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Resumo: Organização Administrativa da União; Administração Direta e Indireta.

A Administração Pública Federal, especialmente a do Poder Executivo, é regulada pelo


art. 4º do Decreto Lei nº. 200/1967, que divide a Administração Pública em duas, a
saber:

1. Administração Pública Direta, formada pelo conjunto de órgãos que integram


a pessoa política, no caso a União, a qual foram atribuídas competências para o
exercício das atividades administrativas, exercidas de forma centralizada, ou
seja, diretamente. No âmbito do Poder Executivo Federal compõem a
Administração Pública direta a Presidência da República e os Ministérios.

2. Administração Pública Indireta, compõe-se de quatro tipos de entidades,


dotadas de personalidade jurídica e desprovidas de autonomia política, que de
forma descentralizada exercem atividades administrativas, e atividades de
exploração econômica em sentido estrito, são elas:

2.1. Autarquias: As Autarquias são entidades criadas diretamente por lei específica
(lei do respectivo ente político especificamente para a criação da entidade) e dotadas de
personalidade jurídica de Direito Público, nos termos do inc. XIX do art. 37 da
Constituição da República Federativa do Brasil.

Desse modo, são entidades que adquirem personalidade jurídica a partir da vigência da
lei instituidora, e possuem o escopo de exercer serviços públicos típicos do Estado, aqui
há a personificação de um serviço retirado da administração centralizada. Em
decorrência da personalidade jurídica de Direito Público, os mesmos poderes,
privilégios e restrições de que o Estado dispõe no exercício da função administrativa
são estendidos às Autarquias, inclusive a imunidade tributária recíproca.

2.2. Fundações Públicas: São definidas doutrinariamente como um patrimônio


público personificado e destinado ao exercício de competências administrativas
específicas, respeitadas as áreas de atuação a serem definidas em lei complementar
(ainda não editada), nos termos do inc. XIX do art. 37 da Constituição da República
Federativa do Brasil. Expressamente, a Constituição determina exclusivamente que
a criação das fundações será autorizada por lei específica. Caso sejam assim criadas
terão personalidade jurídica de direito privado, adquirida após a inscrição no
respectivo órgão competente.
Entretanto, atualmente, a jurisprudência e a doutrina aceitam a criação de Fundações
diretamente por lei, obtendo assim, personalidade jurídica de direito público. Note que
esse posicionamento não dever ser considerado em provas em que estejam sendo
cobrados do candidato a literalidade da Constituição Federal. Por fim, a doutrina
classifica essas fundações como espécies de Autarquias, as chamadas “Fundações
Autárquicas”.
2.3. Empresas Públicas: Os Doutrinadores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo
conceituam as empresas públicas “como pessoas jurídicas de direito privado,
integrantes da administração indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante
autorização em lei específica, sob qualquer forma jurídica e com capital exclusivamente
público, para a exploração de atividades econômicas ou para a prestação de serviços
públicos”.
O conceito acima descrito é bem completo, elucidando que as empresas públicas podem
ser criadas sob qualquer forma societária, assim podem possuir a forma de sociedade
limitada, sociedade anônima dentre outras, esse é um dos pontos que as diferenciam
das sociedades de economia mista como se verá a seguir. Além disso, o capital aqui é
exclusivamente público não havendo nenhuma participação de capital privado na
empresa. Por fim, em regra quando exercem serviços públicos, as Sociedades de
economia mista e as empresas públicas exercem os serviços públicos passíveis de serem
explorados com o intuito de lucro, a exemplo está a Petrobrás S/A que explora o
petróleo e seus derivados, em regime de monopólio, e com o intuito de lucro, nos
termos do art. 4ª da lei nº. 9.478/1997.

2.4. Sociedades de Economia Mista: Resumidamente, podemos conceituar as


sociedades de economia mista como “pessoas jurídicas de direito privado, integrantes
da administração indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante autorização de lei
específica, sob a forma de sociedade anônima, com participação obrigatória de capital
privado e público, sendo da pessoa política instituidora ou de entidade da respectiva
administração indireta o controle acionário, para a exploração de atividades
econômicas ou para a prestação de serviços públicos”.
Para a prestação de serviços públicos cabem os mesmos comentários sobre a
exploração dos serviços públicos com o intuito de lucro já descritos acima na descrição
das Empresas Públicas.

Observações: Não há controle hierárquico entre a Administração Direta e a Indireta,


há apenas controle finalístico que deve ser exercido nos termos e limites estabelecidos
na lei instituidora e, em regra, visa, unicamente, analisar se a instituição se mantém na
busca dos objetivos e finalidades para a qual foi criada.
Importante notar que, mapas mentais e resumos, não tem o intuito de fazer com que
você aprenda o conteúdo, a finalidade aqui é de revisar e fixar o conteúdo outrora
aprendido. Assim, a utilização dos mapas mentais e resumos cresce e muito no curto
período que antecede as provas e as revisões periódicas, porque permitem ao candidato
rever a matéria rapidamente.

Entretanto, se você ainda não está dominando essa matéria, ou está com dificuldade no
estudo de Direito Administrativo, matéria básica e com grande exigência em quase
todos os concursos, recomendamos a leitura do livro: “Direito Administrativo
Descomplicado, Autores: Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo.” Esse é sem dúvidas o
livro mais didático sobre a matéria.

RESUMO: Os poderes da Administração Pública consistem em verdadeiras


prerrogativas postas à disposição do administrador para a consecução do interesse
público. Nesse sentido, importante o estudo do tema em comento, finalidade do
presente trabalho.

Palavras-Chave: Administração; poderes; poder hierárquico; poder


disciplinar; poder normativo; poder regulamentar; poder vinculado; poder
discricionário.

Sumário: Introdução. 1.1. Poder Hierárquico. Poder Disciplinar. 1.2. Poder


Regulamentar. Poder Normativo. 1.3. Poder de Polícia. 1.4. Poder Discricionário e
Poder Vinculado. 2. Conclusões. Referências Bibliográficas.

Introdução.

O termo “poder”, na Constituição Federal de 1988, tem vários sentidos. Dentre


esses vários sentidos, temos que a expressão é utilizada para enumerar os Poderes da
União. Nesse sentido, conforme o art. 2º da Constituição, “são Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Aqui,
Marinella (2007, p. 151) atenta:
Para evitar maiores problemas, não podem ser
confundidos Poderes da Administração ou Administrativos
com Poderes do Estado. Estes são elementos orgânicos ou
organizacionais, que exercem, cada qual, uma função precípua,
conforme a tripartição constitucional já ensinada por
Montesquieu, dividindo-se em Poder Executivo, Poder
Legislativo e Poder Judiciário. Muito diferentes daqueles, que
são as prerrogativas, instrumentos, mecanismos para a
realização do bem coletivo.

Com esse alerta inicial, começamos o estudo sobre os poderes da


Administração, objeto do presente artigo.

1. Poderes da Administração

Fernanda Marinella (2007, p. 151) afirma que:

Dentre as prerrogativas estabelecidas para a


Administração Pública, encontram-se os poderes
administrativos, elementos indispensáveis para persecução do
interesse público. Surgem como instrumentos ou mecanismos
por meio dos quais o Poder Público deve perseguir esse
interesse.

Para Dirley da Cunha Júnior (2010, p. 75), “os poderes administrativos são os
meios ou instrumentos jurídicos através dos quais os sujeitos da Administração
Pública (as entidades administrativas, os órgãos e os agentes públicos) exercem a
atividade administrativa na gestão dos interesses coletivos”.

Portanto, inicialmente, os poderes administrativos consistem em prerrogativas


estatais e devem ser utilizados para alcançar o interesse público. Apesar de falarmos em
“poderes”, prevalece na doutrina que eles também consistem em verdadeiros deveres
para a Administração Pública, que deles deve se valer para o alcance do bem comum.
Seriam mais que poderes, portanto: seriam, na realidade, um poder-dever (dever de
atuação da Administração).

Os poderes da Administração são os seguintes: (a) poder de polícia, (b) poder


disciplinar, (c) poder regulamentar e (d) poder hierárquico. Cunha Júnior (2010) ainda
enumera nesse rol os poderes vinculado e discricionário.

É no tema dos poderes administrativos que falamos de alguns dos vícios que
podem macular os atos administrativos, quais sejam, o desvio de finalidade e o excesso
de poder, espécies de abuso de poder.

1.1. Poder Hierárquico. Poder Disciplinar.

Por meio desse poder, verifica-se que há hierarquia na Administração Pública.


Cunha Júnior (2010, p. 80) afirma que o poder hierárquico “é aquele que confere à
Administração Pública a capacidade de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
atividades administrativas no âmbito interno da Administração”.

Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2005, p. 74) fala em um princípio da hierarquia:

Em consonância com o princípio da hierarquia, os órgãos


da Administração Pública são estruturados de tal forma que se
cria uma relação de coordenação e subordinação entre uns e
outros, cada qual com atribuições definidas em lei.

Para a autora, é desse poder que extraímos as seguintes prerrogativas


administrativas: “a de rever os atos dos subordinados, a de delegar e avocar
atribuições, a de punir; para o subordinado surge o dever de obediência” (Di Pietro,
2005, p. 74).

Nessa linha de pensamento, observa-se que o poder disciplinar é decorrência


direta do poder hierárquico. Com efeito, na esteira das lições de Marinella (2007, p.
162), “o poder disciplinar conferido à Administração Pública lhe permite punir, apenar
a prática de infrações funcionais dos servidores e de todos que estiverem sujeitos à
disciplina dos órgãos e serviços da Administração, como é o caso daqueles que com ela
contratam.

1.2. Poder Regulamentar. Poder Normativo.

A maior parte da doutrina fala em um poder regulamentar, mas alguns


doutrinadores falam do poder normativo.

Nesse sentido, aliás, lembra Cunha Júnior (2010, p. 86). O autor lembra que a
expressão poder normativo é mais ampla e engloba, ainda, a atividade normativa de
entes da Administração Pública, como as Agências Reguladoras. Com efeito, cumpre-
nos reconhecer uma ampliação do espaço de atuação do Poder Executivo, assim
justificado por Sergio Varella Bruna (2003, p. 70-71):

Apesar dos esforços do Legislativo, desse modo, a


marcante ineficiência dos Parlamentos em dar conta das novas
exigências econômicas manifestadas na sociedade, abriu
espaço para que o Executivo – agora já não mais de origem
monárquica e munido da força conferida pelas eleições
populares – passasse a ocupar o espaço deixado em aberto por
aquele poder.

O poder regulamentar busca complementar os comandos dispostos em lei. É na


seara do poder regulamentar que se discute a questão do decreto autônomo no Brasil.
Como regra, ele não é admitido entre nós. Todavia, excepcionalmente, com a nova
redação dada pela Emenda Constitucional nº 32/2001, ao art. 34, VI da Constituição
Federal de 1988, prevalece o entendimento de que a carta Magna o autoriza, apenas
nessa hipótese.

1.3. Poder de Polícia.


Não há como falar do poder de polícia sem mencionar a definição constante do
art. 78 do Código Tributário Nacional:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da


administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de
fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes
de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais
ou coletivos

Em suma, pelo conceito em tela, vemos que o consiste o poder de polícia em


verdadeira limitação a direitos fundamentais, notadamente liberdade e propriedade.
Marinella (2007, p. 164) define poder de polícia como “um instrumento conferido ao
administrador que lhe permite condicionar, restringir, frenar o exercício de
atividade, o uso e gozo de bens e direitos pelos particulares, em nome do interesse da
coletividade”.

Cunha Júnior (2010, p. 89) afirma que o poder de polícia serve precipuamente
para condicionar o exercício do direito. O administrativista lembra ainda que seu
fundamento consiste numa supremacia geral da Administração sobre os administrados:

Isso significa que não há, no exercício do poder de polícia,


um vínculo especial ou de subordinação. Nesse passo, nem
sempre que houver restrições ou condicionamentos ao
exercício de liberdades ou ao uso e gozo da propriedade haverá
manifestações do poder de polícia. (Cunha Júnior, 2010, p. 90)

Exemplo clássico de incidência do poder de polícia é a multa de trânsito.

Cunha Júnior (2010, p. 91) lembra que o poder de polícia pode se dar de forma
preventiva ou repressiva. No mesmo sentido entende Marinella (2007, p. 168). A
doutrinadora, além de falar no poder de polícia preventivo e repressivo, trata ainda da
polícia administrativa fiscalizadora.

Com efeito, o poder de polícia, como regra, deve ser preventivo, regulando a
vida em sociedade por meio da limitação da liberdade e propriedade, evitando atos
atentatórios ao interesse público. Todavia, acaso haja excessos por parte dos
indivíduos, natural que se exerça a força punitiva do Estado, por meio do poder de
polícia repressivo:

O exercício do poder de polícia tem por fim prevenir


(justamente para evitar) ou obstar (paralisar) atividades
contrárias ou nocivas aos interesses públicos e sociais.
Manifesta-se, portanto, nas formas preventiva (esta será a
preferência) e repressiva. (Cunha Júnior, 2010, p. 91)
Por fim, para quem adota essa classificação (Marinella, 2007, p. 169), teríamos,
ainda, a função fiscalizadora do poder de polícia, “caracterizando atos que visam
prevenir eventuais lesões aos administrados, como a fiscalização de pesos e medidas;
das condições de higiene dos estabelecimentos comerciais; a vistoria de veículos
automotores como garantia da segurança; a fiscalização da caça, entre outros”.

1.4. Poder Discricionário e Poder Vinculado.

A presente classificação leva em consideração a classificação dos atos


administrativos quanto ao grau de liberdade para sua prática.

Celso Antonio Bandeira de Mello (2001, p. 375), por meio desse critério,
classifica os atos administrativos em vinculados e discricionários:

(1) Atos ditos discricionários e que melhor se


denominariam atos praticados no exercício de competência
discricionária – os que a Administração pratica dispondo de
certa margem de liberdade para decidir-se, pois a lei regulou a
matéria de modo a deixar campo para uma apreciação que
comporta certo subjetivismo. Exemplo: autorização de porte de
arma.
(2) Atos vinculados – os que a Administração pratica sem
margem alguma de liberdade para decidir-se, pois a lei
previamente tipificou o único possível comportamento diante
de hipótese prefigurada em termos objetivos. Exemplo: licença
para edificar; aposentadoria, a pedido, por completar-se o
tempo de contribuição do requerente.

Com base nessa classificação, temos que poder vinculado seria aquele em que
não é dado margem de liberdade ao administrador para decidir. Já o poder
discricionário seria aquele em que o administrador tem certa margem de liberdade para
tanto, em juízo de conveniência e oportunidade.

2. Conclusões.

É possível conceituar os poderes administrativos como prerrogativas estatais


que devem ser utilizados para consecução do interesse público. São eles assim
enumerados: poder hierárquico e poder disciplinar, poder regulamentar e poder
normativo, poder de polícia e poder discricionário e poder vinculado. Na realidade,
tratam-se de verdadeiros deveres para a Administração Pública, já que instrumentos
utilizados para alcance do bem da coletividade, daí se falar em poder-dever.

Atos administrativos
CONCEITO

É toda manifestação unilateral da Administração Pública que, agindo nessa


qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir
e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria (Hely Lopes
Meirelles).

ATO ADMINISTRATIVO x ATO JURÍDICO

A diferença essencial entre ato jurídico e ato administrativo reside em que o ato
administrativo tem finalidade pública. Ato administrativo é uma espécie de ato
jurídico.

ATO ADMINISTRATIVO x CONTRATO ADMINISTRATIVO

Diferença entre ato administrativo e contrato administrativo - o contrato é bilateral


(há duas partes com objetivos diversos) ; o ato administrativo é unilateral.

ELEMENTOS (Requisitos de validade) do ATO ADMINISTRATIVO

Os ELEMENTOS ESSENCIAIS à formação do ato administrativo, constituem a sua


infra-estrututa, daí serem reconhecidos como REQUISITOS DE VALIDADE. As letras
iniciais formam a palavra COMFIFOR MOB.

COM PETÊNCIA
FI NALIDADE
F0R MA dica : COM FI FOR MOB
M OTIVO
OB JETO

COMPETÊNCIA

É o poder atribuído ao agente (agente é aquele que pratica o ato) para o desempenho
específico de suas funções.

Ao estudarmos o gênero abuso de poder vimos que uma de suas espécies, o excesso
de poder, ocorre quando o agente público excede os limites de sua competência.

FINALIDADE

É o objetivo de interesse público a atingir. A finalidade do ato é aquela que a lei


indica explícita ou implicitamente. Os atos serão nulos quando satisfizerem pretensões
descoincidentes do interesse público. Ao estudarmos o gênero abuso de poder vimos
que a alteração da finalidade caracteriza desvio de poder, conhecido também por
desvio de finalidade.

FORMA

É o revestimento exteriorizador do ato. Enquanto a vontade dos particulares pode


manifestar-se livremente, a da Administração exige forma legal. A forma normal é a
escrita. Excepcionalmente existem : (1) forma verbal : instruções momentâneas de um
superior hierárquico; (2) sinais convencionais : sinalização de trânsito.

MOTIVO
É a situação de fato ou de direito que determina ou autoriza a realização do ato
administrativo. Pode vir expresso em lei como pode ser deixado ao critério do
administrador.

Exemplo : dispensa de um servidor ocupante de cargo em comissão. A CF/88, diz


que o cargo em comissão é aquele declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Portanto, não há necessidade de motivação do ato exoneratório, mas, se forem
externados os motivos, o ato só será válido se os motivos forem verdaadeiros.

OBJETO

É o conteúdo do ato. Todo ato administrativo produz um efeito jurídico, ou seja, tem
por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações concernentes a pessoas,
coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Público. Exemplo : No ato de demissão do
servidor o objeto é a quebra da relação funcional do servidor com a Administração.

ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO DO ATO


ADMINISTRATIVO.

ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO

A lei 9.784, de 29.01.1999 dispõe que :

"A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vícios de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos" (art. 53).

"O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos


favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé" (art. 54)

"Quando importem anulação, revogação ou convalidação de ato administrativo os atos


administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos
jurídicos " (art. 50, VIII,).

JURISPRUDÊNCIA : Súmula 473 do STF :

“ A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial”.

Principais lições :

A Administração com relação aos seus atos administrativos pode :

ANULAR quando ILEGAIS.


REVOGAR quando INCOVENIENTES ou INOPORTUNOS ao interesse publico.

O Judiciário com relação aos atos administrativos praticados pela Administração pode :

ANULAR quando ILEGAIS.

Assim :
Revogação - é supressão de um ato administrativo legítimo e eficaz realizada pela
Administração - e somente por ela - por não mais lhe convir sua existência.

Anulação - invalidação de um ato ilegítimo e ilegal, realizada realizada pela


Administração ou pelo Judiciário.

Conclusão :

a administração controla seus próprios atos em toda plenitude, isto é, sob aspectos de
legalidade, e de mérito (oportunidade e conveniência), ou seja, exerce a autotutela.

o controle judicial sobre o ato administrativos se restringe ao exame dos aspectos de


legalidade.

EFEITOS DECORRENTES :

A revogação gera efeitos - EX NUNC - ou seja, a partir da sua declaração. Não


retroage.

A anulação gera efeitos EX TUNC (retroage à data de início dos efeitos do ato).

CONVALIDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

“A convalidação é o refazimento de modo válido e com efeitos retroativos do que fora


produzido de modo inválido”(Celso Antônio Bandeira de Mello, 11ª edição, editora
Melhoramentos, 336).

A lei 9.784, de 29.01.1999, dispõe que :

"Os atos que apresentem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros " (art. 55).

Assim :

Só é admissível o instituto da convalidação para a doutrina dualista, que aceita possam


os atos administrativos ser nulos ou anuláveis.

Os vícios sanáveis possibilitam a convalidação, ao passo que os vícios insanáveis


impedem o aproveitamento do ato,”

Os efeitos da convalidação são ex-tunc (retroativos).

ATOS DE DIREITO PRIVADO PRATICADOS PELA ADMINISTRAÇÃO

A Administração Pública pode praticar certos atos ou celebrar contratos em regime


de Direito Privado (Direito Civil ou Direito Comercial). Ao praticar tais atos a
Administração Pública ela se nivela ao particular, e não com supremacia de poder. È o
que ocorre, por exemplo, quando a Administração emite um cheque ou assina uma
escritura de compra e venda ou de doação, sujeitando-se em tudo às normas do Direito
Privado.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

A classificação dos atos administrativos sofre variação em virtude da diversidade dos


critérios adotados. Serão apresentados abaixo os critérios mais adotados pelos
concursos.

Critério nº 1 – classificação quanto a liberdade de ação :

ATOS VINCULADOS - são aqueles nos quais a lei estabelece os requisitos e condições
de sua realização. As imposições legais absorvem quase por completo a liberdade do
administrador, pois a ação, para ser válida, fica restrita aos pressupostos estabelecidos
pela norma legal.

ATOS DISCRICIONÁRIOS - são aqueles que a administração pode praticar com a


liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua oportunidade e do
modo de sua realização.

Ao praticar o ato administrativo vinculado a autoridade está presa à lei em todos os


seus elementos - COMFIFORMOB- Ao praticar o ato discricionário a autoridade é livre
- dentro das opções que a própria lei prevê - quanto a escolha da conveniência e da
oportunidade.

Não se confunda ato discricionário com ato arbitrário. Arbitrário é aquilo que é
contrário a lei. Discricionário são os meios e modos de administrar e nunca os fins
atingir.

Critério nº 2 - classificação quanto ao modo de execução

ATO AUTO-EXECUTÓRIO - possibilidade de ser executado pela própria


Administração.

ATO NÃO AUTO-EXECUTÓRIO - depende de pronunciamento do Judiciário. Este


item já foi estudado no tópico atributos do ato administrativo.

ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS (estudo baseado em Celso Antônio


Bandeira de Mello)

Quanto as espécies devem os atos ser agrupados de um lado sob o aspecto formal e de
outro lado sob o aspecto material ( ou seu conteúdo). A terminologia utilizada diverge
bastante entre os autores.

Espécies de Atos quanto à forma de exteriorização :

Decretos – são editados pelos Chefes do Poder Executivo, Presidente, Governadores e


Prefeitos para fiel execução das leis (CF/88,art. 84, IV);

Resoluções – praticados pelos órgãos colegiados em suas deliberações administrativas


,a exemplo dos diversos , Tribunais (Tribunais Judiciários, Tribunais de Contas ) e
Conselhos (Conselhos de Contribuintes, Conselho Curador do FGTS, Conselho
Nacional da Previdência Social) ;

Instruções, Ordens de serviço, Avisos - utilizados para a Administração transmitir aos


subordinados a maneira de conduzir determinado serviço;
Alvarás - utilizados para a expedição de autorização e licença, denotam aquiescência da
Administração no sentido de ser desenvolvida certa atividade pelo particular.

Ofícios - utilizados pelas autoridades administrativas para comunicarem-se entre si ou


com terceiros. São as “cartas” ofícios, por meio delas expedem-se agradecimentos,
encaminham-se papéis, documentos e informações em geral.

Pareceres - manifestam opiniões ou pontos de vista sobre matéria submetida a


apreciação de órgãos consultivos.

Espécies de Atos quanto ao conteúdo dos mesmos :

Admissão – É o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta a alguém a


inclusão em estabelecimento governamental para o gozo de um serviço público.
Exemplo : ingresso em estabelecimento oficial de ensino na qualidade de aluno; o
desfrute dos serviços de uma biblioteca pública como inscrito entre seus usuários. O
ato de admissão não pode ser negado aos que preencham as condições normativas
requeridas.

Aprovação – é o ato unilateral e discricionário pelo qual a Administração faculta a


prática de ato jurídico (aprovação prévia) ou manifesta sua concordância com ato
jurídico já praticado (aprovação a posteriori).

Licença - é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração consente ao


particular o exercício de uma atividade. Exemplo : licença para edificar que depende do
alvará. Por ser ato vinculado, desde que cumpridas as exigências legais a Administração
não pode negá-la.

Autorização - e o ato unilateral e discricionário pelo qual a Administração, analisando


aspectos de conveniência e oportunidade faculta ao particular o exercício de atividade
de caráter material. Numa segunda definição é o ato pelo qual a administração faculta
ao particular o uso privativo de um bem público. Exemplos : autorização de porte de
arma, autorização para exploração de jazida mineral (CF, art. 146, parágrafo único). A
diferença em relação a Licença é que a Administração pode negar a autorização.

Homologação – é o ato unilateral e vinculado de controle pelo qual a Administração


concorda com um ato jurídico, ou série de atos (procedimento), já praticados
verificando a consonância deles com os requisitos legais condicionadores de sua válida
emissão.

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