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1.

EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL - UM BREVE HISTÓRIO

A educação infantil pode ser entendida como um conjunto de amplo de


atividades e interações vividas e aprendidos pela criança dentro da esfera familiar, social
e escolar.
Aas primeiras instituições de atendimento à infância iniciam-se no continente
Europeu por volta do início até a metade do século XIX. Muito se discutia sobre
métodos de ensino e várias propostas são analisadas acerca dos métodos de educação na
infância ideias de infância. Modelos de organização dos lugares e opiniões sobre o que
fazer com as crianças enquanto permanecessem nessas instituições.
O desenvolvimento dessas instituições esteve atrelado ao desenvolvimento da
vida urbana e industrial e ao agravamento das condições de vida de um contingente de
pessoas, dentre elas mulheres e crianças (ANDRADE, 2010).
Kuhlmann (1998), afirma que as instituições de educação infantil surgiram da
articulação de interesses jurídicos, empresariais, políticos, médicos, pedagógicos e
religiosos, o que determinou três distintas influências na história das instituições
infantis, ou seja, a jurídico-policial, a médico-higienista e a religiosa.
Uma das primeiras instituições surgidas na Europa foi a escola de tricotar ou
escola de principiantes, criada na França, em Oberlin, no ano de 1769, e tinha como
objetivos a formação de hábitos morais e religiosos, bem como o conhecimento das
letras e a pronúncia das sílabas.
A revolução industrial foi um grande incentivador para o surgimento de uma
educação infantil e escolas públicas. O aumento da tecnologia no processo de mão de
obra carecia de pessoas mais hábeis para a execução de tarefas, logo, incentivar que as
pessoas estudassem era uma boa alternativa para melhoria dos funcionários. Godin
(2010), afirma é preciso que as pessoas aprendam certas coisas, mas isso isoladamente
não é suficiente, é apenas um primeiro passo. A escola funcionou para criamos milhões
de trabalhares de fábricas.
A educação infantil brasileira não tinha relevância até por volta do ano de 1874.
O primeiro assistencialismo para crianças no Brasil foram as executado pelas Câmaras
Municipais do Brasil destinavam uma verba para ao acolhimento de crianças negras,
mestiças ou brancas que eram abandonadas, um quantia era paga para pessoas de se
propusessem a criar as crianças abandonadas. Também foram fundadas as Rodas dos
Expostos, instituições de caridade da igreja católica, implantadas no Brasil no início do
século XVIII, essas instituições acolhiam crianças das primeiras idades, sem identificar
as pessoas que as abandonavam.
Para os abandonados maiores de doze anos existia a Escola de Aprendizes
Marinheiros, fundada pelo Estado em 1873 (FARIAS, 2005).
Com a consolidação da Republica no Brasil no século XIX, novas ideias e
projetos surgem no âmbito de melhoria da educação e a criança passa a ser uma
estratégia para melhoria do país, ou seja, investir na educação infantil reflete em
cidadãos futuramente mais capacitados que possam desenvolver diferentes funções
laborais e intelectuais. Na mesma ótica da revolução industrial citada acima podemos
afirmar que durante esse período ocorreu a consolidação do pensamento de que as
crianças seriam o futuro do país.
A intensificação da administração pública interferindo na educação data por
volta do ano de 1889. No ano de 1899, foi fundado o Instituto de Proteção e Assistência
à Criança do Brasil que tinha, dentre outros objetivos, criar creches e jardins de
infância.
Diferentemente das creches, os jardins de infância, possuíam um modelo
europeu e chegaram ao Brasil no final do século XIX, tinham finalidades praticamente
pedagógicas e se tratava de um sistema de ensino pago, ou seja, a população com maior
poder aquisitivo é que poderia frequentar esse tipo de instituição (FARIA,1999).
Os primeiros jardins de infância foram fundados em 1875, no Rio de Janeiro, e
em 1877, em São Paulo, mantidos por entidades privadas.
Em 1909, tivemos a primeira creche para filhos de operários com até dois anos,
mas a maior parte das práticas voltadas para crianças de zero a seis anos era de caráter
médico (PARDAL, 2005).
As décadas de 1970 e 1980 foram marcadas por uma expansão do atendimento
educacional, sobretudo das crianças de zero a seis anos. No Brasil a Constituição
Federal de 1988, a Educação Infantil é conceituada como a primeira etapa da educação
básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de
idade, em seus aspectos físicos, psicológico e social, complementando a ação da família
e da comunidade e será oferecida em creches para crianças de até três anos de idade e
em pré- escolas para crianças de quatro a cinco anos de idade,sabemos que a sua
avaliação será feita mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem
o objetivo de promoção (KUHMANN, 2002).
Com a expansão dos movimentos sociais no país, nos anos 1980, houve uma
significativa pressão popular pela ampliação das vagas em creches no Município de São
Paulo. A instituição passou a ser reivindicada como direito da criança e da mulher
trabalhadora. As reivindicações, as quais atribuíam ao Estado a responsabilidade pelo
atendimento, inicialmente partiram das mulheres da periferia, em geral donas de casa e
domésticas, organizadas através do clube de mães. A ampliação do trabalho feminino
nos setores médios leva também a classe média a procurar instituições educacionais
para seus filhos.
A temática contra cultural e a sua crítica à família e aos valores tradicionais
inspiraram estudantes e profissionais, assim como foram referência para a criação de
pré-escolas particulares em geral cooperativas de educadores (REVAH, 1994).
Através de muita luta a partir da Constituição de 1988, é que a Educação Infantil
foi reconhecida como um direito próprio da criança pequena que era o direito à creche e
à pré-escola. Há a reafirmação da gratuidade do ensino público em todos os níveis. A
partir daí tanto a creche quanto a pré-escola são incluídas na política educacional,
seguindo uma concepção pedagógica.
O artigo 211 da CF, em modificação proposta pela Emenda Constitucional 14, de
1996 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/1996) em seus artigos 8° a 20
explicitaram o princípio do regime de colaboração, dizendo que a União será
responsável pelo sistema federal de ensino e exercerá a função redistributiva e supletiva,
garantido oportunidades equitativas para os diferentes Estados, Distrito Federal e
Municípios. Já a LDB/1996 em seu artigo 8º diz que “A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas
de ensino.”
Em 1994, em meio aos movimentos da sociedade civil e dos profissionais da
educação, no documento Por uma política de formação do profissional de educação
infantil, o MEC expressa o discurso oficial da época:

“A formação do professor é reconhecidamente um dos fatores mais importantes para a


promoção de padrões de qualidade adequados em educação, qualquer que seja a modalidade
(LANTER, 1999).

O neoliberalismo dos anos 1990, no Brasil, impulsionou o aumento da


quantidade de matrículas para o ensino fundamental, mas ainda sem garantia de
qualidade, permanência e a chegada ao ensino médio ficou para uma parcela apenas dos
ingressantes no ensino fundamental.
Outro gargalo foi o ensino infantil, especialmente de 0 a 3 anos, as creches, que
até hoje só atendem 18% da demanda (PARDAL, 2005).
Como se sabe, a vinculação do financiamento da educação proposta da CF de
1988 é 18% de recursos da União e 25% dos Estados e Municípios. No entanto, como a
União arrecada muito mais, cabe a ela a função redistributiva, o que ficou
regulamentado pela aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e Valorização do Magistério (FUNDEF), também em 1996, que, apesar de
ter proporcionado avanços à educação fundamental, conseguindo praticamente
universalizar o acesso, se mostrou incipiente ao ser direcionado apenas ao ensino
fundamental, deixando de lado a educação infantil o ensino médio e as modalidades.

1.1 Novas diretrizes da Educação no Brasil

O Estado nacional brasileiro, a partir do final da ditadura militar em 1985 e da


consolidação da Constituição da República Federativa do Brasil em 1988, passou a ter
nova configuração tornando-se uma república democrática representativa com eleições
diretas, sufrágio universal e garantia dos direitos fundamentais do homem.
A realidade nacional, longe de ser autônoma em suas definições, recebeu
influências das múltiplas determinações que se desenvolviam em âmbito mundial como
as crises econômicas da década de 1970, após o fim da década de ouro do capitalismo –
período entre 1950 e 1960 em que houve o auge do capitalismo, (ANDERSON, 2000).
O Ministério da Educação foi criado em 1930, logo após a chegada de Getúlio
Vargas ao poder. Com o nome de Ministério da Educação e Saúde Pública, a instituição
desenvolvia atividades pertinentes a vários ministérios, como saúde, esporte, educação e
meio ambiente. Até então, os assuntos ligados à educação eram tratados pelo
Departamento Nacional do Ensino, ligado ao Ministério da Justiça (MEC, 2008).
O sistema educacional brasileiro até 1960 era centralizado e o modelo era
seguido por todos os estados e municípios. Com a aprovação da primeira Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em 1961, os órgãos estaduais e municipais
ganharam mais autonomia, diminuindo a centralização do MEC. Foram necessários 13
anos de debate (1948 a 1961) para a aprovação da primeira LDB. O ensino religioso
facultativo nas escolas públicas foi um dos pontos de maior disputa para a aprovação da
lei. O pano de fundo era a separação entre o Estado e a Igreja (MEC, 2008).
Atualmente, falar em educação infantil no Brasil implica fazer uma retrospectiva
desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do
Adolescente de 1990 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9.394/1996. Isso porque foi a partir das deliberações encaminhadas nessas duas leis e
das suas consequências para a área que os desafios e as perspectivas têm sido colocados.
No ano de 1992 o MEC se torna o Ministério da Educação e do Desporto e por
meio de uma lei federal, se tornando uma instituição exclusivamente voltada a educação
somente no ano de 1995. Em 1996 ocorre uma reforma na educação brasileira incluindo
creches e pré-escola a educação infantil, formação adequada dos profissionais de
educação, e como citada acima, o ensino mudou, mas faltava qualidade do ensino e
assiduidade dos alunos, ainda nessa reforma o Ministério da educação criou o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
(Fundef) para atender ao ensino fundamental. Os recursos para o Fundef vinham das
receitas dos impostos e das transferências dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios vinculados à educação (MEC, 2008).
A referida Lei obrigava que até o ano de 2007 todos profissionais da educação
infantil ter formação em nível superior, podendo ser aceita formação em nível médio, na
modalidade normal.
Nesse contexto, ocorreu uma “corrida” de profissionais da educação para
universidades com finalidade de obter a especialização necessária para exercer o cargo
de professor. Podemos ressaltar que essa mudança foi importante para a melhoria da
educação básica no Brasil, novas ideias e métodos de ensino foram abordados, cursos de
licenciatura guiando os profissionais para melhores abordagens de ensino, porém muito
ainda há para mudar no sistema educacional base do Brasil, a educação base tem que ser
um ensino motivador e criativo que faça a criança despertar para novas ideias e a
criatividade e vontade de aprender nesse estágio do desenvolvimento da criança.
1.2 Novas Diretrizes Educacionais

A infância é a fase do desenvolvimento humano de maior aprendizado e


interação, a criança possui uma alta capacidade de assimilação de novidades e essa
característica gera a necessidade de lançar mão de técnicas e métodos de ensino que
despertem na criança a curiosidade e potencializem seu aprendizado.
Valorizar a identidade de cada criança exige reflexão sobre sua identidade e
como construí-la (HADDAD, 1991). Essa é uma das indicações das Diretrizes
Curriculares da Educação Infantil, aprovada em 1999, que constitui um desafio.
Paralelamente, no campo acadêmico, estudos e debates sobre o currículo escolar
geravam um acervo importante de conhecimentos e serviam como referência para a
elaboração de pereceres e para a análise de propostas curriculares (SAVIANI, 1994).
Voltando o foco para educação fundamental, temos que levar em consideração
que o tipo de ensino e aprendizagem deve ser totalmente distinto ao utilizado nos
ensinos médio e superior. A criança aprende e assimila conteúdos com base em sua
vivencia, brincadeiras e convívio social. Um grande desafio é integrar de forma
eficiente brincadeiras e socialização, com multidisciplinaridade e aprendizado.
Segundo Kishimoto (2001) Não se pode pensar em desenvolvimento integral da
criança sem incorporar o corpo.
A educação infantil esqueceu que o corpo é o primeiro brinquedo. Não só na
perspectiva de jogo de exercício, mas de representação de brincadeiras pelo movimento.
O corpo carrega a dimensão de integrar emoções, contatos sociais e relações.
Podemos constatar que a abordagem de técnicas usando movimentos das
crianças é algo simples que só requer o uso da criatividade do disciplinador. Em
atividades físicas podemos além de estimular o aprendizado, direcionar as crianças ao
entendimento de cooperatividade, trabalho em equipe respeito, além de ser um
estimulador para a atividade física e concentração da criança.
Tomando como exemplo o modelo japonês de educação fundamental que se
baseia na proposta do brincar parte da concepção holística da criança, inserida em
contexto educativo, que integra cinco áreas curriculares: saúde, relações humanas,
ambiente, linguagem e expressão. Tais áreas não visam à estruturação de atividades, à
semelhança da escolarização, mas indicam que a criança, ao brincar, desenvolve, ao
mesmo tempo, a saúde, socializa-se por meio de interações com os pares, explora o
ambiente que a rodeia, expressa seus pensamentos e cria formas próprias de expressão.
A política pública de educação infantil vem, desde 1990, destacando o brincar: “Atingir
as metas da educação por meio de uma educação pelo brinquedo” (Japanese
Government Policies in Education, Science and Culture 1994).
Nessa ótica podemos destacar a importância do brincar na educação infantil.
Jogos, montagens, quebra-cabeças e etc, auxiliam no desenvolvimento cognitivo da
criança como também ajudam a interação social da criança fora do ambiente familiar.
Segundo Rocha (1999) Enquanto a escola se coloca como espaço privilegiado
para o domínio dos conhecimentos básicos, as instituições de educação infantil se põem
sobretudo com fins de complementaridade à educação da família.
Portanto, enquanto a escola tem como sujeito o aluno e como o objeto
fundamental o ensino nas diferentes áreas através da aula; a creche e a pré-escola têm
como objeto as relações educativas travadas no espaço de convívio coletivo que tem
como sujeito a criança de 0 a 6 anos de idade.
Podemos concluir que as novas diretrizes educacionais focam na continuidade
de uma modelo educacional e complementar a educação doméstica prévia da criança. A
escola com um papel integrador e estimulador da criança onde modelos lúdicos
caminham junto com aprendizado formal. A implantação dessas estratégias podem
auxiliar no aumento do aprendizado e estimular a motivação da criança no ambiente
escolar, a escola passa a ter um modelo mais recreativo e acolhedor para as crianças.

2.0 – MOTIVAÇÃO

2.1 – Conceito de Motivação

Motivação é um termo que deriva da palavra do latim moveres, que significa


mover, movimentar-se, no sentido psicológico podemos dizer que motivação é o
direcionamento de um individuo diante a conquista de um objetivo. Ainda podemos
definir como o motivo que leva a ação de um indivíduo ou grupo de indivíduos. A
motivação não é uma qualidade pessoal, ou seja, todo individuo pode ser impulsionado,
motivado a praticar uma ação, apesar de que esses impulsos básicos motivacionais
diferem de pessoa para pessoa.
Apesar de ser um tema muito comentado, a motivação é um termo que ainda
possui certa dificuldade de definição, uma vez que usado em sentidos distintos. A
motivação é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma. Motivar
dá origem a uma propensão a um comportamento específico, podendo este impulso a é a
ação ser provocado por um estímulo externo (provindo do ambiente) ou também ser
gerado internamente nos processos mentais do indivíduo (CHIAVENATO 1999).
Podemos citar dois tipos de motivação a intrínseca e a extrínseca, estes dois
tipos de motivação, distinguem-se pela sua origem, isto é, se é externa ou interna. A
motivação extrínseca deriva de estímulos externos, recompensas para execução de
alguma atividade. Ao executar uma ação ou tarefa, o indivíduo pode ser recompensado
ou para ser não castigado, ou seja, é um sistema de punição e/ou recompensa que
impulsiona o sujeito a executar ou não uma tarefa. Possivelmente ao ser retirado o
estímulo pode ocorrer uma baixa de interesse de execução da tarefa, visto que não tem
nada a ganhar nem a perder se a ação não for concretizada. Podemos perceber que esse
tipo de motivação é inconstante, visto que depende de fatores externos. O individuo não
gosta da tarefa em si, mas gosta da recompensa que a tarefa ao ser executada lhe pode
trazer.
Ser motivado é um exercício diário. Ser motivado internamente é gostar do que
faz e achar isto mais interessante do que as outras pessoas. É se sentir mais criativo
processar informações mais profundamente, nesse ponto podemos citar a motivação
intrínseca que se origina de fatores internos ao indivíduo e está relacionada com a
personalidade do indivíduo, sua forma de ser e nos seus interesses, os seus gostos. Essa
motivação independe de recompensas tendo em vista que representa um interesse para o
sujeito, alguma atividade que exerce prazer, satisfação pessoal ao sujeito que a executa.
Este tipo de motivação é constante, visto que depende unicamente do sujeito e não de
fatores externos. A tarefa deixa de representar uma obrigação para representar um fim
em si próprio. A motivação intrínseca está relacionada com a felicidade e com a
realização pessoal.
Outras teorias podem ser citadas acerca da motivação, como as teorias:
Hedonista, do Instinto e do Impulso. Essas teorias podem ter um aspecto relevante para
o entendimento e aprimoramento de métodos que conduzam a motivação.
A teoria hedonista parte do principio que os humanos tentam ao máximo
minimizar sensações de sofrimento, vivendo numa constante procura por prazer.
Situações prazerosas em sala de aula podem estimular os alunos à procura do
aprendizado, ou seja, o ensino deve ser prazeroso e não punitivo ou tedioso.
A teoria do instinto tem base na teoria evolutiva de Charles Darwin e prega que
ações inteligentes são herdadas pelos indivíduos, muitas de nossas ações não são
ensinadas, nascemos com elas, como por exemplo, o ato de sorrir, ou chorar ou até
mesmo se integrar a um grupo social; dentro do panorama da educação podemos citar
que o indivíduo segue tendências do grupo institivamente, se em sala de aula o ensino
direcionar a um melhoramento de da interação entre os alunos pode acarretar que esta
ocasione uma troca de conhecimentos adquiridos em sala e até um reforço positivo para
atividades escolares, tendo em vista que essas atividades são compartilhadas e
discutidas entre os alunos.
Para entendermos a teoria do impulso devemos entender primeiro o conceito de
homeostase. A homeostase é um estado fisiológico que faz o organismo se manter
dentro de um limiar de equilíbrio interno para que suas funções orgânicas permaneçam
estáveis. A homeostase “avisa” ao organismo quando o seu equilíbrio é alterado, por
exemplo, se não temos nutrientes necessários no organismo a tendência é nos sentirmos
famintos e por impulso procuramos alimento, ou se estamos em situação de perigos
tendemos a correr e etc. Na aprendizagem a teoria do impulso prega que toda a ação
surge de um impulso homeostático, ou seja, que buscamos o equilíbrio interno e que
esta ação pode ser condicionada, ou seja, o uso de recompensas para os alunos os
condicionariam a se impulsionar no aprendizado, e a falta de interesse dos alunos os
privaria de recompensas.
Não podemos deixar de explicar a diferença entre motivação e condicionamento.
Motivar é fazer aflorar no individuo a satisfação do cumprimento de uma tarefa,
enquanto condicionar é recompensa-lo pela execução da mesma. O uso dessas duas
técnicas é importante, porém ressaltamos que a motivação intrínseca é bem mais
conveniente e durável, pois por meio dela o sujeito desperta uma satisfação, uma alegria
ao exercer alguma atividade, sente orgulhoso ao fazer um bom trabalho ou pelo menos
tentar fazê-lo.
O condicionamento leva a ação ao movimento e não a motivação. A motivação,
ao contrário do condicionamento, é tão somente desencadeada por estímulos internos.
Segundo Herzberg:
Por que o condicionamento não é motivação? Eu posso colocar uma bateria num homem
e recarregá-la sempre que necessário. Mas é somente quando ele utiliza seu próprio
gerador que podemos dizer que ele está motivado. Ele não necessita de nenhum estímulo
externo, ele quer fazer aquilo (HERZBERG, 1967).

Não são os fatores existentes no meio ambiente que criam necessidades


interiores, mas essas necessidades que destacam do meio aqueles fatores que lhes são
complementares. Por isso, ninguém consegue motivar ninguém, ou seja, podemos
despertar o interesse a motivação, porém não podemos cria-la intrinsecamente.
Se pudéssemos compreender e então prever os modos como os indivíduos são
motivados, poderíamos influenciá-los, alterando os componentes desse processo.
Segundo Handy:

Tal compreensão certamente levaria à obtenção de grande poder, uma vez que, permitiria
o controle do comportamento sem as armadilhas visíveis e impopulares do controle,
assim talvez devêssemos sentir alívio quanto ao fato de que não foi encontrada qualquer
fórmula garantida de motivação (HANDY, 1978).

Atualmente novas teorias motivacionais foram propostas e a maioria delas leva


em consideração motivos emocionais, satisfação pessoal e bem estar, em contrapartida a
teoria do impulso que tratava unicamente de fatores internos para motivação. O
reconhecimento e o sucesso na execução de uma tarefa podem acarretar no reforço
positivo para o indivíduo, ele sente prazer em ser bom no que faz, em aprender algo
novo ou vencer alguma dificuldade. Os reforços positivos nesse caso são elogios e mais
importante a finalidade daquela atividade na sua vida. Despertar esse tipo de motivação
em sala de aula é de grande valia no sistema educacional, é mostrar aos alunos que é
prazeroso aprender e isso pode acarretar numa melhora da autoestima em sala de aula.
Pode-se afirmar que o comportamento orienta-se, basicamente, para a
consecução de objetivos. Ou seja, o indivíduo possui diversas necessidades e seu
comportamento, geralmente, é desencadeado por um impulso (motivo) e motivado pelo
desejo de alcançar um objetivo. Mas não basta ao indivíduo ter necessidades, motivos e
objetivos. Grohmann defende que:

Para que a motivação leve à concretização dos objetivos é necessária que o indivíduo
escolha uma entre as diversas alternativas e tenha a capacidade de guiar seu
comportamento, agindo de forma que possa satisfazer suas necessidades eliminando o
motivo que emergiu (GROHMANN, 2002).

A junção de motivação com condicionamento pode ser de importante valia para


aumentar índice de interesse no aprendizado em sala de aula. O condicionamento se
confunde com a motivação extrínseca, onde ao executar uma tarefa o aluno seria
gratificado, seja com boa nota, ou recompensa material. A motivação intrínseca requer
um pouco mais de cuidado e estratégia. Como o professor pode despertar no aluno um
interesse que acarrete numa motivação para execução de alguma? Como a motivação
pode ser benéfica para o aluno? Ao sentir-se motivado, além de recompensas pessoais o
aluno elevaria sua alto estima? Essas perguntas são feitas dentro do universo
educacional e várias técnicas e estudos já foram desenvolvidos acerca do tema em
questão. O fato unânime é que a motivação deve andar junto com o sistema educacional
e estar presente não só na sala de aula como na vivência do aluno fora dela.

2.2 - Motivações no sistema Educacional

A educação é uma das principais ferramentas para o exercício da cidadania.


Atualmente podemos afirmar que a escola é o principal agente socializador e integrador
da sociedade humana e por isso, está deve ser objeto constante de estudos e inovações.
A sociedade difere de cultura para cultura, região situada e época, os valores mudam
constantemente, e nesse ponto se torna essencial o estudo e abordagem de novas
técnicas de aprendizado, e que estas visem o despertar motivacional do aluno diante ao
conteúdo a ser aprendido.
As concepções de Brophy (1999) sobre motivação, trouxeram importantes
contribuições para o estabelecimento das diferenças existentes entre motivação
direcionada ao aprendizado e motivação para o desempenho ou performance.
Uma importante contribuição deste autor reside no esclarecimento sobre a
distinção entre a motivação no contexto de sala de aula e a motivação em outros
ambientes. Aprender diz respeito ao processamento da informação, buscar sentido e
avançar na compreensão ou assimilação, que acontece quando alguém está adquirindo
conhecimento ou habilidade, enquanto que a performance diz respeito à demonstração
de conhecimentos ou habilidades anteriormente adquiridos.
Alunos motivados possuem maior rendimento escolar e ao melhorarem seu
aprendizado e resultados diante as avaliações gerando um aumento da sua autoestima. A
autoestima trata-se de um conceito que se tem de si mesmo. Um individuo com sua
autoestima equilibrada tem mais condições de se realizar em sua vida emocional e
profissional superando também os obstáculos e dificuldades que venha surgir em sua
vida, se contrapondo a baixo-autoestima que se caracteriza por a falta de amor por si
mesmo é o não acreditar no seu potencial.
O ambiente familiar é um dos principais fatores para a criação do caráter e visão
de mundo durante a infância do indivíduo, sendo esses valores estendidos para o
ambiente escolar. A escola deve agregar ás crianças um local confortável e estimulante
que servirá tanto para reforçar a boa educação adquirida junto á sua família ou para
sanar problemas educacionais e psicológicos dos mesmos.
Schunk (1990), afirmou que os alunos que se sentem seguros das suas
capacidades de aprendizagem e possuem um sentimento geral de competência, exibem
comportamentos de interesse e motivação para as tarefas escolares.
Este comportamento permite-lhes obter um bom desempenho académico, facto
que contribui para validar o seu sentimento pessoal de competência acadêmica e manter
valores elevados de autoestima.
Muitos estudiosos procuram soluções que melhor se adaptem e que desperte nos
alunos um aumento gradativo da motivação escolar, pois a partir disso possivelmente
seu desempenho irá ultrapassar as barreiras escolares e torna-lo um cidadão mais capaz
e com maior autonomia. Nesse ponto a educação base é primordial, através dela o aluno
aprende os primeiros “passos” da educação curricular, inicia suas relações fora ambiente
familiar, descobre seus talentos e se direciona na sua educação. Uma educação básica
alicerçada pode proporcionar uma vida escolar, pós-educação básica, mais eficiente e
com isso uma melhora da autoestima do aluno, que poderá se sentir membro integrado
de uma sociedade, confiante e preparado.
É de suma importância que os pais e professores não usem de autoridade para
manipular e controlar a crianças. Reforços positivos (palavras de motivação elogios)
pode ser uma boa ferramenta para a melhoria da autoimagem durante a infância. Gobita
e Guzzo (2002) afirmam que os pais devem apresentar um alto nível de autoestima, pois
eles são exemplos vivos do que a criança precisa aprender.
As crianças se espelham em seus pais e educadores, elas imitam
comportamentos e até gestos retém e assimilam os sentimentos. É essencial que os pais
não demonstre os sentimentos ruins, sorriam mesmo quando estiverem tristes e não
comentem perto dos seus filhos dificuldades e problemas. Os professores não devem
levar para sala de aula suas frustrações ou quaisquer sentimentos negativos.
Assim, ao considerar a motivação como um processo complexo que influencia
diretamente o ensinar docente e o aprender de cada discente, revelando-se em distintas
situações cotidianas, em cada instituição educativa. Heurtas define que:

Nessa heterogeneidade de relações intra e interpessoais e suas circunstâncias é importante


diagnosticar níveis de motivação de professores e seus alunos, promovendo reflexões
sobre a temática, que se tornam importantes para o desenvolvimento e consolidação do
processo educacional, objetivando uma educação de melhor qualidade, ao buscar maior
autoconhecimento (HUERTAS, 2001).

A motivação deve ser iniciada no ambiente doméstico. De acordo com


Bronfenbrenner (1979/1996), a família é caracterizada como o primeiro ambiente do
qual a criança participa ativamente, interagindo através de relações face-a-face.
Inicialmente, estas interações ocorrem de forma diádica, como, por exemplo, pela
relação da mãe com a criança. Aos poucos, as relações vão se expandindo dentro do
grupo familiar, formando, dentro deste sistema, vários subsistemas, como a relação pai-
criança e a relação entre irmãos.
O ambiente familiar é o fator que mais influencia na autoestima das crianças.
Constantemente nossa autoestima se vê afetada pelas experiências e exigências que
recebemos do mundo exterior.
Porém as relações intrafamiliares também são de extrema importância ao
desenvolvimento da autoestima infantil (KRAMER, 1994). Ainda podemos usar a
definição de Cecconello et al:

A didática escolar sofreu mudanças nas últimas décadas, por exemplo, há alguns anos
atrás comportamentos até então compreendidos como culturalmente aceitáveis e
esperados, como a utilização de força física na educação das crianças por parte dos pais
ou cuidadores, atualmente são criticados e coibidos pelos direitos constitucionais
(estatuto da criança) (CECCONELLO et al, 2003).

Nesse contexto a continuidade no desenvolvimento fora do ambiente familiar,


apesar de tratar-se de uma ideia antiga, persiste no presente. Não há provas irrefutáveis
de que os eventos do passado tenham papel causal no futuro do indivíduo, o que talvez
justifique uma redução da preocupação com a vida escolar posterior da criança
(LORDELO, 2003).
Segundo Tapia (1997) não é possível ensinar a pensar adequadamente, se não
trabalhar a motivação e vice-versa, para Boruchovitch (2009) a motivação em concreto,
não é somente uma característica própria do aluno, mas também mediada pelo
professor, pelo ambiente de sala de aula e pela cultura da escola.
É necessário que exista um limite de alunos para sala de aula, assim o
professor terá condições de observar e entender as necessidades de cada aluno, podendo
analisar qual tipo de método será aplicado, é importante que o professor aplique o
método de acordo com as necessidades de cada aluno.
Evidentemente, estes alunos não se interessam por todas as atividades
indiscriminadamente, mantendo suas preferências provenientes de sua história pessoal,
profissional, entre outros. Entretanto, conseguem separar estes elementos de cunho
pessoal, de acordo com Brophy (1999) deve-se tirar proveito das atividades, percebendo
esta de modo significativo e importante para si, e por vezes, ampliam o seu leque de
preferências, acomodando atividades outrora desinteressantes.
É necessário que o professor procure adaptar a real necessidade coletiva e
individual dos alunos, ou seja, o ensino deve ser direcionado a real dificuldade ou
facilidade de aprendizado dos seus alunos. Nesse ponto podemos afirmar que o ensino
não deve ser estático, ele deve sofrer variações de forma a atender e potencializar o
aprendizado.
De acordo com Tollefson (2000), o fracasso dos alunos pode provocar conflitos
entre professores e alunos e tem consequência também na motivação destes últimos.
São diversos os aspectos condicionantes deste fracasso e, de modo geral, as
causas atribuídas pelos alunos vão desde a alegação de que o conteúdo é “chato, difícil”,
as recompensas dadas pela realização da tarefa são insignificantes ou mesmo a fatores
incontroláveis e externos.
Diante o fracasso na aprendizagem dos alunos os professores podem tender a um
comportamento negativo e isso pode ocasionar uma queda ainda maior da motivação
dos alunos para o estudo. Diante as dificuldades os educadores devem criar novas
estratégias, procurar atender as oposições que os alunos apresentam diante a sua
matéria, procurar maneiras de atender melhor sua sala de aula e não perder o foco do
aprendizado. Devemos perceber a dinâmica da sala e tentar desenvolver as melhores
técnicas para estimular os alunos, melhorar sua autoestima e criar situações
motivacionais.
A interação benéfica entre os colegas e no âmbito professor e aluno são de
fundamental importância na educação, de acordo com Piagt (1977) o desenvolvimento
cognitivo e a afetividade são de natureza funcional na inteligência.
O desenvolvimento cognitivo esta intrinsecamente ligada ao desenvolvimento
social e emocional do individuo. Podemos afirmar que o ambiente social em que a
criança esta inserida influencia diretamente para o seu desenvolvimento intelectual. É
importante que a criança tenha contato com outras crianças não só na escola, mas
também fora dela, a criança precisa frequentar parquinhos, praças, playgrounds, pois
ajuda para desenvolver a sua coordenação motora e a cognição, além de está
promovendo o bem-estar fazendo com que o aluno chegue a escola receptível para um
bom aprendizado.
A sociologia propõe que na infância seja possível “constituir a infância”
como objeto sociológico, resgatando-a das perspectivas biologistas, que a reduzem a um
estado intermédio de maturação e desenvolvimento humano, e psicológico e que tendem
a interpretar as crianças como indivíduos que se desenvolvem independentemente da
construção social das suas condições de existência e das representações e imagens
historicamente construídas sobre e para eles. Porém, mais do que isso, a sociologia da
infância segundo Andrade, a sociologia infantil:

Propõe-se a interrogar a sociedade a partir de um ponto de vista que toma as crianças como
objeto de investigação sociológica por direito próprio, fazendo acrescer o conhecimento, não
apenas sobre infância, mas sobre o conjunto da sociedade globalmente considerada
(ANDRADE, 2010).

No processo da educação infantil o papel do professor é de suma importância,


pois é ele quem cria os espaços, disponibilidades materiais, participa das brincadeiras,
ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento (ANDRADE, 2010).
Negrine (1994), em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento
infantil, afirma que “quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-
história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade
lúdica”.
Segundo esse autor, é fundamental que os professores tenham conhecimento do
saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e sociocultural, para
formular sua proposta pedagógica.
Todos estes aspectos, relacionados com a motivação dos alunos, evidencia a
importância da relação professor e aluno. Esta relação, primordial no processo de
aprendizagem, tem se modificado enormemente ao longo das últimas décadas. Segundo
Engelmann (2010) passando por aceitação, reverência e consideração por parte do aluno
à desobediência, indisciplina e, inclusive, violência, tornando o ambiente de sala de aula
bastante conturbado.
Entendemos, a partir dos princípios aqui expostos, que o professor deverá
contemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didático-pedagógicas,
possibilitando às manifestações corporais encontrarem significado pela ludicidade
presente na relação que as crianças mantêm com o mundo. Gerindo ideias motivacionais
para potencializar o aprendizado dos alunos e com isso resultar num aumento da
autoestima na sala de aula e um sentimento positivo sobre aprendizado por parte dos
alunos.

2.3 - Autoestima e Motivação do aluno na sala de aula

Como já mencionamos anteriormente, a motivação vem de uma necessidade


primária do individuo de realizar ou aprender algo e a autoestima é uma ideia ou
conceito positivo que o indivíduo possui acerca de si mesmo. Esses dois conceitos são
ferramentas importantes se trabalhadas positivamente no ensino e na aprendizagem no
ambiente escolar. Tendo em vista que a desmotivação acarreta na redução do potencial
de aprendizado e pode acarretar na baixo autoestima dos alunos.
Parte-se do pressuposto de que a desmotivação interfere negativamente no
processo de ensino-aprendizagem, e entre as causas da falta de motivação, o
planejamento e o desenvolvimento das aulas realizadas pelo professor são fatores
determinantes. O professor deve fundamentar seu trabalho conforme as necessidades de
seus alunos, considerando sempre o momento emocional e as ansiedades que permeiam
a vida do aluno naquele momento.
Conforme Bzuneck (2000) o indivíduo dispõe de certos recursos pessoais, que
são tempo, energia, talentos, conhecimentos e habilidades, que poderão ser investidos
numa certa atividade, que pode ser utilizada numa infinidade de áreas distintas.
Conhecer o individual e desenvolver a atividade em grupo pode ser
extremamente importante para o aumento da motivação em sala de aula. O educador
deve buscar desenvolver atividades diferentes, sair da rotina de sala de aula, manter a
aula dinâmica e ser atento aos talentos individuais de cada aluno em sala de aula de
maneira a estimular os alunos, promover o ensino de forma positiva e até podemos dizer
alegre durante o horário de aula. Uma aula dinâmica e motivacional pode elevar a
autoestima individual como a autoestima em grupo, porém devemos levar em
consideração o contexto que aquele grupo está inserido e tentar se adequar a sua
realidade. Brophy relaciona a motivação do aluno da seguinte forma:

A motivação do aluno, portanto, está relacionada com trabalho mental situado no


contexto específico das salas de aula. Surge daí a conclusão de que seu estudo não pode
restringir-se à aplicação direta dos princípios gerais da motivação humana, mas deve
contemplar e integrar os componentes próprios de seu contexto (BROPHY,1983).

Ou seja, se um grupo escolar está situado numa região rural, usar temas ou
objetos comuns a sua realidade, invés de utilizar um contexto externo a vivência
naquela região, pode ser muito mais motivador e eficiente par motivar os alunos,
uma vez que estes estarão conectando seu aprendizado a sua realidade local. Por
exemplo, saber que tipo de vegetação sua região possui, que animais são
encontrados, o folclore local, a geografia, a historia da agricultura e etc. Todo esse
conhecimento será aplicado a algo muito próximo a realidade deles, sem desprezar o
fator que aprender sobre sua região, o local onde vive, pode despertar um
sentimento de orgulho local que possivelmente leva a um estimulo de querer saber
potencializar o saber.

Acompanhando o crescimento da criança, nota-se novo momento de se


construir a motivação. Uma forma de exemplificar este processo na psicologia
infantil ocorre por meio da análise das as competências adquiridas. Tornar-se
competente em seu meio social, leva a criança à motivação.

Uso de comparações e analogias também pode auxiliar no processo de


motivação dos alunos, uma vez que aproximam o conteúdo a ser aprendido a temas
corriqueiros a vida dos alunos, os deixando de mais fácil assimilação. As vezes a
criança que chega na escola possui um nível de baixa autoestima, não tem motivação
nem interesse para o aprendizado, esse fator pode acarretar na falta de envolvimento e
interação com outras crianças e educadores ,o professor precisa conhecer seus alunos
para identificar a problemática e tentar criar formas para ajuda a superar as suas
dificuldades.

Segundo Campos (1986) grande parte das dificuldades do professor, tem origem
na sua motivação para o desenvolvimento de um sólido conhecimento profissional,
suscetível de ajudar na difícil tarefa de diagnosticar os interesses e necessidades dos
alunos. A estrutura das classes influencia o trabalho e os papéis educativos, comanda as
relações que as diferentes famílias possam ter umas com as outras e molda
profundamente a experiência social primária, adquirida na família, assim como
influencia profundamente a distribuição do saber entre os membros de uma sociedade,
condicionando o sentimento de que se pode agir sobre o mundo, que é, aliás, partilhado
de forma muito desigual, uma vez que separa nitidamente as comunidades umas das
outras e hierarquiza-se, opondo-as numa escala de valores.

Not (1993) afirma que “toda atividade requer um dinamismo, uma dinâmica, que
se define por dois conceitos: o de energia e de direção”. Ou seja, ao propor uma
atividade proa alunos deve-se perceber a predisposição do grupo para executa-la, pois é
interessante que atividades de aprendizado sejam divertido possuam energia positiva e
dinamismo, que os alunos tenham desejo de executa-la, nesse contexto poderá haver um
maior dinamismo e consequentemente um maior aprendizado.

Faz-se necessário que o professor procure adaptar a real necessidade


coletiva e individual dos alunos, ou seja, o ensino deve ser direcionado a real
dificuldade ou facilidade de aprendizado dos seus alunos. Nesse ponto podemos afirmar
que o ensino não deve ser estático, ele deve sofrer variações de forma a atender e
potencializar o aprendizado.

Piagt (1977) afirma que o desenvolvimento cognitivo e a afetividade


são de natureza funcional na inteligência. Como também para Vygotsk o
desenvolvimento cognitivo esta intrinsecamente ligada ao desenvolvimento social e
emocional do individuo. Podemos afirmar que o ambiente social em que a criança esta
inserida influencia diretamente para o seu desenvolvimento intelectual. É importante
que a criança tenha contato com outras crianças não só na escola mas também fora dela,
a criança precisa frequentar parquinhos, praças, playgrounds, pois ajuda para
desenvolver a sua coordenação motora e a cognição, além de está promovendo o bem-
estar fazendo com que o aluno chegue a escola receptível para um bom aprendizado.

Quando a criança mostra interesse para aprender ela deve ser motivada
pelo professor assim, os demais que são aquelas crianças desinteressadas, serão
envolvidas e contagiadas havendo um aprendizado satisfatório na sala de aula. Segundo
(Boruchovitch, 1999; Pentrich, 2003) a postura ativa do aluno deve ser reforçada pelo
professor nomeadamente com o uso de estratégias cognitivas e metacognitivas.
É importante trazer para sala de aula atividades que estimulem o
raciocínio da criança, que permita a manifestação do imaginário infantil.

Pode-se trabalhar o lúdico nas atividades escolares, pois o lúdico


proporciona prazer e satisfação na criança, ajudando também no relacionamento afetivo
entre o aluno e o professor. Brincadeiras com jogos educativos e conto de historias pode
ser associado aos conteúdos escolares. Essas atividades ajudam a criança a construir o
seu saber.

É necessário que exista um limite de alunos para sala de aula, assim o


professor terá condições de observar e entender as necessidades de cada aluno, podendo
analisar qual tipo de método será aplicado, é importante que o professor aplique o
método de acordo com as necessidades de cada aluno.

Martén Diaz e Kempa (1991) afirmam que devem ter em conta as


características individuais dos alunos, se o objetivo for o de melhorar o processo de
ensino e de aprendizagem.

Para os autores acima citados, os materiais didáticos poderão ate ser os


“melhores”, mas tornarem-se inúteis se os alunos não estiverem interessados neles; as
supostas “melhores” estratégicas didáticas ao terão qualquer resultado positivo se os
alunos não se encontrarem motivados para elas.

NOT, Louis. As pedagogias do conhecimento. São Paulo: DIFEL, 1993.

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