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1. Introdução
O presente artigo é resultado de uma pesquisa bibliográfica, bem como da experiência
vivenciada na escola através de um estagio supervisionado. O mesmo é um dos requisitos de
avaliação para aprovação na disciplina Metodologia Científica, do Curso de Especialização em
Neuropsicopedagogia Clinica da Instituição de Ensino CENSUPEG (Centro Sul-Brasileiro de
Pesquisa, Extensão e Pós-graduação).
O objetivo desse artigo é de fazer um breve estudo sobre os comportamentos
disfuncional/inadequado (hiperativos e impulsivos) apresentado por crianças que possui TDAH
(Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), bem como os prejuízos sociais, acadêmicos e
afetivo desses na vida das mesmas.
Para atingir o objetivo, a presente pesquisa foi desenvolvida através de um referencial teórico
embasado em vários autores renomados na área da neurologia, psicologia e pedagogia. Também
foi descritas algumas práticas neuropsicopedagógicas para a família e a escola desenvolverem,
com a intenção de melhorar a aprendizagem e proporcionar a mudança de comportamento da
criança.
Segundo Ausubel (1982), para haver aprendizagem significativa é necessário primeiramente à
disposição para aprender e depois o que deve ser aprendido tem que ser potencialmente
significativo, ou seja, o significado lógico não depende somente da natureza do conteúdo, mas sim
do significado psicológico que cada indivíduo dá ao mesmo.
Dessa forma pode-se entender que a aprendizagem está relacionada diretamente com o
desejo, pois o ser humano só se dedica em aprender o que de fato tenha sentido em sua vida. A
aprendizagem é muito mais significativa à medida que um novo conteúdo é incorporado às
estruturas de conhecimentos e adquire significado para ele a partir da relação com seu
conhecimento prévio.
O tema tratado nesse artigo é de extrema relevância, pois a cada dia que passa mais crianças
são diagnosticadas no Brasil e no mundo com TDAH e na maioria das vezes os pais e professores
desconhecem esse transtorno, além disso, não possuem habilidades para lidar com a criança,
limitando a vida das mesmas em um âmbito geral.
A proposta na realização dessa pesquisa é para que se possa conhecer mais sobre esse
transtorno, as possíveis causas e fatores desencadeantes bem como as intervenções terapêuticas
disponíveis para melhorar a qualidade de vida dessas crianças.
De acordo com Silva (2003), desde 1902, quando foram realizados os primeiros estudos em
relação ao TDAH , até os dias atuais, muita coisa mudou inclusive o nome do transtorno e as
possíveis causas, fatores desencadeantes atribuídos. A autora diz ainda que apesar de toda
evolução ocorrida nos últimos anos no processo de identificação do funcionamento do TDAH, o
panorama no Brasil ainda é um tanto desanimador. Segunda ela milhares de crianças ainda
sofrem desconfortos e são rotuladas em função dos impulsos ou hiperatividade física e/ou
mental.
Segundo Kazdin (2002), foi a partir do século XIX que as ciências biológicas e físicas tiveram
grande desenvolvimento no estudo do cérebro e sua relação com as funções humanas (p.ex., a
fala, a memória e o comportamento), bem como o surgimento da psicologia da aprendizagem,
como base crítica na compreensão do comportamento humano.
Para Solomon (2013), quando se refere aos fatores desencadeantes, ele sugere que devido á
transmissão de identidade de uma geração para a seguinte, a maioria dos filhos compartilha ao
menos alguma característica com os pais. São os chamados de identidades verticais. Ainda para
o mesmo autor, atributos e valores são transmitidos de pai para filho através das gerações, não
somente através da cadeia do DNA, mas também de normas culturais compartilhadas.
Muitas vezes, porém, a criança tem uma característica inata herdada ou adquirida diferente
dos pais, é o que o autor chama de identidade horizontal. Essas identidades podem refletir genes
recessivos, mutação aleatória, influencia pré-natais, ou valores e preferências que uma criança não
compartilha com seus genitores. (SOLOMON, 2013).
Ainda de acordo com o mesmo autor as famílias tendem a reforçar as identidades verticais
desde a primeira infância, mas muitas se opõem as horizontais dessa forma as identidades
verticais em geral são respeitadas, enquanto que as horizontais são tratadas como defeitos.
Para Sampaio (2011), o TDAH, é um transtorno ligado ao desenvolvimento, acredita-se que as
características e sintomas começam a ser apresentados pela criança desde cedo, antes dos seis
anos de idade. Muitas possíveis causas do desenvolvimento do TDAH foram apresentadas ao
longo de estudos realizados. Estas podem estar ligadas a fatores exógenos (pré-natal, perinatal e
pós-natal) e endógenos (hereditariedade e ambiente).
Segundo Solomon (2013), os fatores ambientais podem alterar o cérebro, inversamente, que a
química e a estrutura cerebral determinam em parte o quanto podemos ser afetados por
influencias externas, no entanto é mais fácil para os pais tolerar as síndromes atribuídas à
natureza do que aquelas consideradas resultado da criação.
De acordo com ABDA, (Associação Brasileira de Déficit de Atenção) o Transtorno do Déficit de
Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico do desenvolvimento, com
possíveis causas genéticas e fatores ambientais, que aparece na infância e frequentemente
acompanham o indivíduo por toda a sua vida.
Segundo o DSM-IV-TR (2002) em relação ao padrão familiar o TDAH é encontrado com mais
frequência nos parentes biológicos em primeiro grau do que na população em geral. Evidencias
considerável atestam a forte influencia de fatores genéticos. No entanto, as influencias da escola,
da família e dos pares também são cruciais na determinação do grau de comprometimento e
comorbidade.
Em sua obra “Longe da árvore” Solomon (2013) relata ainda que as sociedades pré-industriais
eram cruéis com aqueles que eram diferentes, mas não o segregavam; o cuidado dessas pessoas
era de responsabilidade de suas famílias. Já as sociedades pós-industriais criaram instituições
benevolentes para os deficientes, que muitas vezes eram levados para longe de casa ao primeiro
sinal de anomalia.
Segundo Fuentes (2014), a complexidade da etiologia e a heterogeneidade clínica do TDAH
vêm motivando o estudo de endofenótipos neuropsicológicos. Endofenótipos são traços herdados
e mensuráveis, encontrados ao longo do caminho que liga um genótipo a transtornos
neuropsiquiátricos complexos.
A área do cérebro mais atingida é o córtex pré-frontal com desordem nas substâncias
químicas dos neurotransmissores: noradrenalina e dopamina. O TDAH se caracteriza por uma
combinação de três tipos de sintomas: Desatenção; Hiperatividade; Impulsividade.
Na infância, em geral, se associa à dificuldade na escola e no relacionamento com demais
crianças, pais e professores, comprometendo muito a área social, porque na maioria das vezes
essas crianças são rejeitadas pelos colegas.
Segundo Knapp (2002), o TDAH é um transtorno do funcionamento de certas áreas do cérebro
que comandam o comportamento inibitório, a capacidade de executar tarefas de planejamento, a
memória de trabalho, determinando que o indivíduo apresente sintomas de desatenção, agitação e
impulsividade: a tríade do transtorno.
Soares (2012) sugere também que o TDAH, em geral é multifatorial com alteração na região
cerebral relacionado ao funcionamento de substâncias químicas chamadas de neutransmissores.
Menciona ainda alguns fatores causais do TDAH, como: hereditariedade, substâncias ingeridas na
gravidez, sofrimento fetal e exposição ao chumbo.
De acordo com ABDA, (Associação Brasileira de Déficit de Atenção) as crianças com TDAH
são tidas como ''avoadas'', ''vivendo no mundo da lua'', geralmente são ''estabanadas'', com ''bicho
carpinteiro'',''sem limites'', ''dispersos'', ou ''ligados por um motor'', isto é, não param quietas por
muito tempo. Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as
meninas, mas são todos desatentos.
Ainda para a ABDA, (Associação Brasileira de Déficit de Atenção) na escola a criança com
TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) tem a tendência de responder aos
professores com agressão, não respeitando limites, xingando e batendo nos colegas, não se
concentrando e atrapalhando as aulas, o que prejudica seu rendimento escolar.
Segundo Silva (2003), enquanto a criança com TDAH convive apenas no meio familiar, muitas
de suas características repousam em estado de latência. Porém as dificuldades maiores
começam a surgir no âmbito escolar quando a criança é solicitada a cumprir metas, seguir rotinas,
executar tarefas e for recompensada ou punida de acordo com a eficiência com que são
cumpridas.
Ainda para a mesma autora nesse novo ajustamento a criança com TDAH, muitas vezes
enfrentará dificuldades, principalmente quando o professor desconhece o problema e pode acabar
concluindo que essa criança é irresponsável e rebelde. Acaba que por atrair a atenção do
professor, porém de forma negativa.
Segundo Sampaio (2011), muitas crianças apresentam prejuízo acadêmico que, quando
comparados ao potencial intelectivo, geram distorções no processo de investigação. O fracasso
em suas vidas acadêmicas ocorre não por não serem capaz de aprender, mas por não
conseguirem manter a atenção necessária para garantir a aprendizagem.
Ainda de acordo com Oliveira (1999), para que a atenção seja focalizada, devem ser inibidos
outros impulsos sensoriais competitivos. Como a criança possui deficiência nos
neurotransmissores inibitórios, não consegue realizar isso.
Segundo a mesma autora as alterações perceptuais possíveis são: auditivas, visuais,
especiais, kinestésicas, audio-viso-espacais, viso-espaciais, viso-motoespacial, viso-motoras e
espaço-motoras.
Para Brandão (2004), se a criança com TDAH não é convenientemente tratada, outros
distúrbios somam-se a condição inicial. Assim poderão surgir atrasos de desenvolvimento na
coordenação multissensorial e na linguagem, baixo desempenho em testes cognitivos e de
distúrbios de aprendizagem e memória. As reações dos professores, colegas e autoimagem
negativa podem transformar o ambiente escolar um lugar de infelicidade, frustração e de difícil
inserção social.
As habilidades sociais de acordo com Caballo (2003) é um conjunto de comportamentos
emitidos por um indivíduo em um contexto interpessoal que expressa os sentimentos, atitudes,
desejos, opiniões ou direitos desse indivíduo, de um modo adequado à situação, respeitando
esses comportamentos nos demais, e que geralmente resolve os problemas imediatos da
situação enquanto minimiza a probabilidade de futuros problemas.
A dificuldade de inibir comportamento para o TDAH, ou seja, em esperar para responder,
prejudica as seguintes funções executivas: memória de trabalho, internalização da palavra auto-
dirigida, controle das emoções, motivação e estado de vigília e reconstituição. A criança de modo
geral cresce e desenvolve a capacidade de esconder alguns de seus sentimentos e
comportamentos dos outros. Porém as crianças com TDAH não retêm essa habilidade e, por
conseguinte, mostram muito publicamente o seu comportamento e suas palavras. (KNAPP, 2004).
Segundo Rosso (2015) o lobo frontal, contém a área motora, a área de broca, a área
relacionada ao comportamento e a memória de trabalho. Essa área esta ainda relacionada ao
planejamento e análise das ações futuras, relativas ao comportamento. Para a mesma autora,
pessoas com lesões nessa área apresentam deficiência na formulação ou na execução de planos
e no desempenho de tarefas que impõem um intervalo entre sua idealização e execução.
As principais habilidades que integram as funções executivas, além das mencionadas por
Rosso (2015), estão o controle inibitório e monitoramento. A regulação emocional diz respeito a
um processo complexo caracterizado pela expressão de emoções de forma controlada e,
sobretudo, de manejar sua intensidade e modular sua expressão de forma adaptativa em
consonância com os vários contextos sociais. Para as pessoas que tem o TDAH esses
comportamentos acima citados são tarefas difíceis de serem automonitoradas.
Para Sampaio (2011), a hiperatividade geralmente é o fator de maior ênfase em que detecta o
TDAH. A caracterização predominante é a hiperatividade motora. Esta traz como consequência à
dificuldade de permanecer muito tempo em um mesmo lugar. Ficar quieto para essas crianças é
algo que gera muito estresse, daí o incomodo de estar por um longo período em sala de aula.
Além disso, podem falar em demasia, principalmente em ambientes aonde o silencio é esperado.
A hiperatividade é o sintoma gerador de insatisfação social.
Já a impulsividade que é outro comportamento característico do TDAH, gera dificuldades e
frear uma resposta. É muito comum que a criança que tem esse déficit não conseguir esperar a
sua vez nas mais diversas situações: interrompem conversas, dão respostas antes que a pergunta
seja concluída, não aguardam a vez nas filas. (SAMPAIO, 2011).
4. Relações Ensino-Aprendizagem
Para Sampaio (2011), o TDAH, é uma síndrome ligada ao desenvolvimento neurobiológico que
interfere diretamente no comportamento, contudo, por desequilibrar os mecanismos de atenção e
memória, muito utilizados na aprendizagem, o TDAH tem contribuído de forma considerável ao
fracasso escolar.
Segundo Rosso (2015) para a psicologia do desenvolvimento a hereditariedade e o ambiente,
a maturação e a aprendizagem são fatores que determinam o processo de desenvolvimento em
todas as suas fases, as condições estruturais e orgânicas atuam simultaneamente com estímulos
ambientais.
Ainda para a mesma autora o cérebro é a matéria prima para o processo de aprendizagem. É o
principal responsável pela integração do organismo com seu meio ambiente. Se considerarmos a
aprendizagem a resultante da interação do indivíduo com o meio ambiente, percebemos que é ele
que propicia o arcaboso biológico para o desenvolvimento das habilidades cognitivas.
Em relação à dificuldade de aprendizagem Codo e Gazzotti (1999), relatam que o ato de
educar, para ser um sucesso, necessita que uma relação afetiva se estabeleça, pois se o educando
não se envolver, pode até fixar conteúdos sem uma aprendizagem significativa, mas tal não
contribuirá no sentido de preparar para a vida futura, podendo ocasionar lacunas no processo de
ensino-aprendizagem.
Dessa forma podemos entender que a aprendizagem está relacionada diretamente com o
desejo, pois o ser humano só se dedica em aprender o que de fato tenha sentido em sua vida. A
aprendizagem é muito mais significativa à medida que um novo conteúdo é incorporado às
estruturas de conhecimentos e adquire significado para ele a partir da relação com seu
conhecimento prévio. “O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximalizar os resultados,
mas é antes de tudo aprender a aprender; é aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se
desenvolver depois da escola. (PIAGET, apud. PILETTI, 2013, p. 65)”.
De acordo com Rosso (2015) as dificuldades de aprendizagem caracterizam-se por um
funcionamento substancialmente abaixo do esperado, considerando a idade cronológica do
sujeito e seu quociente intelectual. Explicar o mecanismo da aprendizagem é esclarecer a maneira
pela qual o ser humano se desenvolve, toma conhecimento do mundo em que vive, organiza sua
conduta e se ajusta ao meio físico e social.
Vindo de encontro ainda com a questão da aprendizagem, Sampaio (2011), relata que,
infelizmente, muitas crianças e adolescentes apresentam concomitantemente ao TDAH outros
transtornos ligados à saúde mental. A associação de um transtorno a outro chama-se
comorbidade e os mais comuns são: agressividade, transtorno de conduta, transtorno desafiador
opositor, dislexia e discalculia.
De acordo com Piletti (2013), a educação é vista como algo importante na vida da pessoa,
tendo em vista que a mesma consiste em um arranjo de contingências de reforço sob os quais o
educando aprende, lembrando que a educação está relacionada com a cultura na qual o indivíduo
está inserido.
Ainda para o mesmo autor, o reforço positivo que falta muito em sala de aula, é mais eficaz do
que a punição quando se quer alterar comportamento, quando se quer que algo seja aprendido.
Além disso, a punição desvia a atenção para o comportamento indesejável, ao invés de indicar
comportamento desejável.
No processo de educação também cabe ao mestre um papel mais ativo: o de cortar, talhar e
esculpir os elementos do meio combiná-los pelos mais variados modos para que eles realizem a
tarefa de que ele, o mestre, necessita. Desse modo, o processo educativo já se torna
trilateralmente ativo: é ativo o aluno, é ativo o mestre, é ativo o meio criado entre eles. (VIGTSKI,
apud. PILETTI 2013, p. 81).
Segundo Sampaio (2011), vale lembrar que o TDAH, é um transtorno neurobiológico e não de
aprendizagem, contudo, por comprometer significativamente a atenção, acaba por acarretar
prejuízos acadêmicos significativos à criança ao longo de sua vida escolar.
De acordo com Antunes (2014), todas as nossas inteligências, nada mais são do que
segmentos componentes de uma ecologia cognitiva que nos engloba. O indivíduo, portanto, não
seria inteligente sem sua língua, herança cultural, ideologia, crença, escrita, seus métodos
intelectuais e outros meios do ambiente.
Ainda de acordo com o mesmo autor as aprendizagens e as bases destas são alicerçadas nos
primeiros anos de vida e são essências para o desenvolvimento humano apresentando períodos
sensíveis, ou seja, períodos em que a aprendizagem de habilidades ou desenvolvimento de
aptidões e competências se faz de modo mais facilitado, são as famosas “janelas de
oportunidades”.
As “janelas de oportunidades” segundo Antunes (2014) estão escancaradas em determinadas
faixa etárias, a partir do momento em que a criança passar da idade apontada como o momento
mais propício para a aprendizagem de determinados conteúdos/coisa, as janelas vão se fechando,
porém vale lembrar que a aprendizagem fica mais lenta, mais dificultosa, mas não impossível.
Para Soares (2012), toda criança, inclusive as que apresentam qualquer tipo de “problema”,
tem condições de aprender se for submetida a um tratamento adequado, dentro dos limites de seu
nível mental e grau de maturidade.
c) Inibição e Autocontrole:
1 – Buscar sempre ter uma postura pró-ativa.
2 - Identificar no ambiente de sala de aula quais são os piores elementos distratores
(situações que provocam maior desatenção) na tentativa de manter o aluno o mais distante
possível.
3- Permitir que o aluno se levante em alguns momentos.
4 – Realizar alguma atividade motora Exemplo: pedir que vá ao quadro (lousa) apagar o que
está escrito solicitar que vá até a coordenação buscar algum material, etc.
5 - Ou mesmo permitir que vá rapidamente ao banheiro ou ao corredor beber água.
6 Considerações Finais
A partir dessa pesquisa, a qual teve como objetivo fazer um breve estudo sobre os
comportamentos disfuncional/inadequado (hiperatividade e impulsividade) apresentado por
crianças que possui o TDAH, (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), bem como os
prejuízos acadêmicos, sociais e afetivos desses na vida das mesmas, percebe-se que apesar de
toda informação que se tem nos dias atuais sobre os vários tipos de transtornos de aprendizagem,
ainda há muito desconhecimento por parte dos profissionais da área da saúde e educação.
Percebe-se ainda que por falta de informação dos professores e das escolas não possibilita
muitas vezes uma identificação precoce e, quando ocorre, geralmente houve perdas significativas
de conteúdos que garantiriam a base da vida acadêmica. Ao mesmo tempo, a estrutura rígida
imposta pelas instituições não proporciona adaptações que, muitas vezes são simples e que
favoreciam a todos, caso fossem de fato implantadas.
Para Silva 2003, só existe um caminho para ajudar essas crianças que sofrem em função do
TDAH, é a informação através da educação para o grande público, pais e educadores
principalmente. Sendo assim, o objetivo ao escrever sobre o tema foi de mostrar para as pessoas
que tenham interesse nessa área, que possuem ou convivem com alguém que tem esse
transtorno, que existem muitas formas de controlar, superar e viver melhor socialmente, porém há
necessidade de buscar ajuda.
Aprender a controlar os sintomas é o passo crucial para o desenvolvimento acadêmico da
criança que apresenta o transtorno do TDAH, porém isso só vai ser possível por meio de
encaminhamentos adequados e da colaboração da escola, pois é nesse espaço que a criança
permanece a maior parte do dia. Sendo assim, o professor precisa desenvolver um “olhar clínico”
mais apurado em relação ao avanço acadêmico dos seus alunos.
Percebe-se que não há milagres na área de tratamento dos transtornos e dificuldades de
aprendizagens. O que há é uma forma eficiente de tratamento que depende também da motivação
e empenho do indivíduo que está com esse sofrimento. Se o tratamento for feito de modo
consistente, a resposta positiva pode ser apenas uma questão de tempo.
Referências: