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NOÇÕES DE

DIREITO PENAL

268 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS POR ASSUNTOS

Edição  junho  2017

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou
processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos
do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610,
de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais).

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SUMÁRIO
1. DIREITO PENAL E PODER PUNITIVO ..................................................................................................... 05

2. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO PENAL...................................................................................... 05

3. INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA LEI PENAL ................................................................................. 07

4. CRIME ........................................................................................................................................................ 10
4.1  Conceito e classificação ............................................................................................................................... 10
4.2  Culpabilidade ................................................................................................................................................. 19
4.3  Concurso de crimes ...................................................................................................................................... 19
4.4  Erro ................................................................................................................................................................. 20
4.5  Exclusão de Ilicitude ..................................................................................................................................... 21

5. IMPUTABILIDADE PENAL ........................................................................................................................ 24

6. CONCURSO DE PESSOAS ...................................................................................................................... 28

7. PENAS: 7.1. Espécies de penas; 7.2. Cominação das penas; 7.3. Aplicação das Penas; 7.4. Suspensão
condicional da pena; 7.5. Livramento condicional; 7.6. Efeitos da condenação .......................................... 30

8. AÇÃO PENAL ............................................................................................................................................ 32

9. PUNIBILIDADE E CAUSAS DE EXTINÇÃO ............................................................................................. 33

10. CRIMES CONTRA A PESSOA .................................................................................................................. 34

11. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO .......................................................................................................... 42

12. CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL ............................................................................................. 46

13. CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA .................................................................................... 48

14. CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA ......................................................................................................... 49

15. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ........................................................................................................... 49

16. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.................................................................................. 50

GABARITO ............................................................................................................................................ 57
AGENTE (INVESTIGADOR E ESCRIVÃO)  POLÍCIA CIVIL DE MATO GROSSO DO SUL (PC-MS)
Noções de Direito Penal  Questões por Assuntos

NOÇÕES DE DIREITO PENAL


1 DIREITO PENAL E PODER PUNITIVO
* Ver questões abordadas no Tópico 2 – Princípios Aplicáveis ao Direito Penal.

2 PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO PENAL


1. [Agente de Polícia-(C1)-(CE)-(NS)-PC-PE/2016-UnB].(Q.41) Acerca dos princípios básicos do direito penal brasileiro, assinale a
opção correta.

a) O princípio da fragmentariedade ou o caráter fragmentário do direito penal quer dizer que a pessoa cometerá o
crime se sua conduta coincidir com qualquer verbo da descrição desse crime, ou seja, com qualquer fragmento de seu
tipo penal.
b) O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será punido sem lei anterior que defina a conduta
como crime e que a pena também deve ser prevista previamente, ou seja, a lei nunca poderá retroagir.
c) É possível que uma lei penal mais benigna alcance condutas anteriores à sua vigência, seja para possibilitar a
aplicação de pena menos severa, seja para contemplar situação em que a conduta tipificada passe a não mais ser
crime.
d) O princípio da insignificância no direito penal dispõe que nenhuma vida humana será considerada insignificante,
sendo que todas deverão ser protegidas.
e) O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima do direito penal significa que a pessoa só cometerá um crime se
a pessoa a ser prejudicada por esse crime o permitir.

2. [Agente-(Pr. Objetiva)-(NS)-PC-SC/2014-ACAFE].(Q.31) Acerca dos princípios constitucionais e infraconstitucionais do


Direito Penal, é correto afirmar, exceto:

a) A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos.
b) O princípio da intervenção mínima preconiza que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio
necessário para a proteção de determinado bem jurídico.
c) O princípio da lesividade proíbe a incriminação de uma conduta que exceda o âmbito do próprio autor.
d) O princípio da adequação social restringe a abrangência do tipo penal, limitando sua interpretação e dele excluindo
as condutas consideradas socialmente adequadas e aceitas pela sociedade.
e) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, não podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser estendidas aos sucessores.

3. [Escrivão-Investigador-(NS)-(TP)-PC-MT/2014-Funcab].(Q.65) O princípio da fragmentariedade do Direito Penal significa:

a) que, uma vez escolhidos aqueles bens fundamentais, comprovada a lesividade e a inadequação das condutas que
os ofendem, esses bens passarão a fazer parte de uma pequena parcela que é protegida pelo Direito Penal.
b) que o legislador valora as condutas, cominando-lhes penas que variam de acordo com a importância do bem a ser
tutelado.
c) que apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal não será considerada típica se for socialmente adequada
ou reconhecida, isto é, se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada.
d) que as proibições penais somente se justificam quando se referem a condutas que afetem gravemente direitos de
terceiros.
e) quando a lei é a única fonte do Direito Penal quando se quer proibir ou impor condutas sob a ameaça de sanção.

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4. [Investigador de Polícia I-(NS)-(C1)-(PA)-PC-MG/2014-Fumarc].(Q.22) Quanto aos princípios constitucionais de natureza


penal, NÃO é correto o que se afirma em:

a) As penas no Brasil têm caráter preventivo e retributivo.


b) A obrigação de reparar o dano produzido pelo crime não pode se estender aos familiares do preso, sob forma de
sucessão.
c) O princípio constitucional da responsabilidade pessoal significa que a pena não pode passar da pessoa do condenado.
d) O princípio da proporcionalidade significa que a pena deve ser proporcional ao crime, ou seja, guardar equilíbrio
entre a infração praticada e a sanção imposta.

5. [Oficial de Cartório Policial-(6ª Classe)-(NS)-(VA)-PC-RJ/2013-IBFC].(Q.76) O princípio da reserva legal constitui-se na


garantia individual de que o poder de punir do Estado em matéria penal será exercido nos limites da norma positivada,
permitindo a criação de tipos penais incriminadores e a instituição de penas por intermédio de:

a) Qualquer espécie normativa, desde que elaborada em observância ao regular processo administrativo ou legislativo.
b) Lei ordinária e medida provisória, já que esta última também possui força de lei até que seja submetida a regular
processo legislativo.
c) Decreto legislativo, já que são funções exclusivas do Poder Legislativo a criação de direito novo, a imposição de
obrigações de caráter geral e a definição de sanções jurídicas.
d) Decreto-lei, regularmente elaborado no exercício do poder administrativo-normativo do chefe do Poder do Executivo,
já que o ato de legislar encontra-se no feixe de atribuições típicas deste Poder.
e) Lei em sentido estrito, entendida esta como a espécie normativa em regular processo legislativo levado a efeito no
âmbito do Poder Legislativo.

6. [Oficial de Cartório Policial-(6ª Classe)-(NS)-(VA)-PC-RJ/2013-IBFC].(Q.77) O princípio de humanidade consubstancia-


se na ideia de que o direito penal deve pautar-se na benevolência, de forma a tratar dignamente aquele que comete
um fato delituoso, visto que, apesar de ter infringido a norma penal, é pessoa humana como qualquer outra. Sendo
assim, podermos afirmar corretamente que:

a) A pena de morte confronta o princípio da humanidade, sendo vedada no ordenamento jurídico brasileiro de forma
absoluta.
b) O cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado não atenta contra o princípio da humanidade,
por isso é permitido no ordenamento jurídico brasileiro.
c) Ao condenado, durante a execução da pena, pode ser imposta a obrigação de realizar trabalhos forçados, desde
que se garanta o benefício da remissão penal.
d) A imposição de castigos corporais ao preso provisório não se caracteriza como licitude, visto que o princípio da
humanidade aplica-se apenas aos definitivamente condenados.
e) Constitui-se pena degradante, por violar o direito à liberdade de ir e vir do condenado, a imposição de penas
restritivas de direitos consistentes na proibição de frequentar determinados lugares e limitação de fim de semana.

7. [Oficial de Cartório Policial-(6ª Classe)-(NS)-(VA)-PC-RJ/2013-IBFC].(Q.78) O princípio da responsabilidade pessoal, conquista


do direito penal moderno, limita a imposição da responsabilização penal àquele que:

a) Tenha praticado o núcleo do tipo penal, afastando a possibilidade de punição daquele que de qualquer forma
concorreu para a prática do crime.
b) Guarde qualquer vínculo subjetivo com o autor do delito, desde que tenha tomado ciência prévia ou posterior de
que o fato criminoso seria ou foi por este praticado.
c) Seja considerado autor, coautor ou participe do crime, impedindo que terceiros totalmente alheios ao fato delituoso
possam sofrer consequências penais dele decorrentes.
d) Tenha atuado na consecução do crime, sendo ressalvada a hipótese de incapacidade ou morte do autor, em que se
permite a imposição de responsabilidade penal aos seus sucessores legais.
e) Exclusivamente ao executor do núcleo do tipo penal incriminador.

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3 INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA LEI PENAL


1. [Escrivão de Polícia-(C3)-(CE)-(NS)-PC-PE/2016-UnB].(Q.41) Um crime de extorsão mediante sequestro perdura há meses
e, nesse período, nova lei penal entrou em vigor, prevendo causa de aumento de pena que se enquadra perfeitamente
no caso em apreço.

Nessa situação hipotética,

a) a lei penal mais grave não poderá ser aplicada: o ordenamento jurídico não admite a novatio legis in pejus.
b) a lei penal menos grave deverá ser aplicada, já que o crime teve início durante a sua vigência e a legislação, em
relação ao tempo do crime, aplica a teoria da atividade.
c) a lei penal mais grave deverá ser aplicada, pois a atividade delitiva prolongou-se até a entrada em vigor da nova
legislação, antes da cessação da permanência do crime.
d) a aplicação da pena deverá ocorrer na forma prevista pela nova lei, dada a incidência do princípio da ultratividade
da lei penal.
e) a aplicação da pena ocorrerá na forma prevista pela lei anterior, mais branda, em virtude da incidência do princípio
da irretroatividade da lei penal.

2. [Inspetor-(1ª Classe)-(Pr. Objetiva)-(NS)-(V2)-AESP-PC-CE/2015-Vunesp].(Q.44) Nos termos do Código Penal e em relação


à territorialidade, é correto afirmar que, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada

a) será aplicada a lei brasileira se as aeronaves estiverem em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo
correspondente, e as embarcações estiverem em porto ou mar territorial do Brasil.
b) será aplicada a lei brasileira se as embarcações estiverem em porto brasileiro, mas é vedada a aplicação da lei
brasileira se as embarcações estiverem em mar territorial do Brasil.
c) não se aplica a lei brasileira ao crime cometido a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade
privada, ainda que aquelas estejam em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e
estas em porto ou mar territorial do Brasil.
d) será aplicada a lei brasileira se as aeronaves estiverem em pouso no território nacional, sendo vedada a aplicação da
lei brasileira se as aeronaves estiverem em voo no espaço aéreo correspondente.
e) é vedada a aplicação da lei brasileira se as aeronaves estiverem em voo no espaço aéreo correspondente e se as
embarcações estiverem em mar territorial do Brasil.

3. [Escrivão-(1ª Classe)-(Pr. Objetiva)-(NS)-(V2)-AESP-PC-CE/2015-Vunesp].(Q.43) O indivíduo B provocou aborto com o


consentimento da gestante, em 01 de fevereiro de 2010, e foi condenado, em 20 de fevereiro de 2013, pela prática de
tal crime à pena de oito anos de reclusão. A condenação já transitou em julgado. Na hipótese do crime de aborto, com
o consentimento da gestante, deixar de ser considerado crime por força de uma lei que passe a vigorar a partir de 02 de
fevereiro de 2015, assinale a alternativa correta no tocante à consequência dessa nova lei à condenação imposta ao
indivíduo B.

a) A nova lei só irá gerar algum efeito sobre a condenação do indivíduo B se prever expressamente que se aplica a fatos
anteriores.
b) A nova lei será aplicada para os fatos praticados pelo indivíduo B, contudo só fará cessar a execução persistindo os
efeitos penais da sentença condenatória, tendo em vista que esta já havia transitado em julgado.
c) Não haverá consequência à condenação imposta ao indivíduo B visto que já houve o trânsito em julgado da
condenação.
d) A nova lei só seria aplicada para os fatos praticados pelo indivíduo B se a sua entrada em vigência ocorresse antes de
01 de fevereiro de 2015.
e) A nova lei será aplicada para os fatos praticados pelo indivíduo B, cessando em virtude dela a execução e os efeitos
penais da sentença condenatória.

4. [Escrivão-(1ª Classe)-(Pr. Objetiva)-(NS)-(V2)-AESP-PC-CE/2015-Vunesp].(Q.44) Na data de 03 de outubro de 2014, na


cidade de Aquiraz – CE, o indivíduo B efetuou dois disparos de arma de fogo contra a pessoa C, que foi socorrida no
Hospital mais próximo. A pessoa C foi posteriormente transferida para um Hospital na cidade de Fortaleza – CE, local em
que faleceu na data de 09 de outubro de 2014, em decorrência dos disparos de arma de fogo efetuados pelo indivíduo
B na cidade de Aquiraz – CE. Assinale a alternativa correta em relação ao lugar e tempo do crime praticado pelo
indivíduo B, segundo o previsto no Código Penal.

a) Considera-se o lugar do crime aquele em que a pessoa C faleceu na cidade de Fortaleza – CE; e o tempo do crime o
dia 09 de outubro de 2014.
b) Considera-se o lugar do crime tanto aquele em que ocorreram os disparos de arma de fogo na cidade de Aquiraz – CE
quanto o local em que a pessoa C faleceu na cidade de Fortaleza – CE; e o tempo do crime, o dia 09 de outubro de 2014.

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c) Considera-se o lugar do crime aquele em que ocorreram os disparos de arma de fogo na cidade de Aquiraz – CE; e o
tempo do crime, o dia 09 de outubro de 2014.
d) Considera-se o lugar do crime tanto aquele em que ocorreram os disparos de arma de fogo na cidade de Aquiraz – CE
quanto o local em que a pessoa C faleceu na cidade de Fortaleza – CE; e o tempo do crime, o dia 03 de outubro de 2014.
e) Considera-se o lugar do crime tanto aquele em que ocorreram os disparos de arma de fogo na cidade de Aquiraz –
CE quanto o local em que a pessoa C faleceu na cidade de Fortaleza – CE; e o tempo do crime, tanto o dia 03 quanto o
dia 09 de outubro de 2014.

5. [Escrivão-(1ª Classe)-(Pr. Objetiva)-(NS)-(V2)-AESP-PC-CE/2015-Vunesp].(Q.45) No que diz respeito à contagem de prazo no


Código Penal, assinale a alternativa correta.

a) O dia do começo é irrelevante no cômputo do prazo.


b) O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
c) O dia do começo exclui-se no cômputo do prazo.
d) Inicia-se o cômputo do prazo dois dias após o dia do começo.
e) O dia do começo exclui-se no cômputo do prazo nas hipóteses de crime contra a vida.

6. [Investigador de Polícia I-(NS)-(C1)-(PA)-PC-MG/2014-Fumarc].(Q.23) Sobre a Lei Penal, é CORRETO afirmar que

a) não retroage, salvo para beneficiar o réu.


b) não retroage, salvo se o fato criminoso ainda não for conhecido.
c) retroage, salvo disposição expressa em contrário.
d) retroage, se ainda não houver processo penal instaurado.

7. [Escrivão-Investigador-(NS)-(TP)-PC-MT/2014-Funcab].(Q.59) Na abolitio criminis temporária ou na vacatio legis indireta:

a) os efeitos da norma incriminadora são temporariamente suspensos, com efeitos erga omnes, de modo que se trata de
causa de escusa absolutória.
b) os efeitos da norma incriminadora são temporariamente suspensos, com efeitos erga omnes, de modo que se trata de
causa de exclusão da culpabilidade.
c) os efeitos da norma incriminadora são temporariamente suspensos, com efeitos erga omnes, de modo que a conduta
não é típica se praticada nesse período.
d) os efeitos da norma incriminadora não são suspensos, de modo que a norma possui aplicação integral neste período.
e) os efeitos da norma incriminadora são temporariamente suspensos, com efeitos erga omnes, de modo que se trata de
causa de exclusão de licitude.

8. [Escrivão-(NM)-(PM02)-(M)-(TT)-PC-RO/2014-Funcab].(Q.57) O artigo 3° do Código Penal dispõe: “a lei excepcional ou


temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se
ao fato praticado durante sua vigência”. O referido artigo prevê o fenômeno da:

a) coculpabilidade.
b) tipicidade conglobante.
c) retroatividade da lei.
d) abolitio criminis.
e) ultra-atividade da lei.

9. [Escrivão-(3ª Cat.)-(PS03-P)-(NS)-(T)-PC-ES/2013-Funcab].(Q.48) O marinheiro Jonas matou seu colega de farda a bordo


do navio-escola NE Brasil, da Marinha Brasileira, quando o navio estava em águas sob soberania do Japão. Assim:

a) a lei penal brasileira será aplicada ao caso, em razão do princípio da territorialidade.


b) a lei penal brasileira será aplicada ao caso, em razão do princípio do pavilhão.
c) a lei penal brasileira será aplicada ao caso, em razão do princípio da justiça universal.
d) a lei penal brasileira será aplicada ao caso, em razão do princípio da defesa.
e) a lei penal japonesa será aplicada ao caso, em razão do crime ter ocorrido em águas sob soberania do Japão.

10. [Perito Criminal-(3ª Cat.)-(PS06-P)-(NS)-(M)-PC-ES/2013-Funcab].(Q.41) Aplica-se a lei penal brasileira:

a) apenas aos crimes cometidos no território nacional.


b) a todos os crimes praticados no território nacional e aos praticados em território estrangeiro por brasileiros ou agentes
domiciliados no Brasil.
c) aos crimes praticados em território estrangeiro, lá não julgados, e cujo agente se encontre no território nacional.
d) a todos os crimes, praticados em território nacional ou estrangeiro, cujo agente for brasileiro nato ou naturalizado.
e) aos crimes cometidos em território estrangeiro contra o patrimônio de autarquia municipal.

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GABARITOS (268 QUESTÕES)

2 PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO PENAL


1 2 3 4 5 6 7
C E A B E B C

3 INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA LEI PENAL


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
C A E D B A C E A E D D C A E

4 CRIME
4.1  CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
QUESTÃO 1

COMENTÁRIO:

Gabarito: (d)

A alternativa (d) está incorreta uma vez que não é qualquer conduta, pois ato ilícito penal é tipificado pelo Direito Penal,
ou seja, só pratica o ato ilícito penal gerador da responsabilidade penal o indivíduo que contraria o tipo penal específico.
Vale lembrar que tipo penal é a descrição legal de uma conduta definida como crime. Quem diz que um fato é crime e
estabelece uma pena para a prática deste é o legislador.

QUESTÃO 2

COMENTÁRIO:

Gabarito: (e)

A alternativa (e) está correta, isso porque sujeito passivo é o titular do bem jurídico protegido pela lei penal violada por
meio da conduta criminosa. Pode ser denominado de vítima ou de ofendido, e divide-se em duas espécies:
I. Sujeito passivo constante, mediato, formal, geral, genérico ou indireto: é o Estado, pois a ele pertence o direito público
subjetivo de exigir o cumprimento da legislação penal.
Figura como sujeito passivo de todos os crimes, pois qualquer violação da lei penal transgride interesse a ele reservado
pelo ordenamento jurídico. Exemplo: em um crime de homicídio, ainda que a vítima direta seja a pessoa privada da sua
vida, o Estado também foi ofendido, haja vista que a ele convém não sejam praticados crimes.
II. Sujeito passivo eventual, imediato, material, particular, acidental ou direto: é o titular do bem jurídico especificamente
tutelado pela lei penal. Exemplo: o proprietário do carro subtraído no crime de furto.
O Estado sempre figura como sujeito passivo constante. Além disso, pode ser sujeito passivo eventual, tal como ocorre
nos crimes contra a Administração Pública.
A pessoa jurídica pode ser vítima de diversos delitos, desde que compatíveis com a sua natureza.
Da mesma forma, há diversos crimes que podem ser praticados contra incapazes, e inclusive contra o nascituro, como é
o caso do aborto.

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É também possível existência de sujeito passivo indeterminado. é o que ocorre nos crimes vagos, aqueles que têm como
vítima um ente destituído de personalidade jurídica.

QUESTÃO 3

COMENTÁRIO:

Gabarito: (a)

A alternativa (a) está correta. O objeto jurídico é o valor que o direito busca proteger e foi violado pela prática do crime
em questão. O criminoso não gera o objeto jurídico, ele o viola, é importante ressaltar que o crime é justamente o que
atinge o objeto, e não ele próprio. No caso de um homicídio, por exemplo, o objeto jurídico protegido pela norma penal
é a vida – não o homicídio em si. Já o objeto material, por sua vez, é um pouco menos abstrato do que o objeto jurídico,
pois ele é definido dentro de cada norma penal. Se o objeto jurídico é o valor protegido pelo direito, o objeto material,
como o nome indica, é a própria coisa ou pessoas atingidas pelo crime.
No caso de ser uma pessoa que foi atingida pelo crime, o objeto material é chamado de “vítima”, pois ela própria é a
sofredora da infração de determinada norma. É importante observar que o objeto material não trata de um valor moral
ou ético, mas de uma coisa ou pessoa que “protagoniza” o sofrimento do crime.

QUESTÃO 4

COMENTÁRIO:

Gabarito: (c)

Para entendimento da tipicidade, faz-se necessário a diferenciação de “tipo” e “tipicidade”: Fato típico, em um conceito
formal, é a descrição de uma conduta considerada proibida, para qual se estabelece uma sanção. Um fato típico é aquele
que se adequa a essa descrição, assim, não se deve confundir o tipo com a tipicidade. O tipo é a fórmula que pertence
à lei, enquanto a tipicidade pertence à conduta.
Um fato típico é uma conduta humana, por isso prevista na norma penal. Tipicidade é a qualidade que se dá a esse
fato.
Tipo penal é o próprio artigo da lei. Fato típico é inerente a norma penal.
Típica é a conduta que apresenta característica específica de tipicidade (atípica a que não apresenta); tipicidade é a
adequação da conduta a um tipo; tipo é a fórmula legal (descrita no código penal e leis extravagantes) que permite
averiguar a tipicidade da conduta.
O juiz comprova a tipicidade comparando a conduta particular e concreta com a individualização típica, para ver se
adéqua ou não a ela. Este processo mental é o juízo de tipicidade que o juiz deve realizar.
Desta forma, a tipicidade é composta de duas partes:
a) tipicidade formal
b) tipicidade material
Na tipicidade formal devem se fazer presentes: a conduta, o resultado naturalístico (nos crimes materiais), o nexo de
causalidade e a relação de tipicidade.
A tipicidade material, por sua vez, exige duas valorações: I. da conduta; II. do resultado jurídico. Conduta materialmente
típica é a que cria (ou incrementa) um risco proibido relevante. Resultado jurídico materialmente típico é o concreto,
transcendental, grave, intolerável, objetivamente imputável ao risco criado e que esteja no âmbito de proteção da norma.

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QUESTÃO 5

COMENTÁRIO:

Gabarito: (c)

A alternativa (c) está correta de acordo com a doutrina: I. crime de dano é necessário que ocorra uma efetiva destruição, a
um bem jurídico penalmente protegido; II. crime material exige resultado, modificação do mundo externo ou lesão a bem
jurídico. Exemplo homicídio, o qual exige o corpo; III. crime instantâneo consuma-se no exato momento em que é cometido.
Exemplos: homicídio, furto, lesão corporal; IV. crime de efeitos permanentes é o crime que se perpetua no tempo. Enquanto
perdurar a ação do criminoso caberá a prisão em flagrante. Exemplo: sequestro, redução a condição análoga a de escravo,
subtração de incapaz, extorsão mediante sequestro.

6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
B D C A E B B D A E B A C A D D

QUESTÃO 22

COMENTÁRIO:

Gabarito: (b)

O crime culposo é o antônimo do doloso. Pode ser conceituado como uma conduta voluntária que produziu um resultado
ilícito previsível, porém não desejado, sendo que com atenção este poderia ter sido evitado. Sendo elementos do crime
culposo: I. a conduta voluntária (irresponsável, leviana, antissocial); II. inobservância do dever de cuidado; III. tipicidade
(poucos os tipos culposos previstos na lei penal); IV. previsibilidade objetiva (possibilidade de prever o resultado, usando o
“homem médio” como parâmetro); V. nexo-causal (ligação entre a conduta irresponsável e o resultado); VI. ausência
de intenção; VII. resultado (lesão a um bem jurídico/modificação do mundo externo).

23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
A B B B B A C C D C D C

QUESTÃO 35

COMENTÁRIO:

Gabarito: (e)

A alternativa (e) está correta, pois a jurisprudência pacífica do STJ e do STF é de que o crime de furto se consuma no
momento em que o agente se torna possuidor da coisa subtraída, ainda que haja imediata perseguição e prisão, sendo
prescindível (dispensável) que o objeto subtraído saia da esfera de vigilância da vítima. STJ. 6ª Turma. REsp 1464153/RJ,
Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/11/2014.

36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
A A C E D E A C C B D A B B E

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4.3  CONCURSO DE CRIMES


51 52 53 54 55 56
C A D E A D

4.4  ERRO
57 58 59
C C C

4.5  EXCLUSÃO DE ILICITUDE


QUESTÃO 60

COMENTÁRIO:

Gabarito: (e)

A alternativa (e) está correta nos termos do artigo 23 do CP.

QUESTÃO 61

COMENTÁRIO:

Gabarito: (c)

A alternativa (c) está correta nos termos do artigo 23 do CP.

62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79
D E C B D E D C B D A D A B C C A E

5 IMPUTABILIDADE PENAL
QUESTÃO 1

COMENTÁRIO:

Gabarito: (d)

A alternativa (d) está correta nos termos do artigo 22 do CP.

60
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QUESTÃO 2

COMENTÁRIO:

Gabarito: (c)

A alternativa (c) está correta uma vez que, segundo o artigo 26 do CP: “É isento de pena o agente que, por doença
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.” – estes são os inimputáveis.
Lembrando, também, dos semi-inimputáveis – incapacidade parcial de entender a ilicitude ou de determinar-se de acordo
com o entendimento de ilicitude com previsão no parágrafo único do mesmo artigo: “A pena pode ser reduzida de um
a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.” – estes são semi-imputáveis. (PROCESSO PENAL) > E ainda de acordo com professor Guilherme de Souza
Nucci a absolvição imprópria trata-se de sentença absolutória, nos termos do art. 386, parágrafo único, III, CPP, por
ausência de culpabilidade, lastreada na inimputabilidade (doença mental ou desenvolvimento mental retardado ou
incompleto) do réu, impondo-se medida de segurança (internação ou tratamento ambulatorial). A denominação de
imprópria advém do fato de ser aplicada sanção penal ao acusado, embora não sendo decorrência de crime, mas de
injusto penal. Fosse autêntica absolvição, não haveria nenhuma espécie de punição.

QUESTÃO 3

COMENTÁRIO:

Gabarito: (a)

Imputabilidade – atribuição de nexo entre ação ou omissão e agente.


Inimputáveis – menores de 18 anos, incapacidade total de entender a ilicitude ou de determinar-se de acordo com o
entendimento de ilicitude.
A alternativa (a) está correta, visto que Imputabilidade é a possibilidade de se estabelecer o nexo entre a ação e seu
agente, imputando a alguém a realização de um determinado ato.
Quando existe algum agravo à saúde mental, os indivíduos podem ser considerados inimputáveis – se não tiverem
discernimento sobre os seus atos ou não possuírem autocontrole, são isentos de pena.
Os semi-imputáveis são aqueles que, sem ter o discernimento ou autocontrole abolidos, têm-nos reduzidos ou prejudicados por
doença ou transtorno mental.
Segundo o artigo 26 do CP: “É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto
ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.” – estes são os inimputáveis. Lembrando, também, dos semi-inimputáveis –
incapacidade parcial de entender a ilicitude ou de determinar-se de acordo com o entendimento de ilicitude com previsão
no parágrafo único do mesmo artigo: “A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.” – estes são semi-imputáveis.

QUESTÃO 4

COMENTÁRIO:

Gabarito: (d)

A alternativa (d) está correta nos termos do art. 27 do CP.

61
AGENTE (INVESTIGADOR E ESCRIVÃO)  POLÍCIA CIVIL DE MATO GROSSO DO SUL (PC-MS)
Noções de Direito Penal  Questões por Assuntos

QUESTÃO 5

COMENTÁRIO:

Gabarito: (c)

A alternativa (c) está correta, pois, apesar de Elizeu não ser portador de enfermidade mental que o torne absolutamente
ou relativamente incapaz, no momento da prática do crime de furto não possuía capacidade de entendimento de seus
atos em decorrência de ingestão de bebida alcoólica, ou seja, quando existe algum agravo à saúde mental, ainda que
momentaneamente, os indivíduos podem ser considerados inimputáveis – se não tiverem discernimento sobre os seus
atos ou não possuírem autocontrole, são isentos de pena.

6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
A B C D A D B E A C C C D A A B

6 CONCURSO DE PESSOAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9
E C E D B A D B C

PENAS:
7 7.1. Espécies de penas; 7.2. Cominação das penas; 7.3. Aplicação das Penas;
7.4. Suspensão condicional da pena; 7.5. Livramento condicional; 7.6. Efeitos da condenação.

QUESTÃO 1

COMENTÁRIO:

Gabarito: (a)

A alternativa (a) está correta nos termos dos artigos 33, 42, 43 e 49 do CP.

2 3 4 5 6 7 8 9
B D B B D D C C

8 AÇÃO PENAL
1 2
A C

9 PUNIBILIDADE E CAUSAS DE EXTINÇÃO


1 2 3 4 5 6 7
C D B A C C C

62
AGENTE (INVESTIGADOR E ESCRIVÃO)  POLÍCIA CIVIL DE MATO GROSSO DO SUL (PC-MS)
Noções de Direito Penal  Questões por Assuntos

10 CRIMES CONTRA A PESSOA


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
A D A E E E C E C A B D E C B C E B E C D E C D
25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
A E D B E D B B C E D C D C A A

11 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
A E C D E D D B A D B E C B D C C E A B E E

12 CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL


1 2 3 4 5 6 7 8 9
A C D E E C C C A

13 CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA


1 2 3 4 5 6
D C E D B C

14 CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA


1 2 3
D D B

15 CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA


1 2 3 4 5 6
A D C A C A

16 CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
C A E D D E B B A D C A E C D B E A D A D C B D
25 26 27 28 29 30 31 32 33
C D B D A B D E A

63

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