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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE FARMÁCIA
GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

SABRYNE DE OLIVEIRA SOUZA

O USO DO ÓLEO DE COCO NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE


ALZHEIMER: REVISÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Goiânia,
2017
SABRYNE DE OLIVEIRA SOUZA

O USO DO ÓLEO DE COCO NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE


ALZHEIMER: REVISÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


curso de Graduação em Farmácia da Universidade
Federal de Goiás, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de Bacharel em
Farmácia.

Orientadora: Renata Mazaro-Costa

Goiânia,
2017
2
Revisão bibliográfica
Descrita pela primeira vez em 1907, pelo psiquiatra e neuropatologista Alois

Alzheimer, a Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo, caracterizado

pela presença de placas neuríticas extracelulares (β-amiloide), filamentos neurofibrilares

intracelulares, resultantes da hiperfosforilação anormal da proteína Tau, e extensa perda

neuronal em regiões susceptíveis do cérebro (RIBEIRO, 2010; ACADEMIA BRASILEIRA

DE NEUROLOGIA et al., 2011; BRASIL, 2013; PEREIRA, 2013). Além destes, processos

degenerativos como estresse oxidativo, disfunção mitocondrial e respostas pró-

inflamatórias desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença

(PEREIRA, 2013).

Os fatores de risco que contribuem para a DA incluem: alelo apoE4, género, histórico

familiar, doença arterial coronária, traumatismo craniano anterior significativo, hipertensão

arterial, níveis de homocisteína elevados e dieta rica em gorduras (APRAHAMIAN,

MARTINELLI & YASSUDA, 2009; BRASIL, 2013; PEREIRA, 2013).

Em todo o mundo, cerca de 47 milhões de pessoas têm demência, sendo que 60 -

70% dos casos são do tipo DA (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017). Todos os anos,

há quase 10 milhões de novos casos e o número total de pessoas com demência é

projetado para cerca de 75 milhões em 2030 e quase triplicou em 2050 para 132 milhões

(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017).

O nucleus basalis de Meynert é responsável pela produção de Acetilcolina (ACh) a

partir de colina e coenzima A, através da colina acetiltransferase (CAT) (MINETT &

BERTOLUCCI, 2000). Após sua formação, a ACh é liberada na fenda sináptica e degradada

pela acetilcolinesterase (AChE). Na DA ocorre uma atrofia do nucleus basalis de Meynert,

provocando uma diminuição na síntese da CAT e, consequentemente, da acetilcolina

(MINETT & BERTOLUCCI, 2000). Essa redução da neurotransmissão colinérgica pode

3
favorecer a formação de beta-amiloide e a hiperfosforilação da proteína Tau, processos

observados na DA (MINETT & BERTOLUCCI, 2000).

OLNEY (1981) definiu o termo excitotoxicidade como a morte neuronal causada pela

administração exógena de altas concentrações de glutamato ou compostos com ação

agonística nos receptores para glutamato. O excesso de glutamato causa toxicidade para

neurônios, e também está envolvido na morte de células gliais. (MATUTE, 2002). A

excitotoxicidade glutamatérgica está envolvida em alterações neurológicas agudas como

hipóxia, isquemia, traumatismo craniano e epilepsia e em doenças neurodegenerativas

como a DA (LIPTON & ROSENBERG, 1994; MELDRUM, 2000).

Como ainda não se descobriu uma cura para a DA, a farmacoterapia visa retardar o

progresso da doença e a melhora cognitiva, incluindo o uso de inibidores da

acetilcolinesterase – rivastigmina, donepezila e galantamina - e antagonista não competitivo

de moderada afinidade de receptores tipo NMDA (N-metil-d-aspartato) do glutamato –

memantina – (ENGELHARDT et al., 2005; SERENIKI & VITAL, 2008; VALE et al., 2011;

PEREIRA, 2013; BRASIL, 2013).

O óleo de coco é composto basicamente por ácidos graxos saturados de cadeia

média, por isso apresenta particularidades que o fazem ser usado numa gama de

processos cosméticos e alimentícios (MORETTO & FETT, 1986; LAWSON, 1999;

SIQUEIRA, ARAGÃO & TUPINAMBÁ, 2002; KUMAR, 2011; RODRIGUES, 2012).

O uso do óleo de coco no tratamento da DA surgiu com aprovação da FDA do

medicamento Axona®, que usa óleo de coco fracionado, como suplementação em casos

de DA leve a moderada (SWAMINATHAN & JICHA, 2014; LEI et al., 2016; ANAND, et al.,

2017).

4
O uso de óleo de coco no tratamento da doença de Alzheimer:

Revisão

Souza, S. O.1

1Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia, Rua 240, esquina com 5ª

Avenida, s/n, Setor Leste Universitário, CEP: 74605-170, Goiânia/Goiás - Brasil. *Autor para

correspondência: sabrynesouza@gmail.com

Resumo

Estima-se que em 2030, o número de pacientes com demência, incluindo

Alzheimer, atinja 75,6 milhões no mundo. A farmacoterapia convencional

para a doença de Alzheimer é sintomática. Nas últimas décadas houve uma

necessidade para a busca de medicamentos que poderiam tratar as causas

subjacentes da doença e, assim, interromper seu desenvolvimento em

indivíduos suscetíveis. Neste contexto, surgiram os corpos cêtonicos, os

triglicerídeos de cadeia média e o óleo de coco, que prometem ser uma

terapia eficaz contra os sintomas e a fisiopatologia do Alzheimer. Assim, o

objetivo da presente revisão foi analisar os benefícios do uso do óleo de

coco como tratamento adjuvante e preventivo da doença de Alzheimer. As

bases de dados utilizadas foram: PubMed, ScienceDirect, SciELO e Portal

Capes, sendo selecionados artigos com data de publicação de 2005 a

2017, nos idiomas português, inglês e espanhol, com acesso gratuito e na

íntegra. Ao todo, foram encontrados 751 trabalhos. Desses, após leitura e

análise 8 foram selecionados para serem incluídos nesta revisão.

Resultados promissores foram encontrados, mas ainda é necessário

5
estudos com maior espaço amostral e mais ensaios clínicos in vitro e in

vivo.

Palavras-chave: Nutracêuticos, Corpos cetônicos, triglicerídeos de cadeia

média, demência.

Abstract

It is estimated that by 2030, the number of patients with dementia, including

Alzheimer's, reaches 75.6 million in the world. Conventional

pharmacotherapy for Alzheimer's disease is symptomatic. In the last

decades there has been a need for the search for drugs that could treat the

underlying causes of the disease and thus disrupt its development in

susceptible individuals. In this context, celiac bodies, medium chain

triglycerides and coconut oil have emerged which promise to be an effective

therapy against Alzheimer's symptoms and pathophysiology. Thus, the

objective of the present review was to analyze the benefits of using coconut

oil as adjunctive and preventive treatment of Alzheimer's disease. The

databases used were: PubMed, ScienceDirect, SciELO and Portal Capes,

and articles with a publication date from 2005 to 2017 in portuguese, english

and spanish were selected, with free access and in full. Altogether, 751

papers were found. Of these, after reading and analysis 8 were selected to

be included in this review. Promising results have been found but further

studies with larger sample space and more clinical trials are needed in vitro

and in vivo.

Keywords: Nutraceutics, Ketone Bodies, Medium-chain triglycerides,

Dementia.

6
Introdução

O coco (Cocos nucifera L.) é um membro da família Arecaceae (família das

palmeiras) e seu óleo é obtido a partir da prensagem a frio da polpa do coco fresco maduro.

Em sua composição encontra-se predominantemente (mais de 80%) ácidos graxos

saturados e, em menor concentração, alguns ácidos graxos insaturados (SIQUEIRA,

ARAGÃO & TUPINAMBÁ, 2002).

Os ácidos graxos saturados presentes no óleo de coco são chamados de ácidos

graxos de cadeia média (AGCM), compostos por 6-12 carbonos que, por conterem menos

saturações, possuem características físico-químicas e metabólicas distintas dos ácidos

graxos saturados de cadeia longa (AGCL), como baixo ponto de fusão, rápida absorção

intestinal e ausência da necessidade da enzima lipase (RODRIGUES, 2012).

Fig. 1: Estrutura química dos ácidos graxos de cadeia média encontrados no óleo de coco.

Dentre os ácidos graxos saturados presentes no óleo de coco, destacam-se:

capróico, caprílico, cáprico, láurico, mirístico, palmítico e esteárico; e os insaturados: oleico

e linoleico (Tabela 1). O ácido láurico possui maior concentração (acima de 40%) e, devido

sua resistência a oxidação não enzimática e de seu baixo ponto de fusão é amplamente

utilizado na indústria cosmética e alimentícia (MORETTO & FETT, 1986; LAWSON, 1999;

KUMAR, 2011).

7
Composição de ácidos graxos em óleo de coco
% Total em óleo
Ácido Graxo Saturado/Insaturado AGCM/AGCL
de coco
Capróico (C6:0) Saturado AGCM 0,6
Caprílico (C8:0) Saturado AGCM 0,8
Cáprico (C10:0) Saturado AGCM 6,4
Láurico (C12:0) Saturado AGCM 48,5
Mirístico (C14:0) Saturado AGCM 17,6
Palmítico (C16:0) Saturado AGCM 8,4
Esteárico (C18:0) Saturado AGCL 2,5
Oléico (C18:1) Insaturado AGCL 6,5
Linoléico (C18:2) Insaturado AGCL 1,5
Tabela 1: Composição de ácidos graxos em óleo de coco. Fonte: FERNANDO et al., 2015.

Segundo Machado et al. (2006), o óleo de coco mantém-se estável, conservando

suas características nutricionais mesmo após submetido a altas temperaturas, e também

não contém gorduras trans. Além disso, há relatos de ação termogênica, favorecendo a

perda de peso e metabolismo lipídico, ação anti-inflamatória e antitrombótica, devido à alta

concentração de vitamina E, ácido gálico e polifenóis (compostos bioativos que atuam na

promoção da saúde e prevenção contra doenças), e também ação imunomoduladora contra

microrganismos (COSTA, 2008;

CARDOSO, 2014; BITTAR et al., 2017;

RIBEIRO, 2017).

A doença de Alzheimer (DA),

descrita pela primeira vez em 1907 pelo

psiquiatra e neuropatologista Alois

Alzheimer, é um distúrbio

neurodegenerativo progressivo,

irreversível e fatal, caracterizado por afetar

a memória, a cognição e por alterações


Fig.2: Emaranhados neurofibrilares em impregnação por
comportamentais, sendo resultante do prata. Fonte:
http://anatpat.unicamp.br/bineualzheimer.html

8
acúmulo de placas β-amiloides extracelulares, emaranhados neurofibrilares intracelulares

e extensa perda neuronal no cérebro (RIBEIRO, 2010; ACADEMIA BRASILEIRA DE

NEUROLOGIA et al., 2011; BRASIL, 2013; PEREIRA, 2013). As atrofias do hipocampo e

do córtex cerebral também são observadas, sendo mais severas que aquelas encontradas

em indivíduos sem a doença (RIBEIRO, 2010; PEREIRA, 2013).

Fig.3: Placas senis (β-amiloide) em córtex cerebral, corado por HE.


Fonte: http://anatpat.unicamp.br/bineualzheimer.html

Com o envelhecimento, a prevalência mundial de demência aumenta, sendo que dos

65 a 69 anos está em torno de 1,2%, e, em idosos acima de 95 anos, esse número fica

próximo de 55% (APRAHAMIAN, MARTINELLI & YASSUDA, 2009; BRASIL, 2013). No

Brasil, a taxa estimada de DA foi de 7,7 por 1000 pessoas-ano em indivíduos com mais de

65 anos. Não há relação com o gênero, mesmo assim as mulheres apresentam incidência

mais elevada (BRASIL, 2013).

Já em fases iniciais da DA ocorrem alterações nos sistemas de neurotransmissores,

principalmente das vias colinérgicas, pela atrofia do nucleus basalis de Meynert, o que leva

a perda de CAT e redução na síntese da acetilcolina e perda de receptores nicotínicos, e

aumento da excitotoxicidade neuronal patológica induzida por glutamato, causando morte

9
neuronal e de células gliais (MINETT & BERTOLUCCI, 2000; MATUTE, 2002; VALE et al.,

2011; BRASIL, 2013).

Por não haver cura, o tratamento da DA visa a estabilização do comprometimento

cognitivo, comportamental e da realização das atividades cotidianas, com o menor número

de efeitos adversos possível. Para isso, são utilizados inibidores da acetilcolinesterase

(donepezila, galantamina e rivastigmina), como tentativa de diminuir o déficit do sistema

colinérgico, a memantina (antagonista não competitivo do receptor de N-metilo-d-aspartato,

que previne a neurotoxicidade excitatória do glutamato na demência) e estratégias não

farmacológicas, como fisioterapia, alimentação e musicoterapia, que visam a melhora da

cognição e minimizam os sintomas comportamentais (ENGELHARDT et al., 2005;

SERENIKI & VITAL, 2008; VALE et al., 2011; PEREIRA, 2013; BRASIL, 2013).

Considerando a polêmica atual do uso de óleo de coco como alimento funcional e/ou

nutracêutico, o presente trabalho teve por objetivo fazer uma revisão integrativa da literatura

disponível para compreender se o uso do óleo de coco é eficaz como tratamento adjuvante

ou preventivo na DA, melhorando os parâmetros ligados à doença, como função cognitiva,

aspectos comportamentais e realização de atividades diárias.

Materiais e Métodos

Foi desenvolvida uma revisão integrativa, de acordo com às seguintes etapas: 1)

identificação da questão norteadora, seguida pela busca dos descritores; 2) determinação

dos critérios de inclusão ou exclusão de trabalhos nas bases de dados; 3) categorização,

síntese e organização das informações relevantes dos estudos; 4) avaliação, interpretação

e discussão dos dados extraídos.

As bases de dados utilizadas foram: PubMed, ScienceDirect, SciELO e Portal

Capes, com trabalhos publicados nos últimos 12 anos, de 2005 a 2017. A busca foi

10
realizada durante os meses de maio a agosto do ano de 2017, com as combinações dos

descritores: (1) coconut oil AND Alzheimer (2) coconut oil AND B-amyloid (3) nutraceutics

AND Alzheimer. Ao todo, foram encontrados 751 trabalhos.

Inicialmente, a seleção dos artigos consistiu na avaliação dos títulos, seguida da

análise dos resumos e, por fim, foi realizada a leitura integral dos estudos para verificar os

critérios de elegibilidade e a interpretação dos dados.

Os critérios de inclusão nesta revisão foram: 1) Artigos escritos nos idiomas

português, inglês ou espanhol; 3) artigos teóricos relacionados ao tema. Os critérios de

exclusão foram: 1) artigos que não abordassem os desfechos de interesse; 2) trabalhos

escritos em outras línguas que não o português, espanhol e inglês; 3) artigos sem

possibilidade de acesso na íntegra; 4) artigos não disponíveis gratuitamente.

Levando-se em consideração os critérios de inclusão e exclusão, dos 751 artigos

encontrados, apenas 8 trabalhos foram selecionados para esta revisão.

Resultados e Discussão

A busca nas bases de dados obteve como resultado um total de 751 artigos. Desses,

após leitura dos títulos e resumos foram selecionados 31 artigos. A partir da aplicação dos

critérios estabelecidos, 23 foram excluídos em virtude de pertencerem a outros temas ou

por não apresentarem acesso na íntegra. Ao todo, 8 foram selecionados para serem

incluídos na revisão com análise integral. A tabela 2 mostra em suma os resultados

encontrados.

11
Título Autor Ano Tipo de estudo Tipo de Intervenção Resultados

Effects of a Saturated Fat and


Alterações comportamentais e
High Cholesterol Diet on Memory Óleo de coco hidrogenado
GRANHOLM, A. et al. 2008 Ensaio Pré - Clínico morfológicas; Aumento de erros de
and Hippocampal Morphology in 10%
memória de trabalho
the Middle-Aged Rat

Young coconut juice, a potential


therapeutic agent that could Diminuição da agregação e deposição
significantly reduce some de B-amiloide; Menor expressão de
RADENAHMAD, N. et al. 2010 Ensaio Pré - Clínico Suco de coco jovem
pathologies associated with GFAP e TAU-1; Diminuição de
Alzheimer’s disease: novel patologias
findings

Maior sobrevivência dos neurônios


Coconut oil attenuates the effects
NAFAR, F. & MEAROW, Estudo piloto -neurônios de Emulsão de Óleo de coco e tratados com óleo de coco; Diminuição
of B-amyloid on cortical neurons 2014
K. M. ratos DMSO das alterações mitocondriais induzidas
in vitro
por B-amiloide

The role of dietary coconut for


the prevention and treatment of FERNANDO, W. M. A. D. Melhora cognitiva associada a MCT's e
2015 Artigo de Revisão -
Alzheimer's disease: potential B. et al. corpos cetônicos
mechanisms of action

Aceite de coco: tratamiento


Estudo Prospectivo,
alternativo no farmacológico Melhora cognitiva de 39 % no teste
YANG, I. U. et al. 2015 controlado longitudinal, misto, Óleo de coco extra virgem
frente a la enfermedad de MEC-LOBO
analítico e experimental
Alzheimer

A new way to produce


hyperketonemia: Use of ketone NEWPORT, M. T. Xarope aromatizado contendo Rápida melhora na personalidade,
2015 Estudo de caso
ester in a case of Alzheimer's et al. Monoester de Cetona (KME) humor, tremor e cognição
disease

Fatty acids and their therapeutic LEI, E.; VACY, K.; BOON, Melhora cognitiva associada a MCT's e
2016 Artigo de Revisão -
potential in neurological disorders W. C. corpos cetônicos

Coconut oil protects cortical Maior sobrevivência dos neurônios


neurons from amyloid beta NAFAR, F.; CLARKE, J. P.; Ensaio in vitro - neurônios de Emulsão de Óleo de coco e tratados com óleo de coco; Menores
2017
toxicity by enhancing signaling of MEAROW, K. M. ratos DMSO índices de caspase 3 clivada e ROS;
cell survival pathways Menor perda de sinaptofisina

Tabela 2: Estudos selecionados para inclusão nesta revisão.

Dentre os oito trabalhos selecionados para a revisão, dois se tratavam de ensaios

pré-clínicos; um ensaio in vitro; um consistia em estudo piloto in vitro; um estudo

prospectivo, longitudinal, controlado e experimental; um estudo de caso; e duas revisões

bibliográficas. Quanto ao idioma, sete artigos se encontravam em inglês e um em espanhol.

Não foram encontrados artigos no idioma português. O ano de publicação variou de 2008

a 2017.

Quanto ao tipo de formulação do óleo de coco usada, dois estudos utilizaram uma

emulsão de óleo de coco e DMSO em cultura de células; um utilizou óleo de coco extra
12
virgem na dieta; um relatou o uso de 10% de óleo de coco hidrogenado e 2% de colesterol

como dieta saturada experimental; um usou suco de coco verde em modelo animal e o

estudo de caso relatou uso de óleo de coco, contendo aproximadamente 15% de

triglicerídeos de cadeia média, e, posteriormente, xarope aromatizado contendo monoester

de cetona (KME). Os demais artigos, por serem revisão da bibliografia, não possuíam

intervenção com óleo de coco.

Quanto ao resultado, GRANHOLM et al. (2008) em seu ensaio pré-clínico com 20

ratos Fischer 344 machos, em uma dieta saturada experimental com 2% de colesterol e

10% de óleo de coco hidrogenado durante 8 semanas, relatou que não houve diferenças

nos níveis corticais de β-amiloide entre o grupo controle e o experimental. Os níveis de fator

de crescimento nervoso (NGF) também não revelaram diferenças entre os dois grupos. No

entanto, o grupo alimentado com dieta saturada produziu significativamente mais erros de

memória, principalmente no teste com a maior demanda de memória operacional, em

comparação com o grupo controle, indicando que a dieta rica em gorduras saturadas

prejudicou a capacidade de lidar com uma carga de memória operacional aumentada.

Houve também alterações das células microgliais do hipocampo no grupo em dieta

saturada em comparação com os controles, como aumento do tamanho do corpo celular,

associado a processos mais pesados, mais curtos e mais espessos em células microgliais.

As alterações comportamentais e morfológicas relatadas no estudo de GRANHOLM

et al. (2008) podem estar relacionadas com o uso de óleo de coco hidrogenado, que

caracteriza o como gordura trans (NAFAR & MEAROW, 2014; FERNANDO et al., 2015).

RADENAHMAD et al. (2011) em seu estudo com 40 ratas Wistar ovariectomizadas

(modelo de mulheres na menopausa com DA) alimentadas (gavagem) com 100 mL/kg de

peso corporal/dia de suco de coco verde por 4 semanas, obteve resultados positivos, com

melhora quanto a agregação e deposição de placas β-amiloide, expressão da proteína

ácida fibrilar glial (GFAP) (um neurofilamento intermediário de astrócitos) e também da Tau-

13
1, ambos biomarcadores da DA. Segundo este estudo, o cérebro das ratas que receberam

o suco de coco apresentou menos patologias, em comparação com o grupo controle.

YANG et al. (2015) em estudo prospectivo com 44 pacientes (22 casos e 22

controles) idosos de 65 – 85 anos com grau variado da DA, diabéticos ou não, administrou

40 mL de óleo de coco extra virgem diariamente durante 21 dias consecutivos. Neste

estudo, a avaliação cognitiva (MEC-LOBO) foi realizada antes e após a intervenção com

óleo de coco e registrou melhora cognitiva dos pacientes de 39% após a intervenção, sendo

mais perceptível nos casos mais graves da doença.

NEWPORT et al. (2015) em estudo de caso de paciente com DA esporádica precoce

há 12 anos, relatou início de uma suplementação com 35 mL de óleo de coco, seguido de

aumento gradual na dose, atingindo 165 mL por dia dividido em 3 a 4 porções, no período

de maio de 2008 a março de 2010. O paciente relata uma rápida melhora na personalidade,

humor e tremor, e a melhora permanece estável durante todo o período de suplementação

com óleo de coco. O óleo de coco foi posteriormente substituído por KME (objeto da

intervenção neste estudo de caso) para fornecimento de corpos cetônicos (também

adquiridos na ingestão de óleo de coco), elementos aos quais a contínua melhora do

paciente foi associada.

NAFAR & MEAROW (2014) em estudo piloto com neurônios de ratos Sprague

Dawley em primeiro dia de pós-natal, tratados com peptídeo β-amiloide, investigaram o

efeito da suplementação direta com óleo de coco. Os resultados mostraram que a

sobrevivência dos neurônios co-tratados com óleo de coco e β-amiloide foi maior que a de

neurônios tratados somente com β-amiloide, além de observarem que o óleo de coco

também atenuou as alterações mitocondriais induzidas por β-amiloide.

Após os resultados promissores do estudo piloto, NAFAR, CLARKE & MEAROW

(2017) realizaram um ensaio in vitro com neurônios de ratos, tratando as culturas com β-

amiloide e uma mistura de ácidos graxos de cadeia média; β-amiloide e posteriormente

14
óleo de coco; e também pré-tratamento com óleo de coco e após β-amiloide. Foram

avaliados a sobrevivência neuronal, caspase 3 clivada (um marcador de apoptose),

sinaptofisina (marcador para tumores neuroendócrinos e quantificação de sinapses) e

espécies reativas do oxigênio (ROS). Os resultados indicaram que o óleo de coco aumentou

a sobrevivência de células pré-expostas a β-amiloide, mas teve maior eficácia quando o

tratamento de óleo de coco foi feito antes do tratamento com β-amiloide (NAFAR, CLARKE

& MEAROW, 2017). Quanto a mistura de ácidos graxos de cadeia média, proporcionou

proteção contra β-amiloide, mas não tão efetivo quanto ao óleo de coco completo. O

tratamento com óleo de coco também reduziu o número de células com marcação de

caspase e ROS, além de resgatar a perda de sinaptofisina (NAFAR, CLARKE & MEAROW,

2017).

Quanto as revisões da literatura encontradas, ambas associam o efeito preventivo e

neuroprotetor do óleo de coco aos triglicerídeos de cadeia média (MCTs), sendo os

elementos em maior quantidade presentes no óleo de coco (FERNANDO et al., 2015; LEI

et al., 2016). Além dos MCTs, o óleo de coco também oferece tocotrienois e tocoferóis

(vitamina E), que lhe conferem função antioxidante contra o estresse oxidativo, muito

observado no cérebro de indivíduos com DA, e corpos cetônicos, importante ferramenta de

geração de energia para o cérebro no hipometabolismo da glicose (FERNANDO et al.,

2015; LEI et al., 2016).

A maior dificuldade que se tem hoje quanto a cura do DA é um tratamento eficaz,

capaz de alterar os mecanismos da doença e também impedir sua progressão. Alguns

mecanismos que envolvem a doença ainda são desconhecidos. Com isso, cada vez mais

procura-se tratamentos complementares e suplementação alimentar, capazes de regredir

a doença, melhorar o estado cognitivo e proporcionar uma melhor qualidade de vida ao

paciente, além de melhor entendimento do funcionamento da doença.

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Uma característica inicial da DA é a diminuição do metabolismo da glicose no

cérebro, em parte devido à interrupção do mecanismo de sinalização, caracterizando uma

resistência à insulina e levando à morte neuronal (HENDERSON, 2008; CRAFT et al., 2013;

de la MONTE & TONG, 2014; YANG et al., 2015). Esse processo é questionado como

sendo uma possível diabetes tipo III, e tem sido alvo de intervenção no processo da doença,

já que a inibição do metabolismo da glicose pode ter efeitos profundos na função cerebral

(STEEN et al., 2005; YANG et al., 2015).

Uma abordagem promissora é complementar o suprimento normal de glicose do

cérebro com corpos cetônicos, que incluem acetoacetato, β-hidroxibutirato e acetona. Os

corpos cetônicos normalmente são produzidos a partir de depósitos de gordura quando as

concentrações de glicose são limitadas, ou adquiridas por meio de uma dieta cetogênica,

que é rica em gordura e baixa em carboidratos e proteínas.

Há diversos estudos sobre a função dos corpos cetônicos na fisiopatologia da DA.

Em sua maioria, mostraram que a maior disponibilidade de energia em forma de corpos

cetônicos para o cérebro teve efeito positivo, tanto na melhora da memória e cognição,

quanto da neuroproteção contra a toxicidade β-amiloide, como no metabolismo das

mitocôndrias (REGER et al., 2004; AUWERA et al., 2005; HENDERSON, 2008;

HENDERSON et al., 2009; KRIKORIAN et al., 2012; REBELLO et al., 2015; YIN et al., 2016;

LANGE et al., 2017).

Contudo, a efetividade terapêutica dos corpos cetônicos parece estar ligada ao fator

genético da apolipoproteína E (ApoE4-Ɛ4), a qual o alelo é um fator de risco para a DA, e

diminui a concentração sérica de corpos cetônicos (REGER et al.,2004; HENDERSON et

al., 2009).

O promissor potencial terapêutico do óleo de coco surgiu com a aprovação da FDA

em 2009 para o medicamento Axona®, um derivado de óleo de coco fracionado (triglicerídeo

de ácido caprílico – um MCT) como um alimento terapêutico, de prescrição médica, para o

16
manejo dietético clínico dos processos hipometabólicos associados à DA de grau leve a

moderado (SWAMINATHAN & JICHA, 2014; LEI et al., 2016; ANAND, et al., 2017).

Atualmente, os MCTs são propostos como boas fontes de corpos cetônicos, sendo

uma alternativa a dieta cetogênica, que pode aumentar o risco cardíaco (fator de risco para

o desenvolvimento de DA), e também pode, em casos como os de indivíduos com DA, ser

trabalhosa e de difícil adesão (KLAG et al., 1993; LIU et al. 2003; LIU et al., 2008). Além

disso, os MCTs são mais vantajosos em relação à sua absorção, pois não necessitam de

β-oxidação e de proteínas carreadoras para atravessarem a barreira hematoencefálica

(RUPPIN & MIDDLETON, 1980; TRAUL et al., 2000; THOLSTRUP et al., 2004).

Por ser constituído de diversos MCTs, não só o caprílico, e também de outros

compostos, o óleo de coco se torna um alimento mais completo, além de se mostrar como

uma alternativa mais barata e mais acessível ao público, em comparação ao Axona® (LEI

et al., 2016) e parece ser uma alternativa na prevenção e no tratamento adjuvante da DA,

sem efeitos adversos proeminentes (YANG et al., 2015).

Considerações Finais

Apesar de promissores os resultados encontrados, os estudos sobre a eficácia e

sobre os mecanismos de ação do óleo de coco ainda são escassos. Mais estudos com

maior tempo de seguimento e tamanho amostral em modelos animais e humanos são

necessários, além da pesquisa sobre quais as concentrações circulantes são necessárias

para obter o efeito terapêutico desejado sem efeitos adversos.

Referências

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