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METROLOGIA E
INSTRUMENTAÇÃO
APLICADA A
PETRÓLEO E GÁS
SÉRIE PETRÓLEO E GÁS
METROLOGIA E
INSTRUMENTAÇÃO
APLICADAS A
PETRÓLEO E GÁS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
METROLOGIA E
INSTRUMENTAÇÃO
APLICADAS A
PETRÓLEO E GÁS
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
Reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia
autorização, por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI do
Rio de Janeiro, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação-na-Publicação (CIP) – Brasil
Biblioteca Artes Gráficas – SENAI-RJ
S491m
SENAI/DN.
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás / SENAI/DN [e]
SENAI/RJ. – Brasília : SENAI/DN, 2012.
128 p. : il. ; 29,7 cm. – (Série Petróleo e Gás).
ISBN 978-85-
CDD: 665.5
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 – Controle da unidade de processo de uma refinaria de petróleo 11
Figura 2 – Símbolos e números formam as grandezas físicas 15
Figura 3 – Paquímetro 29
Figura 4 – Termômetro de dilatação de líquidos 29
Figura 5 – Exemplo de erro aleatório 32
Figura 6 – Na plataforma de petróleo, a instrumentação necessária 43
Figura 7 – Exemplo de rede com tecnologia Hart 44
Figura 8 – Exemplo de rede Fieldbus 45
Figura 9 – Tipo coluna reta 49
Figura 10 – Tipo coluna em U 50
Figura 11 – Tipos de Bourdon 51
Figura 12 – Manômetro C 52
Figura 13 – Manômetro de Fole 53
Figura 14– Manômetro de diafragma 53
Figura 15 – Manômetro com contato elétrico 54
Figura 16 – Manômetro de selo 55
Figura 17 – Tipos de sifão 55
Figura 18 – Fitas extensiométricas 56
Figura 19 – Sensor Piezoelétrico 57
Figura 20 – Sensor Capacitivo 58
Figura 21 – Temperatura x pressão 61
Figura 22 – Exemplo de norma da ABNT 62
Figura 23 – Termômetro de capela 63
Figura 24 – Termômetros de dilatação 64
Figura 25 – Termômetro bimetálico 65
Figura 26 – Termopar com indicador 65
Figura 27 – Efeito Seebeck 67
Figura 28 – Efeito Peltier 67
Figura 29 – Lei dos circuitos monogêneos 69
Figura 30 – Leis dos metais intermediários 69
Figura 31 – Juntas de referência 72
Figura 32 – Vantagens dos termopares de isolação mineral 74
Figura 33 – Associação de termopares em série 76
Figura 34 – Associação em série oposta 76
Figura 35 – Esquema da associação em paralelo 77
Figura 36 – Sensor Pt100 com miçanga de óxido de magnésio com bainha 79
Figura 37 – Sensor Pt100 79
Figura 38 – Termorresistências com miçanga 80
Figura 39 – Ponte de wheatstone 81
Figura 40 – Ponte de wheatstone com termorresistência a dois fios 81
Figura 41 – Ponte de wheatstone com termorresistência a três fios 82
Figura 42 – Tipos de escoamento 86
Figura 43 – Placa de orifício 88
Figura 44 – Placa de orífício numa tubulação 88
Figura 45 – Tubo Venturi 89
Figura 46 – Tubo de Pitot 89
Figura 47 – Medidor de vazão tipo turbina 90
Figura 48 – Medidor de vazão (Coriolis) 91
Figura 49 – Régua e gabarito 92
Figura 50 – Visor de nível tubular e vidro plano 93
Figura 51 – Visor de nível plano 93
Figura 52 – Medidor de nível utilizando boia 94
Figura 53 – Medidor por pressão diferencial 94
Figura 54 – Medidor de nível capacitivo 95
Figura 55 – Medidor de nível de ultrassom 96
Figura 56 – Ponte de wheatstone 97
Figura 57 – Válvula de processo 98
Figura 58 – Malha aberta 100
Figura 59 – Malha fechada 100
Figura 60 – Controlador 101
Figura 61 – Válvula de controle 102
Figura 62 – Tipos de controle 104
Figura 63 – Medidor com célula de zircônio – célula com prisma 105
Figura 64 – Medidor com célula de zircônio 105
Figura 65 – Gráficos do analisador de oxigênio (O2) 106
Figura 66 – Controle feedback 107
Figura 67 – Controle em cascata 108
Figura 68 – Controle de relação 109
Figura 69 – Controle Split-Range 110
Figura 70 – Fluxograma de redução de riscos 111
Figura 71 – Escala de instrumento analógico 111
Figura 72 – Registrador 112
Figura 73 – Transmissor 112
Figura 74 – Válvula conversora 112
Figura 75 – Controladores 113
Figura 76 – Curva característica do erro de histerese 115
Figura 77 – Malha de processo 120
Sumário
1. Introdução 11
3 Instrumentação básica 43
3.1 Básico de instrumentação 43
3.2 Medição de Pressão 45
3.3 Temperatura 59
3.4 Medição de vazão – Princípios e definições 83
3.5 Nível 91
3.6 Elementos finais de controle 98
3.7 Analisadores de Gases 104
3.8 Tipos de malhas de processo 107
4. Fluxogramas 111
4.1 Características gerais de instrumentos utilizados nas
indústrias de Petróleo, Química, Farmacêutica, Alimentos e Siderúrgica 111
4.2 Terminologia utilizada em instrumentação que
define características estáticas e dinâmicas dos instrumentos 113
4.3 Simbologia 116
4.4 Malha de processo – Identificação de instrumentação 119
Referências 123
Introdução
Este livro tem como finalidade apresentar de forma rápida os equipamentos e os processos, uti-
lizados na indústria de petróleo. Acompanhe alguns dos assuntos que serão abordados a seguir.
MEDIÇÃO
Pressão
Conteúdo em que terá uma visão das práticas de
Temperatura
Nível
medição, dos instrumentos de medição utilizados e das Vazão
variáveis de processo. Acompanhe no quadro ao lado. Controle de processo
Análise de gases
MEDIÇÃO DE VAZÃO – Você saberá como é feita a Protocolos empregados na
medição de vazão em petróleo e gás e os princi- comunicação dos instrumentos
de medidas como: Protocolo
pais instrumentos utilizados. Hart e Protocolo Fieldbus)
MEDIÇÃO DE PRESSÃO – Você conhecerá as técni-
Os instrumentos que são utiliza-
dos em plataformas de extração
cas de medição de pressão nos poços de petró- de petróleo e em refinarias
leo e os instrumentos empregados.
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
12
1
PETROLÍFERA MEDIÇÃO DE NÍVEL – Você poderá conhecer as técnicas de medição do nível
Indústria de petróleo. dos tanques abertos e dos tanques fechados. Também ficará sabendo como é
feito o armazenamento de Petróleo e Gás.
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA – Você vai descobrir como os sensores são utiliza-
dos na indústria de petróleo e gás.
MEDIÇÃO DE GASES – Neste item você verá que se trata de uma operação
realizada com o emprego de células especiais.
METROLOGIA – Você vai conhecer as técnicas de calibração, conceitos e estabe-
lecimento de tratamentos estatísticos. Depois de aprender as técnicas você vai
descobrir que a indústria de Petróleo e Gás utiliza essas medidas na obtenção
de certificados de calibração para garantir a confiabilidade do que foi medido.
CONTROLE DE PROCESSO – Com este conceito você vai identificar as princi-
pais técnicas utilizadas pelos controladores nas plataformas e refinarias de
Petróleo e Gás.
Anotações:
Sistemas de grandezas
∑ (Xk – X)2
k=1
S=
n–1
In-Fólio/Cris Marcela
A norma ABNT NBR ISO31-11:2006 adota um sistema de grandezas físicas. Ele está estrutura-
do em sete grandezas. Confira no quadro a seguir.
Comprimento
Massa
Tempo
In-Fólio/Paula Moura
SISTEMA MÉTRICO
Este sistema utiliza o metro como padrão. O termo metro teve origem na pala-
vra grega “Metron” que significa medir.
O metro a que se refere a Lei foi definido como sendo a distância entre os dois
extremos da barra de platina, depositada nos arquivos da França e apoiada nos
pontos de flexão mínima na temperatura de zero grau Celsius.
SISTEMA INGLÊS
O sistema inglês tem como padrão a jarda. Esse termo tem origem na palavra
inglesa Yard que significa vara. É uma referência ao uso de varas nas medições. Es-
se padrão foi criado por alfaiates ingleses. No século XII, em consequência da sua
grande utilização, esse padrão foi oficializado pelo rei Henrique I. A jarda teria si-
do definida, então, como a distância entre a ponta do nariz do rei e a de seu pole-
gar, com o braço esticado.
1 1 1 1 1 1 1
1", , , , , , ,
2" 4" 8" 16" 32" 64" 128"
2 SISTEMAS DE GRANDEZAS
17
Acompanhe em seguida
os diversos padrões
com suas definições:
Padrão primário
Padrão secundário
Padrão internacional
Padrão nacional
Padrão de trabalho
Padrão primário
Padrão que é designado ou amplamente reconhecido como tendo as mais
altas qualidades metrológicas e cujo valor é aceito sem referência a outros
padrões de mesma grandeza.
Padrão secundário
Padrão cujo valor é estabelecido por comparação a um padrão primário
da mesma grandeza.
Padrão internacional
Padrão reconhecido por um acordo internacional, servindo como base
para estabelecer valores a outros padrões da grandeza a que se refere.
Padrão nacional
Padrão reconhecido por uma decisão nacional para servir, em um país, como
base, com a finalidade de estabelecer valores a outros padrões da grandeza a
que se refere.
Padrão de trabalho
Padrão utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar medidas mate-
rializadas, instrumentos de medição ou materiais de referência.
Rastreabilidade
Instrumentação
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundos s
Hierarquia de padrões
Como estes padrões são definidos por acordo internacional, eles são adotados
por convenção, levando em conta o fato de que a realização do fenômeno físico
que define a grandeza não está sujeita aos erros comumente identificados nos ou-
tros padrões.
CASOS E RELATOS
Metro m Comprimento
Quilograma kg Massa
Hora h Tempo
Segundo s Tempo
Kelvin K Temperatura
Hertz Hz Frequência
Newton N Força
Pascal Pa Pressão
Watt W Potência
Sempre que uma medida estiver em uma unidade diferente daquela que se es-
tá utilizando, ela deve ser convertida, ou seja, precisamos mudar a unidade da me-
dida. Por conta disso, para converter polegada em milímetro necessitamos de uma
informação precisa. Acompanhe com atenção!
In-Fólio/Paula Moura
25,4mm, a conversão de polegada
decimal em milímetro ou de polegada
binário em milímetro é feita quando
multiplicamos o valor da polegada
decimal ou binário por 25,4mm.
UNIDADE DE PRESSÃO
Pa (N/m2) kgf/cm2 psi pol.H2O cm.H2O pol.Hg mmHg atm bar
1 1,0197 x 10-5 1,45 x 10-4 4,0147 x 10-3 0,010197 2,953 x 10-4 7,501 x 10-3 9,8692 x 10-6 1 x 10-5
98,064 0,0010 0,01422 0,3937 1 0,02896 0,7356 9,678 x 10-4 9,8064 x 10-4
Resistência elétrica
Miliohm mΩ 10-3 Ω
Múltiplos Unidade Valor
Quiloohm kΩ 103 Ω
Megaohm MΩ 106 Ω
Gigaohm GΩ 109 Ω
exametro Em 1018 = m
petametro Pm 1015 = m
terametro Tm 1012 = m
gigametro Gm 109 = m
megametro Mm 106 = m
quilômetro km 103 = m
hectômetro hm 102 = m
decâmetro dam 101 = m
metro m 1=m
decímetro dm 10–1 = m
centímetro cm 10–2 = m
milímetro mm 10–3 = m
micrometro μm 10–6 = m
nanometro nm 10–9 = m
picometro pm 10–12 = m
femtometro fm 10–15 = m
attometro am 10–18 = m
Tensão elétrica
SUBMÚLTIPLOS/
UNIDADE VALOR
MÚLTIPLOS
microvolt μV 10–6 V
milivolt mV 10–3 V
volt V 1V
quilovolt kV 103 V
megavolt MV 106 V
2 SISTEMAS DE GRANDEZAS
25
Ampère
SUBMÚLTIPLOS/
UNIDADE VALOR
MÚLTIPLOS
Picoampère pA 10–12 A
Nanoampère ήA 10–9 A
Microampère μA 10–6 A
Miliampère mA 10–3 A
Ampère A 1
Quiloampère kA 103 A
Mega-ampère MA 106 A
Potência elétrica
SUBMÚLTIPLOS/
UNIDADE VALOR
MÚLTIPLOS
microwatt μW 10–6 W
miliwatt mW 10–3 W
watt W 1
quilowatt kW 103 W
megawatt MW 106 W
Unidades e padrões
físicas independentes e
estabeleceu para cada grandeza
um valor unitário, identificado
através de um padrão.
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
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Grandezas físicas
GRANDEZA
DEFINIÇÃO UNIDADE SÍMBOLO
FUNDAMENTAL
Comprimento Metro é o comprimento do trajeto percorrido metro m
pela luz no vácuo, durante um intervalo de
tempo de 1/299792458.
Unidades derivadas
EXPRESSÃO
GRANDEZA UNIDADE SÍMBOLO EM UNIDADES
DE BASE
Área metro quadrado m2 m2
Volume metro cúbico m3 kg/m3
Massa específica quilograma/metro cúbico kg/m3 kg/m3
Vazão metro cúbico/segundo m3/s m3/s
Velocidade metro /segundo m/s m/s
Concentração de substância mol/metro cúbico mol/m3 mol/m3
Volume específico metro cúbico/quilograma m3/kg m3/kg
Luminância candela/ metro quadrado cd/m2 cd/m2
2 SISTEMAS DE GRANDEZAS
27
In-Fólio/Paula Moura
Atividades: Execução nas calibrações
Responsabilidade: Metrologista
Supervisão: Gerente técnico
Condições ambientais
Umidade
Temperatura Vibração
Relativa do Ar
Os instrumentos a
serem calibrados
deverão ser
limpos e isentos
de graxa.
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
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MEDIÇÃO
Assim, antes de utilizar uma medida como informação, relevante para qualquer
tomada de decisão, é necessário estudar o processo de medição, de modo a co-
nhecer todas as fontes de variação associadas aos fatores metrológicos.
Método Amostra
Medida
In-Fólio/Paula Moura
Condições
Operador Equipamentos
Ambientais
PROCESSO DE MEDIÇÃO
In-Fólio/Stela Martins
Figura 3 – Paquímetro
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
Unidade de
Transdutor Indicador
tratamento de sinal
FIQUE Todo trabalho terá que ser feito com a maior segurança.
Sem utilizar os EPIs, em caso de acidente você será o maior
ALERTA prejudicado.
GRANDEZA A MEDIR
Unidade de
Indicador ou
Transdutor tratamento Receptor
registrador
de sinais
RESOLUÇÃO DA MEDIÇÃO
RM = RB ± IR unidade
Bom senso.
ERRO DE MEDIÇÃO
E = M – VV
Onde
E – erro de medição
M – medida
VV – valor verdadeiro
2 SISTEMAS DE GRANDEZAS
31
Onde
E = M – VVC
VVC = valor verdadeiro convencional
TIPOS DE ERRO
Para melhor entender o erro de medição, podemos considerar o erro como al-
go composto de três parcelas:
Onde
E = Erro de medição
E = Eg + Es + Ea Eg = Erro grosseiro
Es = Erro sistemático
Ea = Erro eleatório
Erro sistemático (Es) – É uma parcela de erro sempre presente nas medições
realizadas em idênticas condições de operação. Um indicador com ponteiro
torto é um exemplo clássico de erro sistemático, que sempre se repetirá
enquanto o ponteiro estiver torto.
Tanto pode ser causado por problema de ajuste ou desgaste do sistema de me-
dição, quanto por fatores construtivos. Pode ainda ser influenciado por fatores ex-
ternos, como as condições ambientais. O erro sistemático, embora se repita se a me-
dição for realizada em condições idênticas, geralmente não é constante ao longo de
toda faixa em que o SM pode operar.
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
32
36
VIM Erro aleatório – Quando uma medição é repetida diversas vezes, nas mes-
Vocabulário Internacional mas condições observam-se variações nos valores obtidos. Em relação ao
de Metrologia valor médio, nota-se que estas variações ocorrem de forma imprevisível,
tanto nos valores acima quanto nos que estão abaixo do valor médio.
A B
C D
In-Fólio/Cris Marcela
CONCEITOS DE PROBABILIDADE
In-Fólio/Paula Moura
deverá ser medido, a fim de se
verificar a sua conformidade
com as especificações de
projeto ou de qualidade.
Segundo o VIM, o RM é o valor atribuído ao objeto que está sendo medido, va-
lor obtido por medição. Em geral, o RM é somente uma aproximação ou estimati-
va do valor de uma quantidade específica que pode ser medida. Segundo INMETRO
(2003), este resultado somente estará completo quando ele contiver tanto o valor
atribuído ao mensurando, quanto a incerteza de medição associada a este valor.
Neste documento, todas as grandezas que não são conhecidas exatamente são
tratadas como variáveis aleatórias, incluindo as grandezas de influência que po-
dem afetar o valor medido.
INCERTEZA DE MEDIÇÃO
Incerteza Incerteza
Tipo A (uA) Tipo B (uB)
n
∑ (Xk – X)2
k=1
S=
n–1
Onde:
s = Desvio padrão
Xk = Resultado da medição atual
X = Média dos resultados
n = Número de medições
k = Índice da medição atua
u =s
σ
u=
n
Tabela de Student
NÍVEL DE
T DE STUDENT
CONFIANÇA (P)
90% 1,64
95% 1,96
99% 2,58
a
u=
3
Onde:
Mi – Mj
u= Mi é o maior valor encontrado
3
Mj é o menor valor encontrado
Considerando o que foi dito no parágrafo anterior, pode-se dizer que ao se uti-
lizar um instrumento de medição analógico, o operador está sujeito ao erro de ar-
redondamento, por conta da resolução adotada para o sistema de medição. Em
função disto, durante o processo de medição, é introduzida uma componente adi-
cional de incerteza. Seu efeito é de natureza aleatória e pode ser quantificado atra-
vés dos limites máximos possíveis, segundo uma distribuição retangular. Assim, o
máximo erro de arredondamento decorre da resolução adotada (RA) e a incerte-
za de um instrumento analógico será dada por:
RA
u=
3
2 SISTEMAS DE GRANDEZAS
37
R
u=
2 3
Isto é aplicável, por exemplo, quando o instrumento tiver o seu mostrador di-
gital, em que o valor mostrado pode variar devido ao truncamento numérico.
Onde:
ΔL = Variação no comprimento
ΔL L␣ΔT
u= = L = Comprimento nominal ou média das medições
6 6
␣ = Coeficiente de dilatação térmica do material (aço: a = 11,8 μm/ºC)
ΔT = Variação da temperatura (variação expressa em ºC no cálculo)
Onde:
ΔL = Variação no comprimento
ΔL ΔFL ΔF = Variação máxima na força de medição
u= =
6 6 L = Comprimento medido
A = Área da secção transversal
E = Módulo de elasticidade do material
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
38
Vp = n – 1
Grau de liberdade efetivo é o valor que estima a combinação dos graus de li-
berdade (in) associados a cada uma das incertezas padrão, com uma ponderação
pelas respectivas incertezas padrão (VIM). Seu cálculo é feito usando-se a fórmula
de Welch-Satterwaite.
u4c
Veff =
u14 u42 u43 u4i
+ + + ... +
V1 V2 V3 Vi
MENSURANDO VARIÁVEL
MENSURANDO INVARIÁVEL
2 2 2 2
uc = u1 + u2 + u3 + ... + ui
Este valor não é adotado como real, pois representa uma probabilidade esta-
tística de aproximadamente 68% de se encontrar o erro de medição, e assim não
constitui uma boa aproximação. Para determinar a incerteza com nível de confian-
ça maior, deve-se calcular a incerteza expandida, cujo valor estará dentro de uma
confiança de 95%. O valor da incerteza combinada contempla também as incer-
tezas herdadas dos padrões corrigidos, se necessário, conforme as diretrizes dos
certificados de calibração correspondentes.
INCERTEZA EXPANDIDA
A incerteza expandida (U), é definida como sendo a grandeza que define um inter-
valo em torno do resultado de uma medição, que pode englobar uma grande fração
da distribuição de valores que, por sua vez, podem ser razoavelmente atribuídos ao
mensurando (VIM). Esta fração pode ser vista como a probabilidade de abrangência ou
nível de confiança do intervalo. Para associar um nível de confiança ao intervalo defini-
do pela incerteza expandida são necessárias suposições explícitas ou implícitas, com
respeito à distribuição de probabilidade caracterizada pelo resultado da medição e sua
incerteza combinada. O nível de confiança que pode ser atribuído a este intervalo só
pode ser conhecido na medida em que tais suposições possam ser justificadas.
Onde:
U = k uc k é o fator de abrangência para
o nível de confiança desejado.
No Brasil, essa norma é denominada NBR ISO/IEC 17025, utilizada pelo INMETRO,
com credenciamento do laboratório a ser integrado à RBLE – Rede Brasileira de La-
boratórios de Ensaio e a RBC – Rede Brasileira de Calibração.
RECAPITULANDO
CNI
Na indústria de petróleo e gás natural as variáveis mais importantes são a vazão e o nível,
pois elas são usadas como variáveis de transferência, ou mesmo como seus medidores, sendo a
base para a compra e venda destes produtos. As outras variáveis são medidas para fins de com-
pensação, mudanças de volume para massa, estabelecimento de condições padrão de transfe-
rência e segurança de operação.
Pressão
Nível
Vazão
Temperatura
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
44
Processo Processo
contínuo descontínuo
PROTOCOLO HART
Analógico
Dados
Hart digitais
Hart
Interface
4 à 20mA
In-Fólio/Cris Marcela
PROTOCOLO FIELDBUS
Dados de
Alarme Feedback diagnóstico
Feedback Saída
In-Fólio/Paula Moura
Pressão é definida como a relação de uma força aplicada sobre uma área.
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
46
A variável é a que permite medir a pressão, assim como também se pode me-
dir outras variáveis, tais como: Nível e Vazão.
P – Pressão
F
P= F – Força a unidade Newton (N)
A
A – Área a unidade m2
UNIDADES DE PRESSÃO
TEOREMA DE BERNOULLI
1 2 1 2
P1 + ρ.V1 + ρ . g . h1 = P2 + ρ.V2 + ρ . g . h2 = cte
2 2
P1 + ρ . g . h1 = P2 + ρ . g . h2 = cte
TEOREMA DE STEVIN
Este teorema foi estabelecido por Stevin. Ele relaciona as pressões estáticas
exercidas por um fluído em repouso.
P2 . P1 = ΔP = ( h2 – h1 ) * δ
h1
δ = Peso específico h2
P1
Relação entre peso e volume δ
P2
de uma determinada.
A unidade usual é kgf/m3.
3 INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
47
PRINCÍPIO DE PASCAL
10 kgf
1 F1
A2 = 10cm2
2 F2
h1 h2
F1 = 2cm2
A2 = 10cm2
F1 F1 F1 F2
P1 = P1 = P1 = P2 = =
A1 A1 A1 A2
O Volume deslocado
V1 = A1 x h1 V2 = A2 x h2 A1 x h1 = A2 x h2
P1 P2
h1
δ
h2
Equação manométrica
In-Fólio/Cris Marcela
P1 + ( h1 x δ ) = P2 + ( h2 x δ ) P1 – P2 = δ ( h1 – h2)
PRESSÃO ESTÁTICA
É a pressão medida na parede interna da tubulação por onde passa o fluido. Ela
é chamada de estática, porque a velocidade do fluido viscoso que flui através da
parede rugosa da tubulação é zero.
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
48
Pressão dinâmica
É a pressão exercida por um fluido em movimento paralelo à sua corrente.
1 N
Pd = ρ . V2 2
2 m
Pressão total
É o somatório da pressão dinâmica e da pressão estática.
Pressão absoluta
É a pressão a partir do vácuo absoluto ou zero absoluto.
Pressão atmosférica
É a pressão exercida pela camada de ar que envolve a Terra. O instrumento
que mede a pressão atmosférica é o Barômetro. Ao nível do mar, quando
se mede a pressão, tomando como referência a pressão atmosférica, cha-
mamos esta pressão de pressão relativa. As pressões abaixo dessa referên-
cia são chamadas de vácuo ou pressão negativa.
Os instrumentos que medem pressão absoluta vêm com a letra A após a unidade.
MEDIDORES DE PRESSÃO
A medição tem por objetivo facilitar a análise e a escolha do tipo mais adequado.
Os medidores de pressão, de um modo geral, podem ser divididos em três partes:
Elemento receptor
É o que recebe o impacto da medição e a transforma em deslocamento
ou força.
Exemplo:
Bourdon fole, diafragma
3 INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
49
Elemento de transferência
É o que amplifica o deslocamento ou transforma um sinal em outro (sinal
elétrico e pneumático), que é mandado para a indicação.
Exemplo:
Link mecânico, relé piloto, amplificadores operacionais.
Elemento de indicação
É o que recebe o sinal e o indica.
Exemplo:
Ponteiro, display.
MEDIDORES
Manômetro de líquidos
Posição de leitura
In-Fólio/Cris Marcela
Água
Manômetro tipo
coluna em U P1 P2
In-Fólio/Paula Moura
Como os lados da coluna em
U possuem diâmetros diferentes
a e A. Observe na figura ao lado. Figura 10 – Tipo coluna em U
P1 – P2 = δ (h1 + h2)
A x h1 = a x h1
como
a
h1 = x h2
A
A equação será
δ x h2 (1 + a)
P1 – P2 =
A
In-Fólio/Paula Moura
Tipo Espiral
Latão Cobre
Alumibras Berílio
Aço inox Liga de aço
Bronze fosforoso
O manômetro é utilizado na faixa de 25% e 75%, que é a faixa precisa do ma-
nômetro.
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
52
Bourdon C
O tubo Bourdon que é curvo e flexível, ligado a um acoplamento de pon-
teiro, quando o fluido penetra no bourdon, o tubo se retifica, diminuindo
sua curvatura.
Tubo de Bourdon
2
Escala
1 Coroa/Pinhão
Ponteiro
0
In-Fólio/Paula Moura
Pressão medida
Figura 12 – Manômetro C
Manômetro diferencial
Os manômetros são os que utilizam dois Bourdon e com um único meca-
nismo medem a diferença entre as pressões. O resultado é a diferença das
pressões aplicadas.
3 INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
53
Manômetro de fole
O fole consiste em uma câmara metálica, corrugada, que se deforma ao se
aplicar uma pressão. O fole é utilizado em médias pressões.
In-Fólio/Cris Marcela
Figura 13 – Manômetro de fole
Manômetros de diafragma
Ponteiro
Pinhão
Setor
Link
In-Fólio/Stela Martins
In-Fólio/Cris Marcela
Diafragma
elástico
Metálicos
Estes diafragmas são feitos de uma chapa metálica, lisa ou enrugada,
ligadas a um ponteiro por meio de uma haste. O movimento de deflexão
do diafragma, causado pela pressão, posiciona um ponteiro indicador ao
longo de uma escala de graduação constante. São fabricados de bronze
fosforoso, cobre, berílio, latão, aço inoxidável e monel.
Não metálicos
São fabricados em couro, teflon, neoprene e polietileno. São empregados
para pressões baixas. Geralmente, uma mola opõe-se ao movimento do
diafragma, cuja deflexão é diretamente proporcional à pressão aplicada.
ACESSÓRIOS DO MANÔMETRO
Contato elétrico
Selo
Sifão
Amortecedor de pulsação
SENAI-RJ
Manômetro de selo
O sistema de selagem é uma
técnica muito utilizada na indús-
tria para isolar o fluido de proces-
so do contato direto com o ins-
trumento de medição. Em mui-
tos casos, é necessário isolar o
fluido de processo, que pode ser
quente, sólido em suspensão,
corrosivo ou com possibilidade
Sifão
Na medição de qualquer variá-
vel em linhas de vapor, geral-
mente, é utilizado um tubo sifão Figura 16 – Manômetro de selo
para proteger o elemento de
medição da alta temperatura. O condensado fica acumulado no tubo
sifão, impedindo que o vapor entre em contato com o elemento de medi-
ção. Confira, a seguir, alguns tipos de tubo sifão utilizados na indústria. In-Fólio/Cris Marcela
Amortecedor de pulsação
É usado quando o elemento for submetido à pressões pulsantes. Ele deve
ser protegido por um amortecedor de pulsação. Esse amortecedor pode
ser uma válvula agulha, que serve como bloqueio, possibilitando a
retirada do instrumento sem parar o processo.
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
56
Fio solidário
à base
L x número de voltas
Lâmina de base
F
Lâmina de base
(flexível)
In-Fólio/Paula Moura
Dispositivo que mede a deformação elástica sofrida pelos sólidos, quando es-
tes são submetidos ao esforço de tração ou compressão. Na realidade, são fitas me-
tálicas fixadas adequadamente nas faces de um corpo a ser submetido ao esforço
de tração, ou compressão, e que têm sua seção transversal e seu comprimento al-
terado em virtude desse esforço imposto ao corpo.
Na confecção destas fitas são utilizados metais que possuem baixo coeficiente
de temperatura, a fim de que exista uma relação linear entre resistência e tensão
numa faixa mais ampla.
SENSOR PIEZOELÉTRICO
Pressão
Diafragma
Líquido de enchimento
Cristal
Amplificador
In-Fólio/Paula Moura
SENSOR CAPACITIVO
Diafragma sensor
Diafragma isolador
Fluido de enchimento
Cerâmica
Superfície metalizada
Vidro
Aço
In-Fólio/Paula Moura
Processo Processo
Figura 20 – Sensor Capacitivo
CASOS E RELATOS
3.3 TEMPERATURA
Junto com a pressão, vazão e nível, a temperatura é uma das principais variá-
veis de processo. Sua medição e controle são de vital importância, haja vista que
abrange variações físicas e químicas de substâncias.
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
60
ΔQ = m x c x Δt
Onde:
ΔQ = Variação na quantidade de calor
m = Massa da substância envolvida
c = Calor específico (característicos das substância)
Δt = Variação de temperatura
CONVERSÃO DE ESCALA
ºC ºF – 32
=
3 9
Para melhor expressar as leis da termodinâmica foi criada uma escala baseada
em fenômenos de mudança de estado físico de substâncias puras, que ocorrem
em condições únicas de temperatura e pressão.
3 INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
61
São os chamados pontos fixos de temperatura. Chama-se esta escala de IPTS – Es-
cala Prática Internacional de Temperatura. A primeira escala prática internacional de
temperatura surgiu em 1927 e foi modificada em 1948 (IPTS-48). Em 1960 mais modi-
ficações foram feitas e, em 1968, uma nova Escala Prática Internacional de Temperatu-
ra foi publicada (IPTS-68). A mudança de estado de substâncias puras (fusão, ebulição)
é normalmente desenvolvida sem alteração na temperatura. Todo calor recebido ou
cedido pela substância é utilizado pelo mecanismo de mudança de estado.
Pressão
Linhas de fusão
Fase líquida Linha de vaporização
Linha de sublimação
Fase vapor
Fase
In-Fólio/Cris Marcela
Temperatura
Figura 21 – Temperatura x pressão
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
62
BS UNI
Inglesa Italiana
Escala
Coluna líquida
(Indicação)
Bulbo
In-Fólio/Cris Marcela
PONTO DE PONTO DE
LÍQUIDO FAIXA DE USO ºC
SOLIDIFICAÇÃO ºC EBULIÇÃO ºC
No termômetro de mercúrio pode-se elevar o limite máximo até 550°C, por meio
da injeção de gás inerte sob pressão, evitando a vaporização do mercúrio. Por ser frá-
gil, é impossível registrar a sua indicação ou transmiti-la à distância. O uso desse ter-
mômetro com proteção metálica é mais comum em laboratórios ou em indústrias.
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
64
Ponteiro
Sensor volumétrico
100
90
Braço de ligação
240 100
220 80
90
Setor dentado
200
80 70
180
70 60
160
60 50
140
120 50 40
100
40 30 Capilar
80
30 20
60
20 10
40
10 0
0
0
-10
-20
-30
Bulbo
In-Fólio/Paula Moura
Líquido (mercúrio, álcool etílico)
FAIXA DE
LÍQUIDO
UTILIZAÇÃO (ºC)
Mercúrio – 35 a 550
Xileno – 40 a + 400
Tolueno – 80 a +100
Termômetro bimetálico
O termomêtro bimetálico pode ser usado como chave para controle, do tipo
ONOFF, em ferro de passar roupa e sanduicheira.
3 INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
65
In-Fólio/Cris Marcela
Figura 25 – Termômetro bimetálico
Gradiente de temperatura
EFEITO TERMOELÉTRICO
Efeito Seebeck
Efeito Peltier
In-Fólio/Paula Moura
Efeito Thomson
Efeito Volta
A (+)
In-Fólio/Cris Marcela
Tm Tr
B (–)
O Efeito Seebeck se produz pelo fato de que os elétrons livres de um metal di-
ferem de um condutor para o outro e dependem da temperatura. Quando dois
condutores diferentes são conectados para formar duas junções – e estas são man-
tidas com diferentes temperaturas – a difusão dos elétrons, nas junções, produz-se
a ritmos diferentes.
Em 1834, Peltier descobriu que com um par termoelétrico, com ambas as jun-
ções na mesma temperatura, e, mediante uma bateria exterior, seria possível pro-
duzir uma corrente no termopar, nesse caso, as temperaturas das junções variam
em uma quantidade não inteiramente devida ao efeito Joule. Esta variação adicio-
nal de temperatura é o Efeito Peltier. Este efeito é produzido tanto pela corrente
proporcionada por uma bateria exterior, quanto pelo próprio par termoelétrico.
A (+)
In-Fólio/Cris Marcela
T – ⌬T T + ⌬T
B (–)
Em 1854, Thomson concluiu, por meio das Leis da Termodinâmica, que a con-
dução de calor, ao longo dos fios metálicos de um par termoelétrico, que não trans-
porta corrente, origina uma distribuição uniforme de temperatura em cada fio.
A experiência de Peltier pode ser explicada por meio do Efeito Volta, cujo
enunciado é:
Lei termoelétrica
A (+) A (+)
T3
In-Fólio/Cris Marcela
T1 f.e.m. = E T2 T1 f.e.m. = E T2
B (–) B (–)
T4
Um exemplo de aplicação prática desta lei é que podemos ter uma grande varia-
ção de temperatura, em um ponto qualquer, ao longo dos fios dos termopares. Es-
ta variação não influirá na f.e.m. produzida pela diferença de temperatura entre as
juntas. Portanto, podem-se fazer medidas de temperatura em pontos bem defini-
dos com os termopares. O importante é a diferença de temperatura entre as juntas.
A (+) A (+) T4
In-Fólio/Cris Marcela
T1 f.e.m. = E T2 T1 f.e.m. = E T2
B (–) B (–)
Termopares básicos
São os termopares de maior uso industrial, cujos fios são de custo relativamen-
te baixo e sua aplicação admite um limite de erro maior.
Tipo T Tipo J
Nomenclaturas Nomenclaturas
T – Adotado pela Norma ANSI J – Adotado pela Norma ANSI
CC – Adotado pela Norma JIS IC –adotado pela Norma JIS
Cu-Co – Cobre – Constantan Fe-Co – Ferro – Constantan
Liga – (+) Cobre (99,9%) Liga – (+) Ferro- (99,5%)
Constantan – São as ligas de CuNi Constantan – Cu (58%) e Ni (42%),
compreendidos no intervalo entre Cu (50%) normalmente se produz o ferro, a partir de
e Cu (65%) Ni (35%). A composição mais sua característica casa-se o Constantan
utilizada para este tipo de termopar é de adequado.
Cu (58%) e Ni (42%).
Características
Características Faixa de utilização: 0°C a 760°C
Faixa de utilização: –200°C a 370°C f.e.m. produzida: 0,0mV a 42,919mV
f.e.m. produzida: –5,603mV a 19,030mV
Aplicações
Aplicações
In-Fólio/Paula Moura
In-Fólio/Paula Moura
Centrais de energia, metalúrgica, química,
Criometria (baixas temperaturas), indústrias petroquímica, industriais em geral.
de refrigeração, pesquisas agronômicas e
ambientais, química e petroquímica.
Tipo E Tipo K
Nomenclaturas Nomenclaturas
E – Adotado pela Norma ANSI K – Adotada pela Norma ANSI
CE – Adotado pela Norma JIS CA – Adotado pela Norma JIS
NiCr-CO Liga – (+) Chromel–Ni(90%) e Cr (10%)
Liga – (+) Chromel-Ni(90%) e Cr (10%) (–) Alumel–Ni (95,4%), Mn (1,8%), Si (1,6%),
(–) Constantan-Cu (58%)e Ni (42%) Al (1,2%)
Características Características
Faixa de utilização: 0°C a 870°C Faixa de utilização: 0°C a 1.260°C
f.e.m. produzida: 0mV a 66,473mV f.e.m. produzida: 0mV a 50,990mV
In-Fólio/Paula Moura
In-Fólio/Paula Moura
Aplicações Aplicações
Química e petroquímica Metalúrgica, siderúrgica, fundição,
usina de cimento e cal, vidros, cerâmica,
indústrias em geral.
3 INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
71
Termopares nobres
São aqueles cujos pares são constituídos de platina. Embora possuam custo eleva-
do e exijam instrumentos receptores de alta sensibilidade, devido à baixa potência ter-
moelétrica, apresentam uma altíssima precisão, dada a homogeneidade e pureza dos
fios dos termopares. Acompanhe os Tipo S, Tipo R e Tipo B nos quadros a seguir.
17,169mV
São utilizados em substituição ao Tipo B que re-
Aplicações
As mesmas do Tipo S.
quer temperaturas um pouco mais elevadas. Po-
dem ser usados continuamente até 1.600°C e
por curto período até 1.800°C ou 1.850°C.
Tipo B
Ouro
Nomenclaturas
B – Adotado pela Norma ANSI
Ferro/Chromel
Pt Rh 30% – Pt Rh 6% São desenvolvidos para trabalhar em tempera-
Características turas criogênicas.
Faixa de utilização:
870°C a 1.700°C Nicrosil/Nisil
f.e.m. produzida: Basicamente, este novo par termoelétrico é um
3,708mV a 12,433mV
In-Fólio/Paula Moura
In-Fólio/Paula Moura
A (+) A (+)
In-Fólio/Cris Marcela
T2 E1 = 10,00 24ºC E2 = 0,00 0ºC
B (–) B (–)
Definições
3. Fios ou cabos de compensação que são fabricados com ligas diferentes das
ligas dos termopares a que se destinam, e que forneçam, na faixa de utilização re-
comendada, uma curva da força eletromotriz, em função da temperatura equiva-
lente a desses termopares.
Exemplo: Tipo SX e BX.
recomendados, na maioria
dos casos, para utilização
desde a temperatura
ambiente até um limite
máximo de 200°C.
Extensão Roxo Roxo Vermelho Azul Marron Azul Roxo Roxo Vermelho
E – – –
Extensão Preto Branco Vermelho Azul Vermelho Azul Preto Amarelo Azul Amarelo Vermelho Branco
J
Extensão Amarelo Amarelo Vermelho Verde Vermelho Verde Vermelho Marron Azul Azul Vermelho Branco
K
Compen- Verde Preto Vermelho Branco Vermelho Branco Verde Branco Azul Preto Vermelho Branco
R sação
Compen- Verde Preto Vermelho Branco Vermelho Branco Verde Branco Azul Preto Vermelho Branco
S sação
Extensão Azul Azul Vermelho Marron Vermelho Marron Azul Branco Azul Marron Vermelho Branco
T
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
74
ERROS DE LIGAÇÃO
Pó de óxido
de magnésio
Junta de medida
In-Fólio/Cris Marcela
Bainha
1. Resistência mecânica
O pó, muito bem compactado, contido dentro da bainha metálica, mantém
os condutores uniformemente posicionados. Isto permite que o cabo seja
dobrado, achatado, torcido, estirado, suporte pressões extremas e choque
térmico, sem qualquer perda das propriedades termoelétricas.
2. Dimensão reduzida
O processo de fabricação permite a produção de termopares de isolação mi-
neral, com bainhas de diâmetro extremo, até 1,0mm, o que permite a medi-
da de temperatura em locais que não eram anteriormente possíveis com ter-
mopares convencionais.
4. Facilidade de instalação
A maleabilidade do cabo, a sua pequena dimensão, ao longo comprimento
e a grande resistência mecânica asseguram facilidade de instalação, mesmo
nas situações mais difíceis.
5. Adaptabilidade
A construção do termopar de isolação mineral permite que o mesmo seja
tratado como se fosse um condutor sólido. Em sua capa metálica, podem ser
montados acessórios, por soldagem ou brasagem e, quando necessário, sua
seção pode (em sua configuração) ser reduzida ou alterada.
7. Resistência à corrosão
As bainhas podem ser selecionadas adequadamente para resistir ao ambien-
te corrosivo.
9. Blindagem eletrostática
A bainha do termopar de isolação mineral, devidamente aterrada, oferece
uma perfeita blindagem eletrostática ao par termoelétrico.
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
76
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Podemos ligar os termopares em série simples para obter a soma das mV indi-
viduais. É a chamada termopilha. Este tipo de ligação é muito utilizado em pirô-
metros de radiação total, ou seja, para a soma de pequenas mV.
mV
+ –
25ºC
In-Fólio/Cris Marcela
+ – + –
2,27mV 2,022mV
mV
+ –
In-Fólio/Cris Marcela
+ – + –
2,27mV 2,022mV
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
T0
A (+) A (+)
In-Fólio/Cris Marcela
B (–) B (–)
T0
Figura 35 – Esquema da associação em paralelo
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Onde:
Para faixa de -200°C a 0°C:
R1 = Resistência na temperatura t (Ω)
R1 = R0 x [1 + A x t + B x t2 + C x t3 x (t-100)] R0 = Resistência a 0°C (Ω)
t = Temperatura (°C)
Para faixa de 0°C a 850°C: A, B, C = Coeficiente inerentes do
material empregado
R1 = R0 x [1 + A x t + B x t2]
A = 3,90802 x 10–3
B = –5,802 x 10–7
C = –4,2735 x 10–12
␣ = R100 – R0 = 100 x R0
Um valor típico de alfa (␣) para
Cinlindro de vidro
Condutores
In-Fólio/Cris Marcela
Espiral de platina
Vantagens Desvantagens
PRINCÍPIO DE MEDIÇÃO
Pt 100 = R4 R3
+
A V B
–
R1 R2
In-Fólio/Cris Marcela
RL1
R3
Pt 100 = R4
+
RL2 B V A
–
In-Fólio/Cris Marcela
R1 R2
O método de ligação a dois fios somente deve ser utilizado quando o sensor
estiver a uma distância de aproximadamente três metros.
Neste tipo de medição a dois fios, sempre que a temperatura ambiente ao lon-
go dos fios de ligação variar, a leitura de temperatura do medidor introduzirá um
erro, devido à variação da resistência de linha.
RL3
RL1
R3
Pt 100 = R4
RL2 +
A V B
–
R1 R2
In-Fólio/Cris Marcela
Limites de erro
Classe A
±0,15 + ( 0,002 x t ) ºC
Classe C
±0,30 + ( 0,002 x t ) ºC
RESISTÊNCIA DE ISOLAÇÃO
O sensor Pt100 com isolação mineral terá que ser medido a sua resistência de
isolação com um megôhmetro. O teste de isolação será feito em cada terminal e
na bainha. Com um megôhmetro de tensão de 100VDC, sob temperatura ambien-
te e umidade relativa do ar, não excedendo a 70%, a polaridade deve ser trocada
em todos os terminais.
Pela norma DIN – IEC 751/85, a potência máxima desenvolvida numa termor-
resistência não pode ser maior que 0,1 mW, que está na faixa de atuação do sen-
sor de uma corrente máxima de 3 mA. Valores típicos são da ordem 1 a 2 mA.
UNIDADES
A vazão instantânea pode ser expressa em uma dessas unidades, dividida por
uma unidade de tempo: l /m (litros por minuto), m3/h (metros cúbicos por hora),
GPM (galões por minuto), kg/h (quilogramas por hora), t/h (toneladas por hora) e
assim por diante.
VAZÃO EM VOLUME
Vazão em volume é o volume de um fluido que escoa através de uma certa se-
ção num intervalo de tempo. Confira a Tabela a seguir.
Medição de vazão
PARA OBTER
MULTIPLICAR m3/h m3/min m3/s GPM BPH BPD pé3/h pé3/min
O VALOR EM
Onde:
m
QM = QM = Vazão em massa
t
m = Massa
t = Tempo
Onde:
m
ρ= ρ = Massa específica
v
m = Massa
V = Volume
Q = Vazão
m ρV V
QM = = =ρx = ρQ
t t t
QM = ρQ ou QM = ρ . v . A
Unidades utilizadas:
TIPO DE ESCOAMENTO
In-Fólio/Cris Marcela
turbuleto laminar por um vértice
totalmente
desenvolvido
O número de Reynolds vai definir o tipo de escoamento, que pode ser laminar
ou turbulento.
3160 x Q x G
Número de Reynolds =
DxV
Neste tipo de medição são utilizados elementos primários de vazão, com a fi-
nalidade de provocar um diferencial de pressão mediante a introdução de uma
restrição na tubulação, por onde estiver escoando o fluido. A pressão diferencial
gerada pela restrição é proporcional ao quadrado da vazão instantânea na tubu-
lação e pode ser representada pelas equações:
3 INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
87
ΔP
V=Kx
D
ΔP
Q=KxA
D
Onde:
V = Velocidade média das partículas do fluido
Q = Vazão, medida em volume
W = Vazão, medida em massa
A = Área da seção de passagem do fluido
DP = Pressão diferencial gerada pela restrição
D = Densidade do fluido
K = Constante que depende da relação proveniente do
diâmetro da restrição, do diâmetro da tubulação, das
unidades de medida, dos fatores de correção, do tipo de
escoamento do fluido entre outras constantes
Q = K ΔP
Onde:
Q = Vazão
Pa x ΔP Pa = Pressão absoluta
V=Kx
Ta
Ta = Temperatura absoluta, em k
Δ P = Pressão diferencial
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
88
Os principais elementos
primários para medidores
de vazão por ΔP são:
Placa de orifício
Orifício integral
Tubo venturi
Bocal
Tubo pitot
Dreno
In-Fólio/Paula Moura
Respiro
PLACAS DE ORIFÍCIO
TUBO VENTURI
O tubo Venturi é composto por uma curta e estreita garganta situada entre du-
as seções cônicas. Geralmente, é instalado entre duas flanges, numa tubulação.
Quando o fluido passa pela garganta aumenta a velocidade, diminuindo a pres-
são estática temporariamente.
Transmissor
Garganta
In-Fólio/Paula Moura
Reta Cônica
Figura 45 – Tubo Venturi
TUBO DE PITOT
In-Fólio/Cris Marcela
seja correta é
necessário que o tubo
seja colocado no ponto
de velocidade média.
Figura 46 – Tubo de Pitot
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
90
Condicionadores
Bucha Pick-up de fluxo
In-Fólio/Cris Marcela
Rotor Cone
O rotor é provido de aletas que o fazem girar quando passa um fluido na tubu-
lação do processo. Uma bobina captadora com um ímã permanente é montada
fora da trajetória do fluido. Quando este se movimenta através do tubo, o rotor gi-
ra a uma velocidade determinada pela velocidade do fluido e pelo ângulo das lâ-
minas do rotor. Na medida em que cada lâmina passa diante da bobina e do ímã,
ocorre um variação da relutância do circuito magnético e do fluxo magnético to-
tal a que está submetida a bobina. Verifica-se, então, a indução de um ciclo de ten-
são alternada. A frequência dos pulsos gerados desta maneira é proporcional à ve-
locidade do fluido e a vazão pode ser determinada pela medição total de pulsos.
In-Fólio/Cris Marcela
é, uma torção, que é captada por Bobina de
Bobina vibração
meio de sensores magnéticos
que geram uma tensão em for-
mato de ondas senoidal. Figura 48 – Medidor de vazão (Coriolis)
3.5 NÍVEL
Medição direta
É a medição que se faz tendo como referência a posição superior da substân-
cia a ser medida.
Medição indireta
É a determinação de forma indireta à variável.
Medidores de níveis
RÉGUAS OU GABARITOS
600
400
300
20
In-Fólio/Paula Moura
10
Os visores de nível tubular são fabricados com tubos retos, com paredes de es-
pessuras adequadas as suas aplicações. Os tubos retos são fixados entre duas vál-
vulas especiais de bloqueio. Os visores de nível do tipo tubular não suportam al-
tas temperaturas e altas pressões.
In-Fólio/Paula Moura
Figura 50 – Visor de nível tubular e vidro plano
Os visores de nível plano são compostos de vários módulos em que são fixados
os vidros planos. Eles podem trabalhar com alta pressão e alta temperatura. Cada
seção apresenta altura que varia de 100mm a 350mm. Os sensores de nível plano
podem ser compostos de várias seções e devido à sustentação, ele não poderá ter
mais de quatro seções. O visor de nível utilizado para aferir o nível da caldeira (em
alta temperatura e pressão) terá um vidro de borosilicato.
Secção
Vidro
In-Fólio/Cris Marcela
BOIA OU FLUTUADOR
Nesse equipamento, uma bóia é arrastada pela superfície do líquido. A boia po-
de ser alojada num tubo de equilíbrio para montagem externa.
Empregada com menor frequência do que a do tipo deslocador, a bóia tem fai-
xas de medição restritas para os limites práticos do comprimento do seu braço.
Escala
Bóia
In-Fólio/Paula Moura
Contrapeso
Onde:
P=σ.h
P = pressão
D
H L σ = densidade do produto
h= P
σ h = altura da coluna
Figura 53 – Medidor por pressão diferencial
3 INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
95
Onde:
P = Pressão
P = h x d␥
h = Altura da coluna
d␥ = Densidade do líquido
A capacitância é uma grandeza elétrica que existe entre duas superfícies con-
dutoras isoladas entre si. O medidor de nível capacitivo mede as capacidades do
capacitor formado pelo eletrodo submergido no líquido em relação às paredes do
tanque. A capacidade do conjunto depende do nível do líquido.
Amplificador Amplificador
Indicador Indicador
In-Fólio/Paula Moura
Aplicação
Princípios físicos
Geração do ultrassom
Flanges
Sensor
Ar
Min.
Nível máx.
(10m)
In-Fólio/Cris Marcela
Líquido
R1 R3
R2 R4
+
In-Fólio/Cris Marcela
O corpo é a parte da válvula que executa a ação de controle, que permite maior
ou menor passagem do fluido no seu interior, conforme a necessidade do processo.
TIPOS DE CORPOS
Deslocamento Deslocamento
linear rotativo
Para cada tipo de processo ou fluido há sempre pelo menos um tipo de vál-
vula, que satisfaça os requisitos técnicos de processo, independente da conside-
ração econômica.
SISTEMAS DE CONTROLE
Abertos Fechados
TIPOS DE CONTROLE
Suprimentos
Reservatório
de água
In-Fólio/Cris Marcela
Processo
Válvula de controle
Suprimentos
Controlador
de nível
Reservatório
de água
In-Fólio/Cris Marcela
Transmissor de nível
Processo
1. Processo
2. Elemento primário
3. Transmissor
4. Controlador
5. Elemento final de controle
O processo
É a parte do sistema que desenvolve alguma função desejada. Pode ser mecâ-
nico, químico, elétrico, ou uma combinação desses.
O nível de um líquido em um tanque, por exemplo, é um processo, assim como
também a geração de vapor por meio de uma caldeira.
Elemento primário
Utiliza ou transforma a energia proveniente do meio, sendo, controlado para
produzir um efeito, que é a função da variação no valor da variável controlada.
Exemplos de elementos primários: termômetros, termopares, placas de orifício,
manômetros, entre outros.
Transmissor
Dispositivo utilizado para transmitir o sinal vindo do elemento primário para
outro lugar.
Controlador
É um dispositivo que produz um sinal de saída, que é função do sinal do desvio.
Variações
Mecanismo controlador de carga T1
Variável
Valor + controladora
desejado TR + Elemento –
Controlador final de Processo
– controle
T2
Medida variável
Mecanismo
detector do desvio
In-Fólio/Cris Marcela
TM TM Elemento
Tranformador primário
Figura 60 – Controlador
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
102
Vapor à temperatura
Tv TCV
(variável manipulada) Válvula de
controle
TIC
Controlador
Fluido à temperatura Transmissor TT
Te
Elemento
TE primário
Válvula de calor
Fluido aquecido à
In-Fólio/Cris Marcela
temperatura T2
(variável controladora)
Esta ação de controle do elemento final terá duas posições. Totalmente aberto
ou totalmente fechado. Este tipo de controle não proporciona o balanço entre a
entrada e a saída de energia.
3 INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
103
Controle proporcional
Onde:
P = Sinal de saída do controlador
Kc = Ganho ou sensibilidade (também conhecido
P = Kc ε + Ps como banda proporcional) do controlador,
ajustável no próprio controlador
ε = Erro SP – variável de medidas
Ps = Constante – Saída do controlador
Controle integral
Onde:
P = Sinal de saída do controlador
Kc = Ganho ou sensibilidade (também conhecido
1 como banda proporcional) do controlador,
KC
P= ∫ ε dt ajustável no próprio controlador
Tr 0
Tr = Tempo integral
ε = Erro SP – variável de medida
dt = Costante da integral
CONTROLE DERIVATIVO
Onde:
P = Sinal de saída do controlador
Kc = Ganho ou sensibilidade (também conhecido
dε como banda proporcional) do controlador,
P = KC TD ajustável no próprio controlador
dt
Td = Tempo em minutos da ação derivativa
dε = Derivada erro
dt = Constante da derivada
METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO APLICADAS A PETRÓLEO E GÁS
104
CONTROLE PID
Variável controlada
(desvio do valor desejado)
Off set
1 4 8 12 16 Tempo
(min.)
In-Fólio/Cris Marcela
Bistável Proporcional – Integral
Proporcional Proporcional – Integral derivado
TIPOS DE ANALISADORES
TIPO DISPERSANTE
(D) Detector
Fonte Célula de análise
In-Fólio/Cris Marcela
Registrador
Anteparo
(P) Prisma
Janelas tranparentes
Figura 63 – Medidor com célula de zircônio – célula com prisma
Célula de análise
Fonte
(D) Detector
In-Fólio/Cris Marcela
Registrador
Janelas tranparentes
O feixe de radiação que passa através da célula de análise, incide no detector (D) sem
ter sofrido nenhuma dispersão. O sinal recebido pelo detector varia de acordo com a
concentração do gás a ser analisado. A fonte do infravermelho (F) emite um feixe de acor-
do com a concentração do gás a ser analisado e o resultado é registrado em percentu-
ais. Uma diferença a ser observada entre os dois tipos de analisadores é a de que, no ti-
po não dispersante, a amostra flui continuamente através da célula de análise, fornecen-
do, ao longo do tempo, a concentração de somente um dos componentes da amostra.
Tempo
Concentração
Feedback
controller
+
+ LC Feedback
FFC controller
LT Onde:
FT PV = Variável de processo
SP = Set point
Steam
Feedwater
Boiler
drum
In-Fólio/Cris Marcela
Hot gas
CONTROLE EM CASCATA
TC
Feedback
controller
TT
Hot oil
In-Fólio/Cris Marcela
Cold oil Fuel gas
Furnace
CONTROLE DE RELAÇÃO
Disturbance stream, d
um p
FT
In-Fólio/Cris Marcela
Manipulated stream, u
Figura 68 – Controle de relação
3 INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
109
CONTROLE SPLIT-RANGE
PC
I/P I/P
PT
Reator
V1 V2
Posição da válvula
1
V1 V2
In-Fólio/Cris Marcela
0 Saída controlador (psig)
3 6 9 12 15
Condição
RECAPITULANDO
INÍCIO
ANÁLISE
2 IDENTIFICAÇÃO DOS FENÔMENOS PERIGOSOS DO
RISCO
3 ESTIMATIVA DO RISCO
0 2 4 6 8 10
Instrumentos registradores
Acervo do autor
Figura 72 – Registrador
Transmissores
São instrumentos que estão em contato direto com a variável de processo, po-
dendo indicar e transmir um sinal padrão (4 a 20mA). Observe a Figura 73.
Conversores
Exemplos:
In-Fólio/Acervo
Controladores
São instrumentos que comparam a variável medida com o valor desejável (set
point) e exercem uma correção na variável manipulada, indicando o erro de off set.
In-Fólio/Acervo
Figura 75 – Controladores
Alcance (Span)
In-Fólio/Paula Moura
Erro estático
Processo em regime permanente
Erro dinâmico
Processo que varia consideravelmente
Precisão (Accuracy)
150 x 2 = 3 kgf
100 cm2
100 x 2 = 2 kgf
100 cm2
80 x 2 = 1,6 kgf
100 cm2
É a relação entre valor máximo e valor mínimo, lidos com a mesma exatidão na
escala de um instrumento.
4 FLUXOGRAMAS
115
Zona morta
É a máxima variação que se pode ter sem variar a indicação ou o sinal de saída.
Exemplo: Um instrumento com range de 100ºC, com zona morta de ±0.5%, te-
rá uma zona morta de ±0,5ºC.
Sensibilidade (Sensitivity)
É o valor mínimo que uma variável pode ter, quando provoca mudança de
indicação.
Exemplo: Um instrumento com range 0 a 14 pH, com sensibilidade de ±0,04%.
0,4 x 14 = ±0,04pH
100
Histerese
Característica descendente
Indicação ºC Característica ascendente
200
120,2 Diferença
mínima
119,8
In-Fólio/Cris Marcela
Sinal gerado
Cº
0 120 200
4.3 SIMBOLOGIA
Da Petrobras
N-58
Símbolo gráficos para fluxogramas de processos de engenharia
(procedimento).
N-1521
Identificação de equipamentos industriais
N-1710
Codificação de documentos técnicos de engenharia (classificação)
ISA 55.1
Instrumentation, symbols and identification
ISA 55.2
Binary logic diagrams for process operations
ISA 55.3
Graphic, symbols for distributed control/shared display instrumentation,
logic and computer system.
4 FLUXOGRAMAS
117
Cada instrumento deve ser identificado por meio de um sistema de letras com
a finalidade de classificá-lo e identificá-lo funcionalmente, mostrando os números
e a área em que o equipamento está instalado. Esta identificação é chamada de
TAG do instrumento.
Exemplo: FIT 201 – Transmissor Indicador de Vazão, área 201.
Suprimentos ou impulso
Sinal pneumático
Sinal hidráulico
Sinal eletromagnético ou
sônico guiado
Sinal elétrico
Tubo capilar
Sinal eletromagnético ou
sônico não guiado
Ligação mecânica
In-Fólio/Paula Moura
A Análise Alarme
B Queimador Queimador Escolha Escolha
C Escolha Controle
D Escolha Diferencial
E Tensão (f..e.m.) Elemento sensor
F Vazão (flow) Fração ou relação
G Escolha Visor ou
indicador local
H Manual (hand) Alto (high)
I Corrente Indicação
J Potência Varredura (Scan)
K Tempo Tempo de Estação controle
mudança
L Nível (level) Lâmpada Baixo (low)
M Escolha Momentâneo Médio
N Escolha Escolha Escolha Escolha
O Escolha Orifício ou
restrição
P Pressão, Vácuo Ponto de teste
Q Quantidade Integral, total Registro
R Radiação
S Velocidade ou Segurança Chave
frequência
T Temperatura Transmissor
U Multivariável Multifunção Multifunção Multifunção
V Vibração, Válvula,
análise mecânica Damper
W Peso, força Poço (well)
X Não classificado Eixo X Não classificado Não classificado Não classificado
variável a definir
Y Evento, estado Eixo Y Relé
função a definir Computação
Z Posição Eixo Z Elemento final
dimensão
P IT 110 01 B
Instrumentos
discretos
Instrumentos
compartilhados
Computadores
de processo
Controladores
In-Fólio/Paula Moura
digitais
Reagente A Reagente B
FT FY FT FE
1 1 2 2
HS THA
6 4
FRC FR S.P.
1 2 FIC
2 UY
TSHH TSH UY
OR 4 4 7A 7B
S S
TRC
FV
2
OR
FV FC
1
PSE PV
LAN LSH 10 9
3 3
TT Sistema
4 de Vent
LAL LSL
3 3
FO
PT PRC
LIC LT PV
9 9
3 3 5
FC
Sistema
de Vapor
FO
PT UY
5 7D
LC Vent S
Jaqueta de
UY
8 Reator resfriamento
7C S.P. PRC
5
LSL LAL PV
S 1l 1l 5
Vent FC Retorno
FO da água
LV
8 FO
LV
FO 3
Suprimento Vent S
de água
FC
UY
7E
Ar de
instrumento
In-Fólio/Cris Marcela
Purificação
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
JUNIOR, Manoel J dos Santos. Metrologia dimensional teoria e prática. Editora da Universida-
de – UFRGS.
NORMAS TÉCNICAS
Possui experiência de vinte anos como instrutor de Instrumentação e Controle, Eletrônica e de Te-
lecomunicações, nos cursos do SENAI, Petrobras, OSX, CSA, dentre outros.
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
i-Comunicação
Projeto Gráfico
Cris Marcela
Paula Moura
André Brito
Ilustrações
Grafitto
Produção
In-Fólio
Programação Visual, Edição e Produção Editorial