Sie sind auf Seite 1von 4

INTENSIVO I

Disciplina: Direito Administrativo


Profª. Fernanda Marinela
Data: 04.05.2012

MATERIAL DE APOIO – MONITORIA

Índice

1. Indicação Bibliográfica
2. Anotações de aula
3. Simulados

1. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS:

• Manual de Direito Administrativo – Fernanda Marinela – Editora Impetus – 6º Edição

• Manual de Direito Administrativo - Celso Antonio Bandeira de Melo

• Manual de Direito Administrativo – José do Santos Carvalho Filho

2. ANOTAÇÕES DE AULA

1 - TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES:


Uma vez declarado o motivo a autoridade está vinculada, está presa ao motivo declarado. Declarou
o motivo vai ter que cumprir, vai ter que estabelecer. Para isso, o motivo deverá ser verdadeiro, legal.
Se o motivo declarado for falso (ilegal) há desobediência a Teoria dos Motivos Determinantes.
EXCEÇÃO: exoneração ‘’ad nutum’’; TREDESTISNAÇÃO (é possível, o motivo poderá ser alterado
desde que mantida uma razão de interesse público).
Ex: a partir do momento que um edital de concurso estabelece um número de vagas, o administrador
ficará vinculado ao motivo declarado, ou seja, o candidato aprovado dentro do número de vagas previstas
no edital terá direito subjetivo à nomeação.

4- OBJETO DO ATO ADMINISTRATIVO:


É o ato considerado em si mesmo, é o resultado prático. É o efeito jurídico imediato.
Celso Antônio Bandeira de Melo faz a diferenciação entre conteúdo e objeto.
O conteúdo é a decisão do ato, ou seja, é o elemento do ato. Já o objeto do ato administrativo é o
assunto, ou seja, é um pressuposto de exigência.

IMPORTANTE!
O objeto deve ser lícito, possível e determinado.

• Lícito -> previsto/autorizado.


• Possível -> material/juridicamente possível
• Determinado -> preciso

INTENSIVO I – Direito Administrativo – Fernanda Marinela – 04.05.2012 -


Anotado por Sara Lisboa
5- FINALIDADE:
Deve ser sempre uma razão de interesse público.
Se o administrador pratica um ato que não visa o interesse público ele comete um desvio de finali-
dade (vício ideológico, vício subjetivo).
A finalidade nada mais é do que o bem jurídico protegido.

MOTIVO (ESTÁ NO PASSADO) – é o que leva a prática do ato.


OBJETO (PRESENTE) – é o resultado.
FINALIDADE (FUTURO) – visa à proteção de um bem jurídico.

VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE:
É feito de acordo com o grau de liberdade.
ATO VINCULADO (ATO REGRADO): o administrador não tem liberdade, não pode fazer um juízo de
valor, não tem conveniência e oportunidade. Assim, preenchidos os requisitos legais, o administrador terá
que praticar o ato. Ex: concessão de aposentadoria de servidor público; licença para construir.
ATO DISCRICIONÁRIO: é aquele que o administrador tem liberdade, pode fazer um juízo de valor e
avaliar a conveniência e a oportunidade. O administrador tem liberdade, tem juízo de valor mais sempre
nos limites da lei. Se o ato for praticado fora dos limites da lei, ele é um ato arbitrário (ilegal). Ex: art. 62
da Lei 8.666/93; permissão de uso de bem público.
ATO VINCULADO ATO DISCRICIONÁRIO
COMPETÊNCIA Vinculado Vinculado
FORMA Vinculado Vinculado
MOTIVO Vinculado Discricionário
OBJETO Vinculado Discricionário
FINALIDADE Vinculado Vinculado

*Celso Antônio Bandeira de Melo: excepcionalmente a forma e a finalidade, quando a lei der alternativas,
podem ser discricionários.

MÉRITO ADMINISTRATIVO: é o juízo de valor, a liberdade, a discricionariedade.


O poder judiciário pode rever qualquer ato administrativo (vinculado ou discricionário) desde que
este controle seja um controle de legalidade. Porém, ele não pode rever o mérito administrativo (juízo de
conveniência e oportunidade).

ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO:


1- PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE: os atos administrativos são presumidamente legítimos, legais e
verdadeiros. Possuem uma presunção relativa ou presunção ‘’iuris tantum’’. O ônus da prova cabe
a quem alega.
A conseqüência prática dessa presunção é a prática imediata do ato.

2- AUTOEXECUTORIEDADE: é a atuação do poder público que independe de autorização prévia do Po-


der Judiciário. Mas, isso não impede o controle do judiciário.

A autoexecutoriedade não tem nada a ver com o formalismo, com a formalidade.


Para a doutrina majoritária a autoexecutoriedade se subdivide em duas bases, são elas: a
exigibilidade e a executoriedade.
Exigibilidade: poder que tem o Estado de decidir sem a presença do Judiciário. A exigibilida-
de todo ato tem.
Executoriedade: significa executar sem a presença do judiciário. Portanto, nem todo ato
tem. Somente estará presente nas situações de urgência ou nas situações previstas em lei.

Nem todo ato administrativo tem autoexecutoriedade.

INTENSIVO I – Direito Administrativo – Fernanda Marinela – 04.05.2012 -


Anotado por Sara Lisboa
3- IMPERATIVIDADE: os atos administrativos são feitos de forma impositiva. Esse atributo nem sem-
pre estará presente. Somente estará nos atos que impõem, que estabelecem uma obrigação.

4- TIPICIDADE: cada ato administrativo vai ter a sua aplicação determinada - classificação dada por
Maria Silvia Zanela de Pietro.

CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:

 QUANTO AOS DESTINATÁRIOS:


• Gerais: dirigidos a coletividade,‘’erga omnes’’;
Normalmente são atos abstratos ou impessoais.
• Individuais (Especiais): tem destinatário certo, determinado.

‘’SINGULAR’’ – destinado a uma pessoa.


‘’PLÚRIMO’’ – vários destinatários.
 QUANTO AO ALCANCE:
• ATOS INTERNOS: produz efeitos dentro da Administração.
• ATOS EXTERNOS: produz efeitos fora da Administração, mas atingindo dentro da Adminis-
tração.

 QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE:


• ATO VINCULADO
• ATO DISCRICIONÁRIO

 QUANTO A FORMAÇÃO:
• ATO SIMPLES – aquele que está perfeito e acabado com uma única manifestação de vonta-
de.
• ATO COMPOSTO – aquele que para estar perfeito depende de duas manifestações de vonta-
de que vão acontecer dentro de um mesmo orgão, sendo que a primeira é a principal e a
segunda é secundária (estão em situação de desigualdade).
• ATO COMPLEXO - aquele que para estar perfeito depende de duas manifestações de vonta-
de que acontecem em orgãos diferentes e estão num patamar de igualdade. Ex: concessão
de aposentadoria.

FORMAÇÃO/VALIDADE/EFICÁCIA DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:


Perfeito: quando o ato cumprir a sua trajetória, o seu ciclo de formação.
Válido: quando o ato cumpre todos os requisitos.
Eficaz: quando o ato está pronto para produzir efeitos.

OBS: Um ato inválido produz todos os efeitos como se válido fosse até que seja declarada a sua invalida-
de.
Ato perfeito, válido e ineficaz – ex: art. 61, parágrafo único da Lei 8.666/93.

EFEITOS DO ATO ADMINISTRATIVO:


• TÍPICO: é o efeito principal, esperado, desejado.

• ATÍPICO: é o efeito secundário. Os efeitos atípicos se subdividem em duas categorias:

 REFLEXOS: são atingidos terceiros estranhos a prática do ato.

INTENSIVO I – Direito Administrativo – Fernanda Marinela – 04.05.2012 -


Anotado por Sara Lisboa
 PRELIMINARES: vai acontecer nos atos que dependem de duas manifestações de
vontade. Dever da 2ª autoridade se manifestar e o 1ª já o fez. Ex: nomeação de di-
rigente da agência reguladora (nomeação do Senado Federal + Presidente da Repú-
blica).

Celso Antônio Bandeira de Melo chama o efeito atípico preliminar de efeito prodrómico.

EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:


1 - DESAPARECIMENTO DO SUJEITO: exemplo –falecimento do servidor.
DESAPARECIMENTO DO OBJETO: exemplo – desabamento do patrimônio tombado.

2 - CUMPRIMENTO DOS SEUS EFEITOS


3 - RENÚNCIA DO TITULAR
4 – DECISÃO UNILATERAL DO PODER PÚBLICO:
• ANULAÇÃO
• REVOGAÇÃO
• CASSAÇÃO
• CADUCIDADE
• CONTRAPOSIÇÃO

3. SIMULADOS:

3.1. Os atos administrativos possuem como atributos, EXCETO:


a) Imperatividade.
b) Coercibilidade.
c) Atipicidade.
d) Autoexecutoriedade.

3.2. Sobre Ato Administrativo, Abuso de Poder e Poder de Polícia, analise cada uma das afirma-
tivas, assinalando aquela que for verdadeira.
a) O mérito do ato administrativo está sempre presente nos atos discricionários, o que não acontece nos
atos vinculados.
b) São exemplos de atos administrativos discricionários a licença para construir e a autorização para porte
de arma.
c) Na Administração Pública, o abuso de poder apresenta- se unicamente de forma comissiva, seja por
excesso ou desvio de poder.
d) O poder de polícia é exercido com vinculação estrita, obedecendo às limitações da lei relativamente à
competência, forma, fins, motivos e objeto.

3.3. O alvará para licença de construção de imóvel consubstancia um ato:


a) normativo.
b) ordinatório.
c) enunciativo.
d) negocial.
e) punitivo.

GABARITO:

3.1. C
3.2. A
3.3. D

INTENSIVO I – Direito Administrativo – Fernanda Marinela – 04.05.2012 -


Anotado por Sara Lisboa

Das könnte Ihnen auch gefallen