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Peixes
Alimentação e digestão
Alguns peixes são herbívoros, alimentando-se principalmente de algas.
Outros são carnívoros, e alimentam-se de outros peixes e de animais
diversos, como moluscos e crustáceos.
Nas zonas abissais - os grandes abismos oceânicos, destituídos de luz -,
onde os seres fotossintetizantes não sobrevivem, há muitos
peixes detritívoros, que se alimentam de restos orgânicos oriundos da
superfície iluminada, e também peixes carnívoros.
O sistema digestório dos peixes é constituído de boca, faringe, esôfago,
estômago e intestino, além de glândulas anexas, como o fígado e o pâncreas.
Os sentidos
Os peixes têm vários órgãos dos sentidos
Bolsa olfatória - São formadas por células localizadas nas narinas e
associadas à percepção de cheiros das substâncias dissolvidas na água. O
sentido do olfato dos peixes é geralmente muito aguçado. O tubarão, por
exemplo, pode "farejar" sangue fresco a dezenas de metros de distância.
Olhos - Permitem formar imagens nítidas a curta distância. A distâncias
maiores, percebem apenas objetos em movimento na superfície da água.
Alguns peixes têm percepção das cores e outros não. Os tubarões e as raias
(também conhecidas como arraias), por exemplo, não distinguem cores. Os
olhos são geralmente grandes e não possuem pálpebras nem glândulas
lacrimais.
Linha lateral - É formada por uma fileira de poros situada de cada lado
do corpo, com ramificações na cabeça. Os poros comunicam-se com um
canal localizado sob as escamas, no qual existem células sensoriais. Por meio
das células sensoriais, o peixe percebe as diferenças de pressão da água,
que aumenta gradativamente com a profundidade. Percebe também correntes
e vibrações na água, detectando a presença de uma presa, de um predador
ou os movimentos de outros peixes que estão nadando ao seu lado, o que é
muito importante para as viagens em cardumes. Percebe, ainda, a direção
dos movimentos da água, o que facilita sua locomoção na escuridão ou em
águas turvas.
Classificação
Existem duas classes de peixes: a classe dos condrictes (do
grego khondros: 'cartilagem'; e ichthyes: 'peixe'), ou peixes cartilaginosos, e a
classe dos osteíctes (do grego osteon: 'osso'), ou peixes ósseos.
Os peixes ósseos são os mais abundantes em número de espécies
conhecidas, representando cerca de 95% do total dessas espécies. Existem
várias diferenças entre os peixes cartilaginosos e os ósseos.
Os peixes cartilaginosos
Os peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia, vivem principalmente em
água salgada. Mas algumas espécies de raia vivem em água doce.
Entre as características dos peixes cartilaginosos, podemos considerar:
esqueleto cartilaginoso e relativamente leve;
presença de cinco pares de fendas branquiais e um orifício
chamado espiráculo, por onde entra a água e banha as brânquias;
boca localizada ventralmente e intestino terminando em uma espécie
de bolsa chamada cloaca - nela, convergem os dutos finais do sistema
digestório, urinário e genital.
Os peixes ósseos
Os peixes ósseos são abundantes tanto em água salgada (tainhas, robalos,
cavalos-marinhos, pescadas, etc.) como em água doce (lambaris, dourados,
pintados, pacus, acarás-bandeiras, etc.).
Vamos considerar algumas características dos peixes ósseos:
esqueleto predominantemente ósseo;
presença de quatro pares de fendas branquiais e ausência de
espiráculo, brânquias protegidas por uma estrutura denominada opérculo;
boca localizada na região anterior e intestino terminado no ânus, não há
cloaca;
presença, em muitas espécies, de uma vesícula armazenadora de
gases chamada bexiga natatóriaou vesícula gasosa.
Ausente nos peixes cartilaginosos, a bexiga natatória - que pode aumentar e
diminuir de volume de acordo com a profundidade em que o peixe se encontra
- favorece a flutuação e, com isso, permite ao animal economizar energia, já
que ele pode permanecer mais ou menos estável numa determinada
profundidade sem que para isso necessite de grande esforço muscular para a
natação.
Reprodução dos peixes