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Os alimentos pagos, em si, não poderão ser repetidos, por força do Artigo 879,
do Código Civil, contra a criança alimentada.
Os critérios para fixação do quantum são diferentes dos utilizados para a fixação
da pensão alimentícia, no entanto o raciocínio é o mesmo, pois é indispensável
à análise do binômio “necessidade x possibilidade da mãe e do suposto pai”,
sendo fixado assim o quantum proporcional ao rendimento de ambos.
Quanto à legitimidade passiva, deverá figurar como réu o suposto pai, ou seja,
aquele que manteve relações sexuais com a gestante na época da concepção.
Não é possível o litisconsórcio passivo na possibilidade da gestante ter mantido
relação sexual com mais de uma pessoa, pois geraria incerteza quanto à
condição de suposto pai do nascituro e prejudicaria a existência de indícios
consistentes de paternidade, acarretando assim na improcedência do pedido.
Após o recebimento da inicial deferida, o réu terá um prazo de 5 (cinco) dias para
oferecer defesa (conforme art. 7o da Lei dos Alimentos Gravídicos) que poderá
negar suposta paternidade. No entanto, tal negativa não impede a fixação dos
alimentos e nem a manutenção do seu pagamento.
Assim, a mãe da criança poderá ser demandada por dano material (quantia paga
a título de alimentos gravídicos), e por dano moral, aplicando-se a regra do Artigo
186 c/c o Artigo 927, do Código Civil, por responsabilidade subjetiva, uma vez
que o Artigo 10 da Lei 11.804/2008, que tratava da responsabilidade objetiva da
gestante, foi vetado.