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Autores citados: Fernando Pessoa

Mário de Andrade

Manuel Bandeira

Carlos Drummond de Andrade

Cecília Meireles

Oswald de Andrade

João Guimarães Rosa

Cassiano Ricardo

Mário Quintana

Clarice Lispector
Introdução

Muitas pessoas se perguntam: Como é a


linguagem literária da modernidade?
Aresposta? Simples: Umas das
características da linguagem literária
da modernidade é a não-linearidade.Ex.:
Grande Sertão: Veredas, que não segue o
padrão "começo-meio-e-fim"... Outra:
busca de brasilidade. Ex.: Macunaíma.
Há também a crítica social (Drummond,
João Cabral de Melo Neto, Moacyr
Félix...). Durante o livro você verá muito
dessas características. Boa leitura!
Leitura é uma arte!
Poemas
O Amor
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente


Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,


Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe


O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
O Amor (Fernando Pessoa)
Descobrimento

Abancado à escrivaninha em São Paulo


Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.

Não vê que me lembrei que lá no Norte,


meu Deus!
Muito longe de mim
Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo
escorrendo nos olhos,
Depois de fazer uma pele com a
borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.

Esse homem é brasileiro que nem eu.

Descobrimento (Mário de Andrade)


A Estrela
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!


Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância


Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?

E ouvi-a na sombra funda


Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.

A Estrela (Manuel Bandeira)


As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,


Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,


é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo


bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,


e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

As sem-razões do amor (Carlos Drummond de Andrade)


Despedida
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.


E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum
irmão.

Que procuras? Tudo. Que


desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu
coração.
Não ando perdida, mas
desencontrada.
Levo o meu rumo na minha
mão.

A memória voou da minha


fronte.
Voou meu amor, minha
imaginação...
Talvez eu morra antes do
horizonte.
Memória, amor e o resto onde
estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.


(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.

Despedida (Cecília Meireles)


Canto de Regresso à Pátria

Minha terra tem palmares


Onde gorjeia o mar
Os pássaros daqui
Não cantam como os de lá

Minha terra tem mais rosas


E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas


Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo

Canto de Regresso à Pátria (Oswald de Andrade)


Luar

De brejo em brejo,
os sapos avisam:
--A lua surgiu!...

No alto da noite as estrelinhas piscam,


puxando fios,
e dançam nos fios
cachos de poetas.

A lua madura
Rola,desprendida,
por entre os musgos
das nuvens brancas...
Quem a colheu,
quem a arrancou
do caule longo
da via-láctea?...

Desliza solta...

Se lhe estenderes
tuas mãos brancas,
ela cairá...

Luar (João Guimarães Rosa)


A Rua
Bem sei que, muitas vezes,
o único remédio
é adiar tudo. É adiar a sede, a fome, a viagem,
a dívida, o divertimento,
o pedido de emprego, ou a própria alegria.
A esperança é também uma forma
de contínuo adiamento.
Sei que é preciso prestigiar a esperança,
numa sala de espera.
Mas sei também que espera significa luta e não,
apenas,
esperança sentada.
Não abdicação diante da vida.

A esperança
nunca é a forma burguesa, sentada e tranquila da
[espera.

Nunca é a figura de mulher


do quadro antigo.
Sentada, dando milho aos pombos.

A Rua (Cassiano Ricardo)


Bilhete

Se tu me amas, ama-me baixinho


Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve
ainda...

Bilhete (Mário Quintana)


O sonho

Sonhe com aquilo que você quer ser,


porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.


Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.


Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.


Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.

O sonho (Clarice Lispector)


Biografia Crítica

Fernando Pessoa
É considerado um dos maiores poetas da Língua
Portuguesa, e o seu valor é comparado ao de Camões.
O crítico literário Harold Bloom considerou a sua
obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".
Por ter crescido na África do Sul, para onde se
mudou aos sete anos em virtude do casamento de sua
mãe, Pessoa foi alfabetizado em Inglês. Das quatro
obras que publicou em vida, três são na língua
inglesa. Fernando Pessoa dedicou-se também a
traduções desse idioma.Durante sua discreta vida,
atuou no Jornalismo, na Publicidade, no Comércio e,
principalmente, na Literatura. Como poeta,
desdobrou-se em diversas pessoas conhecidas como
heterónimos, em torno das quais se movimenta grande
parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro
irradiador da heteronímia, auto-denominou-se um
"drama em gente".

Mário de Andrade
Mário Raul de Morais Andrade foi Considerado o
escritor mais nacionalista e múltiplo dos brasileiros,
Mário construiu um caráter revolucionário na
literatura brasileira, que se iniciou com Pauliceia
Desvairada, onde analisa a cidade de São Paulo e
todos seus elementosMário também é considerado um
dos primeiros musicólogos do país, e seu maior
interesse era a música, particularmente os ritmos
nordestinos, nos quais tentou pesquisar e valorizar,
assim como fez com a Missão de Pesquisas Folclóricas,
tentando criar um estudo e uma descoberta das raízes
culturais do Brasil. Isso também ocorreu com seu
romance mais famoso, Macunaíma, considerada uma
das obras capitais da narrativa brasileira no século
XX.

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho


Considera-se que Bandeira faça parte da geração de
22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema
Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de
1922. Juntamente com escritores como João Cabral de
Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Nélson
Rodrigues, Carlos Pena Filho e José Condé,
representa a produção literária do estado de
Pernambuco.

Carlos Drummond de Andrade


Carlos Drummond de Andrade é considerado um dos
mais importantes poetas brasileiras de todos os tempos,
Foi simpatizante do Partido Comunista na década de
1940, afastando-se posteriormente para abrigar-se em
um pensamento cético que seria um de suas principais
características.
Cecília Meireles
Cecília Benevides de Carvalho Meireles (Rio de
Janeiro, 7 de novembro de 1901 — Rio de Janeiro, 9
de novembro de 1964) foi uma poetisa, pintora,
professora e jornalista brasileira. Cecília Meireles teve
três filhas com o pintor Fernando Correia Dias, entre
elas a atriz Maria Fernanda Meireles. Cecília morre
aos 63 anos, de câncer.

Oswald de Andrade
José Oswald de Sousa de Andrade Nogueira foi um
escritor, ensaísta e dramaturgo brasileiro. Era filho
único de José Oswald Nogueira de Andrade e de Inês
Henriqueta Inglês de Sousa Andrade. Seu nome
pronuncia-se com acento na letra a (Oswáld). Foi um
dos promotores da Semana de Arte Moderna que
ocorreu 1922 em São Paulo, tornando-se um dos
grandes nomes do modernismo literário brasileiro. Foi
considerado pela crítica como o elemento mais rebelde
do grupo.

João Guimarães Rosa


João Guimarães Rosa, mais conhecido como
Guimarães Rosa foi um dos mais importantes
escritores brasileiros de todos os tempos. Foi também
médico e diplomata. Os contos e romances escritos por
João Guimarães Rosa ambientam-se quase todos no
chamado sertão brasileiro. A sua obra destaca-se,
sobretudo, pelas inovações de linguagem, sendo
marcada pela influência de falares populares e
regionais. Tudo isso, somado a sua erudição, permitiu
a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos
e palavras populares, invenções e intervenções
semânticas e sintáticas.

Cassiano Ricardo
Cassiano Ricardo Leite foi um jornalista, poeta e
ensaísta brasileiro.Representante do modernismo de
tendências nacionalistas, esteve associado aos grupos
Verde-Amarelo, Anta e foi o fundador do grupo da
Bandeira. Pertenceu às academias paulista e
brasileira de letras. Sua obra passa por diversos
momentos; inicialmente apresenta-se presa ao
Parnasianismo e ao Simbolismo. Com a fase
modernista, explora temas nacionalistas e depois se
restringe mais, louvando a epopéia bandeirante. Por
fim detém-se em temas mais intimistas, cotidianos.

Mário Quintana
Mário de Miranda Quintana foi um poeta, tradutor
e jornalista brasileiro.Considerado o poeta das coisas
simples e com um estilo marcado pela ironia,
profundidade e perfeição técnica, trabalhou como
jornalista quase que a sua vida toda. Traduziu mais
de cento e trinta obras da literatura universal, entre
elas Em busca do tempo perdido de Marcel Proust,
Mrs Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e
sangue, de Giovanni Papini.
Clarice Lispector
Clarice Lispector, nascida Haia Lispector foi uma
escritora brasileira, nascida na Ucrânia. Autora de
linha introspectiva, buscava exprimir, através de seus
textos, as agruras e antinomias do ser. Suas obras
caracterizam-se pela exacerbação do momento interior
e intensa ruptura com o enredo factual, a ponto de a
própria subjetividade entrar.

Resenha Crítica
Escolhemos poemas de autores
conhecidos da década de 1910 a
1950. Eles se destacam com o estilo
modernista de escrever, falando de
forma inovadora na literatura
conhecida até então. De uma
maneira ou de outra, os poemas estão
ligados pelo seu estilo, alguns pelo
tema e outros pelo seu contexto.
AUTORES

GLAUBER H. DA
SILVA
17
ROBERTO FIM
TERCAL
31
WELLINGTHON
HENRIQUE
34

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