Sie sind auf Seite 1von 46

Aula 04

Direito Processual Civil p/ TCU-2015 - Auditoria Governamental

Professor: Gabriel Borges


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

AULA 04: O processo civil e o controle judicial dos atos administrativos: Ação
popular e Ação civil pública.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TCU

SUMÁRIO PÁGINA

1. Capítulo V: O processo civil e o controle judicial dos atos


02
administrativos: Ação popular e Ação civil pública.

2. Resumo 20

3. Questões comentadas 24

4. Questões da Aula 39

5. Gabarito 45

CAPÍTULO V: DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Na tutela dos direitos difusos e coletivos da sociedade, a ação civil pública é


o principal expediente de atuação do Parquet na condição de parte. A ação pública
sujeita-se a inúmeras variações no seu conteúdo material de acordo com a matéria
tratada.

Exemplos: responsabilidade por ato de improbidade administrativa, defesa


do meio ambiente, defesa dos hipossuficientes – idosos, crianças, portadores de
deficiência física.

A Lei 7.347/85 – da ACP – inseriu verdadeira expansão da tutela coletiva. A


partir dela, a defesa dos interesses jurídicos ganhou novo contorno, com grande
ampliação dos direitos coletivos sob seu guarda-chuva.

A ACP é o instrumento jurídico que tem como objetivo a tutela coletiva para
garantir a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, histórico, ou qualquer outro interesse difuso e coletivo. É uma ação
constitucional de natureza cível, sendo um instrumento residual, que tutela um
Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 45
Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

campo amplo de lesões supra-individuais, ou seja, tem como objetivo a proteção


dos direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos.

Como bem vimos, portanto, os bens tutelados pela ACP são diversos –
direitos difusos, coletivos, individuais homogêneos. Dessa forma, a lista elencada na
Lei 7.347/85 é meramente exemplificativa:

l - ao meio-ambiente;

II- ao consumidor;

III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e


paisagístico;

IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.

V - por infração da ordem econômica e da economia popular;

VI - à ordem urbanística.

Devemos ter muita atenção às pretensões jurídicas excluídas do cabimento


da ACP:

Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que
envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos
beneficiários podem ser individualmente determinados.

Devemos lembrar que é permitida a cumulação de pedidos em sede de ação


civil pública – poderá o autor coletivo requerer do réu a condenação em dinheiro ou
o cumprimento de fazer ou não fazer. O STJ tem entendido que a conjunção 'ou'
deve ser interpretada como 'e', ou seja, conjunção aditiva, em vez de alternativa.

1. Legitimidade

Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia


mista;

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente,


ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.

O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja


manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou
pela relevância do bem jurídico a ser protegido.

ATENÇÃO

1) O Ministério Público deve intervir na ACP: se não intervier no processo


como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei.

2) Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos


termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes, dessa
forma poderão, desde que não sejam demandantes iniciais no processo, ingressar
no curso do processo tanto como autores ou réus, podendo formar litisconsórcio
ativo ou passivo.

3) Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação


legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. Isso
ocorrerá somente no caso de associações! Não que se falar em substituição dos
outros legitimados nem da defensoria.

4) Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da


União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos objeto
da ACP. Assim, poderá o Ministério Público Federal juntamente com o Ministério
Público dos Estados interporem ACP, desde que tenham o mesmo objetivo.

5) Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados


compromisso de ajustamento de conduta às exigências legais, mediante
cominações, que terão eficácia de título executivo extrajudicial. Formação de TAC –
Termo de Ajustamento de Conduta: é um instrumento legal destinado a colher do

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

causador do dano ao meio ambiente, entre outros interesses difusos e coletivos, um


título executivo de obrigação de fazer e não fazer, mediante o qual, o responsável
pelo dano assume o dever de adequar a sua conduta às exigências legais, sob pena
de sanções fixadas no próprio termo.

1.1. Indicação de fatos

Qualquer pessoa poderá provocar a iniciativa do Ministério Público,


ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e
indicando-lhe os elementos de convicção.

Veja bem a diferença entre o servidor público e “qualquer pessoa”: o servidor


público deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe
informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os
elementos de convicção. Ou seja, o servidor público tem o dever e não a opção de
provocar o MP.

Igualmente, se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem


conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão
peças ao Ministério Público para as providências cabíveis.

2. Competência do julgamento

Regra geral, a competência para julgar a ação civil pública é definida pelo
local do dano. Elas serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo
terá competência funcional para processar e julgar a causa. A Lei determinou “o foro
o local onde ocorreu o dano” baseando-se na característica de proximidade física do
evento, pois torna mais fácil a averiguação dos fatos e o seu julgamento.

A propositura da ação prevenirá (tornar prevento = definir como competente


para ações futuras) a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente
intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. Assim, essas
ações serão conduzidas ao mesmo juízo da que causou a prevenção.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

3. Inquérito civil, liminar e Sentença na ACP

3.1. Inquérito Civil

Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades


competentes as certidões e informações que julgar necessárias. Essas deverão ser
fornecidas em um prazo de 15 dias. Somente nos casos de sigilo, poderá ser
negada certidão ou informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta
desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los.

O inquérito civil na ACP não é obrigatório, a Lei faculta essa possibilidade ao


MP:

O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou


requisitar, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações,
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 dias
úteis.

Mas o que vem a ser o inquérito civil? Nada mais é do que um procedimento
administrativo inquisitivo, cuja instauração e presidência são exclusivas do MP, ou
seja, visa colher provas a serem levadas ao Órgão Jurídico, por meio da ACP.

Uma vez esgotadas todas as diligências, e o MP se convencer da


inexistência de fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o
arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o
fundamentadamente. No entanto, para que os autos do inquérito civil ou das peças
de informação sejam arquivadas é necessário serem remetidos ao Conselho
Superior do Ministério Público, no prazo de 3 dias, sob pena de incorrer-se em falta
grave.

A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do


Conselho Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento.
Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento,
designará, desde logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da
ação.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 a 3 anos, mais multa, a


recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à
propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público.

3.2. Liminar

Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia,


em decisão sujeita a agravo.

A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para


evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o
Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso
suspender a execução da liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá agravo
para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 dias a partir da publicação do ato.

A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em


julgado da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se
houver configurado o descumprimento.

Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado


reverterá a um fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais
de que participarão necessariamente o Ministério Público e representantes da
comunidade, sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados.
Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro ficará depositado em
estabelecimento oficial de crédito, em conta com correção monetária.

Havendo acordo ou condenação com fundamento em dano causado por ato


de discriminação étnica, a prestação em dinheiro reverterá diretamente ao fundo
e será utilizada para ações de promoção da igualdade étnica, conforme definição
do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, na hipótese de extensão
nacional, ou dos Conselhos de Promoção de Igualdade Racial estaduais ou locais,
nas hipóteses de danos com extensão regional ou local, respectivamente.

3.3. Sentença

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória,


sem que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério
Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados.

A sentença civil fará coisa julgada erga omnes (contra todos, ou seja,
produz efeitos que alcança a todos), nos limites da competência territorial do órgão
prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas,
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico
fundamento, valendo-se de nova prova.

Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores


responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados em
honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade
por perdas e danos.

 Agora, comentaremos a ação civil pública de responsabilidade por ato de


improbidade administrativa, ação civil pública em defesa do meio ambiente e
ação civil pública em defesa do consumidor.

A) Ação civil pública de responsabilidade por ato de improbidade


administrativa.

Há três espécies de ato de improbidade administrativa: enriquecimento


ilícito, dano ao erário e violação de princípios da administração pública. Entre
eles existe decrescente ordem de relevância e subsidiariedade de dano ao
patrimônio público, uma vez que todo enriquecimento ilícito implica dano ao erário,
assim como todo dano ao erário implica violação dos princípios da administração
pública.

O enunciado nº 209 da Súmula do STJ prevê que em casos de improbidade


administrativa, quando se tratar de verbas federais já incorporadas pelo Município, a
competência para julgar os atos do prefeito seja da Justiça Estadual.
STJ Súmula nº 209 - 27/05/1998 - DJ 03.06.1998 Competência - Processo e
Julgamento - Prefeito - Desvio de Verba Transferida e Incorporada ao
Patrimônio Municipal
Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba
transferida e incorporada ao patrimônio municipal.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Vejamos questão do Cespe de 2012 que cobrou conhecimento desse


enunciado da Súmula STJ:

(MPE TO – FCC 2012) Se o prefeito de um município desviar, para fins particulares,


verba pública federal incorporada ao patrimônio da municipalidade, o MP poderá
pleitear a condenação do prefeito pelo referido ilícito administrativo. Nesse caso,
para encaminhar seu pleito, o MP deverá ajuizar

a) ACP por improbidade administrativa na justiça federal.

b) mandado de segurança na justiça estadual de primeiro grau.

c) mandado de segurança no respectivo tribunal de justiça estadual.

d) ação popular na justiça estadual de primeiro grau.

e) ACP por improbidade administrativa na justiça estadual.

Gabarito: E

DICA

 Os atos de improbidade administrativa podem ser divididos em dois


grupos: o primeiro envolve a violação das normas de probidade e o segundo diz
respeito à ineficiência funcional do gestor ou responsável.

 A conduta de improbidade administrativa é um ilícito civil que se forma a


partir da verificação de situação ou atitude ímproba descrita e individualizada no
âmbito objetivo (desvio de recursos públicos, nulidade de procedimento licitatório) e
subjetivo (nexo de imputação a título de dolo ou culpa em relação aos agentes).

 Segue rito especial.

 A causa de pedir demanda objetividade, uma vez que deve permitir correta
compreensão da situação a ser julgada.

B) Ação civil pública em defesa do meio ambiente


Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 45
Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso


comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações (art. 225 da CF).

ATENÇÃO

O candidato deve estar atento às questões ambientais atuais, como: gestão


de resíduos sólidos, recursos hídricos, áreas legalmente protegidas, transgênicos.

Espera-se que o candidato tenha um conhecimento multidisciplinar:

 Compreenda, por exemplo, o princípio do poluidor-pagador, que consiste


em impor ao poluidor a responsabilidade pelos custos da reparação do dano
ambiental.

 Entenda os aspectos processuais relevantes, como o processo de inversão


do ônus da prova em questões ambientais. Por exemplo, o dano ambiental em
propriedade particular impõe ao proprietário prova de que não é responsável pelo
dano.

C) Ação civil pública de defesa do consumidor

Sendo o direito do consumidor fundamental e regido pelo princípio da ordem


econômica, deverá ser tutelado pelo MP.

Princípios do Direito do Consumidor:

a) A ideia de hipossuficiência do consumidor ou sua vulnerabilidade,

b) Racionalização dos processos de melhoria do serviço público.

DICA

 São direitos básicos do consumidor: informação clara e adequada,


proteção contra publicidade enganosa e abusiva, acesso à justiça, prevenção e
reparação de danos patrimoniais e morais individuais, coletivos e difusos.

 De acordo com o STF, o Ministério Público pode ajuizar ACP em defesa


dos consumidores, mas não pode ajuizar ACP em defesa dos contribuintes, para

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

garantir o não pagamento de tributo, pois nesse caso não há relação de consumo
(Lei n° 7347/85, art. 1°, II, e art. 5°, I).

ACP em Informativos recentes do STJ

Informativo nº 0483
Período: 12 a 23 de setembro de 2011. Primeira Turma CONSUMIDOR. AÇÃO
CIVIL PÚBLICA. TELEFONIA MÓVEL. NEGATIVA. ACESSO. INADIMPLÊNCIA

Entre outras questões julgadas neste processo, foi decidido que o MP possui
legitimidade ativa para propor ação civil pública a fim de tutelar direitos individuais
homogêneos, porque caracterizado o relevante interesse social, inclusive quando
decorrentes da prestação de serviços públicos – habilitação de linha telefônica
móvel. Por outro lado, a Lei n. 9.472/1997, ao criar a Agência Nacional de
Telecomunicações – (Anatel), órgão regulador das telecomunicações, conferiu-lhe,
entre outras, a competência para expedir normas sobre prestação de serviços de
telecomunicações. Contudo, esse poder regulamentador encontra limites nos
preceitos normativos superiores, cabendo ao Poder Judiciário negar a sua aplicação
toda vez que contrariar tais preceitos. Portanto, não se pode confundir a
competência para expedir normas – que o acórdão a quo não infirmou – com a
legitimidade da própria norma editada no exercício daquela competência, essa sim
negada pelo acórdão. In casu, o MP ajuizou ação civil pública, por considerar
abusiva a prática de condicionar a habilitação de celular pós-pago (cuja tarifa é
menor que a do pré-pago) à inexistência de restrição do crédito dos consumidores
ou à apresentação de comprovante de crédito (cartão de banco ou cartão de
crédito). O juiz monocrático indeferiu o pedido do Parquet, porém o tribunal de
origem reformou a sentença, impedindo as empresas de telecomunicações de
condicionar a habilitação de linha celular no plano de serviço básico à apresentação
de comprovantes de crédito ou à inexistência de restrição creditícia em nome do
interessado, salvo a relacionada a dívidas com a própria concessionária (...) REsp
984.005-PE, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 13/9/2011.

Informativo nº 0469

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Período: 11 a 15 de abril de 2011. Quinta Turma BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.


IDOSA. INTERVENÇÃO. MP.

Discute-se no REsp a obrigatoriedade de intervenção do Ministério Público (MP) em


processos em que idosos capazes sejam parte e postulem direito individual
disponível. Nos autos, a autora, que figura apenas como parte interessada no REsp,
contando mais de 65 anos, ajuizou ação contra o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) para ver reconhecido exercício de atividade rural no período de 7/11/1946 a
31/3/1986. A sentença julgou improcedente o pedido e o TJ manteve esse
entendimento. Sucede que, antes do julgamento da apelação, o MPF (recorrente),
em parecer, requereu preliminar de anulação do processo a partir da sentença por
falta de intimação e intervenção do Parquet ao argumento de ela ser, na hipótese,
obrigatória, o que foi negado pelo TJ. Daí o REsp do MPF, em que alega ofensa aos
arts. 84 do CPC e 75 da Lei n. 10.741/2003 (Estatuto do Idoso). Destacou o Min.
Relator que, no caso dos autos, não se discute a legitimidade do MPF para propor
ação civil pública em matéria previdenciária; essa legitimidade, inclusive, já foi
reconhecida pelo STF e pelo STJ. Explica, na espécie, não ser possível a
intervenção do MPF só porque a parte autora é idosa, pois ela é dotada de
capacidade civil, não se encontra em situação de risco e está representada por
advogado que interpôs os recursos cabíveis. Ressalta ainda que o direito à
previdência social envolve direitos disponíveis dos segurados. Dessa forma, não se
trata de direito individual indisponível, de grande relevância social ou de comprovada
situação de risco a justificar a intervenção do MPF. Diante do exposto, a Turma
negou provimento ao recurso. REsp 1.235.375-PR, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado
em 12/4/2011.

DA AÇÃO POPULAR

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

A ação popular é regida pela Lei 4.717 de 29 de junho1965 e pela


Constituição Federal/88 que assim dispõe:

Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência (art. 5º, LXXXIII, da CF).

A Ação Popular dá ao cidadão o poder de defesa do interesse difuso para


garantia da probidade e moralidade na gestão da coisa pública, bem como à
preservação do meio ambiente e do patrimônio público em sentido amplo. Também
é possível, por meio dela, a tutela de interesses difusos dos consumidores (art. 81,
parágrafo único e incisos).

Considera-se patrimônio público, os bens e direitos de valor econômico,


artístico, estético, histórico ou turístico.

A ação popular a visa: anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade


de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural (...).

1. Natureza da ação popular

Podemos visualizar a ação popular constitucional sob três enfoques:

1) É um remédio constitucional; instrumento de garantia.

2) Instrumento de controle de atos lesivos ao patrimônio público, à


moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural;
instrumento de defesa dos interesses da coletividade, atribuído a qualquer cidadão;
uma forma de controle judicial.

3) Sob o aspecto processual, configura-se em uma ação civil.

Desse modo, em uma primeira análise, podemos dizer que a ação popular é
uma demanda judicial que se destina ao controle da Administração Pública por meio
do poder judiciário. Daí pode-se inserir-la como uma forma de controle externo.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Além dessa análise, a ação popular, devido à amplitude do objeto tutelado,


apresenta características típicas de um modelo processual coletivo quando protege
o patrimônio histórico-cultural.

Outro ponto que merece destaque é a classificação da ação popular como


meio de participação ativa do cidadão na vida pública, dentro de uma democracia
não apenas representativa, mas também participativa.

2. Legitimidade

Qualquer cidadão [legitimidade ativa] será parte legítima para pleitear a anulação
ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio:

da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades


autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição de 1946, art. 141, §
38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados
ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou
fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou
concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de
empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e
dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas
pelos cofres públicos [legitimidade passiva].

Parte da doutrina se posiciona no sentido de que o cidadão é legitimado


ordinário, na medida em que é titular de soberania popular, detentor do poder
democrático - "o poder emana do povo"- e faz a defesa de interesse próprio.

Faz sentido esse posicionamento; no entanto, modernamente, o que tem


prevalecido é o entendimento de que o cidadão, autor da ação popular, atua como
substituto processual, sendo, pois extraordinária a legitimidade do cidadão. Ele age
em nome da coletividade.

O legitimado extraordinário é o sujeito que defende em nome próprio interesse


alheio. Exemplo clássico de legitimação extraordinária é do Ministério Público em

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

ação de investigação de paternidade fundada no artigo 2º da Lei 8.560/1.992 (que


regula a investigação de paternidade dos filhos havidos fora do casamento e dá
outras providências) em benefício do menor desassistido.

Devemos lembrar que o cidadão é a pessoa física detentora de cidadania


ativa e a prova para ajuizar a ação popular é o título eleitoral ou documento
correspondente. A falta de comprovação da qualidade de cidadão conduz à extinção
do processo.

ATENÇÃO

1) Legitimidade ativa:

Cidadania apresenta-se como um status relacionado ao regime político.

 Cidadão: brasileiro nato ou naturalizado e o português que tenha direitos


políticos.

 Poderá o cidadão propor ação popular em qualquer parte do território


nacional.

 Não há vinculação com a sede eleitoral do eleitor.

- O autor da ação popular não poderá transigir sobre o conteúdo do pedido, uma vez
que age como substituto processual.

2) Legitimidade Passiva:

Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.

 A pessoa jurídica, de direito público ou privado, cujo ato está sendo


impugnado poderá:

a) contestar a demanda.

b) permanecer inerte.

c) atuar, ao lado do autor da ação popular, em defesa do patrimônio público,


desde que seja útil ao interesse público, a juízo do interessado.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

- Reparem que para o réu, diferentemente da pessoa jurídica de direito


público ou privado, só há uma opção: contestar a ação.

Da obrigação de fornecer certidão

Para instruir a peça inicial, o cidadão poderá requerer à entidade que figure no
polo passivo, as certidões e informações que julgar necessárias, bastando para isso
indicar a finalidade das mesmas.

As certidões e informações deverão ser fornecidas dentro de 15 dias da


entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão ser utilizadas para
a instrução de ação popular.

Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser


sigilo, poderá ser negada certidão ou informação, caso em que a ação poderá ser
proposta desacompanhada das certidões ou informações negadas, cabendo ao juiz,
após apreciar os motivos do indeferimento, e salvo em se tratando de razão de
segurança nacional, requisitar umas e outras.

VIII - O empréstimo concedido pelo Banco Central da República, quando:

a) concedido com desobediência de quaisquer normas legais, regulamentares,,


regimentais ou constantes de instruções gerias:

b) o valor dos bens dados em garantia, na época da operação, for inferior ao da


avaliação.

IX - A emissão, quando efetuada sem observância das normas constitucionais,


legais e regulamentadoras que regem a espécie.

3. Pedido

O pedido caracteriza-se por possuir natureza bifronte:

a) Imediato: o pedido constitui-se na providência jurisdicional pleiteada ao


Poder Judiciário.

b) Mediato: o pedido constitui-se no bem ou coisa pleiteada na lide.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

4. Competência

Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação,


processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada
Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado
ou ao Município.

Para fins de competência, equiparam-se atos da União, do Distrito Federal,


do Estado ou dos Municípios os atos das pessoas criadas ou mantidas por essas
pessoas jurídicas de direito público, bem como os atos das sociedades de que elas
sejam acionistas e os das pessoas ou entidades por elas subvencionadas ou em
relação às quais tenham interesse patrimonial.

Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a qualquer outra


pessoas ou entidade, será competente o juiz das causas da União, se houver;
quando interessar simultaneamente ao Estado e ao Município, será competente o
juiz das causas do Estado, se houver.

A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações,


que forem posteriormente intentadas contra as mesmas partes e sob os mesmos
fundamentos.

Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo


impugnado.

5. Do Procedimento

A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de


Processo Civil, observadas as seguintes normas modificativas:

1) Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:

i. além da citação dos réus, a intimação do representante do Ministério


Público;

ii. a requisição, às entidades indicadas na petição inicial, dos


documentos que tiverem sido referidos pelo autor, bem como a de outros que se lhe

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

afigurem necessários ao esclarecimento dos fatos, ficando prazos de 15 a 30 dias


para o atendimento.

2) Quando o autor o preferir, a citação dos beneficiários far-se-á por edital


com o prazo de 30 dias, afixado na sede do juízo e publicado três vezes no jornal
oficial do Distrito Federal, ou da Capital do Estado ou Território em que seja ajuizada
a ação. A publicação será gratuita e deverá iniciar-se no máximo 3 dias após a
entrega, na repartição competente, sob protocolo, de uma via autenticada do
mandado.

3) O prazo de contestação é de 20 dias, prorrogáveis por mais 20, a


requerimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova
documental, e será comum a todos os interessados, correndo da entrega em cartório
do mandado cumprido, ou, quando for o caso, do decurso do prazo assinado em
edital.

4) Caso não requerida, até o despacho saneador, a produção de prova


testemunhal ou pericial, o juiz ordenará vista às partes por 10 dias, para alegações,
sendo-lhe os autos conclusos, para sentença, 48 horas após a expiração desse
prazo; havendo requerimento de prova, o processo tomará o rito ordinário.

5) A sentença, quando não prolatada em audiência de instrução e


julgamento, deverá ser proferida dentro de 15 dias do recebimento dos autos pelo
juiz.

6. Casos de nulidade

São nulos os atos, que ensejaram ação popular, lesivos ao patrimônio das
entidades, nos casos de:

a) incompetência: fica caracterizada quando o ato não se incluir nas


atribuições legais do agente que o praticou;

b) vício de forma: consiste na omissão ou na observância incompleta ou


irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;

c) a ilegalidade do objeto: ocorre quando o resultado do ato importa em


violação de lei, regulamento ou outro ato normativo.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

d) a inexistência dos motivos: verifica-se quando a matéria de fato ou de


direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente
inadequada ao resultado obtido;

e) o desvio de finalidade: verifica-se quando o agente pratica o ato visando


a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.

Sendo que os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou


privado, ou das entidades, cujos vícios não se compreendam nas especificações
mencionadas, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto
compatíveis com a natureza deles.

São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados


por quaisquer das pessoas ou entidades de que trata a Lei de Ação Popular - LAP:

I - A admissão ao serviço público remunerado, com desobediência, quanto


às condições de habilitação, das normas legais, regulamentares ou constantes de
instruções gerais.

II - A operação bancária ou de crédito real, quando:

a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares,


estatutárias, regimentais ou internas;

b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante


de escritura, contrato ou avaliação.

III - A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público, quando:

a) o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia concorrência


pública ou administrativa, sem que essa condição seja estabelecida em lei,
regulamento ou norma geral;

b) no edital de concorrência forem incluídas cláusulas ou condições, que


comprometam o seu caráter competitivo;

c) a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem


na limitação das possibilidades normais de competição.

IV - As modificações ou vantagens, inclusive prorrogações que forem


admitidas, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos de

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

empreitada, tarefa e concessão de serviço público, sem que estejam previstas em lei
ou nos respectivos instrumentos;

V - A compra e venda de bens móveis ou imóveis, nos casos em que não


cabível concorrência pública ou administrativa, quando:

a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, ou


constantes de instruções gerais;

b) o preço de compra dos bens for superior ao corrente no mercado, na


época da operação;

c) o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no mercado, na época


da operação.

VI - A concessão de licença de exportação ou importação, qualquer que seja


a sua modalidade, quando:

a) houver sido praticada com violação das normas legais e regulamentares


ou de instruções e ordens de serviço;

b) resultar em exceção ou privilégio, em favor de exportador ou importador.

VII - A operação de redesconto quando sob qualquer aspecto, inclusive o


limite de valor, desobedecer a normas legais, regulamentares ou constantes de
instruções gerais.

7. Ação Civil Pública X Ação Popular

A ação civil pública difere-se da popular principalmente em razão da


legitimidade ativa. A ação popular só poderá ser ajuizada por cidadão, enquanto a
ação civil pública só pode ser proposta por:

1- Ministério Público;

2- Defensoria Pública;

3- União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

4- autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;

5- associação que, concomitantemente:

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente,


ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.

RESUMO DA AULA

- Na tutela dos direitos difusos e coletivos da sociedade, a ação civil pública é o


principal expediente de atuação do Parquet na condição de parte

- Bens tutelados pela ACP são diversos – direitos difusos, coletivos, individuais
homogêneos. Dessa forma, a lista elencada na Lei 7.347/85 é meramente
exemplificativa:

l - ao meio-ambiente;

II- ao consumidor;

III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e


paisagístico;

IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.

V - por infração da ordem econômica e da economia popular;

VI - à ordem urbanística.

- Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia


mista;

V - a associação.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a


declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito
Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de
sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades
mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de
empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou
fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou
concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua,
de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos
Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades
subvencionadas pelos cofres públicos.

Legitimidade Ativa Legitimidade Passiva


Ação Popular

1) Qualquer cidadão: 1) As autoridades, funcionários ou


administradores que houverem
- Cidadão: brasileiro nato ou
autorizado, aprovado, ratificado ou
naturalizado e o português que
praticado o ato impugnado, ou que,
tenha direitos políticos.
por omissas, tiverem dado
oportunidade à lesão, e contra os
- § 5°, art. 6°, LAP: É facultado
beneficiários diretos do mesmo.
a qualquer cidadão habilitar-se
2) Pessoas Jurídicas.
como litisconsorte ou assistente
3) Beneficiários diretos do ato lesivo.
do autor da ação popular.
- AP será proposta contra todos os três
- Não tem legitimidade para propor
sujeitos passivos, salvo: se não houver
ACP aquele que possuir seus
benefício direto do ato lesivo, ou se for ele
direitos políticos suspensos ou
indeterminado ou desconhecido, a ação
perdidos
será proposta somente contra as pessoas

- Também não possuem indicadas no item 1 e 2.


legitimidade o MP e os estrangeiros,
- AP criar o chamado litisconsórcio
salvo o português equiparado.
passivo necessário:

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

- O litisconsórcio é fenômeno
processual em que mais de um
Se o autor
sujeito atuam em um dos polos da
desistir da ação ou der motiva à
causa.
absolvição da instância:

- Art. 47, CPC: Há litisconsórcio


necessário, quando, por disposição
Fica assegurado a qualquer de lei ou pela natureza da relação
cidadão, bem como
ao jurídica, o juiz tiver de decidir a lide
representante do Ministério de modo uniforme para todas as
Público, dentro do prazo de 90 partes; caso em que a eficácia da
dias da última publicação feita,
sentença dependerá da citação de
promover o prosseguimento da
todos os litisconsortes no processo.
ação (art. 9º, LAP).

Patrimônio Público na LAP:

Todo e qualquer bem ou direito da:

1) União, do Distrito Federal, dos - Em se tratando de instituições,


Estados, dos Municípios; fundações, pessoas jurídicas ou entidades
subvencionadas, para cuja criação ou
2) Autarquias, sociedades de
custeio o tesouro público concorra:
economia mista, fundações,
empresa pública.  com menos de cinqüenta por
cento (-50%) do patrimônio ou
3) Empresa pública em que a
da receita anual
criação ou custeio o tesouro público
haja concorrido ou concorra com
mais de cinquenta por cento
(+50%) do patrimônio ou da As consequências patrimoniais da
receita. invalidez dos atos lesivos terão por
limite a repercussão deles sobre a
contribuição dos cofres públicos.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Procedimento

- Igual das ações ordinárias com especificidades:

1) Participação do MP: I - Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: (...) a


intimação do representante do Ministério Público (art. 7°).

2) Documentos necessários ao esclarecimento dos fatos: prazo de 15 a 30


dias.

3) O prazo de contestação: 20 dias, prorrogáveis por mais 20 dias.

4) Sentença: proferida dentro de 15 dias do recebimento dos autos pelo juiz,


quando não prolatada em audiência de instrução e julgamento,
Bens tutelados pela AP: patrimônio público, moralidade administrativa, meio
ambiente, patrimônio histórico e cultural.

CF/88: Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe,
à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência.

LAP: patrimônio público para os fins referidos neste artigo, os bens e direitos
de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico.

Reparem que tanto a CF como a LAP classificam como patrimônio público como
bens de valor econômico e moral.

Bens Econômicos + Valores Morais = Patrimônio Público: moralidade


administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural
(CF/88) + os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético,
histórico ou turístico (LAP).

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Objetivo da AP: anular ato lesivo.

Dois efeitos podem ser gerados da decisão (sentença):

1) Julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato


impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os
responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação
regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem
em culpa (art. 11, LAP).

2) A parte condenada (réu) a restituir bens ou valores ficará sujeita a


seqüestro e penhora, desde a prolação da sentença condenatória (§ 4°,
art. 14, LAP)

Prescrição AP

Art. 21, LAP: A ação prevista nesta lei prescreve em 5 anos, contados da data
da ocorrência do ato lesivo. De acordo com o art. 37, §5° da CF/88, o
ressarcimento ao erário é imprescritível: a lei estabelecerá os prazos de
prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

QUESTÕES COMENTADAS

01. (TCDF – Cespe 2012) Julgue os itens que se seguem, a respeito da ação
popular.

Na ação popular, é vedado o ingresso de assistente ou litisconsorte.

a) Certo

b) Errado

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

COMENTÁRIO:

§ 5º, do art. 6°, da Lei 4.717/1965: É facultado a qualquer cidadão habilitar-se


como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular.

Gabarito: Errado

02. (TCDF – Cespe 2012) Julgue os itens que se seguem, a respeito da ação
popular.

De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a ação


popular será cabível para a proteção da moralidade administrativa, mesmo
quando não houver dano material ao patrimônio público.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIO:

Vejamos o julgado que traz resposta à questão:

1. A ação popular é instrumento hábil à defesa da moralidade administrativa,


ainda que inexista dano material ao patrimônio público. Precedentes do STJ: AgRg
no REsp 774.932/GO, DJ 22.03.2007 e REsp 552691/MG, DJ 30.05.2005).

2. O influxo do princípio da moralidade administrativa, consagrado no art. 37 da


Constituição Federal, traduz-se como fundamento autônomo para o exercício da
Ação Popular, não obstante estar implícito no art. 5º, LXXIII da Lex Magna. Aliás, o
atual microssistema constitucional de tutela dos interesses difusos, hoje compostos
pela Lei da Ação Civil Pública, a Lei da Ação Popular, o Mandado de Segurança
Coletivo, o Código de Defesa do Consumidor e o Estatuto da Criança e do
Adolescente, revela normas que se interpenetram, nada justificando que a
moralidade administrativa não possa ser veiculada por meio de Ação Popular.

3. Sob esse enfoque manifestou-se o S.T.F: "o entendimento no sentido de


que, para o cabimento da ação popular, basta a ilegalidade do ato administrativo a
invalidar, por contrariar normas específicas que regem a sua prática ou por se
desviar de princípios que norteiam a Administração Pública, sendo dispensável a

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

demonstração de prejuízo material aos cofres públicos, não é ofensivo ao inciso LI


do art. 5º da Constituição Federal, norma esta que abarca não só o patrimônio
material do Poder Público, como também o patrimônio moral, o cultural e o
histórico." (RE nº 170.768/SP, ReI. Min. Ilmar Galvão, DJ de 13.08.1999).

Gabarito: Certo

03. (MPE RO – Cespe 2008) Acerca do mandado de segurança e da ação


popular, assinale a opção incorreta.

a) Segundo o entendimento do STJ, a teoria da encampação preceitua que,


quando houver a indicação equivocada da autoridade coatora, se torna
desnecessária a correção da

irregularidade se o agente hierarquicamente superior trazido ao processo


assumir a defesa do ato praticado pelo seu subordinado.

b) Admite-se a impetração de mandado de segurança contra atos judiciais,


desde que inexista instrumento recursal idôneo e que não haja o trânsito em
julgado da decisão impugnada. Nesse contexto, nos casos em que terceiro
prejudicado impetra mandado de segurança contra ato judicial, não se exige,
segundo o entendimento do STJ, o requisito da inexistência de recurso
cabível.

c) Segundo o entendimento firmado pelo STF, o pedido de reconsideração do


ato ilegal protocolado na via administrativa não tem o condão de interromper o
prazo decadencial.

d) De acordo com a jurisprudência do STF, a pessoa jurídica tem legitimidade


para propor a ação popular com fundamento no princípio da máxima
efetividade das garantias fundamentais.

e) Às decisões judiciais proferidas em mandado de segurança coletivo é


aplicável o regime jurídico da coisa julgada secundum eventum probationis.

COMENTÁRIO:

De acordo com o STF (Súmula 365):

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.

Gabarito: D

04. (MPE RN – FCC 2010) De acordo com a Lei nº 7.347/85, NÃO tem
legitimidade para a propositura da ação civil pública:

a) a Sociedade de Economia Mista.

b) a Defensoria Pública.

c) o Distrito Federal.

d) a Associação que inclua entre suas finalidades institucionais a proteção ao


meio ambiente, constituída há seis meses.

e) a União.

COMENTÁRIO:

A letra “d” traz uma afirmativa parcialmente incorreta, pois só terá


legitimidade para propor ACP as associações constituídas há pelo menos um ano,
como aduz o inciso V, a, do art. 5°:

(...) V - a associação que, concomitantemente:

esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio


ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

Gabarito: D

Em relação à defesa judicial dos interesses transindividuais, notadamente pela


via da ação civil pública, é correto afirmar que:

05. (Analista Judiciário MPU – ESAF 2004) A ação civil pública compete
exclusivamente a entes públicos, seja o Ministério Público ou entidades
vinculadas à União, Estados ou Municípios. Nesse último caso, desde que,
entre suas finalidades institucionais, esteja a defesa do meio ambiente, o

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

patrimônio artístico, histórico e paisagístico, o consumidor e a economia


popular.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIO:

Têm legitimidade para propor ação principal e ação cautelar (art. 5º, Lei
7.347/85):

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia


mista;

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente,


ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.

Gabarito: Errado

06. (Analista Judiciário MPU – ESAF 2004) Ainda que a legitimação para a ação
civil pública seja limitada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa do
Ministério Público, fornecendo informações que fundamentem a propositura.
Já os servidores públicos têm essa prerrogativa como dever funcional. E os
juízes, conhecendo tais informações, devem remetê-las ao Ministério Público
para que esse tome as providências cabíveis.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIO:

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Cópia do texto dos arts. 6º e 7º da Lei 7.347/85:

Art. 6º: Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a


iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que
constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção.

Art. 7º: Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem


conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão
peças ao Ministério Público para as providências cabíveis.

Gabarito: Certo

07. (MPE RR – Cespe 2008) O Ministério Público deverá promover,


obrigatoriamente, a execução da sentença condenatória proferida na ação civil
pública quando o prazo fixado em lei se extinguir e a autora da ação, ou os
demais colegitimados, não promoverem tal execução.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIO:

De acordo com a Lei 7.347/85: Decorridos sessenta dias do trânsito em


julgado da sentença condenatória, sem que a associação autora lhe promova a
execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais
legitimados.

Gabarito: Certo

08. (DPE AL – Cespe 2009) A ação civil pública não pode ter por objeto a
condenação em dinheiro.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIO:

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o


cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer (art. 3º, da Lei 7.347/85).

Gabarito: Errado

09. (DPE AL – Cespe 2009) É cabível ação civil pública para veicular
pretensões que envolvam contribuições previdenciárias cujos beneficiários
possam ser individualmente determinados.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIO:

Art. 1º, Parágrafo único, Lei 7.347/85: Não será cabível ação civil pública
para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza
institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados.

Gabarito: Errado

10. (DPE AL – Cespe 2009) Sociedade de economia mista não tem legitimidade
para propor ação civil pública.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIO:

Art. 5º, Lei 7.347/85: Têm legitimidade para propor a ação principal e a
ação cautelar:

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia


mista;

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente,


ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.

Gabarito: Errado

11. (DPE AL – Cespe 2009) Se houver desistência infundada ou abandono da


ação por associação legitimada, o DP ou outro legitimado assume a
titularidade ativa da ação civil pública.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIO:

Art. 5º, § 3°, Lei 7.347/85: Em caso de desistência infundada ou abandono


da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá
a titularidade ativa. Veja na questão anterior os legitimados ativos.

Gabarito: Certo

12. (AGU – Cespe 2007) É facultado ao poder público habilitar-se como


litisconsorte de qualquer das partes na ação civil pública.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIO:

Art. 5º, § 2º, Lei 7.347/85: Fica facultado ao Poder Público e a outras
associações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de
qualquer das partes.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Gabarito: Certo

13. (TJ AP – FCC 2011) É parte legítima para a propositura de ação civil pública

a) o Ministério Público e a Defensoria Pública, apenas.

b) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, apenas.

c) a associação que, concomitantemente, esteja constituída há pelo menos 1


(um) ano nos termos da lei civil e inclua, entre suas finalidades institucionais,
a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre
concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico.

d) a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista,


desde que esteja constituída há pelo menos 6 (seis) meses nos termos da lei
civil e inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio
ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

e) a associação ou sociedade que, concomitantemente, esteja constituída há


pelo menos 6 (seis) meses nos termos da lei civil e inclua, entre suas
finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à
ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.

COMENTÁRIO:

Ótima questão para lembrarmos quem possui legitimidade para propor a


ACP!

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia


mista

V - a associação que, concomitantemente:


Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 45
Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio


ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

Gabarito: C

14. (Advogado – VUNESP SP – 2009) Qualquer brasileiro pode ajuizar ação


popular.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIO:

Qualquer cidadão pode ajuizar ação popular (art. 1º, da Lei 4.717/65) e não
qualquer brasileiro como traz a questão. Além disso, o §3º da mesma lei, determina
que a prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou
com documento que a ele corresponda.

Gabarito: Errado

15. (TCE GO – FCC 2009) Na ação civil pública,

a) a Defensoria Pública não pode figurar no polo ativo.

b) a pretensão poderá versar sobre cobrança de contribuições previdenciárias


em atraso.

c) o Ministério Público poderá assumir a titularidade ativa, no caso de


desistência infundada ou abandono por associação legitimada.

d) o juiz poderá conceder mandado liminar em decisão irrecorrível.

e) a execução da multa cominada liminarmente não depende do trânsito em


julgado da sentença.

COMENTÁRIO:

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Art. 5° Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

(...)

§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por


associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a
titularidade ativa.

Gabarito: C

16. (Advogado – FCC 2011) Na ação civil pública,

a) não cabe formular na petição inicial pretensão que tenha por objeto o
cumprimento de obrigação de não fazer.

b) a multa cominada liminarmente só será exigível após o trânsito em julgado


da decisão favorável ao autor.

c) a pretensão do autor poderá versar sobre questão que envolva tributos ou


contribuições previdenciárias.

d) se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, somente


o Ministério Público poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
valendo-se de prova nova.

e) as associações legalmente legitimadas para a ação principal não podem


ajuizar ação cautelar, o que só poderá ser feito pelo Ministério Público ou pela
Defensoria Pública.

COMENTÁRIO:

Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação
prévia, em decisão sujeita a agravo.

§ 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o


trânsito em julgado da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em
que se houver configurado o descumprimento.

Gabarito: B

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

17. (TJ AL – Cespe 2008) A respeito da ação civil pública, assinale a opção
correta.

a) Se o MP não intervier no processo como parte, atuará como fiscal da lei se


houver interesse público relevante.

b) Ocorrendo dano em mais de uma comarca, é competente o juízo de


qualquer uma delas, de modo que não há prevenção do juízo no caso de
ajuizamento de mais uma ação com o mesmo objeto.

c) Tendo em conta os fins da administração, é lícito ao poder público habilitar-


se como litisconsorte ativo, mas não como litisconsorte passivo.

d) Juiz que, no exercício das suas funções, tiver conhecimento de fatos que
possam ensejar a propositura da ação civil pública deverá remeter as peças à
procuradoria estadual ou municipal, para as providências cabíveis.

e) Em ação proposta por associação para reparação de dano ao meio


ambiente, caso haja desistência desprovida de qualquer fundamento
adequado, assumirá a titularidade ativa o MP ou qualquer legitimado.

COMENTÁRIO:

O erro da alternativa “a” está em dizer “se houver interesse público


relevante”, sendo que a intervenção do MP é obrigatória como fiscal da lei, se não
atuar como parte (§1º, art. 5º da Lei nº 7.347/85 - LACP).

Para a letra “b”, aplica-se a regra de prevenção: A propositura da ação


prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto (Parágrafo único do art. 2º da
Lei nº 7.347/85).

O art. 7º da LACP invalida a alternativa “d”, já que: se, no exercício de suas


funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a
propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as
providências cabíveis

O § 2º, art. 5º, da LACP invalida a opção “c”: Fica facultado ao Poder
Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo [5º] habilitar-
se como litisconsortes de qualquer das partes.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Segundo o art. 5º, em seu §3º, em caso de desistência infundada ou


abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro
legitimado assumirá a titularidade ativa;de modo que está certa a letra”e”.

Gabarito: E

18. (TJ AL – Cespe 2008) Assinale a opção correta a respeito da ação civil
pública.

a) O Ministério Público é o único legitimado a firmar extrajudicialmente o


compromisso de ajustamento de conduta lesiva às exigências legais do
causador do dano a um dos bens protegidos, visando prevenir o ajuizamento
da ação civil pública.

b) Na ação civil pública, com exceção do Ministério Público, todos os outros


legitimados, em caso de improcedência do pedido, serão condenados nos
ônus da sucumbência, consistentes nas despesas e custas processuais e
honorários advocatícios.

c) Se for julgado improcedente o pedido na ação civil pública e não constar da


sentença revogação expressa da liminar, esta subsistirá até o julgamento do
recurso de apelação.

d) Em caso de desistência ou abandono da ação civil pública proposta por


algum colegitimado, o Ministério Público assumirá a legitimidade ativa,
devendo prosseguir na ação até a prolação da sentença de mérito, por ser
indisponível o seu objeto.

e) Se determinado dano ecológico atingir uma vasta região, envolvendo várias


comarcas de um mesmo estado, qualquer um dos foros do local do dano será
competente para processar e julgar a ação civil pública para responsabilizar os
causadores do dano, fixando-se a competência pela prevenção.

COMENTÁRIO:

As ações previstas na LACP serão propostas no foro do local onde


ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a
causa. Quando houver dano em mais de um lugar, aquele em que primeiro houver

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

propositura da ação, prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações


posteriormente intentadas, desde que possuam a mesma causa de pedir ou o
mesmo objeto (parágrafo único do art. 2º da LACP).

Gabarito: E

19. (STM – Cespe 2011) Julgue os itens que se seguem, relativos a atos
administrativos, improbidade administrativa e processo administrativo
disciplinar.

Os pré-requisitos para a ação civil pública incluem a ocorrência ou a ameaça


de dano ao patrimônio público.

a) Certo

b) Errado

COMENTÁRIO:

A ACP cabe tanto contra dano quanto contra ameaça de lesão, sendo que há
a possibilidade de ACP cautelar, pelos seguintes órgãos: I - o Ministério Público; II -
a Defensoria Pública; III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IV
- a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; V - a
associação que cumpra os requisitos do art. 5º da LACP. Ou seja são os mesmos
possíveis autores da ação principal.

Gabarito: Certo

20. (TRF 1ª Região – FCC 2011) Considere as seguintes Associações:

Associação Brasil Limpo: constituída há 14 meses e possui entre suas


finalidades a proteção à livre concorrência.

Associação Viver Adequadamente: constituída há sete meses e possui entre


suas finalidades a proteção ao consumidor.

Associação Leis Claras: constituída há vinte e quatro meses e possui entre


suas finalidades a proteção ao patrimônio estético.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

Associação Natureza Bela: constituída há seis meses e possui entre suas


finalidades a proteção ao meio ambiente.

De acordo com a Lei n° 7.347/85 têm legitimidade para propor a ação civil
pública as Associações indicadas SOMENTE em:

a) I, II e IV.

b) III e IV.

c) I e III.

d) II e IV.

e) I, II e III.

COMENTÁRIO:

A resposta à questão está no art. 5°, inciso V e suas duas alíneas, da


Lei n° 7.347/85, que assim dispõem:

Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação


cautelar:

(...)

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei


civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio


ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

De modo que, podemos eliminar todas que não estão constituídas há


pelo menos um ano. Restam a Associação Brasil Limpo (I) e a Associação Leis
Claras (III).

Observem que quanto à finalidade, todas as associações se


enquadram no que dispõe o art. 5° da Lei da ACP, portanto, esse critério não exclui
nenhuma, permanecem os números “I” e “III” – resposta: “C”.

Gabarito: C

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

21. (MPE RN – FCC 2010) Sobre a ação civil pública, disciplinada pela Lei nº
7.347/85, é INCORRETO afirmar que

a) qualquer cidadão tem legitimidade para sua propositura.

b) em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação


legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade
ativa.

c) o Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará


obrigatoriamente como fiscal da lei.

d) é facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas habilitar-se


como litisconsortes de qualquer das partes.

e) a ação poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento


de obrigação de fazer ou não fazer.

COMENTÁRIO:

A banca tenta confundir o candidato misturando os legitimados da AP


com os da ACP. A letra “a” está incorreta, uma vez que versa sobre ação popular e
não sobre ACP. Os legitimados para propor ACP estão elencados no art. 5° da Lei
nº 7.347/85.

Gabarito: A

QUESTÕES DA AULA

01. (TCDF – Cespe 2012) Julgue os itens que se seguem, a respeito da ação
popular.
Na ação popular, é vedado o ingresso de assistente ou litisconsorte.
a) Certo
b) Errado

02. (TCDF – Cespe 2012) Julgue os itens que se seguem, a respeito da ação
popular.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a ação


popular será cabível para a proteção da moralidade administrativa, mesmo
quando não houver dano material ao patrimônio público.
a) Certo
b) Errado

03. (MPE RO – Cespe 2008) Acerca do mandado de segurança e da ação


popular, assinale a opção incorreta.
a) Segundo o entendimento do STJ, a teoria da encampação preceitua que,
quando houver a indicação equivocada da autoridade coatora, se torna
desnecessária a correção da
irregularidade se o agente hierarquicamente superior trazido ao processo
assumir a defesa do ato praticado pelo seu subordinado.
b) Admite-se a impetração de mandado de segurança contra atos judiciais,
desde que inexista instrumento recursal idôneo e que não haja o trânsito em
julgado da decisão impugnada. Nesse contexto, nos casos em que terceiro
prejudicado impetra mandado de segurança contra ato judicial, não se exige,
segundo o entendimento do STJ, o requisito da inexistência de recurso
cabível.
c) Segundo o entendimento firmado pelo STF, o pedido de reconsideração do
ato ilegal protocolado na via administrativa não tem o condão de interromper o
prazo decadencial.
d) De acordo com a jurisprudência do STF, a pessoa jurídica tem legitimidade
para propor a ação popular com fundamento no princípio da máxima
efetividade das garantias fundamentais.
e) Às decisões judiciais proferidas em mandado de segurança coletivo é
aplicável o regime jurídico da coisa julgada secundum eventum probationis.

04. (MPE RN – FCC 2010) De acordo com a Lei nº 7.347/85, NÃO tem
legitimidade para a propositura da ação civil pública:
a) a Sociedade de Economia Mista.
b) a Defensoria Pública.
c) o Distrito Federal.
d) a Associação que inclua entre suas finalidades institucionais a proteção ao
meio ambiente, constituída há seis meses.
e) a União.

Em relação à defesa judicial dos interesses transindividuais, notadamente pela


via da ação civil pública, é correto afirmar que:

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

05. (Analista Judiciário MPU – ESAF 2004) A ação civil pública compete
exclusivamente a entes públicos, seja o Ministério Público ou entidades
vinculadas à União, Estados ou Municípios. Nesse último caso, desde que,
entre suas finalidades institucionais, esteja a defesa do meio ambiente, o
patrimônio artístico, histórico e paisagístico, o consumidor e a economia
popular.
c) Certo
d) Errado

06. (Analista Judiciário MPU – ESAF 2004) Ainda que a legitimação para a ação
civil pública seja limitada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa do
Ministério Público, fornecendo informações que fundamentem a propositura.
Já os servidores públicos têm essa prerrogativa como dever funcional. E os
juízes, conhecendo tais informações, devem remetê-las ao Ministério Público
para que esse tome as providências cabíveis.
e) Certo
f) Errado

07. (MPE RR – Cespe 2008) O Ministério Público deverá promover,


obrigatoriamente, a execução da sentença condenatória proferida na ação civil
pública quando o prazo fixado em lei se extinguir e a autora da ação, ou os
demais colegitimados, não promoverem tal execução.
a) Certo
b) Errado

08. (DPE AL – Cespe 2009) A ação civil pública não pode ter por objeto a
condenação em dinheiro.
a) Certo
b) Errado

09. (DPE AL – Cespe 2009) É cabível ação civil pública para veicular
pretensões que envolvam contribuições previdenciárias cujos beneficiários
possam ser individualmente determinados.
a) Certo
b) Errado

10. (DPE AL – Cespe 2009) Sociedade de economia mista não tem legitimidade
para propor ação civil pública.
a) Certo
b) Errado

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

11. (DPE AL – Cespe 2009) Se houver desistência infundada ou abandono da


ação por associação legitimada, o DP ou outro legitimado assume a
titularidade ativa da ação civil pública.
a) Certo
b) Errado

12. (AGU – Cespe 2007) É facultado ao poder público habilitar-se como


litisconsorte de qualquer das partes na ação civil pública.
a) Certo
b) Errado

13. (TJ AP – FCC 2011) É parte legítima para a propositura de ação civil pública
a) o Ministério Público e a Defensoria Pública, apenas.
b) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, apenas.
c) a associação que, concomitantemente, esteja constituída há pelo menos 1
(um) ano nos termos da lei civil e inclua, entre suas finalidades institucionais,
a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre
concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico.
d) a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista,
desde que esteja constituída há pelo menos 6 (seis) meses nos termos da lei
civil e inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio
ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
e) a associação ou sociedade que, concomitantemente, esteja constituída há
pelo menos 6 (seis) meses nos termos da lei civil e inclua, entre suas
finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à
ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.

14. (Advogado – VUNESP SP – 2009) Qualquer brasileiro pode ajuizar ação


popular.
g) Certo
h) Errado

15. (TCE GO – FCC 2009) Na ação civil pública,


a) a Defensoria Pública não pode figurar no polo ativo.
b) a pretensão poderá versar sobre cobrança de contribuições previdenciárias
em atraso.
Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 45
Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

c) o Ministério Público poderá assumir a titularidade ativa, no caso de


desistência infundada ou abandono por associação legitimada.
d) o juiz poderá conceder mandado liminar em decisão irrecorrível.
e) a execução da multa cominada liminarmente não depende do trânsito em
julgado da sentença.

16. (Advogado – FCC 2011) Na ação civil pública,


a) não cabe formular na petição inicial pretensão que tenha por objeto o
cumprimento de obrigação de não fazer.
b) a multa cominada liminarmente só será exigível após o trânsito em julgado
da decisão favorável ao autor.
c) a pretensão do autor poderá versar sobre questão que envolva tributos ou
contribuições previdenciárias.
d) se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, somente
o Ministério Público poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
valendo-se de prova nova.
e) as associações legalmente legitimadas para a ação principal não podem
ajuizar ação cautelar, o que só poderá ser feito pelo Ministério Público ou pela
Defensoria Pública.

17. (TJ AL – Cespe 2008) A respeito da ação civil pública, assinale a opção
correta.
a) Se o MP não intervier no processo como parte, atuará como fiscal da lei se
houver interesse público relevante.
b) Ocorrendo dano em mais de uma comarca, é competente o juízo de
qualquer uma delas, de modo que não há prevenção do juízo no caso de
ajuizamento de mais uma ação com o mesmo objeto.
c) Tendo em conta os fins da administração, é lícito ao poder público habilitar-
se como litisconsorte ativo, mas não como litisconsorte passivo.
d) Juiz que, no exercício das suas funções, tiver conhecimento de fatos que
possam ensejar a propositura da ação civil pública deverá remeter as peças à
procuradoria estadual ou municipal, para as providências cabíveis.
e) Em ação proposta por associação para reparação de dano ao meio
ambiente, caso haja desistência desprovida de qualquer fundamento
adequado, assumirá a titularidade ativa o MP ou qualquer legitimado.

18. (TJ AL – Cespe 2008) Assinale a opção correta a respeito da ação civil
pública.
a) O Ministério Público é o único legitimado a firmar extrajudicialmente o
compromisso de ajustamento de conduta lesiva às exigências legais do

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

causador do dano a um dos bens protegidos, visando prevenir o ajuizamento


da ação civil pública.
b) Na ação civil pública, com exceção do Ministério Público, todos os outros
legitimados, em caso de improcedência do pedido, serão condenados nos
ônus da sucumbência, consistentes nas despesas e custas processuais e
honorários advocatícios.
c) Se for julgado improcedente o pedido na ação civil pública e não constar da
sentença revogação expressa da liminar, esta subsistirá até o julgamento do
recurso de apelação.
d) Em caso de desistência ou abandono da ação civil pública proposta por
algum colegitimado, o Ministério Público assumirá a legitimidade ativa,
devendo prosseguir na ação até a prolação da sentença de mérito, por ser
indisponível o seu objeto.
e) Se determinado dano ecológico atingir uma vasta região, envolvendo várias
comarcas de um mesmo estado, qualquer um dos foros do local do dano será
competente para processar e julgar a ação civil pública para responsabilizar os
causadores do dano, fixando-se a competência pela prevenção.

19. (STM – Cespe 2011) Julgue os itens que se seguem, relativos a atos
administrativos, improbidade administrativa e processo administrativo
disciplinar.
Os pré-requisitos para a ação civil pública incluem a ocorrência ou a ameaça
de dano ao patrimônio público.
i) Certo
j) Errado

20. (TRF 1ª Região – FCC 2011) Considere as seguintes Associações:


Associação Brasil Limpo: constituída há 14 meses e possui entre suas
finalidades a proteção à livre concorrência.
Associação Viver Adequadamente: constituída há sete meses e possui entre
suas finalidades a proteção ao consumidor.
Associação Leis Claras: constituída há vinte e quatro meses e possui entre
suas finalidades a proteção ao patrimônio estético.
Associação Natureza Bela: constituída há seis meses e possui entre suas
finalidades a proteção ao meio ambiente.
De acordo com a Lei n° 7.347/85 têm legitimidade para propor a ação civil
pública as Associações indicadas SOMENTE em:
a) I, II e IV.
b) III e IV.
c) I e III.

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 45


Direito Processual Civil p/ TCU
Teoria e Exercícios comentados
Prof. Gabriel Borges Aula 04

d) II e IV.
e) I, II e III.

21. (MPE RN – FCC 2010) Sobre a ação civil pública, disciplinada pela Lei nº
7.347/85, é INCORRETO afirmar que
a) qualquer cidadão tem legitimidade para sua propositura.
b) em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação
legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade
ativa.
c) o Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará
obrigatoriamente como fiscal da lei.
d) é facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas habilitar-se
como litisconsortes de qualquer das partes.
e) a ação poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento
de obrigação de fazer ou não fazer.

GABARITO

01 Errado 11 Certo 21 A
02 Certo 12 Certo
03 D 13 C
04 D 14 Errado
05 Errado 15 C
06 Certo 16 B
07 Certo 17 E
08 Errado 18 E
09 Errado 19 Certo
10 Errado 20 C

Prof. Gabriel Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 45

Das könnte Ihnen auch gefallen