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5 Acompanhamento Instrumental - Conteúdo

Introdução

Acompanhamento em bloco no violão

Acompanhamento em bloco no teclado

Condução de vozes no acompanhamento instrumental

Princípios gerais de encadeamento

Encadeamento V7 – I

Encadeamento V9 – I

Encadeamento V11 – I

Encadeamento V13 – I

Processos de
Arranjo Musical

Material elaborado para o Curso de Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-Licenciaturas II da CAPES.
Produzido pela equipe do CAEF. Porto Alegre, 2010
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5 Acompanhamento Instrumental - Conteúdo
Introdução

Na Unidade 16 (Harmonização de Melodia de Canção), da interdisciplina Sistemas de


Organização Sonora, estudamos alguns padrões de acompanhamento que podem ser
empregados para dar apoio ao arranjo vocal.

O acompanhamento instrumental tem algumas características que podem ser úteis ao arranjo:
acrescenta colorido e variedade tímbrica, enriquece a harmonia com acordes que poderiam ser
difíceis de cantar, produz variedade rítmica sem complicar as partes vocais e, principalmente, no
caso de arranjos escolares, dá apoio harmônico que facilita a afinação.

Nesta unidade, vamos estudar o acréscimo de uma parte de violão ou teclado ao arranjo vocal a
duas vozes. Partiremos do último exemplo elaborado de arranjo apenas vocal porque essa versão
é mais propícia ao acréscimo de partes instrumentais, por possuir menor independência rítmica,
pela voz de baixo estar composta com notas melódicas e por ser mais cantabile.

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Acompanhamento em bloco no violão

Vamos iniciar com a colocação dos acordes já escolhidos, no início de cada compasso. Assim,
temos um simples apoio da harmonia através do acompanhamento em bloco.

No exemplo abaixo, temos um acompanhamento simples para violão.

Voz 1

Completo Voz 2

Acomp.

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Acompanhamento em bloco no violão (continuação)

O exemplo apresentado na página anterior é uma das formas mais simples de acompanhamento
instrumental, em que o violonista apenas realiza os acordes arpejando-os do grave ao agudo, no
início de cada compasso, para dar apoio harmônico e reforçar a métrica.

Neste caso, realizamos todos os acordes com quatro notas (com base na harmonização a quatro
vozes), mas não é necessário manter sempre este padrão. Poderíamos realizar diferentes
números de notas em cada acorde, conforme as características do instrumento.

O exemplo da página seguinte demonstra um acompanhamento em que são utilizados os acordes


conforme o número de notas mais comum no violão.

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Acompanhamento em bloco no violão (continuação)

Voz 1

Completo Voz 2

Acomp.

Ver partitura ampliada


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Acompanhamento em bloco no teclado

Note, no exemplo da página anterior, que a escrita do acompanhamento para violão segue um
padrão de diferenciação entre o baixo, em que as notas são escritas com as hastes para baixo, e
as notas que formam o acorde, as quais são escritas com as hastes para cima.

Este princípio serve para qualquer instrumento harmônico. No caso do teclado, o mesmo tipo de
padrão pode ser utilizado, mas é escrito utilizando duas claves:

Voz 1

Completo Voz 2

Acomp.

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Acompanhamento em bloco no teclado (continuação)

Da mesma forma que no violão, normalmente se executa o acompanhamento para teclado a


quatro vozes: o baixo e mais três notas para completar o acorde.

Na música para teclado, o baixo é normalmente escrito no pentagrama inferior, na clave de fá, e
tocado com a mão esquerda; os acordes são escritos na pauta superior, em clave de sol, e são
tocados com a mão direita.

Esta forma simples de acompanhamento, com um acorde em cada compasso, é útil no estudo de
arranjo instrumental, pois, a partir deste padrão, podemos experimentar várias outras
possibilidades.

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Condução de vozes no acompanhamento instrumental

Quando realizamos acompanhamento instrumental, geralmente seguimos os mesmos princípios


de condução de vozes que vimos na Unidade 13 (Condução de Vozes na Harmonização Coral),
da interdisciplina Sistemas de Organização Sonora.

Evitam-se paralelismos desnecessários, principalmente de quinta e oitava, procura-se realizar


as vozes superiores em movimento contrário ao baixo e busca-se o encadeamento de
acordes pelo caminho mais curto, mantendo as notas comuns e movimentando as demais por
grau conjunto ou salto de terça.

Quando há dissonâncias nos acordes, como nona ou décima terceira, normalmente a nota
dissonante característica é posicionada na parte superior do acorde (região mais aguda), para ser
facilmente perceptível.

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Condução de vozes no acompanhamento instrumental

Nos exemplos estudados nesta unidade, no compasso 6, a nona do acorde de dominante – que é
a nota fá#, no acorde de E7(9) – está posicionada na parte superior do acorde, tanto na versão
para violão quanto na versão para teclado. O mesmo ocorre com a décima terceira do acorde de
dominante – a nota dó#, no acorde de E7(13) –, que aparece no compasso 7.

Na versão para teclado, foi necessário preparar a nona na voz superior, no compasso 5, já que o
acorde de Bm7 do compasso 4 tinha a nota ré no registro agudo, e não o fá#.

Assim, fizemos uma mudança de posição do acorde de Bm7, do compasso 4 ao compasso 5. No


compasso 4, o acorde de Bm7 está em posição de terça, isto é, a terça (nota ré) encontra-se no
soprano.

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Condução de vozes no acompanhamento instrumental (continuação)

Para preparar a nota fá# como nona da dominante, no compasso 6, precisamos colocar o acorde
de Bm7 em posição de quinta, isto é, com a quinta (nota fá#) no soprano. Assim, a nona da
dominante aparece preparada na voz, do compasso 5 ao compasso 6.

Este é o procedimento típico quando empregamos acordes com dissonâncias: a dissonância


característica do acorde (9ª, 11ª, 13ª) posiciona-se na parte superior do acorde e é preparada
como nota comum, no acorde anterior.

Na versão para violão, não foi necessário reposicionar o acorde de Bm7, pois ele já foi
apresentado, no compasso 4, em posição de quinta, isto é, com a quinta (nota fá#) no soprano (na
parte superior, mais aguda, do acorde). Em outras palavras, na versão para violão, a nona do
acorde de E7(9) - a nota fá# - já estava preparada desde o compasso 4.

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Condução de vozes no acompanhamento instrumental (continuação)

Outro fator importante diz respeito à resolução das dissonâncias da dominante no acorde de
tônica.

Há várias possibilidades de resolução das dissonâncias. Entretanto, o uso e a prática dos músicos
(seja na música erudita europeia, no jazz norte-americano ou na música popular brasileira, ao
longo de mais de cem anos), têm estabelecido algumas soluções como sendo mais típicas que
outras.

A seguir, veremos algumas soluções comuns para os acordes dissonantes mais utilizados.

Como as resoluções típicas geralmente ocorrem no movimento harmônico da dominante à tônica,


começaremos analisando este tipo de encadeamento.

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Princípios gerais de encadeamento

Nos acordes dissonantes, a quatro vozes, aparecem as seguintes notas:

a fundamental – que define o acorde, se é C, Dm, G7, etc.;


a terça – que define o modo do acorde, se é maior ou menor;
a sétima – que caracteriza a sonoridade de expansão do acorde;
a dissonância característica (a 9ª, a 11ª ou a 13ª) – já que um acorde pode ser G7(13)
somente se tiver a nota mi (13ª de sol).

A dissonância aparece na voz superior, especialmente no acorde de dominante. A exceção a esse


procedimento é o caso da sétima, que pode estar em qualquer voz.

Com isso em mente, vamos ver cada um dos tipos de acorde de dominante.

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Encadeamento V7 – I

Como já vimos anteriormente, na Unidade 13 (Condução de Vozes na Harmonização Coral), da


interdisciplina Sistemas de Organização Sonora, neste encadeamento, devemos resolver o trítono
existente entre a terça e a sétima do acorde de dominante por movimento contrário.

Na tonalidade de Lá Maior (aquela em que estamos realizando o arranjo da canção Marcha


Soldado), o encadeamento E7 – A deve ser resolvido assim:

Ouvir

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Encadeamento V9 – I

Além de resolver o trítono existente entre a terça e a sétima da dominante, normalmente a nona é
movimentada por grau conjunto descendente em direção à quinta do acorde de tônica.

Com isso, todas as notas superiores (com exceção do baixo) têm sua resolução por graus
conjuntos.

Ouvir

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Encadeamento V11 – I

No encadeamento V11 – I, resolve-se o trítono e se mantém a décima primeira como nota comum,
já que a décima primeira da dominante é a própria tônica.

Devido ao fato de que antecipa a fundamental do acorde de tônica (o que enfraquece a tensão da
dominante), o acorde de V11 é o menos comum, entre os acordes de dominante.

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Encadeamento V13 – I

Há duas maneiras de resolver a décima terceira da dominante:

Mantém-se a 13ª como nota comum, isto é, permanece na mesma voz, como terça do acorde de
tônica.

Ouvir

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Encadeamento V13 – I (continuação)

A resolução mostrada na página anterior é a que realizamos na versão para violão, em nosso
arranjo da canção Marcha Soldado com acompanhamento em bloco.

Esta solução apresenta alguns problemas, que são:

• supressão da quinta, no acorde de tônica


• dobramento da terça, no acorde de tônica
• permanência da dissonância característica (a 13ª) como nota comum.

Não há erros nessa versão, mas esta não é a melhor solução possível.

Por isso, a solução que veremos a seguir é a que se tornou a mais comum entre compositores e
arranjadores, desde o século XIX.

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Encadeamento V13 – I (continuação)

Outra solução para resolução do acorde V13 – I é movimentar a 13ª para a fundamental do
acorde de tônica, através de um salto de terça descendente.

Ouvir

Esta é a versão que realizamos na versão para teclado, em nosso arranjo da canção Marcha
Soldado com acompanhamento em bloco.

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Encadeamento V13 – I (continuação)

Este segundo encadeamento é o mais comum devido ao fato de que não antecipa, no acorde de
dominante, uma das notas do acorde de tônica (a terça: dó#) na mesma voz.

Em outras palavras, a nota comum é “disfarçada” pelo salto.

Isso reforça a tensão gerada pelo acorde de dominante, ao passo que a primeira resolução
(mantendo a 13ª como nota comum na terça do acorde de tônica) dilui a tensão do acorde de
dominante.

Além disso, o acorde de tônica está mais equilibrado com a presença de todas as notas
(fundamental, terça e quinta) e o dobramento da fundamental no baixo e no soprano.

***

Na próxima unidade veremos como enriquecer o acompanhamento instrumental através da


subdivisão do bloco de acordes.

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