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Caderno de Questões CONCURSO PÚBLICO

FUNDAÇÃO RENASCER

DATA: 14/09/2008
DOMINGO – MANHÃ
CARGO: S01 – Assistente Social

ATENÇÃO
O Caderno de Questão contém 40 questões de múltipla-escolha, cada uma com 5 opções (A, B, C, D e E).
1. Ao receber o material, verifique no Cartão de Respostas seu nome, número de inscrição, data de nascimento
e cargo. Qualquer irregularidade comunique imediatamente ao fiscal de sala. Não serão aceitas reclamações
posteriores.
2. A prova objetiva terá duração de 3 horas, incluídos neste tempo o preenchimento do Cartão de Respostas
(8.10).
3. Leia atentamente cada questão e assinale no Cartão de Respostas a opção que responde corretamente a
cada uma delas. O Cartão de Respos tas será o único documento válido para a correção eletrônica. O
preenchimento do Cartão de Respostas e a respectiva assinatura serão de inteira responsabilidade do candidato.
Não haverá substituição do Cartão de Respostas, por erro do candidato.
4. Observe as seguintes recomendações relativas ao Cartão de Respostas:
- A maneira correta de marcação das respostas é cobrir, fortemente, com esferográfica de tinta azul ou preta, o
espaço correspondente à letra a ser assinalada.
- Outras formas de marcação diferentes implicarão a rejeição do Cartão de Respostas.
- Será atribuída nota zero às questões não assinaladas ou com falta de nitidez, ou com marcação de mais de
uma opção, e as emendadas ou rasuradas.
5. O fiscal de sala não está autorizado a alterar qualquer destas instruções. Em caso de dúvida, solicite a
presença do coordenador local.
6. Você só poderá retirar-se definitivamente do recinto de realização da prova após 60 minutos contados do
seu efetivo início, sem levar o Caderno de Questões (8.10.2).
7. Você só poderá levar o próprio Caderno de Questões faltando uma hora para o término do horário da prova,
conforme Edital do Concurso (8.16).
8. Por motivo de segurança, só é permitido fazer anotações durante a prova no Caderno de Questões (8.16.1 e
8.16.2).
9. Após identificado e instalado na sala, você não poderá consultar qualquer material, enquanto aguarda o
horário de início da prova.
10. Os três últimos candidatos deverão permanecer na sala até que o último candidato entregue o Cartão de
Realização: Respostas(8.14).
11. Ao terminar a prova, é de sua responsabilidade entregar ao fiscal o Cartão de Respostas. Não esqueça seus
pertences (8.17).
12. O Gabarito Oficial da Prova Objetiva será disponibilizado no site www.concursoscoseac.proac.uff.br, no dia
15/09/2008, conforme estabelecido no Cronograma Previsto.
BOA PROVA
Universidade
Federal
Fluminense
2
Parte I: Língua Portuguesa

Após a leitura do texto, responda às questões que se seguem:

A concepção cosmocêntrica dos antigos gregos fazia do homem um pequeno microcosmos,


submetido ao destino implacável do macrocosmos e da boa vontade dos deuses. Como estes
nasciam, mas não morriam, os seres humanos ansiavam por essa qualidade divina de nunca morrer.
Dizem os mitos que alguns deles conseguiram. Apolo, por exemplo, filho de uma mortal com Zeus (o
5 deus maior dos gregos), para se tornar imortal, teria que tomar o leite de uma deusa.
Zeus aproveitou que sua esposa, Hera, dormia e colocou Apolo para mamar em seu seio.
Enquanto ele mamava, a deusa acordou e, com raiva, lançou a criança no espaço. Mas ele já tinha
se tornado imortal, restando até hoje, no alto do céu, um caminho leitoso, a Via-Láctea, como
testemunho deste acontecimento cósmico. Natureza e cultura estavam solidamente integradas.
10 Já na Idade Média subsistiu uma concepção mais teocêntrica, onde era preciso morrer para
adquirir a imortalidade junto a Deus. A natureza era vista como um vale de lágrimas e através desse
mundo não haveria nunca salvação. A partir do século XVI, com o advento da Modernidade, o
homem começa a confiar, por demais, em seus poderes e, por meio da técnica e da ciência, começa
a dominar a natureza e a buscar, por todos os meios, prolongar a longevidade humana. É o início de
15 uma concepção mais antropocêntrica.
A partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, o uso das máquinas no processo de
produção ampliou acentuadamente o poder que o ser humano tinha sobre a natureza. Ela estava ao
nosso dispor, como se um destino manifesto aparecesse em cada invenção humana. Natureza e
cultura estavam ainda mais separadas. O mundo era um meio e o homem um fim em si mesmo.
20 Felizmente, o paradigma natureza em oposição a cultura chega vivo nesse início de século, mas
apresentando rachaduras irreversíveis. Hoje já é possível pensar natureza e cultura como um todo
interligado por inúmeras redes interativas.
E. Morin dizia, com razão, que somos culturais por natureza e naturais por cultura. A cidade,
por exemplo, é natureza, natureza transformada, mas ainda ela mesma. A cultura ecológica tem um
25 desafio imenso nesse sentido: diluir o pavor fóbico que temos pela nossa semelhança quase que
completa com todos os animais. A própria ciência já admite que outras espécies também criam
culturas próprias.
Ainda bem que já começa a surgir no horizonte civilizatório um novo modelo, ainda
embrionário, de relação homem e natureza que irá privilegiar uma convivência mais harmoniosa com
30 o mundo natural. Esse paradigma, logicamente ecocêntrico, poderia ser a base da criação de um
novo espaço cultural onde o desejo de viver em concordância com o meio ambiente fosse a condição
para vivermos mais pacificamente com tudo o que é vivo.
Recuperaríamos, quem sabe, aquela virtude que Aristóteles tão bem chamava de mediania,
isto é, a sabedoria do meio termo, do caminho do meio, que esse eremita de Estagira tão bem soube
35 proclamar. [...]
TRANCOSO, Alfeu. JB Ecológico: fev. de 2008. p. 66.

3
01 A exposição de idéias desenvolvida ao (D) diluir o pavor fóbico que temos (linha 25) /
longo do texto está orientada no sentido de atenuar, mitigar
persuadir o leitor de que: (E) um novo modelo, ainda embrionário
(linhas 28-29) / incipiente, rudimentar
(A) é inaceitável que o homem, único ser
criador de cultura, se mostre radicalmente
avesso à sabedoria do meio termo, da 04 Em todos os períodos abaixo há um termo
mediania, que consiste em ligar natureza destinado a explicar ou esclarecer palavra ou
e cultura por inúmeras redes interativas. expressão usada anteriormente, exceto em:
(B) é necessário um concerto maior entre o
ser humano e a natureza, condição para a
emergência de um padrão cultural de (A) Apolo, por exemplo, filho de uma mortal
convívio mais pacífico do homem com com Zeus (o deus maior dos gregos), para
todas as demais formas de vida. se tornar imortal, teria que tomar o leite de
(C) é irreversível o processo de destruição da uma deusa.
natureza que vem ocorrendo a partir do (B) Mas ele já tinha se tornado imortal,
século XVIII, com a Revolução Industrial, restando até hoje, no alto do céu, um
visto como, desde então, o homem caminho leitoso, a Via-Láctea, como
passou a ver-se como um fim em si testemunho deste acontecimento cósmico.
mesmo. (C) A partir do século XVIII, com a Revolução
(D) está ainda bem distante o tempo em que o Industrial, o uso das máquinas no
homem acolherá o modelo ecocêntrico, ou processo de produção ampliou
seja, aquele que o colocará em seu acentuadamente o poder que o ser
devido lugar, como ser de natureza que é, humano tinha sobre a natureza.
muito mais do que ser cultural. (D) A cultura ecológica tem um desafio
(E) está na Modernidade a solução para um imenso nesse sentido: diluir o pavor
acordo de paz entre o ser humano e a fóbico que temos pela nossa semelhança
natureza, pois só por meio da ciência e da quase que completa com todos os
técnica poderá o homem prolongar sua animais.
longevidade e superar a própria morte. (E) Recuperaríamos, quem sabe, aquela
virtude que Aristóteles tão bem chamava
de mediania, isto é, a sabedoria do meio
02 Em sua exposição, o autor recorre a todas termo, do caminho do meio, que esse
as estratégias argumentativas abaixo, com eremita de Estagira tão bem soube
exceção da seguinte: proclamar.

(A) recurso à palavra de autoridade no 05 A passagem em que o autor deixa


assunto focalizado entrever sentimento ou atitude pessoais em
(B) narração de fatos que documentam uma relação ao conteúdo de seu enunciado é:
relação marcada historicamente pelo
conflito
(C) exemplificação concretizadora de noção (A) A concepção cosmocêntrica dos antigos
abstrata anteriormente expressa gregos fazia do homem um pequeno
(D) uso da primeira pessoa do plural como microcosmos (linha 1)
procedimento para envolver o leitor (B) Zeus aproveitou que sua esposa, Hera,
(E) apelo à ironia dormia e colocou Apolo para mamar em
seu seio (linha 6)
(C) Enquanto ele mamava, a deusa acordou
03 A substituição da palavra em destaque por e, com raiva, lançou a criança no espaço
uma ou ambas as palavras propostas altera o (linha 7)
sentido fundamental do enunciado em: (D) A própria ciência já admite que outras
espécies também criam culturas próprias
(A) na Idade Média subsistiu uma concepção (linhas 26-27)
mais teocêntrica (linha 10) / vigorou, vigeu (E) Ainda bem que já começa a surgir no
(B) com o advento da Modernidade (linha 12) horizonte civilizatório um novo modelo,
/ desenvolvimento, progresso ainda embrionário, de relação homem e
(C) início de uma concepção mais natureza (linhas 28-29)
antropocêntrica (linhas 14-15) / visão,
perspectiva

4
06 Em: ”Já na Idade Média subsistiu uma 10 Altera-se o sentido do enunciado com a
concepção mais teocêntrica, onde era preciso mudança de posição das palavras proposta em:
morrer para adquirir a imortalidade junto a Deus”
(linhas 10-11), “onde” pode, na língua culta, ser
substituído, sem alteração do sentido (A) Dizem os mitos que alguns deles
fundamental do enunciado, por: conseguiram (linha 4) / Os mitos dizem
que alguns deles conseguiram
(A) segundo a qual (B) Natureza e cultura estavam solidamente
(B) em proveito da qual integradas (linha 9) / Solidamente
(C) perante a qual integradas estavam natureza e cultura
(D) sob a qual (C) É o início de uma concepção mais
(E) em detrimento da qual antropocêntrica (linhas 14-15) / É o início
de mais uma concepção antropocêntrica
(D) A cultura ecológica tem um desafio
07 Altera-se essencialmente o sentido de: “A imenso nesse sentido (linhas 24-25) / A
cidade, por exemplo, é natureza, natureza cultura ecológica tem nesse sentido um
transformada, mas ainda ela mesma” (linhas 24- desafio imenso
25), com a substituição da conjunção “mas” por: (E) A própria ciência já admite que outras
espécies também criam culturas próprias
(linhas 26-27) / A própria ciência já admite
(A) conseqüentemente
que espécies outras também criam
(B) contudo
culturas próprias.
(C) embora
(D) não obstante
(E) se bem que
11 Altera sensivelmente o sentido de: “E.
Morin dizia, com razão, que somos culturais por
08 Preserva-se o sentido fundamental de: natureza e naturais por cultura” (linha 23) a
“Recuperaríamos, quem sabe, aquela virtude seguinte hipótese de redação da oração
que Aristóteles tão bem chamava de mediania, subordinada:
isto é, a sabedoria do meio termo, do caminho
do meio, que esse eremita de Estagira tão bem
soube proclamar” (linhas 33-35) com a (A) que somos tanto culturais por natureza
substituição de “isto é” por: como naturais por cultura
(B) que somos não só culturais por natureza,
(A) por conseguinte mas naturais por cultura
(B) vale dizer (C) que somos, além de culturais por
(C) em princípio natureza, naturais por cultura
(D) sem dúvida (D) que somos naturais por cultura, tanto
(E) aliás quanto culturais por natureza.
(E) que somos, não naturais por cultura, mas
culturais por natureza.
09 O pronome em destaque que NÃO se
refere à passagem do texto indicada encontra-se
em: 12 A concordância nominal que contraria a
norma preconizada por nossas gramáticas
(A) alguns deles conseguiram (linha 4) / os encontra-se em:
seres humanos
(B) para se tornar imortal (linha 5) / Apolo, (A) modelos e comportamento ainda
filho de uma mortal com Zeus (o deus embrionário
maior dos gregos) (B) qualidade e poder divino
(C) para mamar em seu seio (linha 6) / sua (C) elos e redes interativas
esposa, Hera (D) ideais e concepção mais antropocêntricas
(D) chega vivo nesse início de século (linha (E) cultura e desenvolvimento ecológicos
20) / o século XVIII
(E) que Aristóteles tão bem chamava de
mediania (linha 33) / aquela virtude

5
13 O verbo sublinhado em “os seres humanos se tornar imortal, teria que tomar o leite de
ansiavam por essa qualidade divina” (linha 3) uma deusa (linhas 4-5) / substituição dos
encontra-se flexionado corretamente em todas parênteses por travessões
as alternativas abaixo, com exceção de: (C) Natureza e cultura estavam ainda mais
separadas. O mundo era um meio e o
(A) Hoje todos ansiamos por um emprego homem um fim em si mesmo (linhas 18-
público. 19) / substituição do ponto por dois pontos
(B) Ansiávamos por atingir rapidamente (seguido de minúscula)
aquele objetivo. (D) O mundo era um meio e o homem um fim
(C) Por mais que ansiasse pelo cargo, acabou em si mesmo (linha 19) / uso de vírgula
desistindo. entre “o homem” e “um fim em si mesmo”
(D) Não é verdade que eu não ansie por (E) E. Morin dizia, com razão, que somos
passar no concurso. culturais por natureza e naturais por
(E) Durante anos a fio ansiei por isso. cultura (linha 20) / supressão das vírgulas

14 O pronome átono proposto para substituir


o termo em destaque é inaceitável, segundo
nossas gramáticas, em:

(A) Zeus aproveitou que sua esposa, Hera,


dormia e colocou Apolo para mamar em
seu seio (linha 6) / mamar-lhe no seio
(B) Enquanto ele mamava, a deusa acordou
e, com raiva, lançou a criança no espaço
(linha 7) / lançou-a no espaço
(C) A cultura ecológica tem um desafio
imenso nesse sentido: diluir o pavor fóbico
que temos pela nossa semelhança quase
que completa com todos os animais
(linhas 24-26) / diluir-lhe
(D) A própria ciência já admite que outras
espécies também criam culturas próprias
(linhas 26-27) / já o admite
(E) Recuperaríamos, quem sabe, aquela
virtude que Aristóteles tão bem chamava
de mediania (linha 33) / Recuperá-la-
íamos

15 Tendo em vista as normas em vigor, é


inaceitável a proposta de mudança de
pontuação indicada na seguinte alternativa:

(A) A concepção cosmocêntrica dos antigos


gregos fazia do homem um pequeno
microcosmos (linha 1) / uso de vírgula
entre “os antigos gregos” e “fazia”
(B) Apolo, por exemplo, filho de uma mortal
com Zeus (o deus maior dos gregos), para

6
Parte II: Conhecimento Comum quando se inicia a etapa operatório-
concreta.
16 Na visão de Luckesi, a classificação das (E) A libertação do pensamento das amarras
tendências pedagógicas em relação às do mundo concreto, próprio do período
finalidades sociais da escola contribui como um operatório-formal, possibilitará ao
instrumento de análise para o professor avaliar a adolescente pensar e trabalhar não só
sua prática em sala de aula. Neste sentido, com a realidade concreta, mas também
dentre as manifestações da chamada pedagogia com a realidade possível.
liberal, há uma que é FALSA.
Indique-a. 18 De acordo com a abordagem de Vygotsky
e de seus seguidores, indique a resposta
(A) A tendência tecnicista, que prioriza a
FALSA.
difusão de conteúdos, mas não conteúdos
abstratos, porém, concretos,
(A) Os fatores biológicos preponderam sobre
indissociáveis das realidades sociais.
os sociais apenas no início da vida das
(B) A pedagogia tradicional, na medida em crianças, sendo fundamentais as formas
que percebe que o compromisso da pelas quais a cultura e as interações
escola é com a cultura e depende do humanas afetam o pensamento e o
esforço individual dos alunos. raciocínio.
(C) A tendência renovada não-diretiva, que (B) As funções mentais superiores – como a
procura estabelecer na sala de aula um capacidade de solucionar problemas, o
clima favorável a uma mudança dentro do armazenamento e o uso adequado à
indivíduo, isto é, a uma adequação memória, à formação de novos conceitos,
pessoal às solicitações do ambiente. ao desenvolvimento da vontade –
(D) O pensamento de que a escola tem por aparecem, inicialmente, no plano social.
função preparar os indivíduos para o (C) As diferenças encontradas nos ambientes
desempenho de papéis sociais, de acordo sociais das crianças promovem
com as aptidões individuais. aprendizagens e processos de
(E) A tendência liberal renovada, pois desenvolvimento também diversos.
considera que a educação deve partir dos (D) A importância do ambiente social no
processos internos do indivíduo para sua desenvolvimento e aprendizagem da
adaptação ao meio. criança é fundamental, caracterizando-os
como teóricos da concepção
17 Jean Piaget é um dos mais importantes ambientalista.
autores que defendem a visão interacionista de (E) Pensamento e linguagem são processos
desenvolvimento. Segundo a sua teoria, assinale interdependentes desde a fase inicial da
a alternativa FALSA. vida. A aquisição da linguagem pela
(A) O desenvolvimento passa por quatro criança modifica suas funções mentais
etapas distintas: a sensoriomotora, a pré- superiores.
operatória, a operatório-concreta e a
operatório-formal. Os esquemas 19 Do pós-guerra até o início dos anos 60, o
sensoriomotores são construídos a partir paradigma do consenso se tornou predominante
de reflexos inatos e estes esquemas vão- nos estudos sociológicos da educação. Este
se modificando com a experiência. paradigma
(B) Todo organismo vivo procura manter um
estado de equilíbrio denominado de 1 percebe a sociedade como um conjunto de
assimilação e de acomodação. Esses dois pessoas e grupos unidos por valores comuns,
mecanismos não podem ocorrer ao que geram um consenso espontâneo;
mesmo tempo. 2 é representado, sobretudo, pelo
(C) Uma característica interessante da etapa funcionalismo, em Sociologia, e pela teoria do
pré-operatória é a transdedutividade, a capital humano, em Economia;
qual justifica a dificuldade das crianças de 3 defende que na instituição escolar ocorre um
dois a sete anos para elaborar leis, processo de instauração de um consenso
princípios e normas gerais a partir de sua imposto;
experiência cotidiana, assim como para 4 compara a sociedade ao funcionamento de
julgar, apreciar ou entender a sua vida um organismo, no qual os órgãos e os
cotidiana a partir de princípios gerais. membros são interdependentes.
5 enfatiza que a principal função da educação
(D) A criança se torna menos egocêntrica e
estaria relacionada ao estabelecimento e
deixa de atribuir sentimentos e intenções
manutenção da dominação social.
próprios do ser humano às coisas e
animais por volta dos sete anos de idade,

7
Marque as alternativas CORRETAS:

(A) 1, 2 e 4
(B) 1, 3 e 4
(C) 1, 4 e 5
(D) 2, 3 e 4
(E) 3, 4 e 5

20 A partir dos anos 60 e 70, o paradigma do


conflito passou a disputar o campo da sociologia
da educação com o paradigma do consenso. Em
relação ao paradigma do conflito, pode-se dizer
que:

1 a educação deveria estar preocupada com o


aumento da produtividade e contribuir para o
conhecimento técnico exigido pelo acelerado
crescimento econômico da sociedade;
2 enfatiza os processos dissociativos da
sociedade, mas percebe que os problemas
podem ser resolvidos através de processos
integradores;
3 uma das fontes clássicas do paradigma do
conflito é o pensamento de Marx, embora
esse autor tenha dedicado pouco espaço ao
campo educativo em sua obra;
4 contribuiu para contestar uma visão
freqüentemente ingênua e otimista sobre o
poder transformador da educação presente
nos autores da Escola Nova;
5 a escola é vista como uma instituição que
impõe certos valores e padrões culturais ao
alunado.

Assinale as respostas CORRETAS:

(A) 1, 2 e 5
(B) 1, 3 e 4
(C) 2, 3 e 4
(D) 2, 4 e 5
(E) 3, 4 e 5

8
Parte III: Conhecimento Específico compreende alguns aspectos fundamentais.
Dentre estes aspectos, podemos destacar:
21 Segundo a Constituição da República
Federativa do Brasil em vigor, a ordem social (A) acesso à educação em todas as fases da
tem como base o (a): terceira idade;
(B) prática de livre-arbítrio nas decisões
(A) aplicabilidade da seguridade social nas comunitárias;
três esferas de governo; (C) inviolabilidade do domicílio;
(B) atendimento universal das necessidades (D) acesso aos serviços de saúde públicos e
humanas e sociais; privados;
(C) primado do trabalho e, como objetivo, o (E) participação na vida familiar e comunitária.
bem-estar e a justiça sociais;
(D) atendimento à criança, ao adolescente e à 25 Segundo o Estatuto da Criança e do
velhice; Adolescente – Lei n°8.069/90 – em relação ao
(E) equidade na forma de participação e direito à educação, à cultura, ao esporte e ao
custeio. lazer, é dever do Estado assegurar à criança e
ao adolescente:
22 Segundo a análise de Mioto (1997), a
família brasileira dos anos 90 tem uma (A) atendimento no ensino médio, através de
configuração marcada por algumas programas suplementares de material
características populacionais. Dentre estas didático-escolar, transporte, alimentação e
características, destaca-se: assistência à saúde;
(B) ensino fundamental, obrigatório e gratuito,
(A) a concentração da vida reprodutiva das
inclusive para os que a ele não tiveram
mulheres nas idades mais maduras (até
acesso na idade própria;
vinte e cinco anos);
(C) atendimento em creche e pré-escola às
(B) a diminuição da co-habitação e da união
crianças de zero a cinco anos de idade;
consensual entre mulheres de mais de
trinta anos; (D) atendimento educacional profissionali-
zante às crianças e adolescentes em
(C) o predomínio das famílias poli-nucleares,
áreas de periferia;
composta por pais, filhos e agregados;
(E) respeito aos valores culturais, artísticos e
(D) o aumento da concepção em idade
históricos próprios do contexto social da
precoce, o que implica o aumento da
criança e do adolescente pobre,
gravidez entre adolescentes;
garantindo-se a estes a liberdade de
(E) a diminuição das famílias recompostas, expressão.
decorrente das uniões estáveis.
26 Segundo o Plano Nacional de Promoção,
23 Segundo o Código de Ética Profissional do Proteção e Defesa do Direito de Crianças e
Assistente Social em vigor, o profissional possui Adolescentes à Convivência Familiar e
alguns deveres nas relações com os usuários. Comunitária, a legislação brasileira vigente
Dentre estes deveres, destaca-se: reconhece e preconiza a família enquanto:
(A) contribuir para a viabilização da
(A) uma estrutura vital, essencial à
participação efetiva da população usuária
humanização e à socialização da criança
nas decisões institucionais;
e do adolescente, espaço ideal e
(B) exercer a autoridade profissional de
privilegiado para o desenvolvimento
maneira a limitar ou cercear o direito dos integral dos indivíduos;
usuários às informações institucionais;
(B) um sistema de proteção social individual e
(C) dispor de condições de trabalho condignas, comunitário para a preservação dos
que contribuam na melhoria do atendimento
valores culturais e humanitários da
instituc ional; convivência humana;
(D) contribuir para a criação de mecanismos (C) um espaço de fortalecimento dos vínculos
que venham a burocratizar a relação com parentais e de ajuda mútua frente às
os usuários, no sentido de melhorar o necessidades e transformações do mundo
atendimento;
globalizado;
(E) contribuir para a consolidação da (D) um núcleo em transformação frente ao
democracia institucional como forma de
modelo de desenvolvimento adotado pelo
agilizar o atendimento.
Estado brasileiro e o Estado de Bem-Estar
Social;
24 Segundo o Estatuto do Idoso – Lei (E) um espaço universal de aprendizado e
o
n 10.741/2003 – o direito à liberdade transmissão de conhecimentos sociais e
comunitários de auto-ajuda.

9
27 Segundo a análise de Iamamoto e (B) planejamento, organização e
Carvalho (2001), o Centro de Estudos e Ação administração de programas e projetos
Social de São Paulo (CEAS), é considerado em Unidades de Serviço Social;
como: (C) encaminhamento de providências e
prestação de orientação social a
(A) a forma de aprofundar os estudos sobre a indivíduos, grupos e à população;
pobreza no Brasil; (D) elaboração, coordenação e execução de
(B) a forma de prestar caridade através das planos, programas e projetos sociais;
entidades privadas; (E) prestação de assessoria e consultoria a
(C) a promoção do ser humano através da órgão da administração pública direta e
doutrina social da Igreja; indireta em matéria de Serviço Social.
(D) a manifestação original do Serviço Social
no Brasil;
(E) o campo de observação para a prática dos 31 Segundo a análise de Paulo Netto (2004)
assistentes sociais na área da assistência. o balanço global da era FHC traz algumas
características para a conjuntura brasileira.
Dentre estas características, o autor destaca:
28 Segundo a análise de Torres (1983), existem
muitos objetivos e aplicações para a dinâmica de
grupo. Dentre estes objetivos, destaca-se: (A) a diminuição da dívida líquida do setor
público;
(A) compreender a realidade numa (B) o aumento da cobertura do Estado de
perspectiva de totalidade; Bem-Estar Social;
(B) ensinar novos comportamentos societários; (C) a dilapidação do patrimônio público pela
(C) facilitar a compreensão de fenômenos sociais; via da privatização;
(D) possibilitar a facilitação das relaç ões entre (D) o aumento do emprego formal no setor de
os membros da família; serviços;
(E) diagnosticar problemas de convivência (E) a eliminação da cobertura estatal no setor
societária. da saúde.

29 De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases 32 De acordo com a análise de Mota (1997),
da Educação – Lei n°9.394/96 – a União, os numa conjuntura de crise, a reestruturação da
Estados, o Distrito Federal e os Municípios produção e a reorganização dos mercados são
organizam, em sistema de colaboração, os exigências inerentes ao estabelecimento de um
respectivos sistemas de ensino. Dentre as novo equilíbrio, que tem como exigência básica:
responsabilidades da União, destaca-se:
(A) a alteração nas fases de extração da
(A) assegurar o ensino fundamental e mais-valia, reordenando o uso do trabalho
oferecer, com prioridade, o ensino médio; individual e coletivo;
(B) elaborar um cadastro nacional de (B) a formação de novas esferas da produção
estudantes de ensino fundamental; como o taylorismo e o fordismo, afetando
(C) colaborar com as entidades públicas de a esfera das relações sociais;
ensino,objetivando a qualidade na (C) o aumento da jornada de trabalho e a
educação; perda dos direitos sociais, afetando
(D) baixar normas complementares para o diretamente as lutas sindicais;
seu sistema de ensino; (D) a reorganização do papel das forças
(E) coletar, analisar e disseminar informações produtivas na recomposição do ciclo de
sobre a educação. reprodução do capital;
(E) o reordenamento político-institucional das
30 Segundo a Lei de Regulamentação da relações de trabalho com o aumento da
Profissão de Assistente Social – Lei n°8.662/93 formalidade nas relações contratuais.
– existem algumas atribuições consideradas
privativas do Assistente Social. Dentre estas
atribuições, podemos destacar:

(A) planejamento, organização e


administração de benefícios e Serviços
Sociais;

10
33 Num posto de saúde, uma assistente (E) crítica sistemática ao desempenho tradicional
social faz um trabalho interdisciplinar com outros e aos seus suportes teóricos, metodológicos
profissionais da área da saúde. De acordo com o e ideológicos.
Código de Ética Profissional do Assistente Social
em vigor, constitui-se em um dos deveres do 36 De acordo com o Estatuto do Idoso – Lei
o
assistente social na relação com assistentes n 10.741/2003 – ao idoso que esteja no domínio
sociais e outros profissionais: de suas faculdades mentais é assegurado:

(A) incentivar, sempre que possível, a prática (A) o gozo de direitos e deveres com
profissional; responsabilidade nos atos praticados;
(B) prevalecer-se de cargo de chefia para (B) o direito de optar pelo tratamento de
defesa dos princípios institucionais; saúde que lhe for reputado mais favorável;
(C) repassar ao seu substituto as informações (C) o trabalho em condições salubres e com
necessárias à continuidade do trabalho; remuneração adequada;
(D) respeitar as normas e princípios éticos (D) a forma de participação política na
das profissões ligadas à saúde; sociedade na qual está inserido;
(E) empenhar-se na viabilização dos direitos (E) a participação em grupos de auto-ajuda
sociais juntamente com outros profissionais. nos termos desta lei.

34 Segundo a análise de Reis apud CRESS, 37 Segundo a análise de Torres (1983), o


Assistente Social: ética e direitos, o processo de processo de identificação social começa no (a):
consolidação do projeto ético-político pode ser
circunscrito à década de 90. Este projeto (A) instituição;
explicita algumas características importantes. (B) sociedade;
Dentre estas características, o autor destaca: (C) Estado;
(A) a maturidade profissional através de um
(D) grupo familiar;
escopo significativo de centros de (E) grupo de auto-ajuda.
formação (pós-graduações), que ampliou
a produção de conhecimento entre os 38 De acordo com a análise de Gentili apud
assistentes sociais; Frigotto (org.), a expansão dos sistemas
(B) a demarcação de um espaço profissional escolares nacionais a partir da segunda metade
voltado para atender as demandas da do século XIX tem sido produto, em certo
população usuária no campo da sentido, da difusão do que o autor denomina
seguridade social; como:
(C) a consolidação da atuação voltada para
atender as demandas da classe (A) a difusão dos sistemas escolares no
trabalhadora, inserida no processo de Brasil;
produção capitalista; (B) a promessa da escola como entidade
(D) a ênfase da questão teórico-metodológica integradora;
na pesquisa de campo como elemento (C) a responsabilidade estatal c om a
central da prática profissional; educação no Brasil;
(E) a articulação entre teoria e realidade no (D) a difusão do ensino fundamental na
projeto de formação profissional voltado sociedade brasileira;
para as classes populares. (E) a privatização da função econômica
atribuída à escola.
35 Segundo a análise de Paulo Netto (1991),
uma das direções identificada no processo de 39 A Primeira Semana de Ação Social do Rio
renovação do serviço social é a perspectiva que de Janeiro em 1936 é considerada como:
se propõe como “intenção de ruptura” com o
serviço social “tradicional”. Esta direção possui (A) o desejo do Estado em implantar um
como substrato nuclear um (a): sistema nacional de assistência social;
(A) diálogo com a perspectiva transformista da (B) o início do processo de recristianização da
profissão em detrimento do conservadorismo; sociedade fluminense;
(B) elemento inovador no diálogo com outras (C) o marco para a introdução do Serviço
matrizes do pensamento social; Social na capital da república;
(C) polêmica com o serviço social renovador e as (D) a íntima ligação da Escola de Serviço
suas formas de intervenção; Social com o Centro de Estudos e Ação
(D) argumentação da necessidade da profissão Social;
se voltar aos postulados tomistas de doutrina (E) o projeto da concepção moderna do
social da Igreja; Estado na relação com a sociedade civil.

11
40 Segundo a Lei Orgânica da Assistência
o
Social – Lei n 8.742/93 – a assistência social
rege-se por alguns princípios. Dentre tais
princípios, podemos destacar:

(A) universalização dos direitos sociais, a fim


de tornar o destinatário da ação
assistencial alcançável pelas demais
políticas públicas;
(B) promoção da integração ao mercado de
trabalho;
(C) participação da população, por meio de
organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle das
ações em todos os níveis;
(D) primazia da responsabilidade do Estado
na condução da política de assistência
social em cada esfera de governo;
(E) habilitação e reabilitação das pessoas
portadoras de deficiência e a promoção de
sua integração à vida comunitária.

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13
CONCURSO PÚBLICO – 2008
FUNDAÇÃO RENASCER DO ESTADO DE SERGIPE - RENASCER

GABARITO DA PROVA OBJETIVA APÓS RECURSOS

• CARGO: S01 - ASSISTENTE SOCIAL

LÍNGUA PORTUGUESA:

01 B
02 E
03 B
04 C
05 E
06 A
07 A
08 B
09 D
10 C
11 E
12 D
13 D
14 C
15 A

CONHECIMENTO COMUM:

16 ANULADA
17 ANULADA
18 ANULADA
19 ANULADA
20 ANULADA

CONHECIMENTO ESPECÍFICO:

21 C
22 D
23 A
24 E
25 B
26 A
27 D
28 C
29 E
30 B
31 C
32 D
33 C
34 A
35 E
36 B
37 D
38 B
39 C
40 A

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