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Direito Internacional Público

Conceitos:
Função Operacional
- Ordem Social: É aquilo que resulta do posicionamento dos vários sujeitos que
compõem uma sociedade. Todas as sociedades têm de ter uma ordem – resulta da
Segurança.
As primeiras regras para qualquer grupo social devem visar a segurança individual e
colectiva. Exemplos – Não matar, proibir o roubo/furto.
No entanto, é necessário uma força que faça com que as regras sejam cumpridas –
Autoridade.
A autoridade é exercida por alguém que detém o poder » surge o problema da
legitimidade.
A Democracia resolve um pouco o problema da legitimidade, pois recorre ao voto
popular, tornando assim todo o processo mais fidedigno.

Sociedade Internacional/Comunidade Internacional

- O que é uma comunidade? Grupos humanos que existem naturalmente. Não


existem em função de nenhum objectivo. Existem porque é a sua função natural. Ex:
família

- Sociedades Primárias: Compostas por homens. – Conflitos generalizados são


sempre de curta duração

Como se passa para a Sociedade Internacional o conceito de Ordem Internacional?


Existem regras suficientes para não haver um conflito generalizado. Apesar de
existirem conflitos internos que têm repercussões internas, mas não chegam a ser
conflitos generalizados.

Direito Interno VS Direito Internacional


O Direito é algo que nos é imposto. As normas são obrigatórias.
 Direito Interno. 1. Estado soberano detém o monopólio da força e segurança
que fazem com que não haja infracções. 2. Direito de subordinação, não há
diferença entre governantes e governados. 3. Há regras que regulam a
detenção e exercício do poder.
 Direito Internacional. 1. Não regula exercícios de transmissão e detenção do
poder, pois acima do Estado não há nenhum outro poder. 2. Os Estados
sujeitam-se às normas que aceitam – não há subordinação. 3. É um Direito
de cooperação.

Existe Direito Internacional?


Há várias teses que dizem não existir. » Porquê? Acreditam que este é apenas um
conjunto de regras morais a que os Estados se submetem, mas não são obrigados a
cumpri-las. Comitas Gentium: regras de cortesia internacionais.

O que é o Direito Internacional?


É peculiar em relação aos outros ramos do Direito;
Tem normas;
Não há coercibilidade como há no Direito Interno;
Convencional, resulta de tratados internacionais;
Há uma auto-vinculação por parte dos Estados em relação ao Direito Interno.

O Direito Internacional é um ‘filho’ da Política Internacional.


A Política Internacional gera o Direito Internacional »» É uma consequência do PI.
O DI tem como objectivo condicionar a PI, e é destruído pela PI.
» Os tratados que levaram à existência do Direito Internacional caem em desuso.
Não são vitalícios, desaparecem com o tempo.

PI DI PI
*1 *2

*3

*1: Processo criativo


*2: Processo condicionamento
*3: Processo destrutivo; Processo modificativo.

Teorias do Direito Internacional.


- 2 tipos de posicionamento.
- 3 teorias principais.
1. Teoria do jusnaturalismo radical;
» Hobbes.
» Pessoas vivem no Estado Natureza, não se aplica o direito positivo às suas
relações mútuas, dado que este só pode ser definido por uma entidade
superior aos destinatários das normas.
2. Teorias que defendem o Direito Internacional.
» Toda a norma jurídica pressupõe o carácter de um mandato ou a ordem
de uma dada autoridade.
3. Teoria do Direito Imperfeito
» Faltam 5 características para o DI ser um Direito perfeito, sem falhas
 1º, tem um reduzido número de matérias
 2º, muitos dos seus conceitos são pouco seguidos
 3º, grande número de cláusulas que restringem o seu campo de
aplicação
 4º, admite o uso da força nas represálias
 5º, admite a guerra como processo de defesa de interesses.
Características Fundamentais do Direito Internacional
 Costume Internacional
 Auto-tutela (apresenta vários problemas; é muito desigual. Ex: Os EUA têm
um poder de auto-tutela completamente diferente de outros Estados
Soberanos de pequena dimensão.)
 Reduzido número de Estados sujeitos. (Na Sociedade Internacional não
participam apenas os Estados Soberanos, há ainda non-state actors.)

Direito Internacional Geral ou Comum.


Dirigido a todos os Estados (ex.: Carta das NU)

Direito Internacional Particular.


Abrange apenas dois Estados ou um número reduzido destes.

DI » Sempre ligado às RI. Relações entre Estados.


DI » A longo da história » Direito da Guerra e da paz

Século XX – Diplomacia Multilateral (anteriormente bilateral – Entre Estados)

» Foi aqui institucionalizada


» 1ª GG – surgimento de organizações interestaduais/internacionais (com propensão
internacional e permanente [ex. SDN])
» Com a introdução do desenvolvimento militar e do armamento
» Nova amplitude – guerra total (a economia estava virada para o esforço de
guerra)
-- Papel preponderante na Política Internacional, principalmente após a guerra.
Porquê?/Como?
» 14 pontos de Wilson (- base da SDN, base da reconstrução política Europeia)
» Principio de autodeterminação dos povos (problemática: novos Estados que
partilhavam uma mesma cultura)
» Criação de uma organização internacional, com o intuito de garantir a segurança
no plano internacional.

A SDN
- Não proíbe a guerra (embora tenha sido sugerido pelo tratado de Paris
- Tenta garantir um período de desanuviamento durante a guerra para a
negociação das partes em conflito
- EUA não participa » problemática principal
- Ruina do sistema: invasão da Manchúria e da China pelo Japão; 2ª GG
Porém, introduziu inovações – política diplomática multilateral institucionalizada

2ª GG
» EUA – ONU: Concelho de Segurança e Assembleia Geral (dando continuidade ao
multilateralismo) não só deu continuidade com o desenvolvimento
» Integração de maior número de Estados (que era um aspecto deficitário da SDN)
» Aumento do número de embaixadas no mundo
» Facilidades de contacto entre o Mundo
» Origem de grande parte do Direito Internacional. O Direito Internacional
desenvolveu-se significativamente com a criação da ONU, que foi (e ainda é) fonte
legislativa do Direito Internacional. (Ex. Convenção das NU)

Logo, Política Internacional:


» Bilateral
» Multilateral

Conclusão:
PI no século XX
- Com a nova vertente multilateral
- Desenvolvimento do DI no seio da ONU, que promoveu cimeiras e convenções
sobre matérias que envolviam todos os Estados integrantes
Hoje
- Resulta destas duas vertentes de PI, da diplomacia e do campo regional
Construção de Tratados Internacionais. Problemática: Tentativa dos Estados de
moldar o DI de acordo com os seus interesses, subordinando e influenciando outros
Estados.

Doutrinas do Direito Internacional

Nota: Concelho de Segurança não é autoridade de imposição do DI » Não há


sanções impostas pelo Concelho. Deve haver a cooperação entre Estados, no
exercício da sua Autotutela.

Problemática do DI
- Não há autoridade mas há acatamento
- Não há coercibilidade e subordinação, e assim como é que se garante o
cumprimento das normas.
Há duas respostas: os que negam a existência dos DI e os que reconhecem.

Os que negam o DI
Jus Naturalismo Radical (Hobbes)
- Os Estados vivem em “Estado Natureza”, isentos de subordinação a qualquer
entidade superior
- O Direito Positivo (aquele que é imposto) não existe no plano Internacional, pois
não há autoridade que o aplique.

Problemáticas do DI
1. Soberania no plano Internacional.
» Há paridade entre estados – não são sujeitos a uma entidade superior
» Soberania não é partilhada – pode ser transferida para uma entidade (ex.
EU)
» Doutrinas da Soberania:
1580 – Bodin – Soberania Absoluta (século XVII)
Século XIX – positivismo – soberania limitada
Século XX – soberania transferida
Neo positivismo
Jus naturalismo: encontra um fundamento para o DI
Construtivismo
Teorias do DI

Doutrinas Dualistas
- triepel
- DI e DInterno são sistemas de igual valor, independentes e separados – Esferas
distintas
» Diversidade de fundamento
» Instituições com autoridades inexistentes
» Normas internas contrárias ao DI têm aplicabilidade no DInterno
- Consequências:
» Norma Internacional – transposição do Direito Interno para ser válido
Se o Estado não o fizer incorre a responsabilidade internacional
» Não há relações de invalidade entre normas internacionais e internas –
paridade jurídica – conciliadas.

- E as normas consuetudinárias?
» Hansel – Pluralismo moderado
Princípio do Direito Romano – “pacta sun servata”
Dar a cada um o seu Direito
Cumprimento dos tratados
» O Estado, ao autovincular-se à Ordem Internacional, obriga-se a adoptar e
acatar as normas de DI na ordem interna de forma automática
» Waltz – subordinação parcial do Direito Interno ao DI, apesar de concordar
que existem normas contrárias ao DI, isto é, que o Direito interno contrarie ou
impeça a adopção de normas Internacionais.

Doutrinas Monistas (não há esferas separadas)


- primado do DInterno
- primado do DI
Intensidade:
A) Radical. Normas internas são delegações do DI; contrariedade equivale à
invalidade das normas internas
B) Extremo. Subordinação do direito interno; mas sem invalidade no caso de
contradição.
C) Moderado. Na esfera interna – primazia do direito interno; na esfera
externa – primazia do direito internacional
E nas constituições, qual é a seguida?
1. Aplicação do DI através da transformação
2. Incorporação do DI através de uma cláusula geral total
3. Incorporação por institutos através de uma CG plena

Monista - predominante nos EUA e França

Em Portugal:
-- Direito Europeu
Fontes: tratados; regulamentos; directivas
Prevalece o direito interno. Mas na constituição dos Estados Membros há uma
problemática – ex: tribunal constitucional Alemão questiona o Fundo Europeu e a
infectação de capitais alemães. Se sedeclarasse inconstitucional a Alemanha deixava
de contribuir para o Fundo?

O direito Português
- CRP
artigo 8º/1 – orientação monista;
artigo 8º/2 – publicação e rectificação para vigorar na ordem interna
artigo 8º/3 – aplicação directa dos regulamentos europeus
artigo 112º/9 transposição de directivas europeias

- Conflito – CRP vs Tratado Comunitário


O Direito Europeu normalmente prevalece. Mas se prevalecer a CRP o Estado
Português deixa de ser soberano.
Artigo 277º - inconstitucionalidade material
Artigo 204º - proibição da aplicação de normas inconstitucionais ((DI inferior à
Constituição))
Artigo 277º/2 – inconstitucionalidade orgânica ou formal. Admite-se a aplicação na
ordem jurídica portuguesa, para evitar que o Estado português incorra a
responsabilidade Internacional.

- Controlo dos tratados/Conformidade


- Presidente pode pedir ao tribunal constitucional, caso verifique alguma
contrariedade de uma norma internacional a uma norma do Direito Interno
- artigo 16º, abertura do sistema ao DI – direitos fundamentais abrangidos
- artigo 16º/2 – declaração dos direitos Homem
-“soft law” – sem tratados, mas há responsabilidade
-“hard law” – vinculação – violação – responsabilidade

Monismo VS Dualismo
- Todo o direito, seja internacional, seja interno, constitui um único sistema.
- Tem 3 vertentes, uma que prima o Direito Interno(1), outra o Direito
Internacional(2), e por fim a cou opção(3)?????
(1) Inexistência de autoridade internacional superior aos estados
Estados com liberdade para apreciar as suas obrigações internacionais e escolher o
meio de as cumprirem.
Obrigações internacionais fundamentadas no Direito Constitucional Interno. Este é
que determina os órgãos competentes para assumir obrigações internacionais.
(2) Direito é aqui concebido como uma ordem jurídica hierarquicamente superior às
ordens jurídicas estaduais.
Pode ser:
- radical/extremo: normas internas são derivações/delegações do DI. Normas
internas infractoras são nulas.
- moderado: admite-se que possa haver contradição entre normas internas e
normas internacionais.
Nota: DI define as esferas de acção dos estados
Nas relações Estados = Subdito aplica-se em 1º lugar o Direito Estadual. Se este for
contrário ao DI, o estado torna-se responsável por uma infracção ao DI.

(3) Kelsen
- Do ponto de vista lógico é impossível admitir que dois sistemas de normas
diferentes e contraditórias sejam simultaneamente válidas.

Dualismo
 Clássico
- Triepel
- Di e DInterno constituem dois sistemas jurídicos de igual valor,
independentes e separados
- O fundamento do DI seria a vontade comum dos Estados, enquanto o
DInterno se fundaria na vontade singular dos Estados
- As normas internacionais têm por destinatários os Estados, as normas
internas têm por destinatário os indivíduos
- Para uma norma internacional ser válida na ordem estadual, é necessário
transforma-la em DInterno – É apenas competente o Estado interessado.
 Dualismo Atenuado
- Anzilotti
- Pacta sunt servanda
- As normas internacionais constituem, porém, um limite jurídico da
actividade do Estado com legislador

 Dualismo Moderado
- Waltz
- Subordinação parcial do Direito Interno ao DI
- DI impõe obrigações, dá poderes e atribui direitos às ordens jurídicas
estaduais e consequentemente o DInterno, na aplicação de normas
internacionais, cria regras jurídicas.
----- Estabeleceu-se relações jurídicas entre o DI e o DInterno.
- Pode haver conflito. A norma interna que contraria o DI mantém-se em
vigor, se elaborada de acordo com as regras que regeu a actividade legislativa
estadual. » Estado incorre em responsabilidade internacionais

Fontes do Direito Internacional

- Fontes formais e fontes materiais


Em termos jurídico-positivos estas são as verdadeiras fontes.
- artigo 38º - TIJ
Os estados têm de aceitar a competência e jurisdição do tribunal
Competência consultiva para os órgãos da ONU
Define as normas:
1. Convenções ou tratados
2. Costume
3. PGD aceites pelas nações utilizadas
4. Jurisprudência
5. Doutrina
6. TIJ, que define ainda a Equidade, porém esta não é fonte mas sim um
critério de decisão

1 Direito dos tratados (Convenção de Viena)


Acordo celebrado por actores internacionais, cujo objectivo é criar/produzir direito
Ex: entre estados.
No entanto, a convenção de Viena sobre o direito dos tratados, de 23 de Maio de
1969 – art.2º/1, alínea a).
Apenas abrange os tratados celebrados entre estados
Celebradas de forma escrita.
Porém, a noção de tratado incluída na convenção apenas visa estabelecer a que
tratados o texto é aplicável. Por isso, é importante ressalvar a validade dos tratados
celebrados entre outros membros da sociedade internacional -» que tenham forma
escrita ou não.

Classificação de tratados
- Normativos: multilaterais – efeitos futuros
Definir uma norma susceptível de aplicação a uma generalidade de casos
- Contractos: por meio dos quais se realiza uma operação jurídica concreta –
esgotando-se imediatamente os seus efeitos.
- Multilaterais: fazem parte mais que dois estados
- Bilaterais: apenas 2 estados

Normalmente são normativos multilaterais e contractos bilaterais

- Normativos – são abertos


- Contratos – fechados

Normativos – forma solene de celebração: processo próprio + rectificação dos


chefes de Estado.
Contratos – Simplificado 8 acordos

Tratado: certos acordos de particular importância pela natureza das matérias que
formou o seu objectivo, pelo fim que visam ou pelo nº/poderio dos contratantes.

Convenção: Designou acordos de pouca importância ou muito especializados


(convenc. Aduaneiras)

Acordo: matérias específicas, caracter económico, financeiro ou cultural

Concordata: igreja + estado

Protocolo: acta de uma reunião internacional ou documento onde 2 ou mais


estados registam os pontos sobre os quais chegaram a acordo nas negociações.
Declaração: 2 ou mais estados proclamam, individualmente, o seu acordo acerca de
certas questões. Definem uma linha de conduta comum.

- Modus vivendis: acordo temporário, “troca de notas”. Representantes enviam notas


diplomáticas de que consta a vontade dos respectivos estados acerca de certas
matérias que são objecto de negociação entre eles.

- Notas reversais: trocadas para esclarecer algum ponto de um tratado.

Compromisso: acordo pelo qual 2 ou mais estados se obrigam a recorrer a


arbitragem ou solução judicial para resolver certos diferendos já verificados ou
previstos.

Acto geral: acordo concluído entre vários estados no termo de uma conferencia ou
congresso.

Elaboração dos tratados


 Forma Externa dos tratados
- normalmente são escritos, não há nenhuma norma que os obrigue. Ou
seja, tanto pode ser escrito, como verbal
 Orgaos de celebração de tratados
- órgãos a quem compete a celebração dos tratados, são determinadas pelo
direito interno dos membros da sociedade internacional.
 Processo tradicional de elaboração
- o direito internacional não impõe formalidades obrigatórias para a
celebração de tratados
- não há tramites processuais obrigatórios, excepto quando os tratados são
celebrados no âmbito de OI’s.
- São os intervenientes no acordo que fixam livremente o respectivo
processo de elaboração

»»» Na prática, verifica-se uma tendência de passagem por 5 fases:


 Negociações.
- determina o conteúdo das estipulações
- as suas formalidades variam consoante as negociaçoes decorridas entre:
Dois estados (tratados bilaterais) – conduzidas pelos MNE ou agentes
diplomáticos
3 ou mais estados (tratados multilaterais) – negociações tem lugar em
reuniões, onde participam todos os negociadores – formam delegações dos
estados respectivos.
NEGOCIAÇOES = PLENIPOTENCIARIOS
» Habilitados com todos os poderes para dirigir e concluir
negociações (plenos poderes) – constam numa cada patente
PLENOS PODERES: faz parte a promessa do estado se obrigar pelas
estipulações negociadas (promessa de ratificação)
 Redacção.
- Dificuldade: escolha da língua.
Há uma estrutura normalmente seguida
o Preambulo (consta o elenco das altas partes contratantes mais os
motivos mais os objectivos pretendidos
o Parte dispositiva (disposições relativas a aspectos como revisão,
entrada em vigor, etc)
o Anexos (mesmo valor jurídico que a parte dispositiva)
 Assinatura.
- em geral é assinado por todos os plenipotenciários
- quando não tem poderes suficientes para assinar ou se tiverem duvidas,
limitam-se a colocar as suas iniciais – assinatura deferida
- pode também ser pedido que a assinatura seja reconhecida pelo estado
que representa – assinatura ao referêndum
 Ratificação.
- acto pelo qual a aprovação era dada.
- texto assinado vale como projecto de tratado
- o único efeito da assinatura é encerrar as negociações e colocar os estados
na situação de só poderem recusar ou aceitar o texto tal como foi assinado,
vedando-lhes a possibilidade de introduzirem alterações.
- O texto só se torna obrigatório depois de solenemente aprovado
Orgaos competentes: De acordo com o DInterno de cada estado, é
possível identificar três grandes sistemas quando aos órgãos para a
ratificação:
 Poder executivo – típico nas monarquias absolutas, das antigas
democracias populares, etc.
 Poder legislativo – característica dos estados de sistema de
governo convencional
 Partilha de competências entre os órgãos do poder legislativo
e do poder executivo – chefe de estado ratifica e sujeita-se à
previa aprovação do tratado pela A.L. ou governo. (Vigora em
Portugal)
- Forma de ratificação: troca e deposito das ratificações (CV art-16º/76º/77º)
Na prática reveste a forma oficial do estado, onde se reproduz o texto
integral do tratado numa das suas versões oficiais.
- Para que o acordo seja perfeito deve seguir-se à ratificação
A troca de ratificações(tratado bilateral – MNE dão reconhecimento
reciproco da ratificação) OU o depósito das ratificações (tratado multilateral –
participação das ratificações aos MNE)
- Ratificações imperfeitas: não obedecem aos tramites definitos pelo direito
interno do estado ratificante = 3 SOLUÇÕES:
- Tratado é nulo
OU
- Tratado produz todos os efeitos de DI porque a irregularidade não
interessa apenas ao Direito interno
OU
- A ratificação imperfeito é um acto ilícito, que acarreta a
responsabilidade internacional do estado ratificante. Por isso, a nulidade do
tratado não pode ser invocada pelo estado a quem a responsabilidade é
imputada.
Problema resolvido pela Convenção de Viena, artigo 46º (ratificação
imperfeita não serve de fundamento)

Reservas ao tratado
Um tratado colectivo pode definir um determinado regime jurídico, mas permitir aos
interessados que o não apliquem integralmente.
- sistema dos reservas
Vantagem – facilitar a vinculação dos estados aos tratados (CV artigo 2ºd)
- RESERVAS
 Interpretativas
 Limitadas
Para serem válidas tem de obedecer a duas condições
- uma de forma (devem ser apresentadas por escrito, pelos órgãos
competentes para vincularem os estados na esfera internacional)
- uma de fundo (devem ser aceites pelas outras partes do tratado)
Segundo a fase de elaboração do tratado é ainda possível distinguir entre:
 Reserva à assinatura – feita por ocasião de assinatura do tratado
 Reserva à ratificação – no momento do deposito ou troca dos instrumentos.
É usada muitas vezes nos regimes presidencialistas, de modo a ressalvar as
prerrogativas do órgão legislativo.
 Reserva à adesão – no momento em que o tratado já se tornou definitivo
entre os contraentes.
CV limita a formulação de reservas (art.19º,20º,21º) quando estas não são admitidas
pelos tratados(…)

Outros modos de vinculação dos Estados


a) ADESÃO
A adesão e o acto jurídico pelo qual um estado que não e parte de um tratado se
declara obrigado pelas suas disposições.
Várias formas:
- por tratado especial, supõe a celebração de um acordo onde os signatários
originários de um tratado e um terceiro estado, no qual se declara a subordinação
- por troca de declarações sujeitas a ratificação – troca de duas declarações, uma de
adesão e outra de aceitação
- acto unilateral
Consoante os termos da clausula de adesão, esta pode ser:
» ilimitada, está aberta a todos os estados
» limitada, está reservada a determinados estados
» livre, depende apenas da vontade dos estados que a queiram utilizar
» condicionada, depende de certas condições
b) ASSINATURA
A assinatura do texto de um tratado pelas partes contratantes, pode também
exprimir a vinculação dos estados signatários nas hipóteses seguintes:
- quando consta o tratado que a assinatura tem esse efeito
- quando por qualquer outra forma os estados negociadores acordavam que a
assinatura tem esse efeito
- quando a intenção do estado atribuir esse efeito a assinatura resulte dos plenos
poderes do seu representante.
Assinatura é diferente de Rubrica, que só equivale à assinatura quando os estados o
decidem.
c) Troca dos instrumentos que constituem um tratado
A troca dos instrumentos que constituem um tratado pode funcionar como forma
de os tratados se obrigarem convencionalmente quando:
Dos deferidos instrumentos conste que a sua troca produzira esse efeito;
Quando, por qualquer outra forma, se manifeste a vontade dos estados de
atribuir esse efeito à troca de instrumentos.

Tendência para a simplificação do processo de elaboração dos tratados


Normas fundamentais
De certos OI’s, de processos especiais de elaboração de tratados a observar
obrigatoriamente pelos seus membros
+ uso cada vez mais restrito da ratificação
+ na dispensa da intervenção formal dos órgãos investidos do treaty making power
+ no uso de cada vez mais generalizado dos sistemas de troca de instrumentos e de
simples aprovação

Promulgação e publicação
1) Promulgação
- acto juridico
- natureza interna
- no qual o governo de um estado afirma/atesta a existência de um tratado
por ele celebrado
- preenchimento das formalidades exigidas para a sua conclusão
- ordena a sua execução dentro dos limites da sua competência
--- integração das normas convencionais do direito interno ---
2) Publicação
- Inserção do texto do tratado numa publicação oficial dos estados
contratantes.
- Dar a conhecer as normas convencionais aos seus destinatários na ordem
interna dos Estados.

Caso português.
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