Sie sind auf Seite 1von 2

Referência COMPLETA:

ELIAS, Norbert. Prefácio. IN: O processo civilizador: volume 1 – uma história dos
costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994, p.13-20.

PREFÁCIO

O tema fundamental deste livro é “os comportamentos considerados típicos do


homem civilizado ocidental” (13). Os costumes medievos não eram civilizados para os
padrões europeus modernos. Embora tal afirmação pareça óbvia para alguns, o modo como
se construiu tais comportamentos ainda não foi estudado. Esse é o principal objetivo deste
livro. [13]
Para facilitar a compreensão do livro o autor apresenta os significados de
“civilização” para os franceses e alemães. Essa é a análise do primeiro capítulo. [13-14] O
segundo capítulo pretende mostrar como “o comportamento e a vida afetiva dos povos
ocidentais mudou lentamente após a Idade Média” (14). Esse capítulo abrirá o caminho
para compreendermos o “processo psíquico civilizador” (14). O modo pelo qual Elias
tentará provar isso ficará claro com o desenvolvimento do livro. No segundo capítulo, tal
demonstração se dará a partir da comparação dos comportamentos humanos em uma
mesma situação ao longo do tempo. Perceberemos, então, “muda o padrão que a sociedade
exige e proíbe” (14). [14]
Outras séries de questões estão relacionadas com esse processo. “A distância entre
comportamento e estrutura psiquica total entre crianças e adultos aumenta no curso do
processo civilizatório” (15). As crianças são submetidas, “desde a mais tenra infância”
(15), aos ensinamentos civilizatórios acumulados.1 É objetivo, portanto, do terceiro
capítulo, “tornar acessível à compreensão certos processos há muito tempo operantes
nesta longa história da sociedade” (15). Esse processo é responsável pela mudança no
padrão de comportamento e constituição psiquica dos povos do ocidente. É dentro da classe
nobre que surge o embrião do comportamento cortês (“courtois”). [15-16]
Torna-se necessário também compreender como foram formados os Estados
modernos, visto que “grande número de estudos contemporâneos sugere convincentemente
que a estrutura do comportamento civilizado está estreitamente inter-relacionada com a
organização da sociedade moderna sob a forma de Estados” (16). O autor procurará
revelar a “ordem subjacente às mudanças históricas, sua mecânica e mecanismos
concretos” (17). Dentro desta explicação ficará mais fácil compreender como se
concretizou o monopólio do uso da violência apontado por Weber. [16-17]
Na conclusão (Esboços de uma Teoria de Civilização) se destacará “as ligações
entre a estrutura da sociedade e mudanças na estrutura do comportamento e da
constituição psiquica” (18). Nesta parte ficará claro como a “estrutura dos medos
experimentados sobre forma de vergonha e delicadeza” (19) desempenham papel central
no processo civilizador. [18-19]
Este estudo desenvolve problemas muito extensos, por isso diversas questões
deixaram de ser abordadas. Elias apenas procura recuperar a “percepção perdida do
processo em questão” (19), pregando novos estudos e maior contato interdisciplinar no
intuito de abordar estes problemas de forma adequada. Existe uma “civilização ocidental”
1
Na nota de rodapé ele compara o sentimento das crianças com os das pessoas “incivis”. “As estruturas dos
sentimentos e a consciência da criança guarda sem dúvida certa semelhança com pessoas incivis” (N.R.15)
distinta das demais, que não é melhor nem pior que as outras. Nesse sentido, ele procura
apenas descobrir as especificidades da ocidentalidade. [19-20]
Tentou-se explicar o presente projeto a partir de termos simples, porém algumas
vezes foi necessário recorrer a expressões que dessem sentido a “mecânica evolucionária
da história” (19): “sociogênese e psicogênese, vida afetiva e controle dos instintos,
compulsões externas e internas, patamar de embaraço, poder social, mecanismos de
monopólio” (19). [19]
Agradecimentos. [19-20]

Das könnte Ihnen auch gefallen