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b)Atribuição
O único elemento que nunca pode estar ausente é a atribuição. O artigo 4 menciona a
regra geral.
O artigo 5 do Projeto da Comissão do Direito Internacional de 2001 menciona a
possibilidade de fatos ilícitos perpetrados por pessoas que não são formalmente parte da
estrutura de um Estado serem atribuídos a um Estado (se refere à administração pública
indireta). Se, por forca de lei, a pessoa em questão recebeu poderes para atuar como se Estado
fosse, seus ilícitos também podem ser atribuídos ao Estado que lhe concedeu tais poderes. (Ex.:
terceirização do sistema carcerário, atividades que envolvem o desempenho de atos de
soberania.)
Os artigos 8 a 11 versam sobre ilícitos praticados por particulares em geral. A regra geral
é que eles não podem ser atribuídos a um Estado. Esses artigos mencionam exceções à regra.
O artigo 8 menciona que se um particular atuou com base nas instruções ou sob direção
ou controle efetivo de um Estado, o Estado pode responder. A CIJ mencionou isso no caso da
Bósnia x Servia sobre o genocídio em Srebrenica em 1995.
O artigo 9 diz que se os particulares desempenham atividades em nome do Estado
devido à omissão voluntaria desse último em atuar, tais condutas podem ser atribuídas ao
Estado em questão.
O artigo 7 versa sobre atos ultra vires: uma conduta de um agente ou órgão estatal (no
exercício de suas funções) pode ser atribuída ao seu Estado mesmo quando excedem seus
poderes ou descumprem ordens recebidas - culpa in eligendo.
c)Dano/Prejuízo
No passado afirmava-se que somente o Estado vitimado por alguma forma de dano ou
prejuízo podia invocar a responsabilidade internacional.
De acordo com o artigo 42, é o Estado que sofreu a violação do direito internacional
aquele que pode invocar a responsabilidade do Estado violador.
Nos termos no artigo 48, há duas situações nas quais um Estado diferente daquele que
sofreu a violação pode invocar a responsabilidade internacional do Estado violador.
• Quando a obrigação violada é devida a um grupo de Estados e foi estabelecida para a
proteção de um interesse coletivo desse grupo: nesse caso, qualquer membro do grupo
pode invocar a responsabilidade internacional do Estado violador. Encontramos isso em
normas de direitos humanos e em normas sobre meio ambiente. (Obrigações erga
omnes partes)
• Quando a obrigação violada é devida à comunidade internacional como um todo,
qualquer país do mundo pode invocar a responsabilidade internacional: são as
obrigações erga omnes. Podemos encontra-las nas normas de jus cogens.
Com base nisso, podemos passar para a segunda preocupação do direito internacional
no campo da responsabilidade internacional.
a)Restituição
Restituição (artigo 35) é considerada como sendo a melhor forma de reparação. A
restituição tenta restabelecer a situação que existia antes do ilícito internacional ocorrer. Ela
procura o retorno ao status quo ante.
Obs.: Para os alunos que desejarem uma cópia, favor enviar e-mail para
gbystronski@outlook.com solicitando o Projeto de 2001 em português.
Leituras Obrigatórias:
Celso – Capítulos XXII e LVIII
Guido – Capítulo 9
Accioly – Parágrafos 2.8.2 a 2.8.8, e 7.2.
Rezek – Parágrafos 185 e 186.
Leituras Avançadas:
Amaral Júnior – Capítulo 7 e Parágrafo 8.4.
Mazzuoli – Seção V do Capítulo II da Parte II e Seção VI do Capítulo I da Parte VI.
Portela – Capítulo X e Parágrafo 6 do Capítulo XVII da Parte I.