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ALIMENTOS FUNCIONAIS

Nomes: Denise, Edemar, Mery

1. Definir alimento funcional e citar exemplos.

Alimentos funcionais são todos os alimentos ou bebidas que, consumidos na alimentação


cotidiana, podem trazer benefícios fisiológicos específicos, graças à presença de ingredientes
fisiologicamente saudáveis.
Os alimentos e ingredientes funcionais podem ser classificados de dois modos: quanto à fonte,
de origem vegetal ou animal, ou quanto aos benefícios que oferecem, atuando em seis áreas
do organismo: no sistema gastrointestinal; no sistema cardiovascular; no metabolismo de
substratos; no crescimento, no desenvolvimento e diferenciação celular; no comportamento
das funções fisiológicas e como antioxidantes.

2. Qual a principal função de um alimento funcional?

Os alimentos funcionais são alimentos que provêm à oportunidade de combinar produtos


comestíveis de alta flexibilidade com moléculas biologicamente ativas, como estratégia para
consistentemente corrigir distúrbios metabólicos, resultando em redução dos riscos de
doenças e manutenção da saúde.

3. Quais as características de um alimento funcional?

Os alimentos funcionais apresentam as seguintes características:


a) devem ser alimentos convencionais e serem consumidos na dieta normal/usual;
b) devem ser compostos por componentes naturais, algumas vezes, em elevada concentração
ou presentes em alimentos que normalmente não os supririam;
c) devem ter efeitos positivos além do valor básico nutritivo, que pode aumentar o bem-estar
e a saúde e/ou reduzir o risco de ocorrência de doenças, promovendo benefícios à saúde além
de aumentar a qualidade de vida, incluindo os desempenhos físico, psicológico e
comportamental;
d) a alegação da propriedade funcional deve ter embasamento científico;
e) pode ser um alimento natural ou um alimento no qual um componente tenha sido
removido;
g) pode ser um alimento onde a natureza de um ou mais componentes tenha sido modificada;
h) pode ser um alimento no qual a bioatividade de um ou mais componentes tenha sido
modificada.
4. Cite as principais resoluções em relação aos alimentos funcionais.

No Brasil, o Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),


regulamentou os Alimentos Funcionais através das seguintes resoluções:

Resolução da ANVISA/MS 16/99 - trata de Procedimentos para Registro de Alimentos e ou


Novos Ingredientes, cuja característica é de não necessitar de um Padrão de Identidade e
Qualidade (PIQ) para registrar um alimento, além de permitir o registro de novos produtos
sem histórico de consumo no país e também novas formas de comercialização para produtos
já consumidos.
Resolução da ANVISA/MS 17/99 - Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as Diretrizes
Básicas para Avaliação de Risco e Segurança de Alimentos que prova, baseado em estudos e
evidências científicas, se o produto é seguro sob o ponto de risco à saúde ou não.
Resolução ANVISA/MS 18/99 - Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as Diretrizes
Básicas para a Análise e Comprovação de Propriedades Funcionais e/ou de Saúde, alegadas em
rotulagem de alimentos.
Resolução ANVISA/MS 19/99 - Aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos para Registro
de Alimentos com Alegação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde em sua Rotulagem

5. Quais as diretrizes para a utilização da alegação de propriedades funcionais e ou de saúde,


segundo a ANVISA?
As diretrizes para a utilização da alegação de propriedades funcionais e ou de saúde, segundo
a ANVISA são:
a) A alegação de propriedades funcionais e ou de saúde é permitida em caráter opcional;
b) O alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais ou de saúde pode, além de
funções nutricionais básicas, quando se tratar de nutriente, produzirem efeitos metabólicos e
ou fisiológicos e ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem
supervisão médica;
c) São permitidas alegações de função ou conteúdo para nutrientes e não nutrientes, podendo
ser aceitas aquelas que descrevem o papel fisiológico do nutriente ou não nutriente no
crescimento, desenvolvimento e funções normais do organismo, mediante demonstração da
eficácia. Para os nutrientes com funções plenamente reconhecidas pela comunidade científica
não será necessária a demonstração de eficácia ou análise da mesma para alegação funcional
na rotulagem (item 3.3 da Resolução ANVISA nº 18);
d) No caso de uma nova propriedade funcional, há necessidade de comprovação científica da
alegação de propriedades funcionais e ou de saúde e da segurança de uso, segundo as
Diretrizes Básicas para avaliação de Risco e Segurança dos alimentos;
e) as alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, ao papel fisiológico dos
nutrientes e não nutrientes e à redução de risco de doenças. Não são permitidas alegações de
saúde que façam referência à cura ou prevenção de doenças

6. Pesquisar um alimento funcional, dizendo qual (is) composto(s) bioativo(s) apresenta e


seus benefícios para ao organismo, bem como seu mecanismo de ação – caso seja
conhecido.
O chá verde, produzido a partir das folhas de Camellia sinensis (C. sinensis), constitui uma
bebida altamente consumida em países orientais e também em alguns países ocidentais,
ocupando a segunda posição em bebidas não alcoólicas de maior consumo. Grande parte disso
se deve a essa bebida apresentar uma gama de compostos funcionais e efeitos biológicos em
estudo. Dentre esses potenciais benefícios, cabe-se destacar: redução dos níveis de colesterol,
atividade imunoestimulatória, antimicrobiana e antioxidante, prevenção de doenças crônico-
degenerativas, principalmente câncer e distúrbios cardiovasculares.
Seu alto teor de compostos fenólicos confere essas propriedades benéficas e preventivas à
saúde, especialmente aos monômeros de catequinas. As principais catequinas presentes no
chá verde são a epigalocatequina galato (EGCG), epigalocatequina (EGC), epicatequina galato
(ECG), epicatequina (EC) e catequina. A epigalocatequina galato (EGCG) corresponde a maior
fração de catequinas e é a de maior valor biológico. Outros compostos bioativos como os
flavonóides (quercetina e miricetina) bem como seus glicosídeos, encontram-se em menor
proporção no chá verde. Os flavonóides são basicamente subdivididos em: antocianinas,
flavanas, flavononas, flavonas, flavonóis e isoflavonóides, atuando na prevenção de doenças
crônicas não transmissíveis pelas suas propriedades antioxidantes, anticarcinogênicas,
antiinflamatórias, antiaterogênicas, hipoglicemiantes e antibacterianas. Também estão
presentes, embora em menor quantidade, cafeína, pigmentos, carboidratos, aminoácidos,
micronutrientes (vitaminas B, E, C) e minerais (cálcio, magnésio, zinco, potássio e ferro).
O mecanismo de ação das catequinas ainda não é bem elucidado, porém em ensaios pré-
clínicos foi observado que a absorção das principais catequinas (EGCG, EGC, ECG e EC) ocorre
no intestino delgado e sofrem biotransformação no fígado, levando a formação de formas
conjugadas. A metabolização das catequinas ocorre de forma rápida e progressiva, sendo a
EGCG excretada na bile, enquanto que a EGC e EC excretadas na urina e bile. Estudos mais
detalhados a cerca da farmacocinética e farmacodinâmica são requeridos para melhor
compreensão da ação em tecidos alvos específicos.
Algumas propriedades biológicas exibidas por essa bebida pelo seu teor de flavonóides e
catequinas incluem ação antiinflamatória, relacionada à inibição da expressão do gene fator de
necrose tumoral alfa (TNF-α), mediante o bloqueio da ativação do fator de transcrição kappa β
(NF-kappa β) e ativador protéico 1 (AP-1). Observou-se também que, a ação conjunta das
catequinas e teoflavinas, induziram a uma pré-inibição das enzimas ciclooxigenase 2 (COX-2) e
lipoxigenase do metabolismo do ácido araquidônico.
Propriedades antioxidantes, através da captura de espécies reativas de oxigênio (O2-, H2O2 e
OH-) e transferência de elétrons para estabilização dessas estruturas, tornando-as menos
reativas. Ação antiaterogênica, inibindo a oxidação das lipoproteínas de baixa densidade (LDL),
inibição da agregação plaquetária, modulação da função endotelial e propriedades anti-
hipertensivas.
Ação hipoglicemiante atrelada a um aumento na sensibilidade à insulina e aumento da
atividade do transportador de glicose GLUT4. Ensaios in vitro evidenciaram uma redução na
proliferação de células de câncer de mama e redução do câncer de mama em roedores. Efeitos
protetores causados pelos RL no DNA celular e indução da apoptose de células tumorais,
apontando para seu potencial efeito anticarcinogênico.
Os flavonóides presentes no chá verde ainda podem atuar sobre neurotransmissores, como a
noradrenalina, estimulando a termogênese e oxidação lipídica no sistema nervoso simpático,
sendo considerados reguladores de peso corporal e prevenindo o acúmulo de adipócitos.

Referências

NISHIYAMA et al. Chá verde brasileiro (Camellia sinensis var assamica): efeitos do tempo de
infusão, acondicionamento da erva e forma de preparo sobre a eficiência de extração dos
bioativos e sobre a estabilidade da bebida. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 30, p. 191-
196, 2010.

SENGER, A.E.V. SCHWANKE, C. H. A. GOTTLIEB, M. G. V. Chá verde (Camellia sinensis) e suas


propriedades funcionais nas doenças crônicas não transmissíveis. Scientia Medica, Porto
Alegre, v. 20, n. 4, p. 292-300, 2010.

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