Até que ponto o consolo nas
tribulações tem feito de nós uma comunidade solidária? A solidariedade entre vós é
levada a sério?

AUTOR: REV. AÍLTON GONÇALVES DIAS FILHO

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