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NÚCLEO CELULAR

Uma das principais características da célula eucarionte é a presença de um núcleo de


forma variável, porém bem individualizado e separado do restante da célula:

Ao microscópio óptico o núcleo tem contorno nítido, sendo o seu interior preenchido
por elementos figurados. Dentre os elementos distingem-se o nucléolo e a cromatina.

Na célula ao lado, nota-se o núcleolo formando


uma estrutura enovelada. Entre as malhas do
nucléolo observa-se cromatina. No restante do
núcleo, a cromatina está uniformemente
dispersa; o envoltório nuclear é bem visível.

Quando uma célula se divide, seu material nuclear (cromatina) perde a aparência
relativamente homogênea típica das células que não estão em divisão e condensa-se
numa serie de organelas em forma de bastão, denominadas cromossomos. Nas células
somáticas humanas são encontrados 46 cromosssomos.

Há dois tipos de divisão celular: mitose e meiose . A mitose é a divisão habitual das
células somáticas, pela qual o corpo cresce, se diferencia e realiza reparos. A divisão
mitótica resulta normalmente em duas células-filhas, cada uma com cromossomos e
genes idênticos aos da célula-mãe. A meiose ocorre somente nas células da linhagem
germinativa e apenas uma vez numa geração. Resulta na formação de células
reprodutivas (gametas), cada uma das quais tem apenas 23 cromossomos.

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OS CROMOSSOMOS HUMANOS

Nas células somáticas humanas são encontrados 23 pares de cromossomos. Destes, 22


pares são semelhantes em ambos os sexos e são denominados autossomos. O par
restante compreende os cromossomos sexuais, de morfologia diferente entre si, que
recebem o nome de X e Y. No sexo feminino existem dois cromossomos X e no
masculino existem um cromossomo X e um Y.

Cada espécie possui um conjunto cromossômico típico ( cariótipo ) em termos do


número e da morfologia dos cromossomos. O número de cromossomos das diversas
espécies biológicas é muito variável. A figura abaixo ilustra o cariótipo feminino
humano normal:

O estudo morfológico dos cromossomos mostrou que há dois exemplares idênticos de


cada em cada célula diplóide. Portanto, nos núcleos existem pares de cromossomos
homólogos . Denominamos n o número básico de cromossomos de uma espécie,
portanto as células diplóides apresentarão em seu núcleo 2 n cromossomos e as
haplóides n cromossomos. Cada cromossomo mitótico apresenta uma região
estrangulada denominada centrômero ou constrição primária que é um ponto de
referência citológico básico dividindo os cromossomos em dois braços: p (de petti) para
o braço curto e q para o longo. Os braços são indicados pelo número do cromossomo
seguido de p ou q; por exemplo, 11p é o braço curto do cromossomo 11.

Além da constrição primária descrita como centrômero, certos cromossomos


apresentam estreitamentos que aparecem sempre no mesmo lugar: São as constrições
secundárias.

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De acordo com a posicão do centrômero, distinguem-se alguns tipos gerais de
cromossomos:

Metacêntrico: Apresenta um centrômero mais ou menos central e braços de


comprimentos aproximadamente iguais.

Submetacêntrico: O centrômero é excêntrico e apresenta braços de comprimento


nitidamente diferentes.

Acrocêntrico: Apresenta centrômero próximo a uma extremidade.Os cromossomos


acrocêntricos humanos (13, 14, 15, 21, 22) têm pequenas massas de cromatina
conhecidas como satélites fixadas aos seus braços curtos por pedículos estreitos ou
constrições secundárias.

GENOMA HUMANO

O genoma humano, na sua forma diplóide, consiste em aproximadamente 6 a 7 milhões


de pares de bases de DNA organizados linearmente em 23 pares de cromossomos. Pelas
estimativas atuais, o genoma contém 50.000 a 10.000 genes (os quais codificam um
número igual de proteínas) que controlam todos os aspectos da embriogênese,
desenvolovimento, crescimento, reprodução e metabolismo-essencialmente todos os
aspectos do que faz o ser humano um organismo funcionante.

A caracterização e conhecimento dos genes e sua organização no genoma têm um


impacto enorme na compreensão dos processos fisiológicos do organismo humano na
saúde e na doença e, por conseguinte, na prática da medicina em geral.

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ESTRUTURA DOS CROMOSSOMOS

A molécula de DNA do cromossomo existe como um complexo com uma família de


proteínas básicas denominadas histonas e com um grupo heterogêneo de proteínas
ácidas não-histonas que estão bem menos caracterizadas.

Existem cinco tipos principais de histonas (H1, H2A, H2B, H3, H4) que desempenham
um papel crucial no acondicionamento apropriado da fibra de cromatina.

Durante o ciclo celular, os cromossomos passam por estágios ordenados de condensação


e descondensação. Quando condensado ao máximo, o DNA dos cromossomos mede
cerca de 1/10.000 do seu comprimento natural.

Quando as células completam a mitose ou meiose, os cromossomos se descondensam e


retornam ao seu estado relaxado como cromatina no núcleo em interfase, prontos para
recomeçar o ciclo.

CLASSES DE DNA

O DNA das células eucariontes apresenta três frações caracterizadas pelo grau de
repetição:

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 DNA Singular ou de Cópia Única
Constitui a maior parte do DNA no genoma. As sequências que codificam
proteínas (isto é, a porção codificadora dos genes) compreendem apenas uma
pequena proporção do DNA de cópia única. A maior parte do DNA de cópia
única encontra-se em extensões curtas, entremeadas com diversas famílias de
DNA repetitivo . Proporção do genoma: 75% .
 DNA Repetitivo Disperso
Consiste em sequências relacionadas que se espalham por todo o genoma, em
vez de ficarem localizadas.
Os elementos repetidos dispersos mais exatamente estudados pertencem à
família Alu e à família L1.

Família Alu
Tem essa denominação porque a maioria dos seus membros é clivada por uma
endonuclease de restrição bacteriana denominada Alu I, instrumento importante
da tecnologia do DNA recombinante.
Os membros dessa família têm um comprimrnto de cerca de 300 pares de bases
e são relacionados uns aos outros, mas não exibem uma sequência idêntica. No
total existem cerca de 500.000 membros da família Alu no genoma, estimando-
se que constituam 3% do DNA humano.

Família L1
Constituem sequências repetidas longas encontradas em cerca de 10.000 cópias
por genoma. Assim, embora haja muito menos cópias nessa família do que na
Alu, seus membros são bem mais longos e a contribuição para a constituição do
genoma é cerca de 3% também.

 DNA Satélite
Envolve sequências repetidas (em tandem) agrupadas em um ou em alguns
locais, intercaladas com sequências de cópia única ao longo do cromossomo.

As famílias de DNA satélite variam quanto à localização no genoma,


comprimento total da série em tandem, comprimrnto das unidades repetidas que
constituem a série.

TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS CROMOSSOMOS

O estudo dos cromossomos, sua estrutura e sua herança denomina-se citogenética. A


ciência da citogenética humana moderna data de 1956, quando Tjio e Levan criaram
técnicas eficazes para análise dos cromossomos e estabeleceram que o número normal
de cromossomos é de 46.

Os cromossomos de uma célula humana em divisão são mais facilmente analisados no


estágio de metáfase. Nestes estágios, os cromossomos aparecem ao microscópio como
uma dispersão cromossômica e cada cromossomo apresenta duas cromátides, unidas
pelo centrômero.

Cultura Celular
As células para análise cromossômica devem ser capazes de crescimento e divisão

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rápida em cultura. As células mais acessíveis são os leucócitos, especificamamente
linfócitos T.

O procedimento abaixo, mostra como preparar, a curto prazo, uma cultura destas células
adequadas para análise:

1. Obtém-se uma amostra de sangue periférico e acrescenta-se heparina para evitar


coagulação;
2. A amostra é em seguida centrifugada a uma velocidade que permita aos
leucócitos se sedimentarem como uma camada distinta;
3. Os leucócitos são colhidos, colocados em meio de cultura tecidual e estimulados
a dividir-se pelo acréscimo de um agente mitogênico (estimulante da mitose), a
fito-hemaglutinina.
4. A cultura é incubada por cerca de 72 horas, até que as células estejam se
multiplicando rapidamente;
5. Acrescenta-se, então, uma solução diluída de colchicina, para impedir a
conclusão da divisão celular inibindo a formação de fusos e retardando a
separação dos centrômeros. Em consequência, células paradas na metáfase
acumulam-se na cultura;
6. Em seguida, adiciona-se uma solução hipotônica para causar tumefação nas
células, lisando-as e liberando os cromossomos, mas mantendo os centrômeros
intactos;
7. Os cromossomos são fixados, espalhados em lâminas e corados por uma de
várias técnicas e prontos para análises.

Identificação dos Cromossomos


Os métodos de coloração originalmente disponíveis não permitiam a identificação dos
24 tipos de cromossomo. Contudo com as técnicas atualmente empregadas, identificam-
se todos os cromossomos.

Vários métodos de bandeamento são empregados rotineiramente nos laboratórios de


citogenética para identificação dos cromossomos e análise da estrutura cromossômica.

 Bandeamento G
Os cromossomos são inicialmente tratados com tripsina, para a desnaturação das
proteínas cromossômicas e em seguida são corados com o corante Giemsa. Cada
par de cromossomos cora-se num padrão típico de bandas claras e escuras.
 Bandeamento Q
Os cromossomos são tratados com quinacrina-mostarda ou compostos
semelhantes e em seguida examinados por microscopia de fluorescência. Os
cromossomos coram-se num padrão específico de bandas brilhantes e opacas
(bandas Q); as bandas brilhantes correspondem quase exatamente às bandas G
escuras.
 Bandeamento R
Os cromossomos recebem pré-tratamento com calor antes da coloração Giemsa .
Nesse caso, as bandas claras e escuras resultantes (bandas R) são o inverso das
produzidas por bandeamento G ou Q.
 Bandeamento C
Envolve a coloração da região centrômérica de cada cromossomo e outras
regiões que contenham heterocromatina.

6
 Bandeamento de alta resolução
Esse tipo de bandeamento cora cromossomos preparados num estágio inicial da
mitose (prófase ou prometáfase) que estão ainda em uma condicão relativamente
não-condensada.
 Citogenética molecular
Podem-se usar sondas de DNA específicas para cromossomos ou regiões
cromossômicas particulares ou diagnosticar rapidamente a existência de um
número anormal de cromossomos no material clínico.

GENOMA HUMANO

O genoma humano, na sua forma diplóide, consiste em aproximadamente 6 a 7 milhões


de pares de bases de DNA organizados linearmente em 23 pares de cromossomos. Pelas
estimativas atuais, o genoma contém 50.000 a 10.000 genes (os quais codificam um
número igual de proteínas) que controlam todos os aspectos da embriogênese,
desenvolovimento, crescimento, reprodução e metabolismo-essencialmente todos os
aspectos do que faz o ser humano um organismo funcionante.

A caracterização e conhecimento dos genes e sua organização no genoma têm um


impacto enorme na compreensão dos processos fisiológicos do organismo humano na
saúde e na doença e, por conseguinte, na prática da medicina em geral.

ESTRUTURA DOS CROMOSSOMOS

A molécula de DNA do cromossomo existe como um complexo com uma família de


proteínas básicas denominadas histonas e com um grupo heterogêneo de proteínas
ácidas não-histonas que estão bem menos caracterizadas.

Existem cinco tipos principais de histonas (H1, H2A, H2B, H3, H4) que desempenham
um papel crucial no acondicionamento apropriado da fibra de cromatina.

Durante o ciclo celular, os cromossomos passam por estágios ordenados de condensação


e descondensação. Quando condensado ao máximo, o DNA dos cromossomos mede
cerca de 1/10.000 do seu comprimento natural.

Quando as células completam a mitose ou meiose, os cromossomos se descondensam e


retornam ao seu estado relaxado como cromatina no núcleo em interfase, prontos para
recomeçar o ciclo.

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CLASSES DE DNA

O DNA das células eucariontes apresenta três frações caracterizadas pelo grau de
repetição:

 DNA Singular ou de Cópia Única


Constitui a maior parte do DNA no genoma. As sequências que codificam
proteínas (isto é, a porção codificadora dos genes) compreendem apenas uma
pequena proporção do DNA de cópia única. A maior parte do DNA de cópia
única encontra-se em extensões curtas, entremeadas com diversas famílias de
DNA repetitivo . Proporção do genoma: 75% .
 DNA Repetitivo Disperso
Consiste em sequências relacionadas que se espalham por todo o genoma, em
vez de ficarem localizadas.
Os elementos repetidos dispersos mais exatamente estudados pertencem à
família Alu e à família L1.

Família Alu
Tem essa denominação porque a maioria dos seus membros é clivada por uma
endonuclease de restrição bacteriana denominada Alu I, instrumento importante
da tecnologia do DNA recombinante.
Os membros dessa família têm um comprimrnto de cerca de 300 pares de bases
e são relacionados uns aos outros, mas não exibem uma sequência idêntica. No
total existem cerca de 500.000 membros da família Alu no genoma, estimando-
se que constituam 3% do DNA humano.

Família L1
Constituem sequências repetidas longas encontradas em cerca de 10.000 cópias
por genoma. Assim, embora haja muito menos cópias nessa família do que na
Alu, seus membros são bem mais longos e a contribuição para a constituição do
genoma é cerca de 3% também.

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 DNA Satélite
Envolve sequências repetidas (em tandem) agrupadas em um ou em alguns
locais, intercaladas com sequências de cópia única ao longo do cromossomo.

As famílias de DNA satélite variam quanto à localização no genoma,


comprimento total da série em tandem, comprimrnto das unidades repetidas que
constituem a série.

TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS CROMOSSOMOS

O estudo dos cromossomos, sua estrutura e sua herança denomina-se citogenética. A


ciência da citogenética humana moderna data de 1956, quando Tjio e Levan criaram
técnicas eficazes para análise dos cromossomos e estabeleceram que o número normal
de cromossomos é de 46.

Os cromossomos de uma célula humana em divisão são mais facilmente analisados no


estágio de metáfase. Nestes estágios, os cromossomos aparecem ao microscópio como
uma dispersão cromossômica e cada cromossomo apresenta duas cromátides, unidas
pelo centrômero.

Cultura Celular
As células para análise cromossômica devem ser capazes de crescimento e divisão
rápida em cultura. As células mais acessíveis são os leucócitos, especificamamente
linfócitos T.

O procedimento abaixo, mostra como preparar, a curto prazo, uma cultura destas células
adequadas para análise:

1. Obtém-se uma amostra de sangue periférico e acrescenta-se heparina para evitar


coagulação;
2. A amostra é em seguida centrifugada a uma velocidade que permita aos
leucócitos se sedimentarem como uma camada distinta;
3. Os leucócitos são colhidos, colocados em meio de cultura tecidual e estimulados
a dividir-se pelo acréscimo de um agente mitogênico (estimulante da mitose), a
fito-hemaglutinina.
4. A cultura é incubada por cerca de 72 horas, até que as células estejam se
multiplicando rapidamente;
5. Acrescenta-se, então, uma solução diluída de colchicina, para impedir a
conclusão da divisão celular inibindo a formação de fusos e retardando a
separação dos centrômeros. Em consequência, células paradas na metáfase
acumulam-se na cultura;
6. Em seguida, adiciona-se uma solução hipotônica para causar tumefação nas
células, lisando-as e liberando os cromossomos, mas mantendo os centrômeros
intactos;
7. Os cromossomos são fixados, espalhados em lâminas e corados por uma de
várias técnicas e prontos para análises.

Identificação dos Cromossomos


Os métodos de coloração originalmente disponíveis não permitiam a identificação dos

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24 tipos de cromossomo. Contudo com as técnicas atualmente empregadas, identificam-
se todos os cromossomos.

Vários métodos de bandeamento são empregados rotineiramente nos laboratórios de


citogenética para identificação dos cromossomos e análise da estrutura cromossômica.

 Bandeamento G
Os cromossomos são inicialmente tratados com tripsina, para a desnaturação das
proteínas cromossômicas e em seguida são corados com o corante Giemsa. Cada
par de cromossomos cora-se num padrão típico de bandas claras e escuras.
 Bandeamento Q
Os cromossomos são tratados com quinacrina-mostarda ou compostos
semelhantes e em seguida examinados por microscopia de fluorescência. Os
cromossomos coram-se num padrão específico de bandas brilhantes e opacas
(bandas Q); as bandas brilhantes correspondem quase exatamente às bandas G
escuras.
 Bandeamento R
Os cromossomos recebem pré-tratamento com calor antes da coloração Giemsa .
Nesse caso, as bandas claras e escuras resultantes (bandas R) são o inverso das
produzidas por bandeamento G ou Q.
 Bandeamento C
Envolve a coloração da região centrômérica de cada cromossomo e outras
regiões que contenham heterocromatina.
 Bandeamento de alta resolução
Esse tipo de bandeamento cora cromossomos preparados num estágio inicial da
mitose (prófase ou prometáfase) que estão ainda em uma condicão relativamente
não-condensada.
 Citogenética molecular
Podem-se usar sondas de DNA específicas para cromossomos ou regiões
cromossômicas particulares ou diagnosticar rapidamente a existência de um
número anormal de cromossomos no material clínico.

DISTÚRBIOS MONOGÊNICOS

Na prática clínica, a maior importância da genética é seu papel na etiologia de um


grande número de distúrbios. de cromossomos.

Os distúrbios monogênicos, denominados mendelianos, caracterizam-se por seus


padrões de transmissão nas familias. A fim de estabelecer o padrão de transmissão, a
primeira etapa é obter informações sobre a história familial do paciente e resumir os
detalhes na forma de um heredograma, por meio de sinais e símbolos padronizados.

A obtenção de história familial abrangente é uma primeira etapa fundamental na análise


de qualquer distúrbio. Uma história familial adequada deve incluir informações sobre os
parentes, nos vários ramos da família pelo menos até os avós e seus irmãos, os pais, os
irmãos, os tios e os primos em primeiro grau do paciente. A história deve conter
detalhes como nomes, datas de nascimento, morte, mortes precoces de lactentes, partos
de natimortos e abortos espontâneos. Deve-se documentar a consanguinidade dos pais,
bem como antecedentes geográficos e étnicos.

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Algumas definições importantes!!!!!!

Existem quatro padrões básicos de Herança Monogênica:

1. Herança Autossômica Dominante


2. Herança Autossômica Recessiva
3. Herança Dominante Ligada ao X
4. Herança Recessiva Ligada ao X

A distinção entre a herança autossômica e ligada ao X depende da localização


cromosômica do gene.Um critério de exclusão de herança ligada ao X é a transmissão
do fenótipo de homem para homem.

Uma herança é dominante quando um fenótipo é expressado da mesma maneira em


homozigotos e heterozigotos e é recessiva quando somente expressado em homozigotos.

FATORES QUE AFETAM O PADRÃO DOS HEREDOGRAMAS

Heterogeneidade
Inclui diversos fenótipos que são semelhantes mas determinados por genótipos
diferentes.

Penetrância
É a probabilidade de um gene ter qualquer expressão fenotípica. Quando alguns
indivíduos que têm o genótipo apropriado e não o expressam de modo algum, diz-se que
o gene exibe penetrância reduzida e que há falta de penetrância do gene nestes
indivíduos.

Heredograma da deformidade da mão fendida, demosntrando falta de penetrância do


gene no pai do consulente (indicado pela seta).

Expressividade
É o grau de expressão do fenótipo. Quando a manifestação de um fenótipo difere em
pessoas que apresentam o mesmo genótipo diz-se que o fenótipo tem expressividade
variável.

Pleitropia
Quando um único gene ou par de genes anormal produz efeitos fenotípicos diversos,

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diz-se que sua expressão é pleitrópica. Como exemplo, podemos citar a Síndrome de
Bardet-Bield, que é um raro distúrbio autossômico recessivo caracterizado por
retardamento mental, obesidade, polidactilia, hipogenitalismo e retinite pigmentosa.

PADRÕES NÃO CLÁSSICOS DE HERANÇA MONOGÊNICA

Herança Mitocondrial
É caracterizado por uma Herança Materna. A mãe transmite seu DNA a toda prole. Suas
filhas, por sua vez, o transmitem, mas seus filhos não.
O ovócito é bem suprido de mitocôndrias, mas o espermatozóide contém poucas e
mesmo essas poucas não persistem na progênie.

Mosaicismo
É caracterizado por apresentar em um mesmo indivíduo ou tecido pelo menos duas
linhagens celulares, que diferem geneticamente mas provêm de um único zigoto.

 Mosaicismo Somático
Quando ocorre uma mutação durante o desenvolvimento embrionário
manifestando-se como anormalidade segmentar ou desigual, dependendo do
estágio em que a mutação ocorreu e da linhagem da célula somática na qual ela
se originou.
 Mosaicismo da Linhagem Germinativa
Quando ocorre uma mutação numa célula da linhagem germinativa ou
precursora, persistindo em todos os descendentes clonais da célula e depois em
certa proporção dos gametas.

Este heredograma demonstra a recorrência do distúrbio autossômico dominante


Osteogênese Imperfecta. Os filhos afetados possuem uma mutação puntiforme num
gene de colágeno. O pai (seta) não é afetado e não apresenta esta mutação no DNA e
tecidos somáticos examinados. Ele provavelmente é um mosaico da mutação na sua
linhagem germinativa. É definida como a presença de uma linhagem celular dissômica
que contém dois cromossomos de um dado tipo, herdados de um único genitor.

Impressão (Imprinting) Genômica


É a expressão diferencial do material genético, ao nível cromossômico ou alélico,
dependendo se este material foi herdado do genitor masculino ou feminino.

MUTAÇÕES GÊNICAS

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Uma mutação é definida como qualquer alteração permanente do DNA. Pode ocorrer
em qualquer célula, tanto em células da linhagem germinativa como em células
somáticas. As mutações envolvem Mutações Cromossômicas (quebra ou rearranjo dos
cromossomos) e Mutações Gênicas.

Substituição de Nucleotídeos
A substituição de um único nucleotídeo ( ou mutação de ponto ) numa sequência de
DNA pode alterar o código de uma trinca de bases e levar à substituição de uma trinca
de bases por outra.

 Mutações de Sentido Trocado


Alteram o "sentido" do filamento codificador do gene ao especificar um
aminoácido diferente.

 Mutações Sem Sentido


Normalmente a tradução do RNAm cessa quando um códon finalizador ( UAA,
UAG e UGA) é alcançado. Uma mutação que gera um dos códons de parada é
denominada mutação sem sentido.

 Mutações no Processamento do RNAm


O mecanismo normal pelo qual os íntrons são excisados do RNA não processado
e os éxons unidos para formar um RNAm maduro depende de determinadas
sequências de nucleotídeos localizadas nos sítio aceptor (intron/exon) e no sítio
doador (exon/intron) . As mutações podem afetar as bases necessárias no sítio
doador ou aceptor da emenda, interferindo na emenda normal do RNA naquele
sítio ou podem envolverem substituições de bases dos íntrons, podendo criar

13
sítios doadores ou aceptores alternativos que competem com os normais durante
o processamento do RNA.

Deleções e Inserções
Causadas pela inserção ou deleção de um ou mais pares de bases.

Deleção e Inserção de Códons


Quando o número de bases envolvidas não é múltiplo de três, a mutação altera a leitura
da tradução a partir do ponto de mutação resultando numa uma proteína com sequência
de aminoácidos diferentes.

Quando o número de bases envolvidas é multiplo de três, a mutação resulta numa


proteína com a adição ou falta de aminoácidos.

Quando ocorre a inserção de elementos repetitivos há o interrompimento das sequências


codantes

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Mutações em Sequências Promotoras
Envolvem mutações nas sequências promotoras CAT e TATA box.

INTRODUÇÃO

As aberrações cromossômicas podem ser numéricas ou estruturais e envolver um ou


mais autossomos, cromossomos sexuais ou ambos. As aberrações cromossômicas
numéricas incluem os casos em que há aumento ou diminuição do número do cariótipo
normal da espécie humana, enquanto as aberrações cromossômicas estruturais incluem
os casos em que um ou mais cromossomos apresentam alterações de sua estrutura.

Aberrações Numéricas dos Cromossomos


Aberrações Estruturais dos Cromossomos

DISTÚRBIOS DOS AUTOSSOMOS

TRISSOMIAS AUTOSSÔMICAS

Síndrome de Down
Trissomia do 18
Trissomia do 13

SÍNDROMES DE DELEÇÃO AUTOSSÔMICA

Síndrome do Miado do Gato (5p-)

DISTÚRBIOS DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS

As anormalidades dos cromossomos sexuais, a exemplo das anormalidades


autossômicas, podem ser numéricas ou estruturais e apresentar-se em todas as células ou
na forma de mosaico.

ANEUPLOIDIA DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS

Síndrome de Klinefelter (47, XXY)


Síndrome 47, XYY
Trissomia do X (47, XXX)
Síndrome deTurner (45, X e variantes)

INTRODUÇÃO

Os distúrbios das hemoglobinas humanas, ou hemoglobinopatias são as doenças


genéticas mais comuns em todo o mundo.

A hemoglobina é o transportador de oxigênio em hemácias de vertebrados. Sua


molécula é um tetrâmero e cada subunidade compõem-se de uma cadeia polipeptídica, a
globina, e um grupo prostético, o heme, um pigmento contendo ferro que se combina
com o oxigênio e confere à molécula sua capacidade de treansportar oxigênio.

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Na hemoglobina adulta normal as cadeias de globina são designadas a e b. As quatro
cadeias são dobradas e acomodadas juntas para formar um tetrâmero globular.

As cadeias a e b são codificadas por genes em lóci distintos:

Lócus ; no cromossomo 16
Lócus ; no cromossomo 11

Além da HbA existem outras cinco hemoglobinas humanas normais. Há mudança de


expressão dos vários genes durante o desenvolvimento humano:

Período do desenvolvimento:

 Embrionário
A síntese de globina embrionária ocorre no saco vitelino da 3ª à 8ª semanas de
gestação, com a produção das hemoglobinas embrionárias transitórias:

 Fetal
a hemoglobina predominante ao longo da vida fetal e constitui cerca de 70% da
hemoglobina total ao nascimento.

 Adulto

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DISTÚRBIOS GENÉTICOS DA HEMOGLOBINA

Dividem-se em três grandes grupos:

1. Variantes Estruturais
Alteram o polipeptídeo da globina sem afetar sua taxa de síntese.
2. Talassemias
Há uma redução da síntese de uma ou mais das cadeias de globina,
desequilibrando as quantidades relativas das cadeias .

Nas talassemias, a mutação reduz o nível de síntese da cadeia a ou b. A redução


leva a uma distorção da proporção de cadeia :.

A cadeia que é produzida na taxa normal está em excesso relativo; na ausência


de uma cadeia complementar com a qual possa formar um tetrâmero, as cadeias
normais em excesso precipitam-se na célula, lesando a membrana e provocando
destruição prematura da hemácia.

Dois grupos principais de talassemias são definidos:

-talassemias: a síntese da cadeia é reduzida ou ausente.


-talassemias: há o comprometimento da síntese da cadeia b.

3. Persistência Hereditária da Hemoglobina Fetal (PHHF)


Os pacientes com deleções que deixam pelo menos um dos genes intactos têm
uma apresentação clínica benigna denominada Persistência hereditária da
hemoglobina fetal (PHHF). Os homozigotos são viáveis, pois os genes
remanescentes permanecem ativos após o nascimento, em vez de se desligarem
como ocorre normalmente. A síntese de Hb F continua após o nascimento em
um nível alto compensando a ausência de Hb A.

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