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A NOVA ALIANÇA
2 Coríntios 3
A Bíblia fala sobre a antiga aliança, celebrada com o povo de Israel no Monte Sinai (Ex
24.1-12); mas fala também da nova aliança feita pelo Senhor Jesus através de seu
sacrifício na cruz (Mt 26.28; Mc 14.24).
A nova aliança é o tema do terceiro capítulo da segunda carta enviada pelo apóstolo
Paulo aos Coríntios.
Análise do texto
Pode-se dizer que o capítulo 3 desta epístola é dividido da seguinte maneira:
3.1-6 - Nestes versículos, Paulo se defende dos que contestavam sua autoridade
apostólica, dizendo que a verdadeira missão de um apóstolo não se baseia apenas em
cartas de recomendação dadas por alguma autoridade religiosa; antes, a carta de
recomendação de Paulo era a própria comunidade, que ele mesmo havia
evangelizado e discipulado (At 18.1- 4, 18.8-11). Esta carta de recomendação foi
escrita pelo Espírito Santo nos corações deles.
3.7-18 - Nesta seção maior do capítulo, Paulo compara a antiga aliança, que tinha
Moisés como líder, com a nova aliança, que tem Jesus como líder. Esta passagem dá
muita ênfase ao que a nova aliança tem de melhor que a antiga. Este capítulo
apresenta vários contrastes entre a antiga e a nova aliança.
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1.1. Por ser cumprimento de profecias - O versículo 3 fala sobre a carta escrita nos
corações pelo Espírito de Deus. Assim foi cumprida a profecia que dizia que Deus
mesmo colocaria sua lei, isto é, sua vontade nos corações dos fiéis (Jr 31.33; Ez
36.26).
1.2. Por produzir a vida - O versículo 6 apresenta uma expressão muito conhecida e
popular entre os evangélicos: "a letra mata, mas o espírito vivifica". O significado desta
frase é entendido quando se compreende que o apóstolo está afirmando que a lei
somente pode dizer que o pecado existe e denunciá-lo, mas não oferece condições
para vencê-lo.
Somente na nova aliança é possível vencer o pecado. Somente a nova aliança produz
a vida. A nova aliança é a aliança da graça de Deus com seu povo. O amor e a
misericórdia do Senhor caracterizam esta aliança. Apesar disso, percebe-se que,
infelizmente, há muitos que querem viver uma vida cristã baseada em seus próprios
méritos e esforços, e não na graça divina.
E preciso que a vida com o Senhor na aliança da graça seja anunciada, para que o
Senhor seja glorificado e suas bênçãos maravilhosas sejam desfrutadas.
Mas este brilho não ficou para sempre no rosto de Moisés, pois foi aos poucos
perdendo sua .intensidade, até desaparecer por completo.
Este fato ilustra uma verdade muito preciosa: a nova aliança tem uma glória que é
infinitamente maior que a glória da antiga aliança. Pois o brilho da glória da nova
aliança não é apenas um reflexo, como aconteceu com Moisés, que simplesmente
refletia a glória do Senhor.
A glória da nova aliança tem o brilho eterno daquele que fez a luz (Gn 1.3), que é a luz
do mundo (Jo 8.12), o Rei da Glória (SI 24.10).
Vale a pena citar também o que sobre esta passagem diz o Pastor Ray C. Stedman:
"A glória da nova aliança agrada a Deus por ser a obra de seu Filho amado, sempre
caracterizada pela vida dele: amor genuíno, trabalho fiel, perdão irrestrito,
produtividade, servindo sem chamar a atenção para si mesmo".
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A epístola aos Hebreus interpreta esta ideia do Antigo Testamento dizendo que, de
fato, a nova aliança realizada em Cristo e por Cristo é eterna (Hb 8.7-13).
Pelo menos duas implicações práticas para os cristãos que vivem a nova aliança com
o Senhor podem ser retiradas deste ensinamento:
Nosso compromisso com Deus é eterno - Pela mesma forma, assim como Deus é
fiel nos compromissos que assumiu conosco, nós também devemos ser fiéis a Ele:
"Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja
encontrada fiel" (I Co 4.2) - este é o compromisso constante na vida de todos os
cristãos. É muito comum falar-se sobre as bênçãos de Deus, e é bom meditar sobre
este aspecto da vida cristã.
É muito comum falar sobre as bênçãos de Deus, e é bom meditar sobre este aspecto
da vida cristã. No entanto, é igualmente importante lembrar que quem vive a nova
aliança com o Senhor deve ser sempre fiel e obediente aos mandamentos exigidos por
este relacionamento tão especial.
Quando, por exemplo, o cristão participa da Santa Ceia, deve se lembrar que tem
sérios compromissos assumidos com Deus e que deve honrar estes compromissos
através de sua vida.
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