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O CHAMADO MINISTERIAL
O chamado ministerial tem origem no próprio Deus que chama homens para o
exercício das mais distintas tarefas em sua obra, e, como Ele é soberano em seus
desígnios, então, não existe um método definido para a chamada divina ao
ministério pastoral. Existe, sim, o método divino, soberano e poderoso.
Jesus afirmou em João 15.16: “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi
para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o
que pedirem em meu nome”.
E em João 20.21: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco;
assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós”.
A Bíblia registra a chamada de vários servos de Deus, e, por uma questão
didática apenas, queremos abordar alguns exemplos aqui.
Noé – Gn 6.13
Abraão – Gn 12.1
Moisés – Êxodo 3.10
Samuel – I Sm 3.20
Isaias – Is 6.9
Os Apóstolos – Mc 1.17; Mt 4.18-22; Jo 1.35-42
Paulo – At 26.19
O MINISTÉRIO DA PALAVRA
O PREPARO PASTORAL
QUALIDADES PASTORAIS
Administrador
1. O termo bíblico para Administração
O termo significa “administração de uma casa”.
Preparação espiritual – o pastor não pode ser neófito, deve ter maturidade
espiritual e um caráter tratado por Deus – I Tm 5:22; Tt 1:5; Mt 4:19-20.
Preparação teológica – mesmo os obreiros leigos devem ser treinados
adequadamente para manejar bem as Escrituras, tendo conhecimento básico
dos fundamentos de fé cristã e princípios de liderança para o exercício de um
ministério equilibrado com embasamento bíblico – II Tm 2:15; Jo 5:39; Mt
22:29; Tito 2:7. Os obreiros que têm oportunidade de fazer um curso teológico
devem esmerar-se na leitura, na pesquisa e na reflexão para aprofundarem
no conhecimento e na graça de Deus: Não devem tratar a Teologia apenas
como uma disciplina acadêmica, mas como uma ciência divina fundamental
para nossa formação ministerial. Sl 139:6; Cl 2:2-3; I Tm 4:14-16; II Pd 3:18;
Sl 119:105.
Preparação intelectual – é importante, para o pastor que deseja alcançar a
Igreja de Cristo e os perdidos, um conhecimento geral de assuntos que dizem
respeito ao homem moderno: seus problemas, crises, necessidades e
anseios existenciais. A leitura de bons livros, jornais, enciclopédias,
almanaque etc. Se possível cursos que habilitem o pastor tecnicamente a
exercer sua função como: Administração, Psicologia, Pedagogia etc.
A VIDA DEVOCIONAL DO PASTOR
O SUSTENTO PASTORAL
No Antigo Testamento
Deus fez uma aliança com Arão e seus filhos, chamando-os para o
sacerdócio, e com os levitas para servirem no Tabernáculo e prometeu supri-
los com dignidade – Nm 18:1-7, 11-20, 21-24; Dt 18:1-8.
Não teriam campos para plantar ou criar animais, apenas pequenas
propriedades para morarem e cuidarem dos animais entregues pelo povo
como dízimo e ofertas – Nm 35:1-8; Js 21. Deviam dedicar-se inteiramente ao
sagrado ministério.
Em Israel, quando povo deixava de trazer seus dízimos e ofertas, então os
levitas e sacerdotes deixavam o altar do Senhor e partiam em busca de
trabalho em outras tribos – I Cr 31:4-11; Nm 13:10.
No Novo Testamento
A perfeita vontade de Deus é que seus ministros se dediquem inteiramente ao
ministério e vivam do ministério – II Tm 2:4; I Co 9:7-14. O sustento pastoral é ordem
divina na nova aliança, sob o pacto da graça – I Co 9:14; Gl 6:6; I Tm 5:17,18; II Co
11:8 (por inferência).
Há dois extremos que não devem servir de modelo para o sustento pastoral.
As Igrejas e os ministérios que podem remunerar bem seus pastores e
explorarem o serviço sacerdotal, maltratando e oprimindo o pastor e sua
família, privando-os de uma situação financeira condigna.
Pastores que exploram suas Igrejas, exigindo um alto padrão de vida,
administrando egoística e ambiciosamente as finanças da Igreja cujo dinheiro
é sagrado; e, deixando de ajudar os pobres, as viúvas e os órfãos, os
deficientes físicos e a obra missionária.
O pastor poderá trabalhar profissionalmente se quiser, porém o ideal é que
consagre todo seu tempo ao ministério com disciplina e santidade, pois o “pastorado
é um emprego atraente para homens preguiçosos”
– Jaime Kemp.
REMUNERAÇÃO PASTORAL
COMPROMISSOS AGENDADOS
Existe uma grande diferença entre estar ocupado e ser produtivo, pois existem
muitas pessoas se esgotando de trabalhar e não conseguem progresso algum, enquanto
outros, com menos esforço, atingem seus objetivos e são bem sucedidos.
Muitas vezes para alcançarmos o sucesso, somos levados a sacrificar nossa família,
o lazer e, às vezes, até a saúde.
Normalmente, usa-se a palavra workaholic, expressão americana que teve origem na
palavra alcoholic (alcoólatra), que denota uma pessoa viciada em trabalho.
O tempo desperdiçado
Quem desperdiça o tempo prejudica a si mesmo, a sociedade, a Igreja, o meio em
que vive, o seu próximo e a sua família.
Otimização do tempo
Seguem algumas sugestões para atitudes e comportamentos para otimização de
nosso tempo.
Benefícios da delegação:
facilita o trabalho do pastor;
aumenta a produtividade;
dá oportunidade a outros de desenvolver a capacidade de liderança;
dá ao líder mais tempo de desenvolver sua vida espiritual;
permite ao líder se dedicar mais no ministério da oração e da Palavra.
Telefone – usado para minimizar deslocamentos desnecessários.
Comunicação – a linguagem simples, concisa e isenta de ambiguidade assegura
uma a boa compreensão e evita mal-entendidos.
Tomada de decisões – deve ser precisa e baseada em informações seguras.
Concentração – deve buscar-se um tempo mínimo anterior à ação.
Isaías 42
Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha
alma; pus o meu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios.
Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na praça.
A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; com verdade
trará justiça.
Não faltará, nem será quebrantado, até que ponha na terra a justiça; e as ilhas
aguardarão a sua lei.
Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a terra, e
a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que
andam nela.
Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te
darei por aliança do povo, e para luz dos gentios.
Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que
jazem em trevas.
Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei,
nem o meu louvor às imagens de escultura.
Eis que as primeiras coisas já se cumpriram, e as novas eu vos anuncio, e, antes
que venham à luz, vo-las faço ouvir.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, e o seu louvor desde a extremidade da terra;
vós os que navegais pelo mar, e tudo quanto há nele; vós, ilhas, e seus habitantes.
Alcem a voz o deserto e as suas cidades, com as aldeias que Quedar habita;
exultem os que habitam nas rochas, e clamem do cume dos montes.
Deem a glória ao SENHOR, e anunciem o seu louvor nas ilhas.
O SENHOR sairá como poderoso, como homem de guerra despertará o zelo;
clamará, e fará grande ruído, e prevalecerá contra seus inimigos.
O sustento Pastoral
O pastor e seu sustento
No Antigo Testamento
Deus fez uma aliança com Arão e seus filhos, chamando-os para o sacerdócio, e
com os levitas para servirem no Tabernáculo e prometeu supri-los com dignidade –
Nm 18:1-7, 11-20, 21-24; Dt 18:1-8.
Não teriam campos para plantar ou criar animais, apenas pequenas propriedades
para morarem e cuidarem dos animais entregues pelo povo como dízimo e ofertas –
Nm 35:1-8; Js 21. Deviam dedicar-se inteiramente ao sagrado ministério.
Em Israel, quando povo deixava de trazer seus dízimos e ofertas, então os levitas e
sacerdotes deixavam o altar do Senhor e partiam em busca de trabalho em outras
tribos – I Cr 31:4-11; Nm 13:10.
No Novo Testamento
A perfeita vontade de Deus é que seus ministros se dediquem inteiramente ao
ministério e vivam do ministério – II Tm 2:4; I Co 9:7-14. O sustento pastoral é ordem divina
na nova aliança, sob o pacto da graça – I Co 9:14; Gl 6:6; I Tm 5:17,18; II Co 11:8 (por
inferência).
Há dois extremos que não devem servir de modelo para o sustento pastoral.
»» As Igrejas e os ministérios que podem remunerar bem seus pastores e
explorarem o serviço sacerdotal, maltratando e oprimindo o pastor e sua família,
privando-os de uma situação financeira condigna.
»» Pastores que exploram suas Igrejas, exigindo um alto padrão de vida,
administrando egoística e ambiciosamente as finanças da Igreja cujo dinheiro é
sagrado; e, deixando de ajudar os pobres, as viúvas e os órfãos, os deficientes
físicos e a obra missionária.
O pastor poderá trabalhar profissionalmente se quiser, porém o ideal é que consagre
todo seu tempo ao ministério com disciplina e santidade, pois o “pastorado é um emprego
atraente para homens preguiçosos”
– Jaime Kemp.
Comunicação
Objetivos para uma boa comunicação
Considere que os atos falam mais alto que as palavras; a comunicação não verbal é
geralmente mais poderosa que a verbal. Evite “mensagem dúbias” em que as
mensagens verbais e não verbais transmitam ideias contraditórias.
Defina o que é importante e enfatize; defina o que não é importante e tire a ênfase
ou ignore. Evite as críticas.
Cuidado ao falar: expresse-se de maneira a mostrar respeito pelo valor da outra
pessoa como um ser humano. Evite declarações que comecem com as palavras
“Você nunca...”
Seja específico e claro em sua comunicação. Evite a indefinição.
Seja razoável e realista e em suas afirmações. Cuidado com os exageros e
sentenças que comecem com as palavras “Você sempre...”
Teste todas as suas suposições verbalmente, perguntando se estão corretas. Evite
agir até que tenha feito isto.
Reconheça que cada acontecimento pode ser visto de vários pontos de vista. Evite
supor que as outras pessoas veem as coisas do mesmo modo que você.
Reconheça que os membros de sua família e seus amigos o conhecem bem e ao
seu comportamento. Evite a tendência de negar as observações deles sobre você –
especialmente se não estiver certo.
Identifique que as dissensões podem ser uma forma significativa de comunicação.
Evite os argumentos depreciativos.
Seja sincero e aberto sobre os seus sentimentos e pontos de vista. Traga à luz todos
os problemas importantes mesmo que tema que isso possa perturbar outra pessoa.
Fale a verdade em amor. Evite o silêncio mal-humorado.
Preocupe-se mais com o efeito de sua comunicação sobre outros do que com aquilo
que pretendia comunicar. Evite ressentir-se no caso de ser mal compreendido.
Tenha tato, consideração e cortesia com relação aos outros. Evite tirar proveito dos
sentimentos alheios.
Faça perguntas e ouça atentamente. Evite pregar ou fazer palestras (na
comunicação).
Não use de subterfúgios. Procure não cair nas desculpas dadas por outros.
Identifique o valor do humor e da seriedade. Cuidado com a zombaria destrutiva.
Envolvimento
Para realizar um bom envolvimento, deve-se realizar as seguintes ações.
»» Mostrar respeito pelos aconselhados.
»» Compreender as posições sem tomar partido abertamente.
»» Apoiar as pessoas e dar-lhes esperança, caso sinta liberdade.
»» Encorajar a comunicação aberta e o interesse mútuo em ouvir.
»» Encorajar as pessoas a serem específicas.
»» Identificar as coisas que podem ser mudadas.
»» Cuidar para impedir que o conflito se agrave e que a comunicação seja
interrompida.
»» Retomar com frequência a situação e as posições.
»» Caso a sua mediação não pareça estar dando resultado, encorajar a busca de
ajuda de outros profissionais.
Como impedir as relações interpessoais negativas
»» Os ensinos bíblicos relativos aos bons relacionamentos.
»» Um andar diário com Jesus Cristo, oração, estudo das Escrituras, confissão de
pecado e disposição para buscar e seguir a orientação divina.
»» Compreensão do conflito e prática das táticas que induzem a sua redução.
»» As diretrizes para a comunicação eficaz.
»» A redução, o impedimento ou a eliminação de pressões ambientais que produzam
conflito.
Ofícios ministeriais
Bispos, pastores e presbíteros
Da Terminologia: At 20:17,28; Tt 1:5-8; Tm 3:1-7; I Pd 5:1-4.
Bispos – episkopoi, episkopos – supervisores, superintendentes. Em I Pd 2:25 –
bispo no sentido etimológico é de: “alguém que olha por outros”, não denotando
necessariamente um cargo numa estrutura hierárquica. Aqui especificamente aplicado a
Cristo, e ao lado de pastor, significa “guardião”, “aquele que cuida e supervisiona”. Nas
epístolas pastorais, a responsabilidade de um bispo é muito abrangente.
Como líderes cristãos são responsáveis pelas relações externas da Igreja, exercem
ministério de ensino e apascentamento, têm autoridade para disciplinar membros. Presidem
sobre os negócios da Igreja como um pai cuida de sua família e do seu lar.
Presbíteros – (anciãos – At 11:30; 15.2) presbyteroi. Os termos episkopoi e
presbyteroi são parcialmente intercambiáveis – At 20:17 e 28; 11:30 e 15:2; Tt 1:5 e 7; I Tm
3:1 e 5:17.
Pastores e mestres – Segundo Dewey M. Mulholland (s/d, p.92), esses dois termos
referem-se à mesma pessoa uma vez que no original aparece apenas um pronome para os
dois. A gramática grega, portanto, implica que o pastor seja também mestre. O pastor pode
ter talentos para administrar a Igreja ou granjear fundos para a obra de Deus, mas se não é
“apto para ensinar” não tem autorização bíblica de reivindicar o título de “pastor”.
Pastor – poimen. Ef 4:11, é usada 18 vezes no NT. João 10:11 (Hb 13:17 – vigiar).
Apascentadores, guias, líderes, guardião, supervisores.
Em Atos 20:28 – bispo... pastoreardes – I Pd 5:1-2 – Presbíteros... pastoreai. Bispos,
Presbíteros e Pastores são invariavelmente tratados como sendo o mesmo ofício.
Em Atos 20:28 – os presbíteros no verso 17, e os bispos do verso 28 são instruídos a
pastorear (no grego poimano) a Igreja de Deus.
Em I Pd 5:1-2 – Pedro exorta os presbíteros a pastorear o rebanho de Deus
(apascentar na versão Trinitariana).
Em Ef 4:11 – Paulo escreve para a Igreja de Éfeso que Cristo concedeu dons à
Igreja (universal), e entre esses dons está o de pastor (poimen), cujo propósito é aperfeiçoar
os santos e edificar a Igreja.
Portanto, Bispos, Presbíteros e Pastores são termos diversos para o mesmo ofício,
assim como santos e crentes e irmãos são termos diferentes para o mesmo corpo de
cristãos.
Segundo Dr. Russel Shedd, há vários aspectos do pastorado no NT que podem ser
percebidos com os títulos usados para indicar o papel do líder humano da Igreja.
Pastorear – deve arrebanhar e não espalhar.
Atender ou cuidar, Bispo – deve reger como participante.
Ancião ou Presbítero, com ideia de patriarca, pai de família – I Tm 5:17-25, com ideia
de quem é experimentado e tem capacidade de admoestar ou encorajar – I Co 4:14-
21.
Despenseiro, Administrador, deve ser fiel na sua função (no que não lhe pertence) –
I Co 4:1-5.
Líder, guia, responsável pelas almas daqueles que os seguem – Hb 13:7-17.
Deve
Ser maduro – não neófito.
Viver em santidade pessoal – Tt 1:8.
Ser conhecedor das Escrituras Sagradas.
Apto para ensinar.
Ser racional
Trabalhar de boa vontade.
Diáconos
A palavra diácono é tradução da palavra grega diakonos, que é o termo comum que
se traduz por “servo”, quando usado em contextos não eclesiásticos.
Os diáconos são claramente mencionados em Filipenses 1:1: “... a todos os santos em
Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos”. Porém não há detalhes de
sua função, só a indicação de que são diferentes dos pastores. Os diáconos também são
mencionados em 1 Tm 3:8-13 em uma passagem mais extensa:
Qualificações
Morais
não de língua dobre 1 Tm 3:8
não dado ao vinho 1 Tm 3:8
não ganancioso 1 Tm 3:8
irrepreensível 1 Tm 3:10
submetido a provas (não um neófito) 1Tm 3:10
Domésticas
marido de uma esposa 1 Tm 3:12
governe bem sua casa e seus filhos 1 Tm 3:12
Qualificações espirituais
cheio do Espírito Santo – At 6:3
cheio de sabedoria – At 6:3
sério (reverente) – 1 Tm 3:8
retendo o ministério da fé em uma consciência pura – 1Tm 3:9
Púlpito
Auto exaltação – Mt 23:12.
Autossuficiência – II Co 3:5-6.
Mentir ou exagerar – Ef 4:25; Pv 12:19.
Pregar o que o povo quer ouvir e não o que o Espírito Santo nos ordena. Ez 2:1-8; II
Tm 4:1-2.
Exortar sem humildade e misericórdia.
Manipular emocionalmente – II Co 2:17.
Desabafar problemas e frustrações.
Pregar o que não vive – Mt 23:1-3, 27-28.
Centralização do culto na pessoa do Pastor – Jo 4:22-23.
Idolatrar o púlpito – I Jo 5:21.
Relações interpessoais
Toda a epístola de Timóteo pode ser estudada e vivida por nós como padrão de
relações interpessoais, especificamente I Timóteo.
Paulo, pai espiritual de Timóteo escreveu para animá-lo e orientá-lo a respeito a
assuntos práticos como a adoração pública, as qualificações dos oficiais da Igreja, e a
confrontação do ensino falso na Igreja. Também instrui Timóteo acerca de ligação com
diversos grupos da Igreja, incluindo as viúvas, os anciãos, os escravos e os mestres falsos.
Pontos-chave da epístola que leva-nos a uma reflexão acerca da postura cristã,
principalmente no ministério:
A prática da oração por todos os homens – Um só mediador – 2:1-7.
Proceder conveniente no culto público – 2:8-l5.
As qualificações dos bispos e dos diáconos – 3:1-13.
A exortação à fidelidade e à diligência no ministério – 4:6-16.
Os deveres dos pastores para com várias classes de pessoas – 5:1-16.
Acerca dos presbíteros – 5:l7-25.
Dos senhores e dos servos – 6:1-2.
Os falsos mestres e os perigos da riqueza – 6:3-1.
Apelo para Timóteo – 6:11-21.
A ética pastoral
Ética é a ciência dos deveres do homem; uma ciência que ensina como proceder na
sociedade.
A ética vem a ser, pois, um código de princípios ou de regras morais que dirigem a conduta,
considerando as ações dos homens com referência à sua justiça ou injustiça, tendência ao
bem ou ao mal.
Conhecer o código de Ética dos obreiros da AICEB.
Apascentando o rebanho
Pregação e ensino
É a parte fundamental no ministério pastoral a pregação e o ensino da Palavra de
Deus. É por meio da pregação e do ensino que a Igreja é edificada, consolada e exortada (I
Co 14:3). É por meio da pregação e do ensino das Escrituras que a fé cristã é preservada e
fortalecida (I Tm 3:16-17; I Pd 2:1-2). A pregação e o ensino devem ser extraídos da própria
Palavra de Deus, pois qualquer desvio desta perspectiva é perigoso (Jr 1:13; Pv 30:5-6; Dt
4:1-2; 12:32 e Mt 22:29). Paulo exorta Timóteo a pregar e a ensinar a Palavra com toda
diligência, pois é esse o método divino de preservar a pureza espiritual e doutrinária de sua
Igreja (II Tm 4:1-4; I Tm 4:1-5,13-16).
A terça parte do ministério de Jesus foi gasta em pregações (Mt 4:23). A grande
comissão descrita em Marcos 16 dá ordens à pregação como forma de conquista do mundo
sem Deus. Precisamos estar bem atentos aos propósitos que movem a nossa pregação,
para evitar os perigos descritos em Filipenses 1:15-17. A pregação do Evangelho movia o
coração do apóstolo Paulo (1 Co 9:16). Mas não basta pregar. É necessário pregar bem.
Pregar bem não significa em princípio pregar com erudição, com eloquência, nos mais
requintados padrões de cultura ou de homilética. Não. Pregar bem, para o Senhor Jesus
significa:
Pregar o Evangelho – Há muitos que pregam filosofia, cultura, tecnologia, ciência,
gramática, literatura, botânica etc. Somente o Evangelho deve ser pregado pelo
pastor porque ele é o Evangelho de poder, poder de Deus para salvação de todo o
que crê. Nem mesmo um anjo deve ser ouvido, se ele vier a Terra pregar algo que
não seja o Evangelho (Gl 1:8).
Pregar com poder – Se a pregação não tiver poder, não produzirá resultados
satisfatórios.
Jesus ordenou aos discípulos que ficassem em Jerusalém, a fim de que recebessem
poder.
Somente depois deveriam pregar. Os que insistem em pregar sem poder não se
admirem se não alcançam fruto em seu trabalho. Somente depois que forem ungidos pelo
Espírito (At 10:38).
Jesus começou o seu ministério de pregação (Lc 4:18-19) após essa unção.
Pregar com simplicidade e paixão – Quando o coração do pastor ou pregador é
apaixonado,
os ouvintes se deixam envolver pela mesma paixão e se constrangem e comovem. Foi
assim no Dia de Pentecostes (At 2:37). A simplicidade ajuda o coração do pregador.
Mensagens muito rebuscadas podem causar sérios transtornos, principalmente
quando pregada a gente simples de modo que nos faz entender que a pregação do
Evangelho é a trombeta que deve dar sonido certo (1 Co 14. 8).
Pregar a Cristo – Pregação que não aponta a Cristo e Sua cruz, o sangue de Cristo,
o sacrifício de Cristo, a ressurreição de Cristo, jamais conduzirão almas a Cristo. Para que o
mundo vá a Cristo, é necessário primeiramente mostrar Cristo ao mundo. O instrumento
dessa demonstração é o Evangelho.
Pregar inspiradamente – A Bíblia é um livro inspirado. Quem usá-la para pregar deve
buscar também inspiração para si. Muitos se inspiram apenas na Bíblia e por isso pregam
vazios e secos. A Bíblia é um livro inspirado e não deve ser ministrada por um pregador
morto.
Para concluir esse tópico, inserimos aqui o pensamento do escritor John D. Wilder:
“O púlpito deverá ser como o trono do pastor. É ele o lugar sagrado. Nenhum outro
lugar envolve maiores responsabilidades do que ele. A ele só deveriam ir homens puros,
diferentes dos do mundo, homens cujas vidas se pautassem de ideias nobres e fossem
dotados de ambição elevada. É que o púlpito pertence a Deus. É o caminho por onde se
levam almas a Deus. Se a mensagem não alcançar o coração do homem, quem mais
poderá fazê-lo?”
Aconselhamento
É mais importante, profundo e valioso do que possamos imaginar. Aconselhamento
não é apenas um conselho sábio ou uma orientação criteriosa, é um processo terapêutico
que pode durar horas, dias, meses e até anos dependendo da gravidade do problema e
suas consequências. É óbvio que a Palavra de Deus é o alicerce, o fundamento, a fonte
infalível para o aconselhamento cristão, porém para os pastores que querem especializar-se
nessa área por sentirem o chamado de Deus, é indispensável que estudem para adquirirem
conhecimentos no campo da Psicologia, Psicanálise e Psiquiatria e discernirem as
pressuposições científicas que vão de encontro à revelação divina, como também
diagnosticarem adequadamente pessoas com problemas dos mais diversos tipos. A unção
do Espírito com o preparo técnico é uma ferramenta preciosa nesse ministério.
Alguns cuidados nessa área:
Não dar conselhos precipitados ou inconsequentes – Pv 20:5; 19:21.
Ter um profundo discernimento espiritual – I Co 2:14-16.
»» Ser sensível ao sofrimento, à dor da pessoa que está se aconselhando sem, contudo,
absorver seu problema ou se envolver com ela e vice-versa.
»» Fugir de toda aparência do mal – I Ts 5:22.
Visitação
É importante para o pastor visitar os membros da Igreja que pastoreia para uma
aproximação maior com
eles e um conhecimento mais íntimo dos seus problemas (Pv 27:23). É gratificante para o
pastor esse
tipo de ação pastoral, como também para Igreja. No caso de Igrejas grandes, o pastor pode
comissionar
equipes de visitação para fazer esse serviço e prestar-lhe relatório.
Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman:
Se vier a existir uma comunidade no mundo dos indivíduos, só poderá ser (e precisa
sê-lo) uma comunidade tecida em conjunto a partir do compartilhamento e do cuidado
mútuo; uma comunidade de interesse e de responsabilidade em relação aos direitos
iguais de sermos humanos e igual capacidade de agirmos em defesa desses direitos.
(BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2003, p.134).
O termo visitação, devido a sua abrangência, antes de conceituá-lo, devemos entendê-lo
como um
exercício não exclusivo ao âmbito eclesiástico, mas associado ao serviço prestado por
qualquer pessoa
que tenha percepção empática do sofrimento e angustia dos outro.
De acordo com o Dicionário Aurélio (1988, p. 676) visitar, entre outras coisas, significa: Ir ver
alguém em
casa ou em outro lugar onde esteja, por cortesia, dever ou afeição; significa revelar Deus a
alguém em sua
cólera ou em sua graça.
Segundo o Dicionário Houaiss (2009) o termo “visitar”, significa “ir vê (alguém), por cortesia,
dever,
ou afeição; significa revelar Deus a alguém em sua
cólera ou em sua graça.
Segundo o Dicionário Houaiss (2009) o termo “visitar”, significa “ir vê (alguém), por cortesia,
dever,
afeição etc.; ir conhecer, ir rever, ou percorrer com determinada finalidade; ir (o médico)
atender (o
doente) em seu domicílio ou leito hospitalar; percorrer fiscalizando; inspecionar, vistoriar;
manifestar-se
a; aparecer em, assolar, surgir, revelar (Deus) ao homem, fazer visitas mutuamente,
conviver, dar-se com”.
Podemos entender, dessa forma, que o termo visitar pode ser definido como ir ao encontro
de alguém ou
de alguma coisa com objetivos e propósitos bem-definidos.
Segundo a Bíblia Sagrada (1994), visitar os necessitados é a expressão de uma religião
pura e imaculada,
“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas
suas tribulações
e guardar-se da corrupção do mundo” (Ti 1:27).
Jesus Cristo em seu ministério passou a fazer parte da realidade das pessoas, Ele tratou
com pessoas que,
na realidade da época, estavam à margem do convívio social.
Cook afirma: Cristo sai ao nosso encontro no caminho de nosso viver diário. Este caminho –
nossa
realidade – está cheio de poças e de lama; é infestado de ladrões e de opressores. Muitas
vezes, é um
caminho solitário e sumamente aterrador. Por este caminho, multidões de homens e
mulheres arrastam
suas correntes e gemem de dor.
Destacamos entre as classes de marginalizados republicanos, prostitutas, pagãos, enfermos
(leprosos,
cegos, mudos, surdos, paralíticos, coxos), esmoleiros, servos, mulheres e possessosJesus
não hesitava em se aproximar das pessoas, em dirigir-lhes a palavra, em tocá-las, ou ainda
sentar a
mesa com elas.
“E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinado nas sinagogas deles, pregando o
Evangelho do
Reino e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E, vendo as multidões,
teve grande
compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm
pastor”
Jesus nos ensina que não há mal em nos aproximarmos das pessoas independentemente
de suas condições,
assim, Jesus quebra os protocolos impostos pela sociedade da época e prioriza a pessoa.
Jesus reconhecia o pecado e fraqueza das pessoas, mas não se afastava dos pecadores.
Pelo contrário, ele os
procurava e não colocava condições para ter comunhão com eles. [...] Jesus não exigia uma
mudança ética
antes de comunhão com as pessoas. As pessoas têm a necessidade de aproximação, tanto
de se tornarem
próximas, quanto de receber aproximação. É nessa ação de se avizinhar que os
relacionamentos são criados.
Relacionamento e aproximação são ações que quando feitas de forma comprometida têm
como resultado
a comunhão, que num sentido mais amplo toma o aspecto de compartilhar.
Quando Cristo diz Vinde a mim (Mt 11:28), podemos sentir em suas palavras o profundo
senso de
compartilhar – compartilhar a esperança, compartilhar a vida, compartilhar os pesos e as
cargas da vida.
Por mais que nos esforcemos, sempre daremos o segundo passo, o primeiro passo sempre
será de Deus,
“Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.” (I Jo 4:19)
Ao nos conscientizarmos de que o Senhor é o sujeito da ação e que ele é quem nos trás
para perto de si,
estaremos respondendo positivamente ao seu amor incondicional.
Deus visitando
As Escrituras Sagradas mostram-nos que Deus sempre buscou um relacionamento mais
profundo com
o homem.
São incontáveis os exemplos bíblicos em que Deus realiza visitas e se revela pessoalmente
a humanidade.
A Bíblia nos mostra muitos textos em que o próprio Deus ou seus representantes visita o
povo. Podemos
destacar alguns textos bíblicos, entre os vários exemplos do Antigo Testamento, em que
Deus se revela e
se relaciona com o povo por meio da visita.
»» Deus visita Adão e Eva no paraíso; (Gênesis 3:8)
»» Deus visita Nóe; (Gênesis 6:8-13)
»» Deus visita Abraão; (Gênesis 18:1-22)
»» Deus visita Jacó em Betel; (Gênesis 35:1-15)
»» Deus visita Moisés diante da sarça ardente no deserto. (Êxodo 3:2-4)
Jesus visitando
A visitação era uma prática de Jesus em seu ministério e demonstra que devemos imitar o
que Ele deixou
como exemplo.
O Ministério de Jesus desenvolveu-se nos lares. Jesus visita os lares (as famílias em suas
casas). Nas casas
Jesus curava, ensinava, pregava o Evangelho e realizava grandes milagres e maravilhas.
O primeiro milagre de Jesus se deu em um lar, no contexto familiar, quando foi convidado
para um
casamento. (Jo 2:1-12). Em suas visitas, Ele tinha a oportunidade de demonstrar o seu
amor, graça,
compaixão e misericórdia.
Jesus visitou Zaqueu na casa dele e nesta visita, o anfitrião encontrou sentido para sua vida
e aceitou o
convite de salvação. (Lc 19:5)
Jesus visitou a casa de Marta e Maria, irmãs de Lázaro, e trouxe vida num momento de dor
e perda. (Lc 10:38)
Jesus visitou a casa de Pedro e curou a enfermidade de sua sogra. (Mt 8:14-15)
Jesus visitou a casa de Mateus (Levi) e sentou à mesa com ele e seus amigos pecadores,
sem fazer qualquer
exigência ética. (Mc 2:15)
Jesus sabia que em cada cidade ou aldeia estavam ali pessoas “aflitas e exaustas como
ovelhas que não têm
pastor” e sua visita era necessária. (Mt 9:35-36)
Quando lemos o texto do Evangelho de João “E era-lhe necessário passar por Samaria”
(João 4:4), vemos
Jesus indo ao encontro de uma mulher que só pelo fato de ser samaritana era motivo de
desprezo e
desafeto pelos Judeus.
A mulher samaritana como é chamada biblicamente necessitava receber uma visita, ainda
que inesperada,
e foi a partir dessa visita e do diálogo com Jesus que pode refletir sobre a sua condição e
vida.
Jesus tinha percepção das necessidades das pessoas expressa no cuidado que tinha no
trato de assuntos
íntimos e pessoais.
Sua prática também era vivenciada por seus discípulos, na medida em que Jesus visitava,
também ensinava
seus discípulos à prática da visitação.
visitando
No contexto de toda a narrativa bíblica, o livro de Atos dos Apóstolos conta o começo da
história da Igreja
estabelecida por Jesus, onde encontramos o registro de como a grande comissão começou
a ser cumprida.
Os eventos narrados no livro de Atos dos Apóstolos expressam o trabalho realizado pelos
apóstolos e
discípulos de Jesus Cristo, à medida que divulgavam o seu Evangelho.
E, assim, na medida em que cada pessoa ouvia a mensagem de salvação, Deus
acrescentava à Igreja aqueles
que se haviam de salvar, onde cada um passava a fazer parte do Corpo de Cristo, a Igreja.
No coração daqueles homens e mulheres, os primeiros cristãos, pulsavam a esperança de
que Cristo
voltasse muito em breve.
Os primeiros cristãos repartiam todos os bens (At 2:44-45), vendiam suas propriedades e
apresentavam
aos pés dos Apóstolos que distribuíam entre a comunidade.
A comunidade era unida em um só sentimento (perseveravam unânimes) e a Igreja crescia
rapidamente,
pois Deus acrescentava dia a dia.
Com o crescimento da comunidade surgiram necessidades entre os membros da
comunidade e isso
fez com os apóstolos delegassem tarefas a homens devidamente separados a esse ofício.
Quanto mais a
comunidade de fé crescia, mais complexa ficava a estrutura e as necessidades.
Portanto, podemos entender que ninguém se torna cristão sozinho, necessitamos do outro,
do cuidado
mútuo e compartilhamento – Cristianismo é relacionamento.
Relacionamos alguns textos bíblicos que servem de exemplo da práxis da visitação dos
primeiros cristãos.
»» Os primeiros cristãos visitavam de casa em casa (At 5:42).
»» O Apóstolo Pedro visitou Cornélio e anunciou o Evangelho (At 10:1-43).
»» O Apóstolo Paulo e Barnabé visitavam os discípulos, ensinado e pregando a palavra de
cada em casa (At 15:36).
»» Pedro visitou Tabita (Dorcas) em sua casa e a curou (At 9:36-40).
O método de visita de Jesus Cristo
A aproximação
A visita sugere aproximação, contato, relacionamento e comunicação, em que se
estabelecem ou
restabelece relações.
Um dos grandes ensinamentos e exemplo bíblico de aproximação bem-sucedida está
descrita no texto do
Evangelho de Lucas, “a caminhada para Emaús” (Lc 24:13-32).
Se realmente somos imitadores de Jesus (Ef 5:1) devemos entender que Deus está nos
chamando o
conservar o propósito de edificar a sua Igreja.
À medida que prosseguimos na tarefa de edificar a comunidade, cumpre-nos em
caminharmos. No
caminho é que se dão as experiências e contatos, em que passo a passo à comunidade
enxerga que é
preciso caminhar em direção de alguém para poder crescer.
Ensinamentos práticos
A caminhada para Emaús, nos trás grandes ensinamentos, em que Cristo compartilha com
aqueles
discípulos momentos de profundo sofrimento e desolação.
Aprendemos que se temos a possibilidade de consolar o aflito, ela resulta da lembrança
daquilo que
também sofremos um dia, nisso reside nosso poder de compaixão.
O amor ao nosso irmão começa quando aprendemos escutá-lo. (DIETRICH, p. 85, 2009)
Na passagem de Emaús, Jesus preocupou-se em escutar aqueles discípulos, mesmos
tendo ciência de
tudo, Ele demonstrou a preocupação em ouvir.
Diante dessa observação, podemos entender que Deus não nos deu somente a sua
Palavra, mas seus
ouvidos que estão sempre atentos a ouvir nosso clamor.
Ao se aproximar Jesus teve a preocupação de gradativamente obter a confiança daqueles
homens, a
narrativa não diz que estavam desesperados, mas tristes e conversando, talvez buscando
consolar um ao
outro à medida que caminhavam.
Jesus, quando se aproxima, parece que está alheio aos últimos acontecimentos e é
entendido até como
um forasteiro. Mesmo percebendo que naquele momento aqueles homens não enxergavam
nada, Ele dá
espaço para que eles pudessem colocar seus sentimentos para fora.
O sentimento que nutria aqueles homens foi o que Jesus usou como ponto de partida. A
preocupação
era o que é o que aqueles homens sentiam? Jesus começa o diálogo pelas suas realidades
e os motivam a
falarem a partir de suas realidades e relações.
Considera-se que não foram apenas as palavras de Jesus, foram os gestos e o desejo de
compartilhar que
fizeram aqueles homens reconhecerem a Cristo.
Nota-se que, logo depois que aqueles discípulos abriram seus olhos, Jesus desapareceu,
não criou
dependência e agora eles saberiam como andar cheios de fé e esperança.
Nos exemplos de Jesus, encontramos lições de como a comunidade cristã deve utilizar o
visitar, o servir, o
ouvir, o consolar, o buscar e o comunicar como instrumentos para edificação da
comunidade.
Exemplo baseado no texto bíblico Lucas 24:13-32
Quais são os desafios atuais para prática de visitação?
»» Desempregados.
»» Idosos.
»» Disciplinados.
Cuidados especiais
»» Não sair para visitar acompanhado apenas com uma pessoa do mesmo sexo.
»» Visitar senhoras casadas, viúvas, divorciadas ou solteiras sem a presença da esposa
e/ou
pelo menos duas irmãs maduras que acompanhem o pastor – I Co 9:5.
»» Agendar visita com a pessoa ou família em horário conveniente para elas.
»» Não acostumar a Igreja com visitas excessivas.
»» Não aproveitar a hospitalidade da Igreja para explorar a boa vontade dos irmãos.
Discipulado
Esse princípio foi ordenado pelo Senhor Jesus Cristo à sua Igreja. Ele próprio gastou 3 anos
discipulando
12 homens que revolucionaram o mundo – Lc 6:12-16; Mt 28:18-20. O pastor, para formar
discípulos de
Cristo, tem de ele mesmo ser um discípulo, caso contrário o discipulado não terá efeito (Jo
15:5).
Paulo discipulou Timóteo e o incentivou a fazer discípulos.
Paulo – Timóteo – homens idôneos – outros homens idôneos... (I Tm 2:1-2). A base
do discipulado é o amor a Cristo e à pessoa que se deseja discipular. Exige renúncia,
sacrifício, perseverança, visão, determinação, identificação (Lc 14:25-33; At 19:9-10).
Discipulado não é: Classe de catecúmenos, curso de liderança cristã, evangelismo ou
educação religiosa,
tudo isso pode ser uma iniciação ao discipulado bíblico, todavia o discipulado requer:
»» tempo;
»» dedicação;
»» convivência e exemplo de vida.
O pastor que deseja discipular os membros de sua Igreja deve trabalhar com poucas
pessoas, e, quanto
menos, melhor será o proveito do discipulado nunca deve discipular pessoas do sexo
oposto, seria um
erro fatal, porém irmãs idôneas poderão discipular algumas moças ou mulheres da Igreja.
Ninguém deverá discipular outra pessoa sem que antes seja discipulado primeiro pelo
pastor e por ele
orientado e comissionado para discipular outros. O discipulado reproduz-se com
profundidade e raízes
que perduram e resistem ao tempo, às tentações e às duras provas, pois o alicerce do
discipulado é o
conhecimento pessoal e íntimo com Deus e submissão ao senhorio de Cristo (Fm 1:10-19).
Para um pastor que lidera uma Igreja com base em certo programa tradicional, é mais difícil
desenvolver
uma atividade que requer tanta dedicação. Contudo, é possível tentar e alcançar êxito.
Disciplina
A disciplina faz parte vital da ação pastoral para edificação e santificação da Igreja. É
também um princípio
divino para a Igreja de Cristo (Mt 18:15-19; I Co 5:1-5, 11-15; II Ts 3:6-12; Rm 16:17-18).
Dependendo do
tipo de governo de cada Igreja local a disciplina deve se processar de acordo com os
princípios bíblicos e
a hierarquia eclesiástica da Igreja.
A disciplina é uma benção e uma necessidade na Igreja (At 5:1-11; 2 Ts 3:6-14; Rm.16:17-
18; I Co 5).
Jesus falou sobre a disciplina (Mt 18:15-17).
Deus é um Deus de ordem.
Como o Pai disciplina os seus filhos na família, assim deve haver disciplina na Igreja.
Apesar de a Igreja
não ter condições de obrigar a consciência do membro, ela tem de julgar sobre a
observação dos ensinos
bíblicos e cristãos por parte dos que a ela pertencem (Hb. 12:5-11).
»» Propósito da Disciplina
A disciplina não deve ter um caráter negativo por parte da Igreja, e sim positivo. Seu
caráter é corrigir, restaurar e manter o bom testemunho da Igreja (2 Co 4:7-9 , Gl 6:1,
2 Tm 1:11). O propósito da disciplina é restaurar e conscientizar o faltoso a rever sua
conduta e trazê-lo de volta ao convívio da Igreja.
»» Motivos para Disciplina
›› Conduta desordenada ou desaprovada pela Igreja (2 Ts 3:11-15).
›› Imoralidade (1 Co 5).
›› Contenda – espírito divisionista (Rm 16:17-18; 2 Co 13:1; 1 Tm 3:1 5, 20).
›› Propagação de falsas doutrinas (Tt 3:10-11).
›› Filiação a organizações ou Igrejas incompatíveis com o cristianismo.
»» Categorias de Ofensas: Particulares e Públicas
»» Método e Procedimento na Disciplina
›› Na medida do possível, deve-se tratar o problema entre as pessoas afetadas.
›› Duas ou três testemunhas, modelo de Jesus (Mt 18:15-18).
Não se arrependendo o ofensor, ou se o caso tomar proporções maiores e chegar ao
conhecimento de muitos, deve ser levado ao conhecimento da Igreja. Caso se recuse
humildemente a reconhecer sua falta e a pedir perdão, deve o ofensor ser excluído do rol.
de membros (Mt 18:18 , 2 Ts 13:14 , 1 Co 5:11). Arrependendo-se, que seja perdoado, se
a falta não for tal que exija exclusão imediata.
Se o caso for de flagrante escândalo para a Igreja, ao ser comprovado, deve ser
imediatamente disciplinado ou excluído da Igreja dependendo do caso, tudo porém
com justiça.
»» Como tratar a pessoa sob disciplina
Não devemos tratá-lo como inimigo, e sim com misericórdia (2 Ts 3:15)
Em vez disso, devemos ganhá-lo de novo (Tg 5:19-20). Esta é uma tarefa para pessoas
espirituais, o disciplinado poderá ser posteriormente restaurado, desde que se revele
realmente arrependido.
»» Casos de Defesa extrabíblica: advogado e Justiça comum.
»» Publicidade na Disciplina
›› Não deve ser aplicada em secreto.
›› Toda a Igreja (ou conselho) deve decidir.
›› Sendo público, o culpado sentirá melhor a desaprovação da sua conduta.
›› Ao voltar, tudo deve ser sanado; ninguém tem o direito de trazer à memória os
fatos perdoados.
»» Atitude do pastor ou líder diante do procedimento de disciplina.
›› Deve ministrá-la com espírito de humildade e de amor (Gl. 6:1)
›› Ter a consciência que a disciplina não é um castigo, ela visa a redimir e a restaurar.
›› Não ter espírito de represália ou revanche, dificultando a submissão da pessoa.
»» A disciplina deve ser aplicada imparcialmente
›› O bom pastor dá a vida e deve estar ansioso pela volta da ovelha que se perdeu,
mesmo que seja em outra Igreja.
›› A disciplina nunca deve se transformar em arma nas mãos do pastor ou do dirigente,
como meio de impor a sua própria vontade. Nada há mais reprovável que amedrontar
membros com disciplina. Além do mais, pastor não é ditador, mas, sim, um guia e
exemplo do rebanho (1 Pe 5:1-3)
Alguns critérios gerais
»» É um processo que envolve exortação, repreensão, advertência e finalmente a disciplina
propriamente dita – Mt 18:15-19.
»» O objetivo é duplo – despertar temor de Deus na Igreja e corrigir a pessoa para promover
arrependimento e restauração – Tm 5:20; II Co 2:5-11; Hb 12:4.
»» A pessoa disciplinada deve saber porque foi disciplinada e que tipo de disciplina
ela sofreu.
»» A pessoa disciplinada deve aceitar passivamente a disciplina, – Rm 13:1-7; Hb 12:5-8.
»» O tempo da disciplina deve vigorar até que a pessoa se arrependa e dê sinais de
mudança.
Deve ser acompanhada com oração, visitação, aconselhamento e supervisão sob
autoridade e orientação pastoral para não se sentir superprotegida e rebelar-se contra o
pastor e/ou ministério.
Evangelização
Um dos maiores desafios para a Igreja desta geração é apresentar o Evangelho de forma
compreensível e
inteligível fazendo uso das mais diversas estratégias. O serviço prestado à comunidade no
contexto atual
pode ser realizado com criatividade e diversidade, não obstante tenha a Teologia como
termômetro, ou
seja, toda estratégia deve estar submissa à Teologia e esta deve atender ao caráter da
“Missio Dei”.
A evangelização é fruto de um trabalho pastoral sério, consciente e perseverante, pois a
Igreja tem como
vocação divina anunciar “as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua
maravilhosa luz” (I Pe 2:9).
Um bom programa evangelístico requer planejamento, estratégias, organização e acima de
tudo muita
oração. Cada um de nós, portanto, deve procurar alguma maneira de incorporar a sabedoria
da estratégia
de Jesus em nosso contexto adequando o método preferido para evangelização. A
variedade está
entretecida na própria estrutura da criação, e qualquer método que Deus tenha resolvido
usar é um bom
método, embora isso não exclua a possibilidade de melhoramento em nossa maneira de
fazer as coisas.
Está na hora de a Igreja brasileira confrontar a situação atual de modo realista e avançar
com ousadia e
força aproveitando sua liberdade fazendo a diferença pelos quatro cantos dessa terra.
“A missão cristã deve orientar-se para a restauração de toda a pessoa e de todas as
pessoas.” (Rene Padilla)
A função principal do ministério pastoral é: »» Edificação da Igreja (Ef 4:12). “edificação” é,
de fato, um antigo vocábulo que incorporou
significações modernas, em virtude da forte analogia com sua etimologia. A tarefa de
“edificação” assume o significado de promover crescimento em sabedoria, graça, virtude
e santidade original: ato de edificar, de construir, de fundar ou criar.
»» Aperfeiçoamento dos santos para o desempenho da obra do ministério (Ef 4:12).
»» Manter a unidade espiritual da Igreja (Ef 4:13).
»» Preservar a pureza e a unidade doutrinária da Igreja (Ef 4:14-15)
»» Apascentar o rebanho de Deus (I Pd 5.1-4).
A essência do ministério interno da Igreja consiste em acompanhar as pessoas desde a
conversão à
maturidade cristã, dando-lhes condições de fazer o mesmo com outro. O ensino visa a
atender às
necessidades dos membros e, desta maneira, fortalecer e edificar a Igreja.
O Crescimento é obra do Deus que também requer a participação da Igreja e de cada
cristão. A nutrição
espiritual foi providenciada pelo próprio Deus: a Bíblia. Ela é o “leite espiritual puro” que dá
crescimento.
Ela ilumina o caminho, guarda contra tentação, purifica do pecado. A Bíblia é toda útil.
Cabe ao pastor as seguintes ações:
»» Edificar a Igreja.
»» Equipar os crentes.
»» Despertá-los.
»» Treiná-los.
»» E enviá-los, acompanhando e supervisionando o trabalho de evangelização.
Isso significa que o pastor não possa evangelizar, nem participar da ação evangelizadora da
Igreja local,
mas que ele deve exercer o pastorado de maneira sábia para não ser escravizado pela
polivalência de
função e pelo ativismo.
A missão do pastor é administrar
Entende-se que é o ato de administrar com competência, dirigir negócios gerenciar; repartir,
servir,
prover, dar; a arte ou prática de realizar uma política no governo, nos negócios ou nos
assuntos públicos.
É razoável considerar ao tentar escrever sobre administração que se trata de um tema
bastante amplo, mas
em todas as definições existem duas palavras-chave: gerenciamento e organização.
Administração é: “o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos
membros da
organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar os
objetivos definidos”.
Administração é uma ciência social que está relacionada a todas as atividades que
envolvem planejamento,
organização, direção e controle.
[...] a tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização
e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização,
direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis
da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira mais adequada à situação.
O Senhor Jesus sempre procurou obter a ajuda de outras pessoas (Jo 2:7; Lc 11:39; Jo
6:12).
A realidade do trabalho do administrador é ajudar as pessoas a crescer, ajudá-las a fazer o
trabalho, em
vez de executá-lo ele mesmo.
A missão principal do administrador é motivar outras pessoas para o trabalho. É ainda
distribuir as
responsabilidades e fazer que todos participem das atividades. O administrador ajuda as
pessoas crescerem
e fazerem o trabalho satisfatoriamente.
A função de garantir que a política e os procedimentos sejam adotados; a constante
supervisão a fim de
que os alvos e os objetivos de curto e longo prazos de um determinado grupo,
departamento, unidade ou
estrutura sejam compreendidos e os planos sejam eficazmente executados para atingir tais
alvos e objetivos.
Administrar implica as seguintes ações.
»» Prever
»» Organizar
»» Comandar
»» Coordenar
»» Controlar
Prever – Preparar-se para o futuro e determinar um curso de ação (Planejamento).
Podemos considerar as seguintes fases do planejamento.
»» Previsão – Predeterminar um curso de ação.
»» Estabelecimento de objetivos
»» Programação
»» Cronograma
»» Orçamentos
»» Procedimentos a serem usados
»» Elaboração de políticas
Organizar – Reunir meios e recursos materiais e humanos necessários ao funcionamento
da estrutura.
Criar, preparar e dispor convenientemente as partes de um organismo.
»» Desenvolvimento da Estrutura da Organização
»» Delegação de Responsabilidade e Competência
»» Estabelecimento de Relações
Comandar – Providenciar o funcionamento da organização. É determinar as providências,
afim de que
toda a organização funcione de acordo com as normas estabelecidas.
»» Tomada de decisão
»» Comunicação
»» Motivação
»» Seleção de Material
»» Desenvolvimento do Pessoal
Coordenar:
»» Manter e supervisionar o funcionamento da organização.
Controlar:
»» submeter a exame e vigilância; fiscalizar; monitorar, gerir, reger.
»» Avaliação e regulagem do trabalho em andamento e acabado.
»» Estabelecimento de padrões de execução.
»» Medição do Desempenho.
»» Avaliação do Desempenho.
»» Correção do Desempenho.
Mary Parker Follet define administração como “a arte de fazer as coisas por meio de
pessoas”.
Nemuel Kessler e Samuel Câmara declaram que a administração é fundamental em toda a
cooperação
organizada incluindo a Igreja; é a ação de dirigir o bom andamento dos propósitos
estabelecidos. Afirmam
eles, em nosso caso, como Igreja, o pastor, presbítero, tem de acompanhar os objetivos
propostos pela
Igreja e transformá-los em ação por meio de planejamento, organização, direção e controle
de inúmeros
esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis, a fim de atingir tais objetivos.
Portanto, administração eclesiástica é o estudo dos diversos assuntos envolvido no trabalho
e na função
de um líder ou administrador principal de uma Igreja.
O Estudo de administração eclesiástica é relevante para três aspectos da Igreja: os
aspectos espiritual,
social e econômico, tendo como alvo: facilitar os resultados dos trabalhos e simplificando-os.
A administração possui três grandes ramos:
»» Pessoal – Cuida das pessoas que compõe a empresa. Na Igreja esse setor é
representado
pela Secretaria.
»» Financeiro – Analisa a receita e programa as despesas. Na Igreja este papel é
desempenhado pela Tesouraria.
»» Organização e Métodos – Estuda e pesquisa a maneira da empresa operar,
estabelecendo
as sequências mais lógicas e o tempo preciso. Na Igreja, este é o ramo de ação da
Secretaria
de Planejamento.
A missão do pastor é honrar
»» Honrar o ministério que Deus lhe confiou.
»» Honrar o nome de sua Igreja.
»» Honrar os seus antecessores no pastorado.
»» Honrar a palavra que prega, vivendo-a integral e irrepreensivelmente.
Ministério de Louvor
O ministério de louvor e adoração foi oficialmente instituído por Deus por meio de
Davi no Velho
Testamento (I Cr 25:1-6; I Cr 15:16-17).
Os levitas foram separados para o ministério musical a fim de ministrarem adoração e louvor
ao Senhor,
e também conduzirem o povo a uma participação dinâmica no culto judaico.
No culto cristão há uma trilogia básica: Louvor, Oração, Pregação ou ensino da palavra.
Porém há outros elementos que podem e devem fazer parte do culto cristão, como:
Testemunhos de fé,
Edificação, Solos, Duetos, Coral de vozes, Intercessões, Deprecações, Ações de graças (I
Tm 2.1-3).
Há também um aspecto carismático no culto cristão que é uma manifestação espontânea e
autêntica do
Espírito Santo na Igreja (Ef 5:19; I Co 14:26). O louvor no NT também tem seu aspecto
pedagógico que
ministra graça de Deus à Igreja por meio da comunhão compartilhada no momento do culto
(Cl 3:16).
O Pastor deve ministrar à Igreja a importância do culto cristão, seus princípios básicos e a
necessidade de
ordem e decência na liturgia, como também selecionar o ministério de louvor da Igreja local,
para evitar
fogo estranho no altar, e pessoas sem vocação para essa área ou com a vida não
reconciliável para exercer
esse ministério.
A pregação da Bíblia Sagrada e a administração e a supervisão desse ministério é
responsabilidade pastoral,
porém são os membros que irão exercer seus dons e talentos conforme a vocação divina
para a Igreja local.
Quanto à liturgia do culto e o hinário é variável de acordo com a visão e os princípios de
cada Igreja e
denominação e cultura de cada povo.
Alguns conselhos práticos
»» O ministério de louvor da Igreja deve ser acompanhado pelo pastor ou líder por ele
comissionado para preservar a unidade, comunhão e santidade dos membros deste
ministério – Ef 4:1-3.
»» O Pastor deve incentivar o estudo técnico na área musical para aperfeiçoamento dos
membros vocacionados que não tenham experiência técnica.
»» A Igreja local deve ter uma boa iluminação que viabilize o culto cristão e confraternização
dos crentes.
»» O louvor e a adoração não devem ocupar mais de 40% do tempo de culto, para que se
dê oportunidade às demais partes do culto e a ministração da Palavra de Deus que é a
parte mais relevante.
»» O culto é sempre a Deus, para agradá-lo, cultivá-lo, louvá-lo, adorá-lo e glorificá-lo – Jo
4:23-24; Rm 12:1-2; Cl 3:17; I Co 10:31.
Batismo e Ceia
São duas ordenanças bíblicas inegociáveis de serem passivas de execução, e
indispensáveis para a vida
da Igreja.
Foram ordenadas por Cristo e, portanto, nenhuma instituição humana poderá revogá-las ou
depreciá-las
pelo seu valor, santidade e expressão visível de fé cristã.
O Batismo e a Ceia apesar de sua importância como ordenanças de Cristo para a Igreja,
tem sido ponto
de tensão, então, entre muitas denominações e ministérios devido as diferentes
interpretações teológicoexegéticas
e suas implicações práticas.
A importância desses ritos reside, evidentemente, não nos atos e nos elementos materiais
em si, e sim nas
realidades espirituais que simbolizam.
Ceia do Senhor
»» A ordem – I Co 11:23-26; Mt 26:29; Mc 12:14-26; Lc 2:.7-23
»» O significado:
›› É um memorial – I Cl 11:23-26 “... em memória de mim”
›› Consubstanciação (interpretação luterana) – o corpo e o sangue de Cristo misturados
aos elementos.
›› Transubstanciação (interpretação católico-romana) – os elementos transformam-se
no corpo e no sangue de Cristo.
›› Presença mística espiritual (interpretação calvinista).
»» Frequência – “todas às vezes”, dá ideia de repetição sistemática e ordenada, o que para
Igreja Primitiva, parece ter sido semanalmente – At 20:7. Porém, há flexibilidade entre
as diversas instituições e os ministérios de se indicar um dia específico a cada mês
ou semana.
Batismo
»» A ordem – Mc 16:15,16; Mt 28:18-20; At 2:38; 8:12; 2:41.
»» A fórmula – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo – Mt 28:19. Sob a autoridade
do Deus triuno.
»» Elemento – água – At 8:35-38.
»» Modo – imersão e aspersão.
A nova criatura regenerada pela graça de Deus mediante a fé em Cristo e pelo poder e
atuação soberana
do Espírito Santo, torna-se membro do corpo místico de Cristo a Igreja universal invisível.
Ao ser
batizado está obedecendo uma ordem expressa do Senhor Jesus Cristo e expressando
publicamente seu
compromisso como o reino de Deus submetendo-se à vontade do seu Senhor e Salvador.
»» Imersão e Emersão – simboliza a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo. O
batizando identifica-se com Cristo por meio do batismo que descreve a regeneração com
a figura da morte, sepultamento e ressurreição – Rm 6:3-11; Cl 2:12-13. Unidos a Cristo
na semelhança de sua morte e ressurreição. É um ritual realista, em que algo do passado
passa a ser nossa realidade.
»» Aspersão – o batismo com água, simboliza o derramar do Espírito Santo operando a
obra do novo nascimento. Dá-nos a ideia de purificação. Essa ideia de purificação era
a coisa pertinente em todas as tradições da velha aliança (onde as purificações eram
efetuadas pela aspersão do sangue) e também no batismo de João Batista. Sl 51:7; Ez
36:25; Jo 3:25-26. Nesse sentido, o batismo simboliza a limpeza e a purificação espiritual
– At 2:38; 22:16; Tt 3:5; Hb 10:22; I Pe 3:21; Ap 1:5; I Pe 1:2.
Construção de templos,
reformas e administração predial
No NT não temos base bíblica e histórica para abordarmos essa área do ministério pastoral.
A Igreja
Cristã dos primeiros séculos sobreviveu e expandiu-se em meio a uma forte e contínua
perseguição do
Império Romano, por isso a construção e administração de templos e prédios não era tão
comum naquela
época. Porém, nos dias atuais é importante que o pastor se dedique, quando necessário, a
administração
predial, construções e reformas. Ele poderá supervisionar e presidir uma equipe responsável
por essa área
na Igreja local, porém não é conveniente que se omita de participar dessa administração. Há
casos em
que o pastor tem de se envolver diretamente com a obra de reformas e construções de
prédios e templos.
A tarefa é árdua, desgastante, porém acrescentará experiência e maturidade ao pastor no
desempenho do
seu ministério.
Há casos que na diretoria já tenha pastor administrador, que se dedica com mais afinco a
parte
administrativa da Igreja.
Como exemplo bíblico poderíamos citar:
Esdras caps. 3:1-3; 8-13; 6:13-16 – reconstrução do templo de Jerusalém sob a liderança de
Zorobabel e Josué em quatro anos.
Neemias cap. 6:1-19 – reconstrução dos muros de Jerusalém sob a liderança de Neemias
em
52 dias (6:15).
I Reis cap. 6:1-38 – Salomão administra a construção do templo de Jerusalém, que durou 7
anos (6:38). Uma das 7 maravilhas do mundo antigo.
Alguns conselhos práticos
»» Conversar com outros pastores mais experientes antes de iniciar uma obra.
»» Visitar templos de outras Igrejas.
»» Examinar com cuidado os alvos ministeriais de sua comunidade, a fim de elaborar e
executar um projeto que tenha perspectivas para o presente e também para o futuro.
»» O prédio deve ter:
›› funcionalidade em todas as suas dependências;
›› acústica;
›› ventilação;
›› iluminação;
›› conforto sem ostentação;
›› boa divisão de sua área construída;
›› boa localização no bairro onde será construído;
›› se possível área livre;
›› O pastor deve nomear um conselho de patrimônio ou equipe de obras prediais para
administrar essa área do ministério da Igreja e supervisioná-los com o máximo
de prudência.
Como participar de uma reunião
»» Fale francamente – A reunião pertence aos participantes. Diga o que pensa. As ideias
de cada um sobre o assunto valem o que valem as de todos os demais, isto é, são
extremamente importantes.
»» Ouça cuidadosamente o que os outros dizem – Procure compreender os outros,
mesmo que discorde do que estão dizendo. Procure compreender quais os motivos que
os levam a fazer tal ou qual afirmação.
»» Fique sentado durante todo o tempo – Orientador ou participante, nunca fale de pé.
»» Nunca interrompa quem estiver com a palavra – Espere que o outro termine
seu pensamento.
»» Não monopolize a discussão – Fale pouco. Fale coisas que tenham realmente
importância. Se a discussão esmorecer, faça perguntas que despertem novo interesse.
»» Não fuja da discussão – Não fique calado, apático ou indiferente se não entender
alguma
coisa pergunte. Peça exemplos, fatos, casos concretos. Formule suas dúvidas. Procure
analisar o que ouve à luz da sua experiência.
»» Se discorda de alguma coisa – Faça-o com naturalidade sem ênfase com bom humor.
»» Não deixe sua observação para depois – Fale logo que sentir a necessidade de
esclarecer
algum ponto obscuro ou de necessidade contribuir com sua experiência. Não espere que
o líder lhe peça para falar. Se muitas pessoas quiserem falar ao mesmo tempo, levante o
braço e aguarde que o líder lhe dê a palavra.
»» Traga perguntas para reunião – Traga material para o debate. Escreva notas, pontos
que não compreende bem do assunto, artigos de jornal, opiniões com que concorda ou
discorda, afirmações com que concorda ou discorda, afirmações que ouviu no rádio, em
conversa conferência etc.
»» Leve os problemas do grupo para casa – Estude. Reflita sobre eles. A discussão é a
1a
etapa de um longo progresso educacional que deve terminar no íntimo de cada um, pela
reflexão sobre o que foi dito.
»» Saber calar e saber falar – É com a palavra que nos comunicamos com o próximo. Uma
palavra pode agradar, ferir, convencer, estimular, entristecer, instruir, enganar, louvar,
criticar ou aborrecer as pessoas a quem for dirigida. É com a mesma que o trabalhador
se comunicam com os colegas. É por seu intermédio, também, que recebe instruções dos
seus superiores. Quando uma pessoa está numa reunião e o assunto foge completamente
à sua especialidade e, além disso, há técnicos entendidos na matéria em discussão, o
melhor é ouvir para aprender mais, ou então inquirir quando não entendeu algo.
REFRÊNCIAS
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