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Conceitos:
Função Operacional
- Ordem Social: É aquilo que resulta do posicionamento dos vários sujeitos que
compõem uma sociedade. Todas as sociedades têm de ter uma ordem – resulta da
Segurança.
As primeiras regras para qualquer grupo social devem visar a segurança individual e
colectiva. Exemplos – Não matar, proibir o roubo/furto.
No entanto, é necessário uma força que faça com que as regras sejam cumpridas –
Autoridade.
A autoridade é exercida por alguém que detém o poder » surge o problema da
legitimidade.
A Democracia resolve um pouco o problema da legitimidade, pois recorre ao voto
popular, tornando assim todo o processo mais fidedigno.
PI DI PI
*1 *2
*3
A SDN
- Não proíbe a guerra (embora tenha sido sugerido pelo tratado de Paris
- Tenta garantir um período de desanuviamento durante a guerra para a
negociação das partes em conflito
- EUA não participa » problemática principal
- Ruina do sistema: invasão da Manchúria e da China pelo Japão; 2ª GG
Porém, introduziu inovações – política diplomática multilateral institucionalizada
2ª GG
» EUA – ONU: Concelho de Segurança e Assembleia Geral (dando continuidade ao
multilateralismo) não só deu continuidade com o desenvolvimento
» Integração de maior número de Estados (que era um aspecto deficitário da SDN)
» Aumento do número de embaixadas no mundo
» Facilidades de contacto entre o Mundo
» Origem de grande parte do Direito Internacional. O Direito Internacional
desenvolveu-se significativamente com a criação da ONU, que foi (e ainda é) fonte
legislativa do Direito Internacional. (Ex. Convenção das NU)
Conclusão:
PI no século XX
- Com a nova vertente multilateral
- Desenvolvimento do DI no seio da ONU, que promoveu cimeiras e convenções
sobre matérias que envolviam todos os Estados integrantes
Hoje
- Resulta destas duas vertentes de PI, da diplomacia e do campo regional
Construção de Tratados Internacionais. Problemática: Tentativa dos Estados de
moldar o DI de acordo com os seus interesses, subordinando e influenciando outros
Estados.
Problemática do DI
- Não há autoridade mas há acatamento
- Não há coercibilidade e subordinação, e assim como é que se garante o
cumprimento das normas.
Há duas respostas: os que negam a existência dos DI e os que reconhecem.
Os que negam o DI
Jus Naturalismo Radical (Hobbes)
- Os Estados vivem em “Estado Natureza”, isentos de subordinação a qualquer
entidade superior
- O Direito Positivo (aquele que é imposto) não existe no plano Internacional, pois
não há autoridade que o aplique.
Problemáticas do DI
1. Soberania no plano Internacional.
» Há paridade entre estados – não são sujeitos a uma entidade superior
» Soberania não é partilhada – pode ser transferida para uma entidade (ex.
EU)
» Doutrinas da Soberania:
1580 – Bodin – Soberania Absoluta (século XVII)
Século XIX – positivismo – soberania limitada
Século XX – soberania transferida
Neo positivismo
Jus naturalismo: encontra um fundamento para o DI
Construtivismo
Teorias do DI
Doutrinas Dualistas
- triepel
- DI e DInterno são sistemas de igual valor, independentes e separados – Esferas
distintas
» Diversidade de fundamento
» Instituições com autoridades inexistentes
» Normas internas contrárias ao DI têm aplicabilidade no DInterno
- Consequências:
» Norma Internacional – transposição do Direito Interno para ser válido
Se o Estado não o fizer incorre a responsabilidade internacional
» Não há relações de invalidade entre normas internacionais e internas –
paridade jurídica – conciliadas.
- E as normas consuetudinárias?
» Hansel – Pluralismo moderado
Princípio do Direito Romano – “pacta sun servata”
Dar a cada um o seu Direito
Cumprimento dos tratados
» O Estado, ao autovincular-se à Ordem Internacional, obriga-se a adoptar e
acatar as normas de DI na ordem interna de forma automática
» Waltz – subordinação parcial do Direito Interno ao DI, apesar de concordar
que existem normas contrárias ao DI, isto é, que o Direito interno contrarie ou
impeça a adopção de normas Internacionais.
Em Portugal:
-- Direito Europeu
Fontes: tratados; regulamentos; directivas
Prevalece o direito interno. Mas na constituição dos Estados Membros há uma
problemática – ex: tribunal constitucional Alemão questiona o Fundo Europeu e a
infectação de capitais alemães. Se sedeclarasse inconstitucional a Alemanha deixava
de contribuir para o Fundo?
O direito Português
- CRP
artigo 8º/1 – orientação monista;
artigo 8º/2 – publicação e rectificação para vigorar na ordem interna
artigo 8º/3 – aplicação directa dos regulamentos europeus
artigo 112º/9 transposição de directivas europeias
Monismo VS Dualismo
- Todo o direito, seja internacional, seja interno, constitui um único sistema.
- Tem 3 vertentes, uma que prima o Direito Interno(1), outra o Direito
Internacional(2), e por fim a cou opção(3)?????
(1) Inexistência de autoridade internacional superior aos estados
Estados com liberdade para apreciar as suas obrigações internacionais e escolher o
meio de as cumprirem.
Obrigações internacionais fundamentadas no Direito Constitucional Interno. Este é
que determina os órgãos competentes para assumir obrigações internacionais.
(2) Direito é aqui concebido como uma ordem jurídica hierarquicamente superior às
ordens jurídicas estaduais.
Pode ser:
- radical/extremo: normas internas são derivações/delegações do DI. Normas
internas infractoras são nulas.
- moderado: admite-se que possa haver contradição entre normas internas e
normas internacionais.
Nota: DI define as esferas de acção dos estados
Nas relações Estados = Subdito aplica-se em 1º lugar o Direito Estadual. Se este for
contrário ao DI, o estado torna-se responsável por uma infracção ao DI.
(3) Kelsen
- Do ponto de vista lógico é impossível admitir que dois sistemas de normas
diferentes e contraditórias sejam simultaneamente válidas.
Dualismo
Clássico
- Triepel
- Di e DInterno constituem dois sistemas jurídicos de igual valor,
independentes e separados
- O fundamento do DI seria a vontade comum dos Estados, enquanto o
DInterno se fundaria na vontade singular dos Estados
- As normas internacionais têm por destinatários os Estados, as normas
internas têm por destinatário os indivíduos
- Para uma norma internacional ser válida na ordem estadual, é necessário
transforma-la em DInterno – É apenas competente o Estado interessado.
Dualismo Atenuado
- Anzilotti
- Pacta sunt servanda
- As normas internacionais constituem, porém, um limite jurídico da
actividade do Estado com legislador
Dualismo Moderado
- Waltz
- Subordinação parcial do Direito Interno ao DI
- DI impõe obrigações, dá poderes e atribui direitos às ordens jurídicas
estaduais e consequentemente o DInterno, na aplicação de normas
internacionais, cria regras jurídicas.
----- Estabeleceu-se relações jurídicas entre o DI e o DInterno.
- Pode haver conflito. A norma interna que contraria o DI mantém-se em
vigor, se elaborada de acordo com as regras que regeu a actividade legislativa
estadual. » Estado incorre em responsabilidade internacionais
Classificação de tratados
- Normativos: multilaterais – efeitos futuros
Definir uma norma susceptível de aplicação a uma generalidade de casos
- Contractos: por meio dos quais se realiza uma operação jurídica concreta –
esgotando-se imediatamente os seus efeitos.
- Multilaterais: fazem parte mais que dois estados
- Bilaterais: apenas 2 estados
Tratado: certos acordos de particular importância pela natureza das matérias que
formou o seu objectivo, pelo fim que visam ou pelo nº/poderio dos contratantes.
Acto geral: acordo concluído entre vários estados no termo de uma conferencia ou
congresso.
Reservas ao tratado
Um tratado colectivo pode definir um determinado regime jurídico, mas permitir aos
interessados que o não apliquem integralmente.
- sistema dos reservas
Vantagem – facilitar a vinculação dos estados aos tratados (CV artigo 2ºd)
- RESERVAS
Interpretativas
Limitadas
Para serem válidas tem de obedecer a duas condições
- uma de forma (devem ser apresentadas por escrito, pelos órgãos
competentes para vincularem os estados na esfera internacional)
- uma de fundo (devem ser aceites pelas outras partes do tratado)
Segundo a fase de elaboração do tratado é ainda possível distinguir entre:
Reserva à assinatura – feita por ocasião de assinatura do tratado
Reserva à ratificação – no momento do deposito ou troca dos instrumentos.
É usada muitas vezes nos regimes presidencialistas, de modo a ressalvar as
prerrogativas do órgão legislativo.
Reserva à adesão – no momento em que o tratado já se tornou definitivo
entre os contraentes.
CV limita a formulação de reservas (art.19º,20º,21º) quando estas não são admitidas
pelos tratados(…)
Promulgação e publicação
1) Promulgação
- acto juridico
- natureza interna
- no qual o governo de um estado afirma/atesta a existência de um tratado
por ele celebrado
- preenchimento das formalidades exigidas para a sua conclusão
- ordena a sua execução dentro dos limites da sua competência
--- integração das normas convencionais do direito interno ---
2) Publicação
- Inserção do texto do tratado numa publicação oficial dos estados
contratantes.
- Dar a conhecer as normas convencionais aos seus destinatários na ordem
interna dos Estados.
Caso português.
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