Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
6) Chá (preto, obtido a partir de folhas de Camellia sinensis) ................................................. (*) 0,1 (*) 0,1
7) Lúpulo (seco, incluindo granulados e pó não concentrado) .................................................. (*) 0,1 (*) 0,1
8) Cereais ..............................................................................................................................................
Cevada ........................................................................................................................................... 2 0,3
Trigo-mourisco ............................................................................................................................
Milho .............................................................................................................................................
Painço ...........................................................................................................................................
Aveia ............................................................................................................................................. 2 0,3
Arroz .............................................................................................................................................
Centeio .......................................................................................................................................... 0,1 0,05
Sorgo ..............................................................................................................................................
Triticale ........................................................................................................................................ 0,1 0,05
Trigo .............................................................................................................................................. 0,1 0,05
Espelta ..........................................................................................................................................
Outros ........................................................................................................................................... (*) 0,01 (*) 0,01
acordo com os objectivos definidos e uma articulação tação, e a contratos-programa estabelecidos ou a esta-
de acções com vista à defesa da floresta contra incêndios, belecer com o Governo.
fomentando o equilíbrio a médio e longo prazos da capa- Foi promovida a consulta aos órgãos de governo pró-
cidade de gestão dos espaços rurais e florestais. prio da Região Autónoma dos Açores.
4 — O sistema de defesa da floresta contra incêndios Foram ouvidas, a título facultativo, as entidades repre-
agora preconizado identifica objectivos e recursos e tra- sentadas no Conselho Consultivo Florestal.
duz-se num modelo activo, dinâmico e integrado, enqua- Foram ouvidas a Associação Nacional de Municípios
drando numa lógica estruturante de médio e longo pra- Portugueses, a Associação Nacional de Freguesias e a
zos os instrumentos disponíveis, nos termos do qual Assembleia Legislativa da Região Autónoma da
importa: Madeira.
Assim:
Promover a gestão activa da floresta; No uso da autorização legislativa concedida pelo
Implementar a gestão de combustíveis em áreas artigo 1.o da Lei n.o 12/2006, de 4 de Abril, e nos termos
estratégicas, de construção e manutenção de fai- das alíneas a) e b) do n.o 1 do artigo 198.o da Cons-
xas exteriores de protecção de zonas de interface, tituição, o Governo decreta o seguinte:
de tratamento de áreas florestais num esquema
de mosaico e de intervenção silvícola, no âmbito
de duas dimensões que se complementam, a CAPÍTULO I
defesa de pessoas e bens e a defesa da floresta;
Disposições gerais
Reforçar as estruturas de combate e de defesa da
floresta contra incêndios;
Artigo 1.o
Dinamizar um esforço de educação e sensibilização
para a defesa da floresta contra incêndios e para Objecto e âmbito de aplicação
o uso correcto do fogo;
1 — O presente decreto-lei estabelece as medidas e
Adoptar estratégias de reabilitação de áreas ardidas;
acções a desenvolver no âmbito do Sistema Nacional
Reforçar a vigilância e a fiscalização e aplicação
de Defesa da Floresta contra Incêndios.
do regime contra-ordenacional instituído.
2 — Nas Regiões Autónomas, o presente decreto-lei
aplica-se após a respectiva adaptação, a efectuar
Merece especial destaque na concretização destes mediante decreto legislativo regional.
objectivos a clarificação de conceitos no âmbito da
defesa da floresta contra incêndios; a necessidade e
Artigo 2.o
observância efectiva de um planeamento em quatro
níveis: a nível nacional, a nível regional, a nível municipal Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios
e intermunicipal e a nível local, de forma a assegurar
1 — O Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra
a consistência territorial de políticas, instrumentos,
Incêndios prevê o conjunto de medidas e acções estru-
medidas e acções, numa lógica de contribuição para a
turais e operacionais relativas à prevenção e protecção
parte e para o todo nacional; a introdução de redes
das florestas contra incêndios, nas vertentes de sensi-
de gestão de combustível, com definição de delimitação
bilização, planeamento, conservação e ordenamento do
de responsabilidade das várias entidades, introduzindo
território florestal, silvicultura, infra-estruturação, vigi-
novas preocupações no âmbito da defesa de pessoas
lância, detecção, combate, rescaldo, vigilância pós-
e bens e da defesa da floresta; a definição de um quadro
-incêndio e fiscalização, a levar a cabo pelas entidades
jurídico que permita a célere intervenção, por declaração
públicas com competências na defesa da floresta contra
de utilidade pública, em redes primárias de faixas de
incêndios e entidades privadas com intervenção no sec-
gestão de combustível; a aposta na sensibilização e edu-
tor florestal.
cação, com a divulgação coordenada de campanhas; a
2 — No âmbito do Sistema Nacional de Defesa da
agilização da fiscalização do cumprimento destas acções;
Floresta contra Incêndios a prevenção estrutural assume
a consagração de formas de intervenção substitutiva dos
um papel predominante, assente na actuação de forma
particulares e do Estado em caso de incumprimento;
concertada de planeamento e na procura de estratégias
o agravamento do valor das coimas.
conjuntas, conferindo maior coerência regional e nacio-
5 — À semelhança das acções preconizadas, a valo-
nal à defesa da floresta contra incêndios.
rização de comportamentos e acções de defesa da flo-
3 — No âmbito do Sistema Nacional de Defesa da
resta contra incêndios foi reavaliada, havendo a intenção
Floresta contra Incêndios cabe:
clara de penalizar a omissão, a negligência e o dolo,
tornando o sistema de defesa da floresta contra incên- a) À Direcção-Geral dos Recursos Florestais a
dios mais eficiente e eficaz e com maiores ganhos na coordenação das acções de prevenção estrutu-
mitigação do risco de incêndio florestal, que se pretende ral, nas vertentes de sensibilização, planea-
gradual e significativamente inferior. mento, organização do território florestal, sil-
O regime contra-ordenacional aqui vertido assenta vicultura e infra-estruturação;
na penalização da ausência de gestão activa da floresta b) À Guarda Nacional Republicana a coordenação
e na dimensão e gravidade dos comportamentos. das acções de prevenção relativas à vertente da
As coimas apresentam um agravamento de cerca de vigilância, detecção e fiscalização;
40 %, ajustando-se à realidade económica e à devida c) À Autoridade Nacional de Protecção Civil a
proporção da protecção do bem floresta. coordenação das acções de combate, rescaldo
O novo papel assumido pelas autarquias locais no e vigilância pós-incêndio.
âmbito do presente decreto-lei implica a regulamentação
da Lei n.o 159/99, de 14 de Setembro, e até lá o recurso 4 — Compete à Direcção-Geral dos Recursos Flores-
à Medida AGRIS, co-financiada pelo FEOGA — Orien- tais, enquanto autoridade florestal nacional, manter à
4588 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 123 — 28 de Junho de 2006
escala nacional um banco de dados relativo a incêndios florestais, áreas de corte raso de povoamentos
florestais, através da adopção de um sistema de gestão florestais e, ainda, outras áreas arborizadas;
de informação de incêndios florestais (SGIF), e o registo l) «Gestão de combustível» a criação e manuten-
cartográfico das áreas ardidas. ção da descontinuidade horizontal e vertical da
5 — O sistema referido no número anterior recebe carga combustível nos espaços rurais, através
informação dos sistemas de gestão de ocorrências, ges- da modificação ou da remoção parcial ou total
tão de recursos humanos, materiais e financeiros de da biomassa vegetal, nomeadamente por corte
todos os agentes de defesa da floresta contra incêndios, e ou remoção, empregando as técnicas mais
assegurando-se por protocolos a confidencialidade, recomendadas com a intensidade e frequência
transparência e partilha de informação entre todas as adequadas à satisfação dos objectivos dos espa-
entidades públicas e privadas. ços intervencionados;
6 — Para efeitos dos n.os 2, 3, 4 e 5 as entidades m) «Índice de risco temporal de incêndio florestal»
públicas ficam sujeitas ao dever de colaboração. a expressão numérica que traduza o estado dos
7 — Todas as entidades que integram o Sistema combustíveis florestais e da meteorologia, de
Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios têm modo a prever as condições de início e pro-
acesso aos dados da Direcção-Geral dos Recursos Flo- pagação de um incêndio;
restais necessários à definição das políticas e acções de n) «Índice de risco espacial de incêndio florestal»
vigilância, detecção, combate, rescaldo, vigilância pós- a expressão numérica da probabilidade de ocor-
-incêndio e fiscalização. rência de incêndio;
o) «Instrumentos de gestão florestal» os planos de
Artigo 3. o gestão florestal (PGF), os elementos estrutu-
rantes das zonas de intervenção florestal (ZIF),
Definições os projectos elaborados no âmbito dos diversos
1 — Para efeitos do disposto no presente decreto-lei, programas públicos de apoio ao desenvolvi-
entende-se por: mento e protecção dos recursos florestais e,
ainda, os projectos a submeter à apreciação de
a) «Aglomerado populacional» o conjunto de edi- entidades públicas no âmbito da legislação
fícios contíguos ou próximos, distanciados entre florestal;
si no máximo 50 m e com 10 ou mais fogos, p) «Mosaico de parcelas de gestão de combustível»
constituindo o seu perímetro a linha poligonal o conjunto de parcelas do território no interior
fechada que, englobando todos os edifícios, deli- dos compartimentos definidos pelas redes pri-
mite a menor área possível; mária e secundária, estrategicamente localiza-
b) «Carregadouro» o local destinado à concentração das, onde através de acções de silvicultura se
temporária de material lenhoso resultante da procede à gestão dos vários estratos de com-
exploração florestal, com o objectivo de facilitar bustível e à diversificação da estrutura e com-
as operações de carregamento, nomeadamente posição das formações vegetais, com o objectivo
a colocação do material lenhoso em veículos de primordial de defesa da floresta contra incên-
transporte que o conduzirão às unidades de con- dios;
sumo e transporte para o utilizador final ou para q) «Período crítico» o período durante o qual vigo-
parques de madeira; ram medidas e acções especiais de prevenção
c) «Consolidado urbano» os terrenos classificados contra incêndios florestais, por força de circun-
como solo urbano pelos instrumentos de gestão stâncias meteorológicas excepcionais, sendo
territorial vinculativos para os particulares; definido por portaria do Ministro da Agricul-
d) «Contrafogo» a técnica que consiste em queimar tura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas;
vegetação, contra o vento, num local para onde r) «Plano» o estudo integrado dos elementos que
se dirige o incêndio, destinando-se a diminuir regulam as acções de intervenção no âmbito da
a sua intensidade, facilitando o seu domínio e defesa da floresta contra incêndios num dado
extinção; território, identificando os objectivos a alcançar,
e) «Detecção de incêndios» a identificação e loca- as actividades a realizar, as competências e atri-
lização precisa das ocorrências de incêndio flo- buições dos agentes envolvidos e os meios neces-
restal com vista à sua comunicação rápida às sários à concretização das acções previstas;
entidades responsáveis pelo combate; s) «Povoamento florestal» a área ocupada com árvo-
f) «Espaços florestais» os terrenos ocupados com res florestais que cumpre os critérios definidos
floresta, matos e pastagens ou outras formações no Inventário Florestal Nacional, incluindo os
vegetais espontâneas; povoamentos naturais jovens, as plantações e
g) «Espaços rurais» os espaços florestais e terrenos sementeiras, os pomares de sementes e viveiros
agrícolas; florestais e as cortinas de abrigo;
h) «Fogo controlado» o uso do fogo na gestão de t) «Proprietários e outros produtores florestais» os
espaços florestais, sob condições, normas e pro- proprietários, usufrutuários, superficiários,
cedimentos conducentes à satisfação de objectivos arrendatários ou quem, a qualquer título, for
específicos e quantificáveis e que é executada sob possuidor ou detenha a administração dos ter-
responsabilidade de técnico credenciado; renos que integram os espaços florestais do con-
i) «Fogueira» a combustão com chama, confinada tinente, independentemente da sua natureza
no espaço e no tempo, para aquecimento, ilu- jurídica;
minação, confecção de alimentos, protecção e u) «Queima» o uso do fogo para eliminar sobrantes
segurança, recreio ou outros afins; de exploração;
j) «Floresta» os terrenos ocupados com povoa- v) «Queimadas» o uso do fogo para renovação de
mentos florestais, áreas ardidas de povoamentos pastagens e eliminação de restolho;
N.o 123 — 28 de Junho de 2006 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 4589
x) «Recuperação» o conjunto de actividades que elevado (4) e máximo (5), conjugando a informação do
têm como objectivo a promoção de medidas e índice de risco meteorológico produzido pelo Instituto
acções de recuperação e reabilitação, como a de Meteorologia com o estado de secura dos combus-
mitigação de impactes e a recuperação de tíveis e o histórico das ocorrências, entre outros.
ecossistemas; 2 — O índice de risco temporal de incêndio é ela-
z) «Rede de faixas de gestão de combustível» o borado pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais.
conjunto de parcelas lineares de território, estra-
tegicamente localizadas, onde se garante a Artigo 5.o
remoção total ou parcial de biomassa florestal,
através da afectação a usos não florestais e do Zonagem do continente segundo o risco espacial de incêndio
recurso a determinadas actividades ou a técnicas 1 — Para efeitos do presente decreto-lei e com base
silvícolas com o objectivo principal de reduzir em critérios de classificação de risco espacial de incêndio
o perigo de incêndio; em Portugal continental, que assentam na determinação
aa) «Rede de infra-estruturas de apoio ao combate» da probabilidade de ocorrência de incêndio florestal,
o conjunto de infra-estruturas e equipamentos é estabelecida a zonagem do continente, segundo as
afectos às entidades responsáveis pelo combate seguintes classes:
e apoio ao combate a incêndios florestais, rele-
vantes para este fim, entre os quais os aquar- a) Classe I — muito baixa;
telamentos e edifícios das corporações de bom- b) Classe II — baixa;
beiros, dos sapadores florestais, da Guarda c) Classe III — média;
Nacional Republicana, das Forças Armadas e d) Classe IV — alta;
das autarquias, os terrenos destinados à insta- e) Classe V — muito alta.
lação de postos de comando operacional e as
infra-estruturas de apoio ao funcionamento dos 2 — Os critérios de classificação referidos no número
meios aéreos; anterior baseiam-se, entre outros, na informação his-
bb) «Rede de pontos de água» o conjunto de estru- tórica sobre a ocorrência de incêndios florestais, ocu-
turas de armazenamento de água, de planos de pação do solo, orografia, clima e demografia.
água acessíveis e de pontos de tomada de água, 3 — De harmonia com os parâmetros definidos no
com funções de apoio ao reabastecimento dos número anterior, a zonagem do continente segundo a
equipamentos de luta contra incêndios; probabilidade de ocorrência de incêndio é aprovada por
cc) «Rede viária florestal» o conjunto de vias de portaria do Ministro da Agricultura, do Desenvolvi-
comunicação integradas nos espaços que servem mento Rural e das Pescas, ouvida a Autoridade Nacional
de suporte à sua gestão, com funções que de Protecção Civil.
incluem a circulação para o aproveitamento dos Artigo 6.o
recursos naturais, para a constituição, condução
Zonas críticas
e exploração dos povoamentos florestais e das
pastagens; 1 — As manchas florestais onde se reconhece ser prio-
dd) «Rescaldo» a operação técnica que visa a extinção ritária a aplicação de medidas mais rigorosas de defesa
do incêndio; da floresta contra incêndios face ao risco de incêndio
ee) «Sobrantes de exploração» o material lenhoso e que apresentam e em função do seu valor económico,
outro material vegetal resultante de actividades social ou ecológico são designadas por zonas críticas,
agro-florestais; sendo estas identificadas, demarcadas e alvo de planea-
ff) «Supressão» a acção concreta e objectiva des- mento próprio nos planos regionais de ordenamento
tinada a extinguir um incêndio, incluindo a florestal.
garantia de que não ocorrem reacendimentos, 2 — As zonas críticas são definidas por portaria con-
que apresenta três fases principais: a primeira junta dos Ministros da Agricultura, do Desenvolvimento
intervenção, o combate e o rescaldo. Rural e das Pescas e do Ambiente, do Ordenamento
do Território e do Desenvolvimento Regional.
2 — Os critérios de gestão de combustível são defi-
nidos no anexo do presente decreto-lei, que dele faz
parte integrante, e devem ser aplicados nas actividades SECÇÃO II
de gestão florestal e na defesa de pessoas e bens. Planeamento da defesa da floresta contra incêndios
Artigo 7.o
CAPÍTULO II
Planeamento da defesa da floresta contra incêndios
Planeamento de defesa da floresta contra incêndios
1 — Assegurando a consistência territorial de polí-
SECÇÃO I ticas, instrumentos, medidas e acções, o planeamento
da defesa da floresta contra incêndios tem um nível
Elementos de planeamento nacional, regional ou supramunicipal, municipal e inter-
municipal e um nível local.
Artigo 4.o 2 — O planeamento nacional, através do plano nacio-
Índice de risco temporal de incêndio florestal
nal de defesa da floresta contra incêndios, organiza o
sistema, define a visão, a estratégia, eixos estratégicos,
1 — O índice de risco temporal de incêndio estabelece metas, objectivos e acções prioritárias.
o risco diário de ocorrência de incêndio florestal, cujos 3 — O planeamento regional tem um enquadramento
níveis são reduzido (1), moderado (2), elevado (3), muito táctico e caracteriza-se pela seriação e organização das
4590 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 123 — 28 de Junho de 2006
acções e dos objectivos definidos no Plano Nacional nicipal, contêm as acções necessárias à defesa da floresta
de Defesa da Floresta contra Incêndios à escala regional contra incêndios e, para além das acções de prevenção,
ou supramunicipal. incluem a previsão e a programação integrada das inter-
4 — O planeamento municipal e o planeamento local venções das diferentes entidades envolvidas perante a
têm um carácter executivo e de programação opera- eventual ocorrência de incêndios.
cional e deverão cumprir as orientações e prioridades 2 — Os PMDFCI são elaborados pelas comissões muni-
regionais e locais, numa lógica de contribuição para o cipais de defesa da floresta contra incêndios em conso-
todo nacional. nância com o Plano Nacional de Defesa da Floresta contra
Artigo 8.o Incêndios e com o respectivo planeamento regional de
defesa da floresta contra incêndios, sendo a sua estrutura
Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios
tipo estabelecida por portaria do Ministro da Agricultura,
1 — O Plano Nacional de Defesa da Floresta contra do Desenvolvimento Rural e das Pescas.
Incêndios (PNDFCI) define os objectivos gerais de pre- 3 — Os PMDFCI são executados pelos diferentes
venção, pré-supressão, supressão e recuperação num agentes locais, designadamente entidades envolvidas,
enquadramento sistémico e transversal da defesa da flo- proprietários e outros produtores florestais, sendo apro-
resta contra incêndios. vados pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais.
2 — O PNDFCI é um plano plurianual, de cariz inter- 4 — A coordenação e a gestão dos PMDFCI com-
ministerial, submetido a avaliação anual, e onde estão petem ao presidente de câmara municipal.
preconizadas a política e as medidas para a defesa da 5 — A elaboração, execução e actualização dos
floresta contra incêndios, englobando planos de pre- PMDFCI tem carácter obrigatório, devendo a câmara
venção, sensibilização, vigilância, detecção, combate, municipal consagrar a sua execução no âmbito do rela-
supressão, recuperação de áreas ardidas, investigação tório anual de actividades.
e desenvolvimento, coordenação e formação dos meios 6 — As cartas da rede regional de defesa da floresta
e agentes envolvidos, bem como uma definição clara contra incêndios e de risco de incêndio, constantes dos
de objectivos e metas a atingir, calendarização das medi- PMDFCI, devem ser delimitadas e regulamentadas nos
das e acções, orçamento e plano financeiro e indicadores respectivos planos municipais de ordenamento do ter-
de execução. ritório.
3 — O PNDFCI incorpora o plano de protecção das 7 — Para efeitos de utilização de linhas de transporte
florestas contra incêndios, elaborado nos termos do e distribuição de energia eléctrica nas redes de infra-
Regulamento (CEE) n.o 2158/92, do Conselho, de 23 -estruturas de defesa da floresta contra incêndios, a
de Julho, e contém orientações a concretizar nos planos aprovação dos PMDFCI deve ser precedida de parecer
regionais de ordenamento florestal. emitido, no prazo de 15 dias, pela Direcção-Geral de
4 — O PNDFCI deve conter orientações a concretizar Geologia e Energia.
nos planos regionais de ordenamento florestal, reflec- 8 — Podem os municípios criar e implementar progra-
tindo-se nos níveis subsequentes do planeamento. mas especiais de intervenção florestal no âmbito de planos
5 — O PNDFCI é elaborado pela Direcção-Geral dos
de defesa da floresta para áreas florestais contíguas a
Recursos Florestais e aprovado por resolução do Con-
selho de Ministros, sendo a sua monitorização objecto infra-estruturas de elevado valor estratégico nacional e
de relatório anual de acompanhamento elaborado pela para áreas florestais estratégicas e de elevado valor.
Direcção-Geral dos Recursos Florestais, ouvido o Con- 9 — As áreas referidas no número anterior são,
selho de Representantes de Defesa da Floresta contra mediante proposta das comissões municipais de defesa
Incêndios. da floresta contra incêndios à Direcção-Geral dos
6 — O relatório anual de acompanhamento do Recursos Florestais, definidas por despacho do Ministro
PNDFCI é apresentado e divulgado às diversas enti- da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.
dades com atribuições na defesa da floresta contra 10 — A não aprovação dos PMDFCI priva as autar-
incêndios. quias locais do direito a subsídio ou benefício outorgado
pelo Estado, no âmbito da defesa da floresta contra
Artigo 9.o incêndios e da gestão florestal.
Planeamento regional de defesa da floresta contra incêndios
3 — Os proprietários dos terrenos abrangidos pelo podem substituir-se aos proprietários e outros produ-
disposto no número anterior poderão beneficiar de tores florestais, procedendo à gestão de combustível pre-
indemnizações compensatórias, em caso de comprovada vista no número anterior, mediante comunicação aos
e insuperável perda de rendimento e nos termos a definir proprietários e, na falta de resposta em 10 dias, por
por portaria conjunta do Ministro das Finanças e do aviso a afixar no local dos trabalhos, num prazo não
Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e inferior a 20 dias.
das Pescas, nos termos do Código das Expropriações. 6 — Em caso de substituição, os proprietários e outros
4 — A gestão das infra-estruturas referidas nos n.os 1 produtores florestais são obrigados a permitir o acesso
e 2 pode ser cedida pelo Estado a autarquias ou outras dos proprietários ou gestores das edificações confinantes
entidades gestoras, em termos a regulamentar, por por- aos seus terrenos e a ressarci-los das despesas efectuadas
taria conjunta do Ministro das Finanças e do Ministro com a gestão de combustível.
da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas. 7 — Sempre que os materiais resultantes da acção
de gestão de combustível referida no número anterior
possuam valor comercial, o produto obtido dessa forma
SECÇÃO II é pertença do proprietário ou produtor florestal res-
Defesa de pessoas e bens pectivo, podendo contudo ser vendido pelo proprietário
ou entidade que procedeu à gestão de combustível,
Artigo 15.o retendo o correspondente valor até ao ressarcimento
das despesas efectuadas.
Redes secundárias de faixas de gestão de combustível
8 — Nos aglomerados populacionais inseridos ou con-
1 — Nos espaços florestais previamente definidos nos finantes com espaços florestais e previamente definidos
planos municipais de defesa da floresta contra incêndios nos planos municipais de defesa da floresta contra incên-
é obrigatório que a entidade responsável: dios é obrigatória a gestão de combustível numa faixa
exterior de protecção de largura mínima não inferior
a) Pela rede viária providencie a gestão do com- a 100 m, podendo, face ao risco de incêndios, outra
bustível numa faixa lateral de terreno confinante amplitude ser definida nos respectivos planos municipais
numa largura não inferior a 10 m; de defesa da floresta contra incêndios.
b) Pela rede ferroviária providencie a gestão do 9 — Compete aos proprietários, arrendatários, usu-
combustível numa faixa lateral de terreno con- frutuários ou entidades que, a qualquer título, detenham
finante contada a partir dos carris externos terrenos inseridos na faixa referida no número anterior
numa largura não inferior a 10 m; a gestão de combustível nesses terrenos.
c) Pelas linhas de transporte e distribuição de ener- 10 — Verificando-se, até ao dia 15 de Abril de cada
gia eléctrica em muito alta tensão e em alta ano, o incumprimento referido no número anterior,
tensão providencie a gestão do combustível compete à câmara municipal a realização dos trabalhos
numa faixa correspondente à projecção vertical de gestão de combustível, com a faculdade de se res-
dos cabos condutores exteriores acrescidos de sarcir, desencadeando os mecanismos necessários ao res-
uma faixa de largura não inferior a 10 m para sarcimento da despesa efectuada, podendo, mediante
cada um dos lados; protocolo, delegar esta competência na junta de fre-
d) Pelas linhas de transporte e distribuição de ener- guesia.
gia eléctrica em média tensão providencie a ges- 11 — Nos parques de campismo, nas infra-estrutu-
tão do combustível numa faixa correspondente ras e equipamentos florestais de recreio, nos parques
à projecção vertical dos cabos condutores exte- e polígonos industriais, nas plataformas de logística
riores acrescidos de uma faixa de largura não e nos aterros sanitários inseridos ou confinantes com
inferior a 7 m para cada um dos lados. espaços florestais é obrigatória a gestão de combus-
tível, e sua manutenção, de uma faixa envolvente com
2 — Os proprietários, arrendatários, usufrutuários ou uma largura mínima não inferior a 100 m, competindo
entidades que, a qualquer título, detenham terrenos con- à respectiva entidade gestora ou, na sua inexistência
finantes a edificações, designadamente habitações, esta- ou não cumprimento da sua obrigação, à câmara muni-
leiros, armazéns, oficinas, fábricas ou outros equipamen- cipal realizar os respectivos trabalhos, podendo esta,
tos, são obrigados a proceder à gestão de combustível para o efeito, desencadear os mecanismos necessários
numa faixa de 50 m à volta daquelas edificações ou ao ressarcimento da despesa efectuada.
instalações medida a partir da alvenaria exterior da edi- 12 — Sempre que, por força do disposto no número
ficação, de acordo com as normas constantes no anexo anterior, as superfícies a submeter a trabalhos de gestão
do presente decreto-lei e que dele faz parte integrante. de combustível se intersectem, são as entidades referidas
3 — Em caso de incumprimento do disposto nos naquele número que têm a responsabilidade da gestão
números anteriores, a câmara municipal notifica as enti- de combustível.
dades responsáveis pelos trabalhos. 13 — Os proprietários e outros produtores florestais
4 — Verificado o incumprimento, a câmara municipal são obrigados a facultar os necessários acessos às enti-
poderá realizar os trabalhos de gestão de combustível, dades responsáveis pelos trabalhos de gestão de com-
com a faculdade de se ressarcir, desencadeando os meca- bustível.
nismos necessários ao ressarcimento da despesa efec- 14 — A intervenção prevista no número anterior é
tuada. precedida de aviso a afixar no local dos trabalhos, num
5 — Na ausência de intervenção, nos termos dos prazo não inferior a 10 dias.
números anteriores, entre o dia 15 de Abril de cada 15 — As acções e projectos de arborização ou rear-
ano e até 30 de Outubro, os proprietários ou outras borização deverão respeitar as faixas de gestão de com-
entidades que detenham a qualquer título a adminis- bustível previstas neste artigo.
tração de habitações, estaleiros, armazéns, oficinas, 16 — O disposto nos números anteriores prevalece
fábricas ou outros equipamentos sociais e de serviços sobre quaisquer disposições em contrário.
N.o 123 — 28 de Junho de 2006 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 4593
17 — Nas superfícies a submeter a gestão de com- 5 — Sempre que as condições edafoclimáticas o per-
bustível são aplicados os critérios definidos no anexo mitam, deverá ser favorecida a constituição de povoa-
do presente decreto-lei, e que dele faz parte integrante. mentos de espécies arbóreas caducifólias ou de espécies
com baixa inflamabilidade e combustibilidade.
Artigo 16.o 6 — Todas as acções de arborização ou reflorestação
devem obedecer aos critérios estipulados neste artigo.
Edificação em zonas de elevado risco de incêndios
de vias integrantes da rede viária florestal, pontos de c) Nas áreas onde exista sinalização correspon-
água e das demais infra-estruturas florestais integrantes dente a limitação de actividades.
das redes regionais de defesa da floresta contra incên-
dios constarão de regulamentos próprios, a aprovar por 2 — O acesso, a circulação e a permanência de pes-
portaria do Ministro da Agricultura, do Desenvolvi- soas e bens ficam condicionados nos seguintes termos:
mento Rural e das Pescas.
a) Quando se verifique o índice de risco temporal
de incêndio de níveis muito elevado e máximo
SECÇÃO IV não é permitido aceder, circular e permanecer
no interior das áreas referidas no número ante-
Incumprimento rior, bem como nos caminhos florestais, cami-
nhos rurais e outras vias que as atravessam;
Artigo 21.o b) Quando se verifique o índice de risco temporal
Incumprimento de medidas preventivas de incêndio de nível elevado não é permitido,
no interior das áreas referidas no número ante-
1 — Os proprietários, os produtores florestais e as rior, proceder à execução de trabalhos que
entidades que a qualquer título detenham a adminis- envolvam a utilização de maquinaria sem os dis-
tração dos terrenos, edificação ou infra-estruturas refe- positivos previstos no artigo 30.o, desenvolver
ridas no presente decreto-lei são obrigados ao desen- quaisquer acções não relacionadas com as acti-
volvimento e realização das acções e trabalhos de gestão vidades florestal e agrícola, bem como circular
de combustível nos termos da lei. com veículos motorizados nos caminhos flores-
2 — Sem prejuízo do disposto em matéria contra- tais, caminhos rurais e outras vias que as
-ordenacional, em caso de incumprimento do disposto atravessam;
no artigo 12.o, nos n.os 1, 2, 8, 9 e 11 do artigo 15.o c) Quando se verifique o índice de risco temporal
e no artigo 17.o, as entidades fiscalizadoras devem, no de incêndio de níveis elevado e superior todas
prazo máximo de seis dias, comunicar o facto às câmaras as pessoas que circulem no interior das áreas
municipais, no âmbito de incumprimento do artigo 15.o, referidas no n.o 1 e nos caminhos florestais,
e à Direcção-Geral dos Recursos Florestais, no âmbito caminhos rurais e outras vias que as atravessam
dos artigos 12.o e 17.o ou delimitam estão obrigadas a identificar-se
3 — A câmara municipal ou a Direcção-Geral dos perante as entidades com competência em maté-
Recursos Florestais, nos termos do disposto no número ria de fiscalização no âmbito do presente
anterior, notifica, no prazo máximo de 10 dias, os pro- decreto-lei.
prietários ou as entidades responsáveis pela realização
dos trabalhos, fixando um prazo adequado para o efeito, 3 — Fora do período crítico, e desde que se verifique
notifica ainda o proprietário ou as entidades respon- o índice de risco temporal de incêndio de níveis muito
sáveis dos procedimentos seguintes, nos termos do elevado e máximo, não é permitido aceder, circular e
Código do Procedimento Administrativo, dando do permanecer no interior das áreas referidas no n.o 1,
facto conhecimento à Guarda Nacional Republicana. bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e
4 — Decorrido o prazo referido no número anterior outras vias que as atravessam.
sem que se mostrem realizados os trabalhos, a câmara 4 — Fora do período crítico, e desde que se verifique
municipal ou a Direcção-Geral dos Recursos Florestais o índice de risco temporal de incêndio de níveis elevado
procede à sua execução, sem necessidade de qualquer e superior, a circulação de pessoas no interior das áreas
formalidade, após o que notifica as entidades faltosas referidas no n.o 1 fica sujeita às medidas referidas na
responsáveis para procederem, no prazo de 60 dias, ao alínea c) do n.o 2.
pagamento dos custos correspondentes.
5 — Decorrido o prazo de 60 dias sem que se tenha Artigo 23.o
verificado o pagamento, a câmara municipal ou a Direc-
ção-Geral dos Recursos Florestais extrai certidão de Excepções
dívida. 1 — Constituem excepções às medidas referidas nas
6 — A cobrança da dívida decorre por processo de alíneas a) e b) do n.o 2 e no n.o 3 do artigo 22.o:
execução fiscal, nos termos do Código de Procedimento
e de Processo Tributário. a) O acesso, a circulação e a permanência, no inte-
rior das referidas áreas, de residentes e de pro-
prietários e produtores florestais e pessoas que
CAPÍTULO IV aí exerçam a sua actividade profissional;
Condicionamento de acesso, b) A circulação de pessoas no interior das referidas
de circulação e de permanência áreas sem outra alternativa de acesso às suas
residências e locais de trabalho;
c) O exercício de actividades, no interior das refe-
Artigo 22.o
ridas áreas, que careçam de reconhecido acom-
Condicionamento panhamento periódico;
d) A utilização de parques de lazer e recreio
1 — Durante o período crítico, definido no artigo 3.o,
quando devidamente infra-estruturados e equi-
fica condicionado o acesso, a circulação e a permanência
pados para o efeito, nos termos da legislação
de pessoas e bens no interior das seguintes zonas:
aplicável;
a) Nas zonas críticas referidas no artigo 6.o; e) A circulação em auto-estradas, itinerários prin-
b) Nas áreas submetidas a regime florestal e nas cipais, itinerários complementares, estradas
áreas florestais sob gestão do Estado; nacionais e em estradas regionais;
N.o 123 — 28 de Junho de 2006 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 4595
5 — Sempre que existam árvores que interfiram com 3 — A Guarda Nacional Republicana, a Autoridade
a visibilidade, as entidades que a qualquer título sejam Nacional de Protecção Civil e as Forças Armadas arti-
detentoras de postos de vigia devem notificar os pro- culam as formas de participação das acções previstas
prietários das árvores para que estes procedam à sua no n.o 1, sem prejuízo das respectivas cadeias de
remoção. comando.
6 — Quando se verifique que o proprietário não pro- 4 — Compete à Direcção-Geral de Recursos Flores-
cedeu à remoção das árvores até ao dia 15 de Abril tais coordenar com as Forças Armadas as acções que
de cada ano, a entidade gestora do posto de vigia pode estas vierem a desenvolver na abertura de faixas de ges-
substituir-se ao proprietário, no corte e remoção, tão de combustível e nas acções de gestão de combustível
podendo dispor do material resultante do corte. dos espaços da floresta, bem como ouvir o ICN, quando
7 — A obrigação prevista no n.o 5 pode ser regulada estas acções se realizem em áreas protegidas.
por acordo, reduzido a escrito, a estabelecer entre a
entidade detentora do posto de vigia e os proprietários SECÇÃO II
ou produtores florestais que graciosamente consintam
a sua instalação, utilização e manutenção ou proprie- Combate de incêndios florestais
tários de área circundante.
8 — A instalação de qualquer equipamento que possa Artigo 35.o
interferir com a visibilidade e qualidade de comunicação Combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio
radioeléctrica nos postos de vigia ou no espaço de 30 m
em seu redor carece de parecer prévio favorável da 1 — A rede de infra-estruturas de apoio ao combate
Direcção-Geral dos Recursos Florestais e da Guarda é constituída por equipamentos e estruturas de combate,
Nacional Republicana. existentes no âmbito das entidades a quem compete o
combate, dos organismos da Administração Pública e
Artigo 33.o dos particulares, designadamente infra-estruturas de
combate e infra-estruturas de apoio aos meios aéreos.
Sistemas de vigilância 2 — As operações de combate aos incêndios flores-
tais, bem como as respectivas operações de rescaldo
1 — Os sistemas de vigilância móvel compreendem
necessárias para garantia das perfeitas condições de
as brigadas de vigilância móvel que o Estado constitua,
extinção são asseguradas por entidades com responsa-
os sapadores florestais, os corpos especiais de vigilantes
bilidades no combate a incêndios florestais e por pro-
de incêndios e outros grupos que para o efeito venham
fissionais credenciados para o efeito e sob orientação
a ser reconhecidos pela Guarda Nacional Republicana.
da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
2 — Os sistemas de vigilância móvel têm, designa-
3 — Podem ainda participar nas operações de res-
damente, por objectivos:
caldo, nomeadamente em situação de várias ocorrências
a) Aumentar o efeito de dissuasão; simultâneas, os corpos especiais de vigilantes de incên-
b) Identificar agentes causadores ou suspeitos de dios, os sapadores florestais, os vigilantes da natureza
incêndios ou situações e comportamentos anó- nas áreas protegidas e ainda outras entidades, brigadas
malos; ou grupos que para o efeito venham a ser reconhecidos
c) Detectar incêndios em zonas sombra dos postos pela Autoridade Nacional de Protecção Civil mediante
de vigia; parecer prévio da Direcção-Geral dos Recursos Flo-
d) Realizar acções de primeira intervenção em restais.
fogos nascentes. 4 — A participação dos meios referidos no número
anterior é concretizada nos termos da lei.
3 — É da competência da Guarda Nacional Repu-
blicana a coordenação das acções de vigilância levadas Artigo 36.o
a cabo pelas diversas entidades.
Remoção de materiais queimados