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da nossa sociedade, da nossa civilização e da nossa cultura”1; tal como o
aprisionamento do povo palestiniano pela entidade israelita, aceite sem
vergonha pela “comunidade internacional”.
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“Modernity and the Holocaust”, citação em Colapso, de Carlos Taibo
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O rolo compressor do exército soviético sobre os nazis, na fase final da
guerra, impulsionou o apoio aos partidos socialistas e comunistas de
então, por parte dos povos e, durante alguns anos, atraiu mesmo a
intelectualidade; ainda que a destruição do fascismo tenha estacado a
norte dos Pirinéus, poupando os regimes de Franco e Salazar.
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criação da CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (1951), da
Comunidade Económica Europeia (1957); neste último caso, a preceder
uma longa série de decisões e tratados, sempre na forja, visando a
constituição de um super-estado (a União Europeia) que se mostra, hoje,
crescente em dimensão, profundidade e em totalitarismo; e cujas
instituições se coadunam aliás, em perfeitamente com as oligarquias
nacionais, em competição no reacionarismo. Afastado o perigo de
confrontação e competição com um adversário a Leste, depois de 1991, a
UE vem acentuando o seu pendor economicista e oligárquico, a favor das
multinacionais e do sistema financeiro, ao mesmo tempo que acompanha
os EUA nas aventuras guerreiras na área do Mediterrâneo.
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O derrube do Muro de Berlim e o desmembramento do bloco de Leste e da URSS
conduziram à desaparição do Pacto de Varsóvia mas não a da NATO. Os EUA
precisam de manter um pé na Europa, como monitores, agitando uma ameaça russa
para garantirem a venda de armas; e, na prática, diretamente, através da NATO ou
outras siglas militaristas onde participa, vem intervindo em áreas geográficas que não
envolvem, nem sequer confinam com países membros ou ainda, de onde não partem
ameaças para aqueles.
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vigorava o mimetismo; até mesmo na forma oligárquica como as
populações eram (e são) afastadas das decisões sobre as suas vidas.
Em 1947 foi criado o GATT - Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, com
o objetivo da liberalização do comércio mundial, restrito antes da guerra,
então sob forte protecionismo no seio de cada um dos impérios potências
coloniais, bem como entre os estados-nação, na sua generalidade.
Entendia-se que o comércio livre, isento de barreiras, era fonte de
eficiência económica, que alimentava a democracia e o bem-estar social;
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e, nessa lógica, além do comércio de mercadorias foi-se incluindo os
serviços, os investimentos e as patentes, num processo que foi permitindo
o domínio das multinacionais e o alargamento da sua presença pelo
mundo processo esse que culminou em 1995 com a criação da OMC -
Organização Mundial de Comércio, onde estão presentes a grande
maioria dos países, predominando, entre as ausências, numerosos países
árabes ou muçulmanos que se reservam na situação de observadores.
Para além da crispação latente nas fronteiras dos dois blocos que
dividiam a Europa, uma outra ameaça provinha da descolonização que se
desenhava e que tornaria os países europeus, no seu conjunto, potências
regionais ao abrigo da sombra protetora dos EUA uns, da URSS, outros,
com muito poucas neutralidades.
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fanáticos religiosos é uma esperança vã, ameaçada por uma demografia
desfavorável4. A continuidade da entidade sionista estará assegurada
enquanto aos EUA5 e ao Ocidente em geral, for necessária a existência
de um quartel para controlo das terras do petróleo; só assim se entende
que aos sionistas seja permitida a posse de armas atómicas e dos
mísseis Jericó, com um alcance de 11500 Km (que podem atingir o…
Rio de Janeiro…).
4
Em Portugal, a pequena e isolada comunidade judaica de Belmonte tem sido objeto
de assédio junto de jovens para que vão viver para os territórios ocupados pelos
sionistas. Para agradar aos sionistas e… atrair investimento estrangeiro, nos meios
governamentais da paróquia lusa pretende-se atribuir passaporte português a
sefarditas de origem lusitana emigrados para a Grã-Bretanha quando da sua expulsão
há cerca de 500 anos; o que não é extensível aos descendentes de mouros expulsos
na mesma ocasião… Dentro da imbecilidade que é apanágio da classe política
portuguesa, aguarda-se que sejam atribuídos – num 10 de junho, dia da “raça” -
passaportes póstumos a David Ricardo e Benedito Spinoza, que tiveram ancestrais
próximos membros de comunidades judaicas de origem portuguesa.
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A posição das grandes potências tem sido comum na sustentação do sionismo em
terras palestinianas. A Grã-Bretanha favoreceu a instalação das primeiras levas de
judeus para a Palestina, no final da II Guerra; a França forneceu a tecnologia nuclear;
os EUA são os grandes financiadores de capitais privados e de armamento; e a
URSS, nos anos 80 encaminhou centenas de milhares de judeus soviéticos para
reforçar o povoamento da entidade sionista.
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Num renovado papel do Estado, exigia-se dele fórmulas de controlo
político do trabalho que não poderiam corresponder à sua militarização,
como praticada pelos fascistas; e, muito menos, permitir propensões
revolucionárias nos trabalhadores. A acumulação capitalista do pós-
guerra fez-se através da inovação tecnológica e na gestão, na
organização do trabalho, na produção em massa, com o desenvolvimento
de um mercado tendencialmente global, aberto e não maculado com
guerras como as havidas nas últimas décadas; fez-se também através
dos objetivos introduzidos nas expectativas dos trabalhadores, com o
acesso fácil a bens de consumo diversificados, bons salários e pouco
desemprego, garantias contra despedimento, segurança social, férias
pagas, saúde e educação públicas. Certamente alguns think tanks do
capitalismo (Mises, Hayek, Friedman), perante estes “capitais”
desperdiçados em medidas de caráter social, terão sorrido e grunhido…
“dentro em breve, cá vos apanharemos!”
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O pântano criado, marcava uma diferença face ao período entre as duas
guerras, com turbulência política entre múltiplas e instáveis formações
partidárias, com a presença de partidos e milícias fascistas e mesmo de
regimes fascistas em grande parte da Europa. De facto, a harmonização
conseguida evitou a guerra na Europa (mas não as atividades
guerrilheiras do IRA, das Brigate Rosse, da RAF ou da ETA); não evitou
nesse período mas, por instigação das potências europeias e da tutela
norte-americana promoveu, fora de portas, a guerra na Jugoslávia, cerca
de vinte anos depois.
(continua)
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