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CONSTITUIÇÃO

Conceito
- Lei maior
- Reunião de todos os valores supremos de um Estado.
- Instituída para regular a atuação governamental, as relações jurídicas existentes na
sociedade, bem como proteger os indivíduos de abusos do Poder Público.
- Lei fundamental e suprema de um Estado.
- Contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes
públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de
competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos.

Conteúdo
- Elementos orgânicos
- Definem a estrutura do Estado
- Elementos limitativos
- Limitam a atuação do Estado
- Elementos socioideológicos
- Opções de ordem social, econômica, etc
- Elementos de estabilização constitucional
- Garantem as estabilidades da constituição (cláusulas pétreas)
- Elementos formais de aplicabilidade
- Manuais de instrução para a aplicação da constituição

Instituição
- Pode derivar dos trabalhos de:
- Assembléia Nacional Constituinte
- Processo histórico
- Processo revolucionário

- Poder Constituinte Originário


- Poder que institui inicialmente uma constituição
- Compõe o texto constitucional sem vincular a nenhuma regra, valor ou
norma anterior.
- Caráter excepcional, dado que sua existência pressupõe apagar, derrubar a
constituição anterior, sendo absoluto e ilimitado.
- Geralmente nasce em virtude de guerras, conflitos graves, revoluções, ou
no caso de recém criados.

- Poder Constituinte derivado


- Poder de reformular a constituição e de elaborar constituições estadual.
- No Brasil, é aquele que o Congresso Nacional ou os órgãos máximos do
Poder Legislativo Estadual exercem por meio de emendas à Constituição, pelas Revisões
constitucionais e pela confecção das Constituições Estaduais, sendo em quaisquer casos
subordinado e condicionado.
- Classificação:
- De reforma
- De emenda
- modificações que podem ser feitas a qualquer
momento, desde que seguidas as regras definidas na
Constituição.
- De revisão
- São oportunidades que o constituinte originário deu
ao constituinte derivado de por um determinado
período de tempo fazer a revisão da constituição por
meio de um processo mais simplificado que o da
emenda constitucional.
- Decorrente
- Exercido pelos Estados-membros na confecção de suas
constituições estaduais.

- Elemento legitimador
- Garante o Poder da constituição.
- Deriva de uma Assembléia Constituinte, formada por parlamentares
democraticamente eleitos, ou seja, o povo indiretamente faz a Constituição.

- Estrtura
- Títulos (I, II, III)
- Capítulos (I, II, III)
- Seções (I, II, III)
- Artigos (1º, 2º, 3º)
- Parágrafos (Parágrafo único, § 1º, § 2º)
- Incisos (I, II, III)
- Alíneas (a, b, c, d)

Classificação
- Quanto à forma
- Escrita
- Texto único
- Não escrita
- Usos, costumes, leis
- Ex: Constituição da Inglaterra

- Quanto à origem
- Promulgadas
- Originam de um órgão / assembléia constituinte, eleita
democraticamente
- Outorgadas
- elaboradas por uma pessoa ou por um grupo de pessoas sem
qualquer participação popular
- constituição imposta
- Quanto à estabilidade
- Imutáveis
- Em hipótese alguma podem ser alteradas
- Rígidas
- Trazem em si a possibilidade de alterações, mas que necessitam de
um processo especial e qualificado, de modo a dificultar a constância de modificações em
seu conteúdo.
- Flexíveis
- Geralmente as não escritas
- Não demandam nenhum procedimento especial para serem
alteradas, bastando a atividade comum do poder legislativo, ou seja, são alteráveis como
qualquer lei.

- Semi-rígidas ou semi-flexíveis
- Em parte são rígidas, isto é, exigem um procedimento especial mais
elaborado para que sejam modificadas, enquanto outras partes não exigem nenhum
procedimento especial, bastando o procedimento comum ordinário, de elaboração de leis,
para que se mude a Constituição.

- Quanto á extensão
- Analíticas
- Prevêem em seu texto várias situações específicas
- Descrevem o maior número possível de regras para o bom
funcionamento do Estado.

- Sintéticas
- Descrevem apenas os princípios, as normas gerais, descrevendo o
papel do Estado de forma mais concisa e resumida.

- Quanto ao modo de elaboração


- Dogmáticas
- elaboradas por um órgão, por uma assembléia constituinte

- Históricas ou costumeiras
- lento processo histórico de estabelecimento dos elementos
fundamentais de uma sociedade

- Quanto ao modelo
- Constituição-garantia
- Modelo clássico
- Estabelece a divisão dos poderes

- Constituição dirigente
- Prevê metas de evolução política
- Constituição Federal de 1988
- Escrita
- Promulgada
- Rígida
- Analítica
- Dogmática
- Dirigente

- Poder Constituinte
- Poder Constituinte originário
- Poder que origina uma Constituição
- Também chamado de primeiro grau, genuíno, ou de fato
- Não deriva de nenhum outro (Inicial)
- Não sofre qualquer limite (autônomo, não há nenhum condicionamento
material)
- Não se subordina a nenhuma condição (incondicionado, não está submisso
a nenhum procedimento de ordem formal)

- Poder Constituinte Derivado


- Instituído pelo Poder Constituinte Originário
- Chamado de instituído ou de segundo grau – é secundário, pois deriva do
poder originário.
- Características:
- Derivado (deriva de outro poder que o instituiu)
- Subordinado (está subordinado a regras materiais – ex: cláusulas
pétreas)
- Condicionado (Condicionado a regras formais do Processo
Legislativo)

- Divide-se em:
- Poder Derivado de Revisão ou Reforma
- Poder de realizar alterações na Constituição
- Poder de editar emendas á Constituição
- Exercente de tal poder é o Congresso nacional
- Quando o Congresso vota uma emenda, não está no
procedimento legislativo, e sim no poder reformador.

- Poder Derivado Decorrente


- Poder dos Estados, Unidades da Federação, elaborar as suas
próprias constituições.
- O exercente desse poder são as assembléias dos Estados
- As constituições Municipais são denominadas Leis
Orgânicas.

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS


- São aqueles que guardam os valores fundamentais da ordem jurídica.
- Não regulam situações específicas
- Distinguem-se da norma por serem mais abstrato, mais impreciso, enquanto a norma é
mais específica, mais precisa, de conteúdo mais objetivamente definido.
- É um elemento de harmonização da Constituição.

- Art. 1º
- A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como
fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
V – o pluralismo político
- Parágrafo Único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

- República:
- Forma de governo
- Principais características:
- Possibilidade de responsabilização do governante
- Temporariedade do mandato de governo
- Eletividade.

- Proteção da forma republicana


- Não está expressamente protegida pelas cláusulas pétreas da Constituição (Art. 60,
§ 4º), mas nem por isso encontra-se despida de proteção.
- A agressão à forma republicana pode levar à intervenção federal, nos
termos do Art. 34, VII, por ser PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL SENSÍVEL.

- Federativa
- Federação é uma forma de organização do Estado.
- Opõe-se ao Estado Unitário e à confederação
- Estado unitário
- Todo o poder é centralizado
- Subdivisões internas apenas administrativas, sem poder
- Confederação
- As partes componentes do Estado são detentoras de poder próximos
ao da soberania.
- Pacto dissolúvel (Qualquer das entidades que a integrar pode dela se
retirar)
- Possui uma unidade central de poder, que é soberana
- Possui diversas subdivisões internas com parcelas de poder
- No Brasil, o tipo de Federação é a orgânica
- Mais rígida que o modelo norte-americano
- A parcela de poder deixado com Estados, Distrito Federal e Municípios é
pequena.
- Tendência centralizadora por parte do governo central.

- Autonomia das entidades estatais na Federação


- Capacidade de cada entidade estatal (União, Estados, DF e Municípios) gerir os
seus interesses dentro de um âmbito jurídico e territorial previamente determinado pelo
poder soberano.
- Aspectos essenciais:
- Capacidade de auto-organização
- Constituição própria
- Capacidade de autogoverno
- Eletividade dos representantes políticos
- Capacidade de autolegislação
- Edição de normas gerais e abstratas pelos respectivos legislativos
- Capacidade de auto-administração
- Prestação e manutenção de serviços próprios
- Capacidade tributária
- poder de criar e cobrar impostos, taxas e contribuições de melhoria

- União indissolúvel
- Partes materialmente componentes da República não poderão dela se dissociar
- Qualquer tentativa separatista é inconstitucional
- A União não faz parte desse rol, por não ter existência material, mas apenas
jurídica ou político-administrativa.
- Possui uma unidade central de poder, que é soberana
- Possui diversas subdivisões internas com parcelas de poder

- Estado Democrático de Direito


- Em oposição ao Estado de Poder, que era exercido com base na vontade do
monarca
- O termo “Direito”, quer dizer que o governo deve ser submetido a leis, e quaisquer
leis.
- O acréscimo do termo Democrático, depreende que tal poder deve vir do Povo.

- Soberania
- Tal soberania não deve ser entendida como poder supremo, mas sim como
soberania popular.
- Toda a estrutura de Estado, dada pela Constituição, foi formada em atendimento a
esse princípio.

- Cidadania
- População: Soma dos habitantes de um território
- Povo: Soma dos naturais desse território
- Cidadão: Parcela do povo que é titular de capacidade eleitoral ativa.

- o Cidadão pode votar, e assim interferir nas decisões políticas e na vida


institucional do Brasil.
- Capacidade de a pessoa física exercer direitos políticos é condição constitucional
para o exercício de alguns direitos e prerrogativas, como a denúncia direta ao TCU,
a iniciativa popular de leis e a propositura de ação popular.

- Dignidade da pessoa humana


- O valor da pessoa humana, enquanto ser humano, é insuperável

- Valores sociais do trabalho


- O trabalho é um instrumento do trabalhador para obter, além de riquezas para o
empregador e para o Brasil, todos os direitos sociais que estão assegurados no Art.
6º.

- Livre iniciativa
- Disputa de espaço pelo brasileiro empresário, protegido contra práticas ilícitas de
mercado, monopólios e oligopólios.

- Pluralismo político
- Liberdade de expressar sua concepção política, através de reunião com seus iguais
em qualquer partido político.
- Reunião em associações, sindicatos, igrejas, clubes de serviços.

- Exercício direto e indireto de poder


- O povo é titular primeiro e único do poder do Estado. Tal poder pode ser exercido
através de representantes, que o povo elege, ou pelo povo, diretamente.
- O poder do povo pode ser exercido através do sufrágio e voto, o plebiscito, o
referendo, a iniciativa popular de leis, o direito de informação em órgão públicos, o direito
de petição administrativa, a ação popular, o mandado de injunção, a denúncia direta ao
TCU e a fiscalização popular de contas publicas, e outros.

- Diferença entre Estado e País


- Estado: Formado por povo, território e governo soberano
- País: Refere-se á paisagem, aos aspectos físicos e naturais do território do Estado,
á fauna e à flora, às crenças, às lendas, aos mitos e às tradições.
- Unidade geográfica, histórica e cultural ao povo.

- Art. 2º - São Poderes da união, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o


Executivo e o Judiciário

- Unidade do poder
- Não são três, mas um só, e o seu titular é o povo, soberanamente.
- A tripartição é apenas orgânica, ou seja, são os três órgãos que exercem,
cada um, uma das três funções básicas do poder uno do povo.
- Cada uma dessas funções corresponde a uma estrutura, uma instituição, que
a exerce com precipuidade, mas não exclusivamente.
- Por não ser exclusivo, o exercício das funções por nenhum poder, é que se
pode afirmar que os três poderes exercem as tr~es funções estatais, mas ccada um deles
exerce uma dessas em grau maior que os demais.

- Funções típicas
- Legislativo
- Legislativa
- Elaboração de comandos normativos genéricos e abstratos
- Fiacalizatória
- Investigatória
- Comissões Parlamentares de Inquérito

- Executivo
- Aplicação das leis a situações concretas, às quais se destinem, vindo
daí, inclusive, a permissão constitucional de uso do poder regulamentar, que consta no Art
84, IV da CF.
- Judiciário
- Aplicação da lei a situações concretas e litigiosas.
- Proteção da autoridade das Constituições Federal e Estaduais e da
Lei Orgânica do Distrito Federal no julgamento dos processos objetivos de controle de
constitucionalidade em tese.

- Funções atípicas
- Legislativo
- Administra o quadro de pessoal
- Julga determinadas autoridades em crimes de responsabilidade

- Judiciário
- Administra o quadro de pessoal
- Elabora regimentos internos de seus Tribunais, o que é lei em
sentido material.

- Executivo
- Julga processos administrativos disciplinares e litígios do
contencioso tributário administrativo.
- Legisla na elaboração de medidas provisórias e de leis delegadas.

- Função Judiciária
- É a única que não é exercida fora do Juiciário.
- O monopólio da jurisdição é assegurado pelo Art. 5º, XXXV
- Os julgamentos administrativos não fazem, no Brasil, coisa julgada,
admitindo discussão judicial plena.
- Os julgamentos políticos realizados pelo senado Federal não poderão ter o
seu mérito apreciado pelo Judiciário, por se constituir em decisão interna corporis, mas o
procedimento e as fases processuais poderão ser.

- Modelo positivo brasileiro


- O princípio da separação e independência dos poderes não possui fórmula
universal apriorística e completa.
- O que se há de impor como padrão não são concepções abstratas ou
experiências concretas de outros países, mas sim o modelo brasileiro vigente de separação
dos Poderes, como concebido e desenvolvido na Constituição da República (STF - ADI).

- Julgamentos de inconstitucionalidade pelo STF


- Sujeição de convênios do Poder Executivo à aprovação prévia do
Legislativo
- Autorização de dívidas que excedam o Mandato
- Sujeição de atos executivos ao Legislativo
- Fixação de prazo ao Executivo

Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:


I – construir ua sociedade livre, justa e solidária
II – garantir o desenvolvimento nacional
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais
IV – promover o bem de todos, sem rpeconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação

- Fundamentos e objetivos fundamentais


- Objetivos fundamentais
- Objetivos que a República dve buscar com a sua atuação.
- Metas a atingir

- Fundamentos
- Bases da República

Art. 4º - A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios
I – independência nacional
II – prevalência dos direitos humanos
III – autodeterminação dos povos
IV – não intervenção
V – igualdade entre os Estados
VI – defesa da paz
VII – solução pacífica dos conflitos
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo
IX – cooperação entre os povos para o progresso da huanidade
X – concessão de asilo político
Parágrafo único – A república Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma
comunidade latino-americana de nações.

- Âmbito de comando
- Princípios que vão reger a atuação da República brasileira no plano internacional

- Conflito entre a Constituição e ato internacional em direitos humanos


- O STF decidiu pela prevalência da Constituição, no Direito brasileiro, sobre
quaisquer convenções internacionais, incluídas as de proteção aos direitos humanos.

- Autodeterminação dos povos


- Origem no princípio das nacionalidades

- Não intervenção
- O Brasil não pode tolerar ingerências externas nos seus negócios domésticos e, da
mesma forma, a política externa brasileira não poderá ser pautada pela ingerência nos
assuntos de outros Estados soberanos.

- Concessão de asilo político


- Asilo concedido a quem esteja sendo perseguido por motivos políticos ou de
opinião.
- Segundo o STF, a concessão anterior de asilo político não impede posterior
análise e conseuente concessão de pedido extradicional, desde que o fato ensejador do
pedido não apresente características de crime político ou de opinião.

- Tipos de asilo político


- Asilo diplomático
- Estrangeiros nas legações, sedes de missões diplomáticas, navios ou
aeronaves militares.
- Asilo territorial
- Reconhecimento de estrangeiro perseguido por motivos políticos
em outro país, e que ocorre quando esse estrangeiro cruza a fronteira e se coloca no âmbito
espacial e territorial da soberania de outro país, e pede asilo.
- Asilo neutro
- Concedido por um Estado que não esteja participando da guerra, a
membros da forças militares dos Estados em conflito armado.

- Competência para conceder asilo político


- Segundo o STF, a competência é do Poder Executivo

- Solicitação de refúgio
- A solicitação de refúgio suspende o processo extradicional, segundo o Art. 34 da
Lei nº 9474/97 e segundo a jurisprudência do STF.
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS

- DIREITOS
- Direitos são prerrogativas das pessoas contra a invasão e o abuso do Estado
- São bens jurídicos tutelados pela Constituição Federal

- Direitos
- Vida
- Igualdade
- Liberdade
- Locomoção
- Reunião
- Manifestação do pensamento
- Associação

- GARANTIAS
- Garantias (remédios constitucionais) são mecanismos processuais aptos a tutelar o
gozo e a fruição dos Direitos. (fruição=exercício)

- Garantias
- Hábeas Corpus
- Mandado de Segurança
- Mandado de Segurança coletivo
- Mandado de Injunção
- Hábeas Data
- Ação Popular

- GARANTIAS DE DIREITOS

- HÁBEAS CORPUS
- Remédio Jurídico constitucional apto a proteger o direito à locomoção
quando ameaçado ou efetivamente ferido por ilegalidade ou abuso de poder
de uma autoridade pública
- Detenção
- Sujeito ativo: Autoridade Pública
- Sujeito passivo: Pessoa natural

- Impetração de Hábeas Corpus


- Sujeito ativo: Aquele que foi detido ou ameaçado
- Sujeito Passivo: Autoridade Pública

- Sujeito Ativo
- Pessoa física, inclusive o incapaz (menor, louco, estrangeiro,
analfabeto)
- Pessoa Jurídica, em favor de uma pessoa natural
- Sujeito passivo
- Autoridade Pública agindo com ilegalidade ou abuso de poder
- Ente privado ou particular, agindo com ilegalidade
- Deve haver relação de subordinação ou de hierarquia
- Ex: Diretor de Hospital privado que detém paciente
no hospital pela falta de pagamento

- Modalidades
- Preventivo: Impetrado quando da mera ameaça, antes do efetivo
ferimento da liberdade de locomoção
- Repressivo / liberatório / resolutiva: após o efetivo ferimento do
direito à liberdade de locomoção

- Observações:
- É ação gratuita (não possui custas judiciais)
- Não necessita capacidade postulatória para impetração
- Não cabe contra as detenções militares disciplinares
- Exceção: Caberá se a detenção forma realizada com vício
formal de procedimento
- Ex: Detenção por autoridade incompetente

- O Hábeas Corpus pode ser utilizado para tutelar outros direitos, de


forma transversa indireta (Direito-meio)
- Ex: Hábeas Corpus utilizado para tutelar o direito à vida,
impedindo um aborto em favor do feto, garantindo o seu
direito de ir e vir.
- Não há rigor formal na ação de Hábeas Corpus, exigindo-se tão
somente a forma escrita. Admite-se até via fax.
- Quando houver o relaxamento da prisão, deve o fax ser
substituído pelo original assinado.

- MANDADO DE SEGURANÇA
- Ação processual própria para tutelar direito líquido e certo, quando ferido
ou ameaçado por autoridade pública ou pessoa jurídica agindo em nome do
Poder Público, com ilegalidade ou abuso de poder.

- Direito Líquido e Certo: “É aquele contra o qual não se podem opor


motivos ponderáveis, mas apenas meras alegações cuja improcedência se
percebe de imediato, sem a necessidade de detido exame.” (MS 122-STF)

- Sujeito Ativo:
- Pessoa Física
- Pessoa Jurídica
- As universalidades de Direito
- Massa Falida
- Espólio
- Condomínio

- Sujeito Passivo:
- As entidades da Administração direta
- União
- Estados
- DF
- Municípios

- As entidades da administração indireta


- Autarquias
- Fundações Públicas
- Empresas Públicas
- Sociedades de Economia Mista

- Órgãos independentes
- Todas as chefias do executivo
- Presidência da República
- Governadoria dos Estados e do DF
- Prefeitura de Municípios

- Todas as corporações legislativas


- Câmara dos Deputados
- Senado Federal
- Ass. Legislativas dos Estados
- Câmara Legislativa do DF
- Câmara dos Vereadores
- Câmaras Municipais

- Todos os Tribunais do Judiciário


- Todos os Tribunais de Contas
- Órgãos Autônomos
- Ministérios Federais
- Secretarias estaduais, distritais e municipais

ÓRGÃOS PÚBLICOS
- Não possuem personalidade Jurídica
- Via de regra, não possuem capacidade processual (não pode
ser parte no processo, nem autor, nem réu nem assistente, nem
oponente)
- Órgãos independentes e autônomos possuem capacidade
processual para a defesa de seus direitos e prerrogativas
funcionais. Tais órgãos podem ser sujeitos ativos e passivos
no Mandado de Segurança.
- O TCU está atrelado administrativamente ao legislativo.
Não pertence a nenhum dos poderes.
- O MP não faz parte de nenhum dos 3 poderes.
- O MP é órgão atrelado administrativamente ao Poder
Executivo.
- O MP é órgão independente que possui autonomia
administrativa e financeira
- TCU – Autonomia administrativa, mas é independente

- Órgão independente: Ocupa a posição de cúpula, sem


nenhuma submissão hierárquica ou funcional.
- Órgãos Autônomos: ocupa posição de cúpula, mas deve
subordinação hierárquica e funcional a órgão independente.

- Modalidades do Mandado de Segurança


- Preventivo
- Repressivo / Resolutivo

- Sentença Liminar no MS
- Sentença de natureza cautelar que visa proteger direito líquido e
certo contra o perecimento em ânimo (caráter) definitivo.

- Observações:
- Ação onerosa (Possui custas judiciais)
- Necessita-se de capacidade postulatória (advogado)
- A sentença liminar no MS protege apenas as partes constitutivas do
processo
- O prazo para a impetração é de 120 dias, contados a partir da
ciência do ferimento do direito
- Não cabe MS contra lei em tese
- Lei em tese:
- Efeito
- Genérico
- Abstrato
- Ergo Omnis (contra todos)

- Cabe MS contra lei de efeito concreto


- Lei que alcança um indivíduo ou coletividade determinada
de indivíduos.

- MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO

- Mesmo conceito de MS
- Sujeito Ativo:
- Partido Político com representação no Congresso Nacional
(ter apenas 1 deputado ou 1 senador)
- Organizações Sindicais (Sindicato, federação e a Confederação Sindical)
- Entidades de Classe (Ordens e conselhos de profissão (OAB, CREA,
CRC))
(Profissões legalmente estabelecidas)
- Associações legalmente estabelecidas e em funcionamento a pelo menos 1
ano

- No MS, o impetrante e o próprio titular do Direito Líquido e Certo ferido


ou ameaçado. No MSC, o impetrante é um substituto processual.

- Sujeito Passivo:
- Entidades da Administração direta
- União
- Estados
- DF
- Municípios
- Entidades da Administração Pública Indireta
- Autarquias
- Fundações Públicas
- Empresas Públicas
- Sociedades de Economia Mista

- Órgãos públicos independentes e autônomos

- Autorização em Assembléia: Para deliberação de vários assuntos é necessária a


autorização em Assembléia, mas para impetrar um Mandado de Segurança
Coletivo, NÃO é necessária a autorização em Assembléia, vez que encontra-se no
estatuto e aperfeiçoa-se no ato da filiação.

- Mesmas Observações do MS.


- Mesmas Modalidades do MS.

14-08-2006

- MANDADO DE INJUNÇÃO (Art. 5 LXXI)

- Pressuposto: Falta de norma regulamentadora, que inviabilize o gozo de direitos e


prerrogativas relativas à nacionalidade, soberania e cidadania.

- Sujeito Ativo: Pessoa física, pessoa jurídica.


- Nota: É cabível o Mandado de Injunção coletivo:
- Partido político com representação no Congresso,
- Associação sindical
- Associações legalmente estabelecidas
- Sujeito Passivo: Órgão responsável pela elaboração da norma. (Via de regras o
Congresso Nacional, pode ser Assembléia Legislativa dos Estados).

COOPERATIVAS, ONGS = ASSOCIAÇÕES

- Mora normativa do Congresso Nacional:


- O STF deciciu acerca da possibilidade de impetração de Ação
indenizatória contra o Congresso Nacional por impetrante favorecido nas
ações de MI quando sofrerem dano patrimonial ou prejuízo financeiro pela
falta de norma.

- HABEAS-DATA (Art. 5 LXXII)

- Objeto da proteção:
- Conhecimento e retificação de dados do impetrante

- Sujeito Ativo:
- Pessoa Física
- O STF autorizou a impetração de Hábeas Data para o reconhecimento ou
retificação de dados do falecido pelo cônjuge ou herdeiro.
- Pessoa Jurídica

- Sujeito Passivo:
- Órgão ou entidade da administração pública que administrem banco de
dados oficiais. (SRF, ABIN, INSS, ...)
- Ente privado que gerencia banco de dados públicos

- Indeferimento na via administrativa


- É condição de procedibilidade o indeferimento prévio de requerimento na
via administrativa, ou responder o requerimento (Prazo p/ resposta: 15 dias)
- O indeferimento na via administrativa NÃO frustra o princípio da
inafastabilidade de jurisdição (5º XXXV), é apenas uma condição de
procedimento (administrativa)

- AÇÃO POPULAR
- Sujeito Ativo: Qualquer cidadão
- Pessoa Física
- Maior de 16 anos
- Capaz mentalmente
- Dotada de capacidade eleitoral ativa

- Sujeito passivo
- Autoridade pública responsável pela prática do ato, do seu pressuposto
legal.

- Efeitos da sentença
- Anular o ato lesivo
- Suspender a prática do ato, se iminente.
- Cabe ação popular PREVENTIVA

- Determinar a prática do ato, quando for dever de ofício da autoridade


administrativa
- Omissão da autoridade administrativa

- Objeto da proteção
- Meio Ambiente
- Moralidade Administrativa
- Patrimônio Público
- Patrimônio Histórico Cultural

- Observações finais
- É ação gratuita (não possui custas judiciais)
- Necessita-se de Capacidade Postulatória
- Prosperando ou não a ação, o autor fica isento de custas judiciais e do ônus
da sucumbência.
- Se o autor propôs a ação de má fé, pode ser condenado a pagar
custas judiciais, ônus da sucumbência, e multa de até 10 vezes o
valor das custas judiciais. (Lei 4717/65)

- ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

- ESTADO
- Conceito: É a nação política e juridicamente organizada, formada pela
conjunção de três elementos originários e indissociáveis, a saber:

- Elementos:
- Povo: Elemento humano
- Território: Elemento geográfico, físico ou espacial
- Governo soberano (soberania): é o elemento político

- Forma de Estado
- Conceito de Forma de Estado: Refere-se à maneira em que se
exerce o poder político no território de um dado Estado. Se houver
uma única fonte de poder político, o Estado será centralizado ou
unitário; havendo mais de uma fonte, será composto ou
descentralizado.

Poder Político: É a capacidade de um ente político-jurídico elaborar suas próprias


normas jurídicas
- Classificação das Formas de Estado:
- Centralizado/Unitário
- O poder político brota de uma única fonte.
- Ex: Cuba, França, Uruguai.

- Descentralizado
- Poder político brota de mais de uma fonte
- Ex: Argentina, Brasil, Estados Unidos

- Estado Descentralizado:
- Federação (Brasil) (Art. 1º CF/88)
- Confederação

FEDERAÇÃO CONFEDERAÇÃO
Os Estados membros encontram-se unidos Os Estados membros encontram-se unidos
por VÍNCULO INDISSOLÚVEL / por VÍNCULO DISSOLÚVEL. Existe
INQUEBRÁVEL. Não há o direito de possibilidade de secessão.
secessão. Natureza jurídica do pacto: TRATADO
INTERNACIONAL
Cada Estado membro é dotado de parcela de Cada estado membro é dotado de
poder denominada AUTONOMIA. (auto- SOBERANIA.
organização)
- Autonomia:
- Auto-Organização (elabora
sua própria constituição)
- Auto-Legislação (Cria suas
próprias leis)
- Política Financeira,
tributária, Administrativa

- GOVERNO

- Conceito: É a expressão política de comando, a manutenção da ordem jurídica


vigente, a determinação dos rumos políticos da nação

- Forma de Governo: Refere-se à maneira de aquisição, manutenção e perda do


poder dentro do território de um dado Estado; (A forma de relacionamento entre
governantes e governados)

- Classificação das formas de Governo

República Monarquia
Possibilidade de responsabilização dos Impossibilidade de responsabilização do
governantes Monarca
Eletividade na escolha do governante Hereditariedade ou comando divino na
escolha do monarca
Temporariedade no exercício do mandato Vitaliciedade no exercício do poder

- A forma de governo brasileira é a Republicana

- Obs: Regime ou Sistema de Governo: Presidencialismo

- Nota: O Presidente da República acumula as funções de:


- Chefe de Estado (Art. 84-CF)
- Chefe de Governo (Art. 84-CF)
- Chefe da Administração Pública (Art. 84-CF)
- Chefe das Forças Armadas (Art. 142-CF)

- Regime Político: Democracia

- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Sentido Formal ou Orgânico (QUEM?) Sentido Material ou objetivo (O QUE?)
- Agentes Públicos - Serviços Públicos
- Órgãos Públicos - Polícia
- Entidades Públicas - Fomento
- Intervenção no domínio econômico

- Administração Pública no sentido Formal ou orgânico: É o complexo de


agentes, órgãos e entidades públicas que realizam a atividade estatal
- Administração pública no sentido objetivo ou material: Conjunto de atividades
estatais praticado com vistas a satisfação das necessidades do povo.

- DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ÀS ENTIDADES POLÍTICO-


JURÍDICAS

- Art. 18-CF/88 – União Estados DF e municípios


- Pessoas jurídicas de Direito Público Interno (Entidades Político-Jurídicas)
- A Constituição distribui as competências às entidades político-jurídicas de
acordo com o princípio da predominância do interesse.

- Competências da União
- São enumeradas ou expressas no texto constitucional
- Competências exclusivas (Art. 21 – CF/88): As ditas competências
exclusivas possuem algumas características (Exclui os demais)
- Não admite delegação
- São de natureza material, administrativa ou não-legislativas

- Competências privativas (Art. 22 – CF/88)


- São competências legislativas
- Admitem a delegação (o instrumento de delegação é lei
Complementar Federal)
- As competências podem ser delegadas aos Estados e ao DF (Art.
22, único e Art. 32, 1º CF).
(Deve haver expressa previsão na Constituição do Estado ou na lei
orgânica do município)=Medida Provisória

- Nota: Os Estados e o DF editarão normas de caráter específico nas


matérias relacionadas no Art. 22

- União, Estados, DF e Municípios: Cria normas para si mesmo,


edita Leis Federais. Ex.: Lei 8.112.
- Cria normas para toda a república, edita Leis Nacionais (Código
Penal, Código Civil, lei 8.078, Lei de transplantes)

- Leis (Ex. 8666/93) (Híbrida) (Licitações e Contratos)


- Normas Gerais: É Nacional (Modalidades de Licitações)
- Normas Específicas: Aplicadas à União (É Federal)

- a União legislará sobre normas gerais acerca das matérias desse


artigo. Na omissão legislativa do DF e dos Estados a Lei Federal
pode ser aplicada integralmente.

- Competências comuns (Art. 23 - CF)


- São competências de natureza material, administrativa ou não
legislativa
- Lei Complementar Federal definirá os limites de atuação de cada
entidade político-jurídica (Art. 23 - Único)

- Competências concorrentes (Art. 24)


- São competências legislativas. Concorrentes
- Quanto às matérias do Art. 24, haverá a edição das seguintes leis:
- Normas gerais, por meio de Lei Nacional
- Normas gerais suplementares, por meio de lei distrital ou
estadual.
- Normas específicas

- Observações Gerais: (Art. 24)


- No tocante à legislação concorrente, a competência da união
é a restrita à elaboração de Normas Gerais.
- A competência da União para editar Normas Gerais não
exime Estados e DF de editarem normas gerais
suplementares.
- Inexistindo lei proveniente da União, os Estados e o DF
podem legislar de maneira plena (normas gerais e normas
específicas), para atender suas peculiaridades.
- Havendo superveniência de lei proveniente da união,
tratando sobre normas gerais, ficam suspensas tanto a lei
distrital quanto a lei estadual, naquilo que lhe for contrário.

- Competência Tributária Expressa (Art. 153)


- A união tem competência para legislar (criar, lançar e cobrar) os
seguintes impostos:
- Imposto de Renda
- Imposto de Importação
- Imposto de Exportação
- Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
- Imposto Operação de Crédito, Câmbio e Seguro
- Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR
- Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF

- Competência Tributária Residual (Art. 154,1º)

- Competência Tributária Extraordinária (154,II)

- Competência dos Municípios


- As Competências dos Municípios encontram-se expressas no texto
Constitucional.
- Competência Legislativa Plena (30,I)
- Geral e Específica: Sobre assuntos de interesse local, a
competência legislativa dos Municípios abrange edição de Normas
Gerais e Específicas.
- Incide em inconstitucionalidade formal as leis Federais e Estaduais
que tratarem sobre assuntos de interesse específico do Município.
- Exemplos de assuntos de interesse local:
- Horário de funcionamento do comércio
- Distância entre estabelecimentos do mesmo ramo
comercial

- Competência Legislativa Suplementar (30,II)


- A legislação municipal pode suplementar tanto a estadual quanto a
Federal, atendidas às seguintes condições:
- Haver Lei Federal ou Estadual prévia em matéria
concorrente
- Deve haver lacunas na Legislação Estadual ou Federal
- Tais lacunas normativas sejam referentes a normas
específicas e de assunto estritamente local

- Competências Administrativas (Art. 30,III-IX)


- Criar, arrecadar e lançar os seus próprios impostos (tributos) – (Art.
156-CF), impostos, taxas, contribuições de melhoria

Taxas Municipais Taxas Estaduais


IPTU ICMS
ISSDN IPVA
ITBI ITCB

- Competências comuns (Art. 23 - CF)


- São competências privativas
- Lei complementar federal determina os limites de cooperação entre
as quatro entidades.

- Competência dos Estados


- É a chamada Competência Residual ou Remanescente (25,I)
- Competências Expressas: A Constituição Federal estabelece algumas
competências enumeradas ou expressas dos Estados
- Organizar e manter o seu Poder Judiciário, Ministério Público e
Defensoria Pública (Art. 125-CF)
- Explorar de forma direta, indireta ou por concessão ou permissão o
serviço de gás canalizado. (Art. 25,II)
- Edição de lei estadual quando da criação, fusão, incorporação e
desmembramento de município (Art. 18, IV)

- Competências Comuns
- É Competência material administrativa
- Lei complementar federal estabelece o limite de cooperação entre
as quatro entidades.

- Competência concorrente

- Competências do Distrito Federal


- Competência Legislativa Cumulativas (Art. 32, I - CF)

- Competências Comuns (Art. 23)

- Competências Concorrentes (Art. 24)

- Organização e Manutenção de algumas instituições que funcionam no DF


- Poder Judiciário
- Ministério Público
- Defensoria Pública
- São organizados e mantidos pela União (21,13; 22,17)
- Os servidores são Federais

- Polícia Civil
- Polícia Militar
- Corpo de Bombeiros Militar
- São organizados e mantidos pela União (21,14)
- Os seus servidores são Distritais
- As instituições supra encontram-se submissas direta e
imediatamente ao Governador do DF (32,4)

TÍTULO III
CAPÍTULO VII
- Da Administração Pública
- Sentido Objetivo ou Material
- Consiste na própria atividade administrativa, caracterizando a função
administrativa.
- Iniciais minúsculas.

- Sentido Subjetivo, ou Formal, ou Orgânico


- Conjunto dos agentes, órgãos e pessoas jurídicas que tenha incumbência de
executar as atividades administrativas.
- Iniciais maiúsculas.
- Não pode ser confundido com quaisquer dos Poderes estruturais do Estado,
sobretudo o Poder Executivo, ao qual se atribui usualmente a função administrativa. Deve
ser posto em evidência não o Poder, mas a função administrativa em si, pois, embora seja o
Poder Executivo o administrador por excelência, há, nos poderes Judiciário e Legislativo
inúmeras situações de exercício de função administrativa, principalmente no tocante à
organização dos servidores e dos serviços de cada uma dessas estruturas.

Seção I
- Disposições Gerais

Art. 37 – A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da união, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, e também ao seguinte:

- Administração Pública Direta


- Conjunto dos órgãos que integram as pessoas federativas (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios), aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de
forma centralizada, das atividades administrativas.
- Esfera Federal:
- Poder Executivo
- Presidência da República
- Casa Militar
- Casa Civil
- Secretaria de Assuntos Estratégicos

- Órgãos diretamente subordinados à Presidência


- Advocacia-Geral da União
- Ministérios e suas subdivisões

- Poder Legislativo e Judiciário


- Definidas pelos seus regimetos e outros atos internos.

- Estados, Distrito Federal e Municípios


- Guarda simetria com o modelo federal.

- Administração Pública Indireta


- Conjunto das pessoas administrativas vinculadas à respectiva
administração direta, com o objetivo de desempenhar atividades administrativas de forma
descentralizada.
- Composta por
- Autarquias
- Empresas Públicas
- Sociedades de Economia Mista
- Fundações Públicas.

- Princípios administrativos expressos


- Princípio da Legalidade
- A lei deve ser o fundamento de toda a atuação
administrativa.
- Subordinação completa do administrador à lei.

- Princípio da Impessoalidade
- Os atos administrativos são imputáveis não aos funcionários
que os praticam, mas ao órgão em nome do qual age o funcionário. (Celso Antônio
Bandeira de Mello)
- À administração não é lícito atuar em relação a uma ou
algumas pessoas identificadamente, devendo sua ação ser dirigida para a coletividade.
(Hely Lopes Meirelles)
- Igualdade de tratamento que a Administração deve dispensar
aos administrados que estejam em situação de igualdade jurídica. A administração deverá
agir exclusivamente para o interesse público e não para o privado. (José dos Santos
Carvalho Filho)

- Princípio da Moralidade
- Conjunto de regras de conduta tirado da disciplina interior
da administração. Probidade Administrativa é uma forma de moralidade.
- O administrador deve distinguir o que honesto do que é
desonesto.

- Princípio da Publicidade
- O Poder público deve agir com transparência.

- Princípio da Eficiência
- Melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira
a evitarem-se os desperdícios e a garantir-se maior rentabilidade social.

I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

- Cargo público
- Menor centro hierarquizado de competência da administração direta, autárquica e
fundacional pública.
- Criado por lei ou por reolução
- Denominação própria
- Número certo.

- Tipos
- Cargo Vitalício
- Oferece maior garantia de permanência ao seu ocupante.
- Perda do cargo por decisão judicial.

- Cargos no Judiciário
- Membro do Ministério Público
- Tribunais de Contas

- Cargo efetivo
- Caráter de permanência
- Perda a partir de processo administrativo ou judicial.
- Grande maioria dos cargos na Administração direta

- Cargos em comissão
- Ocupação transitória.
- Ocupantes nomeados e exonerados ad nutum (à critério da
autoridade competente)

- Função Pública
- Atividade em si mesma.
- Inúmeras tarefas que constituem o objeto dos serviços prestados
pelo servidores públicos.

- Emprego Público
- Lugar na organização funcional ocupado por empregado público, ou
seja, por agente sob regime trabalhista na Administração Indireta.

- Acessibilidade
- Brasileiros
- Natos
- Naturalizados

- Estrangeiros
- Segundo a redação dada pela emenda 19.

- Cargos privativos de brasileiros natos (Art, 12, § 3º - CF)


- Presidente e Vice-Presidente da República
- Presidente da Câmara dos Deputados
- Presidente do Senado Federal
- Ministro do Supremo Tribunal Federal
- da Carreira Diplomática
- de Oficial das Forças Armadas
- Ministro de Estado da Defesa

- Professores, técnicos e cientistas


- Contratação de professores, técnicos e cientistas estrangeiros por
universidades.

II – A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso


público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para carg em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

- Concurso Público Interno


- Processo seletivo realizado com limitação de participação de candidatos, os quais
deverão preencher certas condições restritivas.
- São constitucionais apenas se utilizados para preencher cargos de classes
intermediárias ou de final de carreira, não podendo, em nenhuma hipótese, ser instrumento
de provimento de cargo inicial de carreira, nem de mudança de carreira.
- São constitucionais para fins de realização de processo seletivo interno e processos
de aperfeiçoamento funcional, mas não podem, sob pena de inconstitucionalidade, prover
inicialmente uma carreira, servindo apenas para a evolução nessa, por promoção, por
exemplo.

- Provimento derivado vertical


- Este inciso extingue as formas de provimento derivado vertical que impliquem
mudança de carreira, como a ascensão, o reenquadramento, a transformação e o acesso.
- A promoção é constitucional, desde que não conduza o servidor para carreira
diferente daquela que ocupe, ou para cargo de atribuições ou remuneração expressivamente
diferentes do anteriormente ocupado.

- Provimentos derivados horizontais.


- Os provimentos derivados horizontais como a readaptação, e por reingresso, como
a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução, permanecem constitucionais.

- Diferenciação por sexo e idade


- Inconstitucional
- Exceção
- O órgão que esteja realizando o concurso público demonstre que as
funções do cargo excluem pessoas de determinadas faixas de idade.

- Obrigatoriedade de Concurso Público


- Administração Pública Direta
- União
- Estados
- DF
- Municípios

- Administração pública indireta


- Autarquia
- Fundação Pública
- Sociedade de Economia Mista
- Empresa Pública

- Dispensa de Concurso Público


- Provimento de Cargos em Comissão
- Contratação de agentes temporários
- Aproveitamento de ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial

- Direito do aprovado em concurso


- A aprovação em concurso público não gera direito absoluto à nomeação,
constituindo mera expectativa de direito.

- Ingresso em carreira diversa


- Estão banidas a ascensão e a transfer~encia, bem como o aproveitamento, que são
formas de ingresso em carreira diversa daquela para a qual o servidor público ingressou por
concurso público (STF).
- Sem concurso público, o servidor não pode ter acesso a cargo de natureza diversa
da que se encontra (TRF 1ª Região).

- Prática forense
- O TRF 5ª Região reconheceu ser constitucional a exigência, no edital, de um
mínimo de dois anos de graduação para o bacharel em Direito.

- Limite de idade e lei


- Deve haver expressa previsão em lei para limitação de idade mínima para
inscrição em concurso público, não bastando a referência no edital.

- Transferência de servidor entre poderes


- Inconstitucional, pelo STF.

- Aposentadoria voluntária e estágio probatório


- Inconstitucional

III – O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período.

- Prazo inicial
- O prazo de validade do concurso é contado a partir da homologação do resltado
final do concurso.
- A omissão sobre o prazo presume-se o teto.

- A renovação, única, deverá ser no máximo pelo prazo inicialmente determinado.

IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em


concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

- Abertura de novos concursos:


- Não é proibida, quando um concurso ainda está no prazo de validade, apenas os
aprovados no concurso anterior terão que ter a prioridade em relação aos aprovados no
novo concurso.

V – As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo


efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento;

VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical


- Militar
- Não é servidor público, tem tanto a sindicalização quanto a greve proibidas.

VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica
VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a


necessidade temporária de excepcional interesse público;

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39


somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem
distinção de índices;

- § 4º do Art. 39 – Membros do Poder Judiciário, em todos os níveis, dos membros dos


Poderes Legislativos, dos Ministros de Estados, Secretários de Estado, Secretários Distritais
e Secretários Municipais, dos Chefes dos Poderes Executivos.

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da


administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato
eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de
qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal
de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder
Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e
aos Defensores Públicos;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão
ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
- Pode ser superior no Legislativo e Judiciário em virtude da agregação de
vantagens.

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o


efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são


irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
04/06/98)
- Subsídios (de agentes políticos) e vencimentos (de servidor e empregados
públicos) irreudtiveis.
- Exceção: Para enquadrar o teto máximo fixado pelo inciso XI ou para a
eliminação de acréscimos pecuniários reincidentes.

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver


compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98)
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;

- Acumulação remunerada
- A Constituição não proíbe a acumulação de um cargo, emprego ou função
remunerados com outro, não remunerado.

- Horário
- Mesmo as hipóteses de acumulação permitidas pela Constituição
dependem, como condição preliminar, da compatibilidade de horário.

- Sujeição ao teto
- Mesmo nos casos de acumulação remunerada, o valor final recebido pelo
servidor, somadas as duas quantias, não poderá exceder o teto constitucional (Art. 37, XI).

- Cargo técnico ou científico


- Os cargos para cujo exercício se exija diploma de curso superior são
considerados técnicos ou científicos para efeito de acumulação.

- Cargo em comissão
- Aos ocupantes de cargo em comissão, a acumulação só é permitida para
aquele que o exerça interinamente.

- Remuneração e proventos
- Decisão do STF: Não é permitida a acumulação de proventos de
aposentadoria com vencimento de cargo público se o cargo em que se deu a aposentadoria
não é acumulável como o novo conquistado em concurso público. Em outro julgamento, o
STF deixou julgado que a acumulação de proventos e vencimentos somente é permitida
quando se tratar de cargos, empregos ou funções acumuláveis na atividade, na forma
permitida pela Constituição.

- Outras hipóteses de acumulação


- Além dos casos deste inciso, a Constituição também permite a acumulação
de cargo de juiz com professor (art. 95, parágrafo único, I), de membro do Ministério
Público com professor (art. 128, § 5º, II, d) e, excepcionalmente, de dois cargos de
profissional de saúde, que à época da promulgação da atual CF já estivessem sendo
acumulados, mesmo que irregularmente. (ADCT, art. 17, § 2º)
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

- TRTs vêm decidindo que quando um servidor acumula emprego ou cargo públicos
e opta por um deles a fim d atender ás regras de inacumulabilidade previstas na
Constituição, tacitamente pediu demissão do outro, apenas fazendo jus aos salários e às
verbas decorrentes da rescisão.

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma
da lei;

- Administração fazendária: É gestão de serviços públicos financeiros do Estado,


realizada pelos servidores fiscais, nas delegacias fiscais, coletorias, alfândegas, tesouro e
secretarias de Fazenda.
- Esse inciso assegura privilégio interno, administrativo, aos servidores fiscais (em
atividade-fim, portanto) dos órgãos da administração fazendária e aos demais que exerçam
atividades a ela ligadas.

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das


entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas
em empresa privada;

- Autorização: Não se trata aqui de criação de lei, mas apenas de uma autorização,
na forma de um decreto legislativo.
- Autorização genérica
- Deve haver uma para cada caso.
- O STF decidiu pela desnecessidade de autorização específica do Congresso
nacional para a instituição de cada uma das subsidiárias de uma mesma entidade,
considerando que a autorização legislativa par aa criação de subsidiárias de empresa
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação pública, a que se refere o
inciso XX do Art. 37 da CF, possui caráter genérico. (ADI 1649, de 24/03/2004).

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o
qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à
garantia do cumprimento das obrigações.
- Licitação
- Procedimento administrativo através do qual a pessoa ou ente a isso
obrigado seleciona, em razão de critérios previamente estabelecidos, dentre interessados
que tenham atendido á sua convocação, a proposta mais vantajosa para o contrato ou ato de
seu interesse.

- Finalidades
- Obtenção da melhor proposta
- Oferecimento aos interessados, de iguais oportunidades de fazê-lo
- Princípios
- Legalidade
- Impessoalidade
- Moralidade
- Igualdade
- Publicidade
- Probidade administrativa
- Vinculação ao instrumento convocatório
- Julgamento objetivo
- Fiscalização pelo interessado ou por qualquer cidadão
- Competitividade
- Padronização

- A União está proibida pela Constituição Federal de estabelecer normas


específicas sobre licitação para estados, DF e Municípios.

- Dispensa de licitação
- A dispensa de licitação se caracteriza pela circunstância de que, em tese,
poderia o procedimento ser realizado, mas que , pela particularidade do caso, decidiu o
legislador ordinário, com aparo neste dispositivo constitucional, não torná-lo obrigatório.

- Casos de dispensa de licitação


- A legislação utiliza
- O critério do valor
- Fixados em duas faixas:
- Serviços
- Engenharia

- As situações excepcionais
- Guerra
- Grave pertubação da ordem
- Calamidade pública
- Emergência
- Segurança Nacional

- Aquisição de gêneros perecíveis e obras de arte


- Desinteresse na contratação
- Caso de contratação de entidade sem fins lucrativos
- Disparidade de propostas
- Intervenção no domínio econômico
- Complementação do objeto
- Contratação entre pessoas ligadas à mesma administração
- Aquisição e locação de imóvel
- Os negócios internacionais
- Contratação de remanescente de obras, serviços ou fornecimento
- Impressão de diário oficial e formulários padronizados
- Aquisição de componentes ou peças originais
- Compras e serviços para abastecimento de navios, embarcações,
unidades aéreas ou tropas;
- Compra de material pelas Forças Armadas
- Contratação de associação de portadores de deficiência física

- Inexigibilidade de licitação
- Hipóteses legais nas quais a licitação é inviável, pela impossibilidade de
competição.

- Casos de inexigibilidade
- Fornecedor exclusivo
- Atividade artística
- Serviços técnicos especializados.

- Diferença entre dispensa e inexigibilidade


- No caso de inexigibilidade de licitação, o processo licitatório e inviável, e
no de dispensa de licitação, é possível, mas inconveniente.

- Tipos de licitação
- Menor preço
- Melhor técnica
- Técnica e preço
- Maior lance ou oferta

- Modalidades de licitação
- Carta-convite
- Tomada de Preços
- Concorrência
- Concurso
- Leilão

- Concorrência
- Contratações de grande vulto
- Imposta, a partir da legislação, relativamente a valores
determinados, um para obras e serviços de engenharia, outro para compras e serviços.
- Em tese, obrigatória para
- Alienações imobiliárias
- Concessões de uso
- Serviços e obras públicas
- Licitações internacionais
- Contratos de grande vulto
- Procedimento aberto
- Publicidade, que admite qualquer licitante cuja habilitação será
apurada no início do procedimento.

- Tomada de Preços
- Entre interessados previamente cadastrados nos registros dos órgãos
públicos e pessoas administrativas, ou que atendam a todas as exigências para
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas.
- Contratos de vulto médio;
- Aberto, mediante publicidade.

- Convite
- Menor formalismo
- Contratações de menor vulto.
- Não há edital
- Instrumento convocatório: carta-convite
- Exige pelo menos três interessados, escolhidos pela entidade
obrigada a licitar.
- Permite a participação de interessados cadastrados até vinte e quatro
horas antes da data designada para a abertura das propostas.

- Concurso
- Escolha de trabalho técnico, artístico ou científico
- Seleção de projeto de cunho intelectual ou artístico.
- Admite a instituição de prêmios ou remuneração dos vencedores

- Leilão
- Vender bens imóveis inservíveis, produtos legalmente apreendidos
ou penhorados.
- Alienar bens imóveis adquiridos em procedimento judicial.

- Prorrogação de contrato administrativo


- Segundo o STF, a prorrogação de validade de contrato administrativo em
prazo inferior ao possibilitado pelos termos deste não ofende direito líquido e certo do
contratado. Entendeu-se que não havia direito líquido e certo da empresa, á que a
prorrogação do contrato estaria na esfera de discricionariedade da Administração Pública,
não havendo que se falar em ofensa ao contraditório e à ampla defesa.

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos


públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.

- Aplicação de princípio administrativo:


- Este dispositivo é expressão do princípio da impessoalidade administrativa.

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a


punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

- A punição refere-se à inobservância dos princípios referentes ao concurso público.


- A punição pode ser reconhecida e declarada a qualquer momento.
- A autoridade responsável pela nomeação contrária á Constituição será punida,
civil, penal, e administrativamente, independentemente de culpa ou dolo.

- A punição do agente público não é auto-aplicável, dependendo de lei que regule os


tipos de punição.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública


direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 04/06/98
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a
manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
interna, da qualidade dos serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de
governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo,
emprego ou função na administração pública."

- Reclamações
- Efetividade do princípio da eficiência

- Representação
- A representação prevista no inciso III é administrativa, e dará início a
processo administrativo-disciplinar contra o servidor denunciado.

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos


políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

- Improbidade
- Conduta ilegal ou abusiva do servidor público.
- Enriquecimento ilícito, com prejuízo ao erário, com infringência aos
princípios da legal administração.
- Ato do qual decorra enriquecimento ilícito pela percepção de qualquer tipo
de vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, mandato, função, emprego ou
atividade, e, também, qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade às instituições.

- Instrumento
- Ação Civil Pública

- Ação do Ministério Público


- O STJ decidiu que temo o Ministério Público legitimidade para propor
ação civil pública visando ao ressarcimento de danos ao erário público, podendo também
fazê-lo para proteger o patrimônio público.

§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer


agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações
de ressarcimento.

- Principio da prescritibilidade dos ilícitos administrativos


- As prescrições correm a favor do agente causador do prejuízo. A
administração não está a ela vinculada para declarar o ato nulo.

- Responsabilidade Civil
- Imputação, ao servidor público, da obrigação de reparar o dano a que tenha
dado causa à Administração ou a terceiro, em decorrência da conduta culposa ou dolosa, de
caráter comissivo ou omissivo.
- para imputar a responsabilidade civil ao servidor é necessária a
comprovação do dano causado, seja lesando a Administração, seja terceiro.

- Responsabilidade Penal
- Decorre do cometimento de conduta que a lei penal define como infração
penal.
- Somente o servidor Público pode ser penalmente responsabilizado, não se
podendo cogitar de fazê-lo em relação á Administração

- Responsabilidade Administrativa
- Decorre da prática de ilícito administrativo, por conduta comissiva ou
omissiva.
- Deve ser apurada em processo administrativo.
- A punição deve obedecer ao princípio da adequação, já que a legislação
administrativa não tipifica com detalhes a conduta e a pena.

- Efeitos da decisão penal da esfera administrativa e civil


- A decisão penal condenatória só causa reflexo na esfera civil da
Administração se o fato ilícito penal também se caracterizar como fato ilícito civil,
ocasionando prejuízo patrimonial ao erário.
- A absolvição na esfera penal repercute, também, na administrativa, se
houver absolvição por negativa de autoria ou por negativa do fato.
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa.

- Atos excluídos
- Quanto à responsabilização não são alcançados os atos predatórios de
terceiros ou eventos naturais, como enchentes.

- Direito de regresso
- Ação regressiva, através da qual o Poder Público cobrará do seu agente o
valor que houver gasto para indenizar o particular.

- Não indenização
- A única hipótese de a administração não indenizar, ou indenizar menos,
ocorrerá no caso de ela provar a culpa ou dolo do particular, sendo que o ônus da prova é da
própria administração, e não mais do particular.

- O STF decidiu que o Poder Público, ao receber o estudante em qualquer


estabelecimento oficial de ensino, assume o grave comprometimento de velar pela
preservação de sua integridade física, devendo empregar todos os meios necessários ao
integral desempenho desse encargo jurídico, sob pena de incidir em responsabilidade civil
pelos eventos lesivos ocasionados ao aluno.

§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da


administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

- Objetivos
- cargos de direção ou chefia superior no Banco Central e no Ministério e
secretarias da área econômica

- Restrições
- Quarentena

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da


administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado
entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Parágrafo incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98)
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e
responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal."

- A remuneração de pessoal poderá, também, ter trato diferenciado em relação às


regras gerais.
- Contrato de gestão
- Avençado entre o Poder Público e determinada empresa estatal, fixando-se
um plano de metas para essa, ao mesmo tempo em que aquele se compromete a assegurar
maior autonomia e liberdade gerencial, orçamentária e financeira ao contratado na
consecução de seus objetivos.

- Legalidade
- O Contrato de gestão está subordinado, principalmente, ao princípio da
legalidade.

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia


mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

- O Inciso XI refere-se ao teto geral imposto – remuneração de ministro do STF.


Esse teto não é aplicado ás empresas públicas e sociedades de economia mista, e suas
subsidiárias, que mantenham suas folhas de pagamento com recursos próprios. As verbas
de investimento, portanto, estão fora da previsão.

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art.


40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os
cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Parágrafo
incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98

- Detentor de mandato eletivo e ocupante de cargos comissionados podem acumular


os subsídios e a remuneração, respectivamente, com os proventos, mas estão sujeitos ao
teto constitucional do inciso XI deste artigo.

XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos


Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Inciso acrescentado pela Emenda
Constitucional nº 42, de '19/12/2003)

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no


exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu
cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá
as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.

- Somente servidores públicos da Administração Direta


- Presidente da República, Vice-Presidente, Sendador, Deputado Federal, Deputado
Estadual, Deputado Distrital, Governadores e Vice-Governadores não podem acumular o
cargo, emprego ou função que exerçam com o mandato eletivo.
- Prefeito
- Deverá afastar-se do cargo público para exercer o mandato eletivo, mas
tem a opção de optar pela remuneração.

- Vereador
- Poderá acumular as vantagens se houver compatibilidade de horário, senão,
deverá afastar do exercício do cargo público, mas poderá optar pela remuneração.

- Afastamento
- Em todos os casos, o afastamento será feito sob a forma de licença para
exercício de mandato eletivo.

Seção II
Dos Servidores Públicos

- Agentes Públicos
- Conjunto de pessoas que, a qualquer título, exercem uma função pública como
preposto do Estado.

- Agentes Políticos
- Funções de direção ou orientação estabelecidas na Constituição.
- Transitoriedade
- Investidura, geralmente, por eleição.
- Não estão sujeitos às regras aplicáveis aos servidores públicos.

- São eles:
- Chefes de Poder Executivo
- Presidente da República
- Governadores
- Prefeitos
- Respectivos vices
- Membros do Poder Legislativo
- Senadores
- Deputados Federais
- Deputados Distritais
- Deputados Estaduais
- Vereadores

- Agentes particulares colaboradores


- Particulares que, em determinado momento, executam funções especiais que se
podem qualificar como públicas.
- Exemplos:
- Jurados em Tribunal do Júri
- Convocados para serviços eleitorais (mesários e apuradores)
- Comissários de menores voluntários

- Servidores Públicos
- Agentes administrativos
- Funcionário Público (utilizado atualmente apenas para afins penais)

- Agente que se vincula ao Estado por vínculo permanente de trabalho e sendo


remunerados por isso, integrando o quadro funcional das pessoas jurídicas de direito
público interno (União, Estados Distrito Federal e municípios), das suas autarquias e
fundações públicas.

- Características
- Profissionalidade
- Prestam serviços à administração pública como profissionais

- Dependência do relacionamento
- As entidades a que se vinculam prescrevem seus comportamentos

- Perenidade
- A não-eventualidade do trabalho

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de


política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados
pelos respectivos Poderes.

- Regime jurídico único


- A Emenda Constitucional nº 19 retirou da Constituição a obrigatoriedade
de instituição do regime jurídico único aos servidores públicos civis. Essa providência foi
seguida pela previsão de instalação de conselhos de política de administração e
remuneração de pessoal, formado por servidores. O resultado mais imediato é a
possibilidade de coexstência de vários regimes jurídicos, a partir das linhas traçadas por
esses conselhos.
- O STF decidiu que a locução “regime jurídico dos servidores públicos”
corresponde ao conjunto das normas que disciplinam diversos aspectos das relações
estatutárias ou contratuais, mantidas pelo Estado com seus agentes.

- A jurisprudência do STF mostra que não há direito adquirido à forma de


regime jurídico.

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema


remuneratório observará: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98)
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de
cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos."

§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a


formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos
cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração
de convênios ou contratos entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 04/06/98)

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII,
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Parágrafo
incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98)

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os


Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado
em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio,
verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o
disposto no art. 37, X e XI. (Parágrafo incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
04/06/98)

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a
relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em
qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Parágrafo incluído pela Emenda Constitucional
nº 19, de 04/06/98)

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do


subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Parágrafo incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98)

§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a


aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes
em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas
de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização,
reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional
ou prêmio de produtividade. (Parágrafo incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
04/06/98)

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada


nos termos do § 4º. (Parágrafo incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98)

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de
previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente
público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada ao
artigo pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003)

- Aposentadoria
- Ato jurídico-administrativo
- Precisa ser formalizado através de um ato administrativo da autoridade
competente.
- Sujeito, quanto aos seus requisitos legais, à apreciação do Tribunal de
Contas respectivo, na forma do Art. 71, III.

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º
e 17: (Redação dada pela Emenda constitucional nº 41, de 19/12/2003)
- Aposentadoria Voluntária
- Depende da manifestação de vontade do servidor, no sentido de passar á
inatividade
- Exige a satisfação de tempo mínimo no cargo, no serviço público e idade
mínima.

- Aposentadoria por invalidez


- Imossibilidade física ou psíquica do servidor para exercer as funções
inerentes ao cargo.

- Aposentadoria compulsória
- Decorre do atingimento de idade limite para a ocupação de cargo efetivo na
ativa.
- O atual limite de idade é de setenta anos.

- Acumulação de proventos
- O STF decidiu que a acumulação de proventos com vencimentos somente é
permitida quando se tratar de cargo, emprego ou função acumuláveis na atividade, na forma
permitida pela Constituição
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
41, de 19/12/2003)
- Proventos integrais
- O TRF 2ª Região decidiu que a locução “proventos integrais” significa que
as vantagens auferidas na atividade, pelo servidor, integrarão seus proventos, dede que a
aposentação se dê por doença grave, legalmente prevista.

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo


de contribuição;

- Serventuários de cartório
- O STJ decidiu que o s serventuários de cartórios extrajudiciais continuam,
após a vigência da Constituição atual, na condição de servidores públicos em sentido lato.

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício
no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria,
observadas as seguintes condições:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco


anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não
poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a
aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão
consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos
regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003)

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de


aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos
de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física, definidos em lei complementar.

§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em


relação ao disposto no § 1°, III, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo
de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio.
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo.

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003)
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art.
201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à
data do óbito; ou (Inciso acrescentado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003)
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o
falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela
excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Inciso acrescentado pela
Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003)

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter


permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003)

- A reforma da Previdência, veiculada pela Emenda nº 41, eliminou a ordem de


reajustamento dos proventos vinculados ás modificações remuneratórias do pessoal na
ativa, separando os dois regimes.
- Também foi eliminada a imposição de reajustamento na mesma data em que
ocorra alteração remuneratória dos servidores em atividade.
- Permaneceu apenas a ordem de reajustar para preservar o valor real dos proventos
e pensões, conforme critérios fixados em lei.

§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de


aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.

§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição
fictício.
- Proibição de, por exemplo, a contagem emdobro do tempo de licença-prêmio não
gozada

§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade,
inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como
de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e
ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo
acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

- A soma total, a qualquer título, dos proventos com qualquer outra verba
remuneratória, não poderá superar o valor dos subsídios de Ministro do STF.
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos
titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o
regime geral de previdência social.

§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de


livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego
público, aplica-se o regime geral de previdência social.
- O servidor em cargo em comissão não participa do sistema de previdência do
servidor público efetivo, mas, sim, do regime geral de previdência.

§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime
de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo
efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo
regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime
geral de previdência social de que trata o art. 201.
- Regime de previdência complementar
- Dispositivo que pode vir a impor um valor máximo de proventos aos
servidores públicos que ingressarem no sistema após a promulgação da Emenda nº 20/98.

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de
iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus
parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência
complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de
benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 41, de 19/12/2003).

§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do
ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar.
- O servidor que ingressar no serviço público até a data de publicação do ato de
instituição do sistema, pode facultar pelo sistema de previdência complementar, caso
contrário, a vinculação é compulsória.

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto


no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Parágrafo acrescentado pela
Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003)

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas


pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual
igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Parágrafo
acrescentado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003)
- Determina a cobrança de contribuição de inativos e pensionados cujos proventos e
pensões excedam o limite máximo de benefício do regime geral de previdência.
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para
aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em
atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição
previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no §
1º, II. (Parágrafo acrescentado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003)

§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os
servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo
regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Parágrafo
acrescentado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003)
- Unicidade de regime previenciário para titulares de cargo efetivos.
- Permanece a sujeição do ocupante de cargo de comissão ao regime geral de
peridência
- Não se inibe a criação de regimes complementares

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 04/06/98)
- Estabilidade
- Direito outorgado ao servidor estatutário, nomeado em virtude de concurso
público de permanecer no serviço público após três anos de efetivo exercício.
- Após adquirida a estabilidade, o servidor só pode ser demitido através de
sentença judicial ou de processo administrativo.

- Estabilidade matem o servidor no quadro da administração


- Estabilidade é um vínculo entre o servidor e a administração

- Efetividade
- Efetividade dá direito a um cargo
- Efetividade é um vínculo entre o servidor e o cargo.

- Efetividade e Estabilidade
- Segundo o STF, a efetividade em cargo público é adquirida com a
nomeação após aprovação em concurso público, e não se confunde com estabilidade no
cargo público.

- Estágio Probatório
- Período dentro do qual o servidor é aferido quanto aos requisitos
necessários para o desempenho do cargo, relativamente ao interesse no serviço, adequação,
disciplina assiduidade, iniciativa, dentre outros.

- Servidor estável e recondução


- Segundo o STF, se o servidor estável, submetido a estágio probatório em
novo cargo público, desiste de exercer a nova função, tem ele o direito de ser reconduzido
ao cargo ocupado anteriormente no serviço público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda


Constitucional nº 19, de 04/06/98)
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.]

- Mais uma hipótese: Art. 169, § 4º - Pressupõe a demissão do servidor estável por
excesso de endividamento, já regulamentada pelo Congresso Nacional no início de 1999, e
que prevê como critérios a serem utilizados para esse desligamento, a idade, o tempo de
serviço e a natureza do cargo ocupado.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado,
e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
04/06/98)
- Prazo para a anulação: Não há um limite de tempo para isso, uma vez que o STF
deixou julgado poder ocorrer essa revisão administrativa “a qualquer tempo”.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
04/06/98)
- Servidor não estável: A extinção do cargo de servidor não estável gera, pela
interpretação constitucional lógica, o desligamento do servidor do serviço público.
- Disponibilidade de empregado: O STF decidiu que a garantia constitucional da
disponibilidade remunerada decorre da estabilidade no serviço público, que é asegurada não
apenas aos ocupantes de cargos, mas também aos de empregos públicos, já que o Art. 41 se
refere genericamente a servidores.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial


de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Parágrafo incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98)

- DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES


- Do Poder Executivo
- Função típica: Administrar a coisa pública, buscando realizar o bem
comum e atingir o interesse público
- Atividades atípicas:
- Atípica normativa: Ao editar medidas provisórias, decretos
regulamentares, decretos, por meio das chefias executivas.

MEDIDA PROVISÓRIA
- Presidente da República (62-CF)
- Pressupostos: Relevância e Urgência
- Governador de Estado/DF/Prefeito de Município (Hoje expressa previsão na
Constituição do Estado ou na Lei Orgânica do DF e dos Municípios)
- Princípio Constitucional extensível

- Atípica Judicialiforme: No julgamento de processos


Administrativos, pelas autoridades administrativas competentes.
- Nota: Pelo princípio da inafastabilidade da jurisdição (art.
5º, inc. 35), não existe a figura do trânsito em julgado na esfera administrativa. Todos os
julgados administrativos são passíveis de revisão perante o judiciário.

- Composição do Poder Executivo


- Na esfera municipal: Prefeitura e Secretarias Municipais
- Na esfera estadual: Governadoria do Estado e Secretarias Estaduais
- Na esfera Distrital: Governadoria distrital e Secretarias Distritais
- Na esfera Federal: Presidência da República, Ministérios,
Secretarias Especiais, e órgãos de Staff do Presidente da República.

- Nota: O regime ou sistema de governo adotado pela Constituição


Federal é Presidencialismo. Nele, o Presidente da República acumula as funções em:
- Chefe de Estado
- Chefe de Governo
- Chefe da Administração Pública
- Chefe superior das Forças Armadas

- Presidente da República
- Eleição: Ocorre no primeiro domingo do mês de outubro (1º turno)
e no último domingo do mês de outubro (em 2º turno, se houver), do ano anterior ao
término do mandato vigente.
- Nota: O mandato presidencial é de 4 anos, admitida uma
única reeleição sucessiva. Serão contabilizados para efeito da eleição apenas os votos
válidos (ou seja, excluem-se os brancos e os nulos). Será eleito no 1º turno o candidato com
a maioria absoluta dos votos válidos; em 2º turno, o candidato com maioria dos votos
válidos. Havendo morte ou desistência de candidato concorrente a 2º turno, convoca-se o 3º
mais votado no 1º turno. Havendo empate, é eleito o mais idoso.

- Diplomação: Pela Justiça Eleitoral, em sessão solene, no TSE. A


Diplomação é para o mandato.
- Posse: Dada pelo Congresso Nacional, em Sessão Solene, no dia 1
º de janeiro do ano subseqüente às eleições.
- Perda do Mandato
- Cassação
- Na condenação pelo cometimento de crime de
responsabilidade no Senado Federal (52,I). Quem preside é o Ministro Presidente do STF,
para garantir um caráter jurídico. Neste caso, o Presidente do STF, NÃO VOTA. Não há
recurso contra o voto, mas pode haver contra o Processo Administrativo, se houver vício
formal de procedimento. Além da Perda de mandato, pode ter seus direitos políticos
suspensos por até 8 anos.
- pelos efeitos da sentença penal condenatória quando
da prática de crimes comuns, juntos ao STF (Art. 102,I) (Impeachment). Se o efeito da
sentença penal condenatória for detenção, perde o mandato.
- Nota 1: A autorização da CD para julgamento do PR
constitui-se em juízo de adminssibilidade ou condição de procedibilidade para o julgamento
do PR tanto no crime comum quanto no Crime de Responsabilidade (Art. 51,I; Art. 53,I;
Art 85,86)
- Nota 2: A autorização da CD para julgamento do PR
nos crimes de responsabilidade obriga o SF à instauração do processo.
- Nota 3: A instauração de Inquérito policial e a
Denúncia do MP independem de autorização da CD.
- Nota 4: A autorização da CD não pode obrigar o
STF a processar e julgar o PR.

Nota: Imunidades do PR
- Não possui imunidade “Material” (PR, GOV. EST/DF/PREF)
- Possui imunidade “Formal”
- Não pode ser processado por crimes comuns comtidos antes do exercício
do mandato, nem por aqueles cometidos antes do exercício do mandato, nem por aqueles
cometidos durante o exercício do mandato, mas alheios às suas funções. (Art. 86, IV). Ao
término do mandato, é processado pela Justiça Comum. O prazo prescricional fica suspenso
(EC 35).
- O PR não pode sofrer prisões “Cautelares”
- Gov. Estado/DF/Pref. Mun não responde por crime exercido
anterirormente ao exercício do Mandato, mas responde por qualquer crime comum
cometido durante o exercício do mandato, mesmo que não seja inerente ao cargo.

- Ao ausentar-se do país por mais de 15 dias sem autorização


do Congresso Nacional.
- Não tomar posse no prazo de 10 dias, sem justificação por
força maior.
- Outras hipóteses:
- Morte, renúncia, perda da nacionalidade, suspensão
ou perda dos direitos políticos.

- Morte desistência iu impedimento do PR e do Vice-PR


- Nos dois primeiros anos de mandato
- Assume a presidência de forma interina
- Presidente da CD
- Presidente do SF
- Presidente do STF
- Convoca novas eleições DIRETAS no prazo de 90
dias.

- No 2º período de 2 anos
- Assume a presidência, de forma interina
- Presidente da CD
- Presidente do SF
- Presidente do STF
- Convoca eleições INDIRETAS no prazo de 30 dias
- Sede das eleições: Congresso Nacional
- Concorre todos os parlamentares que
atendem aos quesitos constiticionais para PR.

- Nota: em ambos os casos, o Presidente eleito apenas


COMPLETARÁ o mandato faltante.

- Crimes de Responsabilidade (85)


- Nota: A relação de crimes contida no Art. 85 NÃO é
exaustiva, havendo outras hipóteses previstas na Lei 1079/50, que define também o rito do
julgamento.

- Competências privativas do PR (84)

- Do Poder Judiciário
- Função típica: Julgar os conflitos de interesses, aplicando, distribuindo,
declarando e criando o direito.
- Atividades atípicas:

- NACIONALIDADE

- Conceito: É o vínculo político-jurídico que faz da pessoa uma parte integrante de


um dos elementos componentes do Estado.

- Espécies de Nacionalidade
- Originário ou Primário: É aquela adquirida pelo simples nascimento,
sendo imputada pelo Direito coercitivamente, sem possibilidade de escolha pelo adquirente.
- Secundário ou adquirido ou voluntário: É aquela adquirida após o
nascimento em decorrência do ato de manifestação da vontade.

- Critérios de estabelecimento da nacionalidade


- Jus Solis: De acordo com esse critério, será nacional de determinado
estado a pessoa que nascer no território deste Estado, independentemente da nacionalidade
dos pais. O Jus Solis é adotado como regra no Brasil.

- Jus Sanguinis: De acordo com este critério, será nacional de determinado


Estado, o filho de nacionais, independentemente do território onde nascera.

- Brasileiros Natos (Art. 12,I)


- “a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;”
- Aplica-se aqui o critério Jus Solis como regra, mas admite-se o Jus
Sanguinis.
- Não será braileiro nato se:
- Os dois pais estrangeiros
- Pelo menos um deles a serviço do país de origem.

- “b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde


que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;”
- A Constituição adotou aqui o critério Jus Sanguinis, acrescido de
um elemento “Estar a serviço”.
- Estar a serviço: é ser enviado oficialmente por:
- Órgão da administração Direta, de quaisquer dos
poderes, em quaisquer esferas de governo.
- Entidade da Administração indireta, de quaisquer
dos poderes, em quaisquer das esferas.

- Pressupostos:
- Filho de pai ou mãe brasileiros (pai e mãe também)
- Pai ou mãe a serviço do Brasil

- “c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde


que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela
nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de
07/06/94)”
- Pressupostos:
- Nascer no estrangeiro (a Constituição adotou o critério Jus
Sanguinis)
- Pai ou mãe brasileiros (Pai e mãe)
- Vir residir no Brasil (Declaração dele)
- Optar formalmente
- Optar a qualquer tempo, desde que possua maioridade civil,
de acordo com a lei brasileira (Intuito Personae)
- Nota: é o caso de nacionalidade potestativa. Cumprido os
requisitos, o requerente possui direito líquido e ceerto à Nacionalidade Brasileira Nata. O
ato de concessão do Presidente da República é vinculado.

- Brasileiros Naturalizados (Art. 12, II)


- “a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas
aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
idoneidade moral;”
- Os alienígenas provenientes de países de Língua Portuguesa
(Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor Leste, São Tomé e Príncipe, Guiné
Bissau)
- Pressupostos:
- Residência ininterrupta por um ano;
- Idoneidade moral
- Requerimento
- Os alienínegas quando dos demais países
- Pressupostos: Os legais (... na forma da lei)
- Ler e escrever em Português
- Possuir visto permanente
- Exercer profissão
- Gozar de boa saúde
- Possuir capacidade civil plena, de acordo com a lei
brasileira
- Requerimento

- Nota: O ato de concessão de nacionalidade pelo Presidente da


República é Discricionário e Soberano do mesmo.
- Análise de mérito
- Oportunidade
- Conveniência
- Justiça

- “b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República


Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde
que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 07/06/94)”
- A CF protegeu aqui os tipo-suficientes (os mais frágeis,
concedendo-lhes prerrogativas excepcionais no tocante à naturalização)
- Pressupostos:
- Ausência de condenação penal
- Residir a mais de 15 anos no Brasil
- Requerimento

- Nota: Uma vez cumpridos os requisitos constitucionais, o


requerente possui direito líquido e certo à nacionalidade Brasileira. O ato da concessão da
nacionalidade é vinculado.
- Nacionalidade Extraordinária Expressa

- Cargos privativos de Brasileiros Natos (Art. 12,3º, e 89,VII)


- Presidente
- Vice-Presidente
- Presidente a Câmara dos Deputados
- Presidente do Senado Federal
- Ministro do STF
- Membro de Carreira Diplomática
- Ministro do Estado da Defesa

- Tratamentos diferenciados entre Brasileiros e estrangeiros (Art. 12,2º)


- Nota: no que tange á nacionalidade, somente a CF pode criar tratamento
diferenciado entre brasileiros e estrangeiros
- No que tange a outros elementos de discriminação, a lei pode criar
tratamentos diferenciados entre brasileiros e estrangeiros
- Direito à propriedade (222)
- Extradição (5º,LI) (Brasileiro nato não pode ser extraditado)
- Cargos privativos de Brasileiros Natos

- Tratamento especial ao Português equiparado (Art. 12, I, CP)


- Nota: Não se trata aqui de concessão de nacionalidade Brasileira ao
Português. Refere-se ao tratamento dado ao Portugu~es equiparado, para efeitos civis, de
brasileiro naturalizado (ER 03/94)
- Pressupostos:
- Residência permanente no Brasil
- Reciprocidade
- Nota: Em nenhuma hipótese o Português terá o status de Brasileiro
Nato.

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