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Aplicada I
Gestão de
Empresas
Matemática Aplicada I
Gestão de Empresas
1o Ano 1o Semestre
ISCAC - 2017/2018
Matemática
Aplicada I
Gestão de
Empresas
• I. Cálculo diferencial em IR
Matemática Aplicada I
Gestão de Empresas
ISCAC
4. Exemplos de aplicação
f : D ! IR
ou y = f (x ) , x 2 D .
x 7 ! y = f (x )
2 Por vezes uma função real de variável real é dada indicando apenas a
expressão analítica, sem referir o domínio. Nesse caso, considera-se o
chamado domínio natural (ou domínio de de…nição), que é o maior
subconjunto de IR para o qual a expressão analítica da função está
de…nida em IR.
2. g(x ) = x 2 + 1
Dg = x 2 IR : x 2 + 1 2 IR = IR.
cond. univ.
1
3. h (x ) =
x2 +1
1
Dh = x 2 IR : 2 IR = x 2 IR : x 2 + 1 6= 0
x2 +1
= x 2 IR : x 2 6= 1
cond. univ.
= IR.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 7 / 41
p
4. i (x ) = x 6
p
Di = x 2 IR : x 6 2 IR =fx 2 IR : x 6 0g
=fx 2 IR : x 6g
= ] ∞, 6] .
8 p
> 3
< x se x < 0
5. j(x ) = p
> x
: se x 0
x 1
p
p
3
x
Dj = x 2 IR : x 2 IR e x < 0 [ x 2 IR : 2 IR e x 0
cond. univ. x 1
= fx 2 IR : x 2 IR e x < 0g [ fx 2 IR : x 0 e x 1 6= 0 e x 0g
=fx 2 IR : x < 0g [ fx 2 IR : x 0 e x 6= 1 e x 0g
=fx 2 IR : x < 0g [ [0, 1[ [ ]1, +∞[ = ] ∞, 0[ [ [0, 1[ [ ]1, +∞[
= IRnf1g .
Df0 = ff (x ) 2 IR : x 2 D g.
2 O grá…co da função f é o conjunto G = (x, f (x )) 2 I R2 : x 2 D .
2
2
1 4 x 1 4 x
D f0 =[2,5 [ D f0 =IR
1 2
De…nições:
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 9 / 41
Observação: Na representação grá…ca de uma função, qualquer reta
vertical que a intersete, só a interseta uma única vez.
Exemplos:
Resolução:
6 3 3
A reta de…nida tem declive m = = = 1.
1 2 3
A equação reduzida dessa reta é
y = mx + b = x + b,
6= ( 1) + b , b = 5.
Como, p
22 4 1 1 2 2 0
x2 + 2x + 1 = 0 , x = ,x = , x = 1,
2 1 2
conclui-se que a parábola de equação y = x 2 + 2x + 1 intersecta o eixo
das abcissas apenas num ponto. Atendendo ainda a que a parábola tem a
concavidade voltada para cima, estamos perante a seguinte situação:
+
+ +
-1 x
Juntamos agora toda a informação recolhida num quadro de sinal que nos
conduzirá ao conjunto-solução pretendido.
x ∞ 2 0 1 +∞
Sinal de x +2 x2 0 + + + 0
Sinal de 4x 0 + + +
2
Sinal de x 4xx +2 + 0 n.d. + 0
" " " "
x2 x +2
Assim, o conjunto-solução de 0 é
4x
S = [ 2, 0[ [ [1, +∞[ .
-4 -2 2 4 -4 -2 -2 2 4
x x
-10 -4
3. 4.
y 0<a<1
y a>1
1 - 1-
x x
0
D = IR e D = IR+
Zeros: não tem
Sinal: é sempre positiva
Extremos: não tem
Monotonia: monótona crescente se a > 1 e decrescente se 0 < a < 1
Não é par nem ímpar
É injetiva mas não é sobrejetiva, logo não é bijetiva
Nota: A função y = e x onde e denota o número de Neper, é um caso
particular da função exponencial.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 29 / 41
De…nição: A função logarítmica (de base a 2 IR+ n f1g) é de…nida por
y = loga (x ), x 2 IR+ , sendo y = loga (x ) , ay = x. A sua representação
grá…ca é:
y 0<a<1 y a>1
1 x
1 x
0
D = IR+ e D = IR
Zeros: tem um zero em x = 1
Sinal: é positiva para 0 < x < 1 e negativa para x > 1 (Se 0 < a < 1)
é negativa para 0 < x < 1 e positiva para x > 1 (Se a > 1)
Extremos: não tem
Monotonia: monótona crescente se a > 1 e decrescente se 0 < a < 1
Não é par nem ímpar
É injetiva e sobrejetiva, logo é bijetiva.
Nota: A função y = loge (x ) é um caso particular da função logarítimica e
denota-se por y = ln(x ).
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 30 / 41
Propriedades da função exponencial
1 a0 = 1 e a1 = a
2 ax = ay , x = y (resulta da injetividade da função)
3 ax +y = ax ay (propriedade do produto)
ax
4 ax y = y (propriedade do quociente)
a
5 (ax )y = ax y (propriedade da potência)
Assume-se que a 2 IR+ n f1g e que x, y pertencem aos domínios das expressões.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 31 / 41
Exercício: Resolva as equações:
1 x + 2 ln (x + 2) = x;
3 xe x 1 x = 0.
Resolução:
1 x + 2 ln (x + 2) = x
, 2 ln (x + 2) = 0 , ln (x + 2) = 0 , x + 2 = 1 , x = 1
S = f 1g .
2 ln(4x ) + ln(x 2 ) = 2 ln(x )
, ln(4x 3 ) = ln(x 2 ) , 4x 3 = x 2 , 4x 3 x2 = 0
1
, x 2 (4x 1) = 0 , x2 = 0 ou 4x 1=0)x =
cond. impossível 4
1
S= .
4
3 xe x 1 x = 0
, x (e x 1 1) = 0 , x = 0 ou e x 1 1 = 0 , x = 0 ou e x 1 = 1
, x = 0 ou e x 1 = e 0 , x = 0 ou x 1 = 0 , x = 0 ou x = 1
S = f0, 1g .
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 32 / 41
De…nição: Seja y = f (x ) , x 2 Df , uma função injetiva. Chama-se
função inversa de f , e representa-se por f 1 , à função:
(i) de domínio igual ao contradomínio de f , isto é, Df 1 = Df0 ;
(ii) de contradomínio igual ao domínio de f , isto é, Df0 1 = Df ;
(iii) e de…nida por y = f (x ) , x = f 1
(y ).
Observação: Dada a representação grá…ca de uma função injetiva, a
representação grá…ca da sua função inversa é simétrica em relação à reta
de equação y = x.
Exemplo: A função y = loga (x ) e a função y = ax são funções inversas.
ax y=x
y
log(x)
a
x
Resolução:
A função f 1 tem domínio Df 1 = Df0 = IR.
y 3
Por outro lado, y = f (x ) , y = 2x + 3 , y 3 = 2x , = x.
2
x 3
Assim f 1(x ) = , x 2 IR.
2
De…nição: Sejam f e g duas funções. A função composta f após g ,
f g , é a função de domínio Df g = fx 2 IR : x 2 Dg e g (x ) 2 Df g e
expressão analítica (f g ) (x ) = f (g (x )).
0
D = IR e D = [ 1, 1]
Zeros: x 2 f..., 2π, π, 0, π, 2π, ...g isto é x 2 fkπ : k 2 Zg
Sinal: é positiva para x 2 ]2kπ, π + 2kπ [ , k 2 Z
é negativa para x 2 ]π + 2kπ, 2π + 2kπ [ , k 2 Z
π
Extremos: mínimo absoluto igual a -1 em x 2 2 + 2kπ : k 2 Z
π
máximo absoluto igual a 1 em x 2 2 + 2kπ : k 2 Z
π π
Monotonia: crescente para x 2 2 + 2kπ, 2 + 2kπ , k 2 Z
decrescente para x 2 π2 + 2kπ, 3π 2 + 2kπ , k 2 Z
É ímpar
Não é injetiva e não é sobrejetiva, logo não é bijetiva.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 37 / 41
De…nição: A função cosseno é de…nida por y = cos(x ), x 2 IR.
No círculo trigonométrico, o cosseno de um ângulo x corresponde à
abcissa do ponto M, que é o ponto de intersecção do lado extremidade do
ângulo com o arco que limita o círculo trigonométrico.
0
D = IR e D = [ 1, 1]
Zeros: x 2 ..., 3π 2 ,
π π 3π π
2 , 2 , 2 , ... isto é x 2 2 + kπ : k 2 Z
π π
Sinal: é positiva para x 2 2 + kπ, 2 + kπ , k 2 Z
é negativa para x 2 2 + kπ, 3π
π
2 + kπ , k 2 Z
Extremos: mínimo absoluto igual a -1 em x 2 f π + 2kπ : k 2 Zg
máximo absoluto igual a 1 em x 2 f2kπ : k 2 Zg
Monotonia: crescente para x 2 [π + 2kπ, 2π + 2kπ ], k 2 Z
decrescente para x 2 ]2kπ, π + 2kπ [, k 2 Z
É par
Não é injetiva e não é sobrejetiva, logo não é bijetiva.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 39 / 41
Considerando o quociente das funções seno e cosseno, tem-se:
sen(x )
De…nição: A função tangente é de…nida por y = tg (x ) = cos (x )
,
π
x 2 IRn 2 + kπ : k 2 Z . A sua representação grá…ca é:
0
D = IRn π2 + kπ : k 2 Z e D = IR
Zeros: x 2 f..., 2π, π, 0, π, 2π, ...g isto é x 2 fkπ : k 2 Zg
Sinal: é positiva para x 2 kπ, π2 + kπ , k 2 Z
é negativa para x 2 π2 + kπ, π + kπ , k 2 Z
Extremos: não tem
π π
Monotonia: crescente para x 2 2 + kπ, 2 + kπ , k 2 Z
É ímpar
Não é injetiva e é sobrejetiva, logo não é bijetiva.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 40 / 41
cos (x )
Observação: A função cotangente é de…nida por y = cotg(x ) = sen(x )
,
x 2 IRn fkπ : k 2 Zg.
A tabela seguinte apresenta os valores de cada uma das funções anteriores
nos principais ângulos do 1o quadrante do círculo trigonométrico.
π π π π
x 0 6 p4 p3 2
1 2 3
sen (x ) 0 p2 p2 2 1
3 2 1
cos (x ) 1 p2 2 0
3
p2
tg (x ) 0 1 3 n.d.
p3 p
3
cotg (x ) n.d. 3 1 3 0
Para além destas funções trigométricas, destacamos ainda duas outras de
que falaremos mais tarde:
1
a função secante, de…nida por y = sec(x ) = cos (x )
,
x 2 IRn π2 + kπ : k 2 Z ;
1
a função cosecante, de…nida por y = cosec(x ) = sen(x )
,
x 2 IRn fkπ : k 2 Zg .
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 41 / 41
2. Limites e continuidade
De…nição: Seja a 2 IR. A vizinhança de a de raio δ > 0, que se denota
por Vδ(a), é o intervalo ]a δ, a + δ[ .
Exemplo: V1(2) = ]2 1, 2 + 1[ = ]1, 3[ é a vizinhança de 2 de raio 1.
De…nição: Diz-se que a é ponto de acumulação de um conjunto D IR
se, em qualquer vizinhança de a, existe pelo menos um elemento de D
diferente de a.
Exemplo: Seja D = [2, 6[ .
x
0 1 2 3 5 6 7
2 é ponto de acumulação de D
6 é ponto de acumulação de D
0 não é ponto de acumulação de D
Observação: Um ponto de acumulação de D pode ou não pertencer a D.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 1 / 27
De…nição de limite
De…nição: Sejam f uma função de domínio D e a um ponto de
acumulação de D. Diz-se que L 2 IR é o limite de f (x ) quando x tende
para a, se dada uma vizinhança de raio ε > 0 arbitrário, de L, conseguimos
sempre encontrar uma vizinhança de raio δ > 0 de a, tais que
f (x ) 2 Vε (L) sempre que x 2 Vδ (a).
y
y = f(x)
L+ε
Vε (L) L
L− ε
0 a-δ a a+δ x
Vδ (a)
Simbolicamente:
lim f (x ) = L se 8ε > 0 9δ > 0 : x 2 D \ Vδ (a) nfag ) f (x ) 2 Vε(L).
x !a
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 2 / 27
Exemplos:
lim f (x ) = lim c = c ;
x !a x !a
lim f (x ) = lim x = a .
x !a x !a
Exemplos:
1 Seja g(x ) = 3, x 2 IR. Então lim g (x ) = lim 3 =3.
x! 1 x! 1
Exemplo:
3
lim f (x ) =
x !1 2
lim f (x ) = 3
x !1 +
Exemplos:
3
lim f (x ) = lim + f (x ) = lim g(x ) = lim g (x ) = 4
x! 2 x! 2 2 x !5 x !5
f (x ) lim f (x )
Se lim g (x ) 6= 0, lim = x !a ;
x !a x !a g (x ) lim g (x )
x !a
n
lim (f (x ))n = lim f (x ) , para n 2 IN;
x !a x !a
lim f (x )
lim c f (x ) = c x !a , para c 2 IR+ n f1g ;
x !a
Determine:
3. lim f (x ) = lim x 2 = 52 = 25
x !5 x !5
1
4. lim g(x ) = lim e x = e 3 =
x! 3 x! 3 e3
5. lim g(x ) = lim e x = e 1 = e
x !1 x !1
p p
6. lim h(x ) = lim x = 0 = 0
x !0 x !0
p p
7. lim h(x ) = lim x = 4 = 2
x !4 x !4
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 10 / 27
Limites in…nitos e no in…nito
Exemplos:
1. 1
lim = +∞
x !0 + x
1
lim = ∞
x !0 x
1
lim não existe
x !0 x
1
lim =0
x !+∞ x
1
lim =0
x! ∞ x
x
1
lim = +∞ lim log 1 (x ) = +∞
x! ∞ 2 x !0 + 2
x
1 lim log 1 (x ) = ∞
lim =0 x !+∞ 2
x !+∞ 2
1-
x
lim e x = 0 lim ln (x ) = ∞
x! ∞ x !0 +
lim e x = +∞ lim ln (x ) = +∞
x !+∞ x !+∞
lim [f (x ) g (x )] = 0 .
x !a
Exemplo:
sen(x ) 1
lim = lim sen(x ) = 0,
x !+∞ x x !+∞ x
1
pois lim =0 e 1 sen(x ) 1, 8x 2 IR.
x !+∞ x
Exercício: Determine:
x 2 + 3x ( 00 ) x (x + 3) (x + 3) 3
1. lim = lim = lim = 1 = 3
x !0 2x 3 x x !0 x (2x 2 1) x 6=0 x !0 (2x 2 1)
x 2 + 3x ( 00 ) x (x + 3) x +3 3
2. lim 3
= lim 3
= lim 2
= 0+ = + ∞
x !0 2x x ! 0 2x x 6 =0 x ! 0 2x
x2 4 ( 00 ) (x 2) (x + 2)
3. lim = lim = lim (x + 2) = 4
x !2 x 2 x ! 2 x 2 x 6 =2 x !2
k x
lim 1+ x = e k , 8k 2 IR
x !+∞
un
k
lim 1+ = e k , 8k 2 IR, onde (un )n 2IN é uma sucessão de
un
n !+∞
números reais tal que lim un = +∞.
n !+∞
k x
Encontramos uma aplicação do limite de referência lim 1+ x em
x !+∞
problemas de juros continuamente compostos, que em seguida se descreve.
Resolução:
Atendendo às condições do problema e à fórmula dada anteriormente, o
montante acumulado ao …m de 3 anos é dado por
7 10 2
Am (3) = 106 (1 + )m 3
,
m
com uma taxa de juro de 7% composta m vezes ao ano.
Supondo agora que o juro é continuamente composto, então o montante
acumulado ao …m de 3 anos é:
Se alguma das condições (i), (ii) ou (iii) não se veri…ca, diz-se que
f é descontínua no ponto a.
Mostre que f (x ) tem pelo menos uma raiz r no intervalo [1, 2].
Resolução:
Atendendo às propriedades das funções contínuas, é possível concluir que
f (x ) é uma função contínua em IR, logo também contínua em [1, 2].
Por outro lado, como
1 3 3
f (1) f (2) = = < 0,
2 4 8
s
f(x)
f
f(a) Declive da reta s secante à curva nos
pontos (x , f (x )) e (a, f (a )):
f (x ) f (a )
ms =
x a
a x
f (x ) f (a )
Chama-se variação média de f no intervalo [a, x ] à razão x a .
f (x ) f (a )
Chama-se variação instantânea de f em a ao lim x a (quando existe
x !a
em IR). Nesse caso a função f diz-se diferenciável em a e
f (x ) f (a )
f 0 (a) = lim
x !a x a
é a derivada de f em a.
Geometricamente f 0(a) corresponde ao declive mt da reta t tangente à
representação grá…ca de f no ponto (a, f (a)) .
df
Nota: Em alternativa pode-se notar f 0 (a) como dx (a ) .
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 2 / 29
Observações:
1 Uma função diz-se diferenciável num conjunto X D se for
diferenciável em todos os pontos de X .
2 Por vezes é útil considerar h = x a e nesse caso a de…nição de
derivada pode ser escrita como:
f (x ) f (a ) f (a + h ) f (a )
f 0 (a) = lim = lim .
x !a x a " h !0 h
x a =h
y = mt x + b
, y = m t x + f ( a ) mt a
, y = f ( a ) + mt ( x a ) .
Atendendo a que mt = f 0 (a), vem y = f (a) + f 0(a) (x a) .
Numa vizinhança de a, a reta t é uma boa aproximação da representação
grá…ca de f (que é a curva de equação y = f (x )). Por esse motivo pode
ser usada para calcular um valor aproximado de f (a + ∆x ), com a + ∆x
próximo de a (i.e. ∆x 2 IR pequeno), da seguinte forma:
∆y ' df (a).
x 2p+ 1 , x 0 x2 + 2 , x 1
f (x ) = e g(x ) = .
x , x >0 2x + 3 , x> 1
g(x ) g( 1 ) ( ( 1 )2 +2 )
g 0( 1+ ) = lim +
x ( 1)
= lim + 2x +3 x +1 = lim + 2xx++31 1
x! 1 x! 1 x! 1
( 00 )
= lim + 2x +2
x +1 = lim + 2 (xx++11 ) = 2.
x! 1 x! 1
g(x ) g( 1 ) x 2 +2 ( ( 1 )2 +2 ) x 2 +2 1
g 0( 1 )= lim x ( 1 ) = lim x +1 = lim x +1
x! 1 x! 1 x !1
0
x 2 +1 ( 0 ) (1 x )(1 +x )
= lim x +1 = lim x +1 = lim (1 x ) = 2.
x! 1 x! 1 x! 1
y = g ( 1) + g 0 ( 1) (x ( 1))
, y = 1 + 2 (x + 1),
f0 : Df 0 ! IR
,
x 7 ! f 0 (x )
f 00 : Df 00 ! IR
,
x 7! f 00 (x )
Para x > 0, f 0 (x ) = (x )0 = 1.
Para x < 0, f 0 (x ) = ( x )0 = 1.
f (h ) f (0 )
Para x = 0, f 0 (0+ ) = lim+ h = lim+ hh = 1 e
h !0 h !0
f (h ) f (0 ) h
f 0 (0 ) = lim h = lim h = 1.
h !0 h !0
1, se x > 0
Assim, f 0 (x ) = , x 2 IRn f0g .
1, se x < 0
(x + 1) 0
= sen x 2 + ln (x + 1) 2x cos x 2 =
x +1
sen x 2
= + 2x ln (x + 1) cos x 2 .
x +1
0 0 0
(t) e x 1 + x 6 = e x 1 + x 6 = (x 1)0 e x 1 + 6x 5 =
e x 1 + 6x 5 .
sen (x ) 0 (sen (x ))0 ln (x ) (ln (x ))0 sen (x )
(u) = =
ln (x ) (ln (x ))2
x cos (x ) ln (x ) sen(x )
cos (x ) ln (x ) x1 sen(x ) x x cos (x ) ln (x ) sen(x )
= ln 2 (x )
= 2
= x ln 2 (x )
.
ln (x )
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 18 / 29
Teorema (Regra da Cadeia): Sejam f e g duas funções tais que g é
diferenciável em a e f é diferenciável em g (a).
Então, a função composta f g é diferenciável em a e tem-se
(f g )0 (a) = f 0 (g (a)) g 0 (a) .
Se x 2 Dg e satisfaz as condições do teorema anterior, tem-se
(f g )0 (x ) = f 0 (g (x )) g 0 (x ) , 8x 2 D(f g )0 .
Observações:
1 A regra de L’Hôpital é igualmente aplicável quando x ! +∞ ou
x ! ∞.
2 No levantamento de uma indeterminação, a regra de L’Hôpital pode
ser aplicada mais do que uma vez.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 20 / 29
Exercício: Calcule os seguintes limites:
0
x2 x ( 00 ) x2 x 2x 1 1
1 lim = lim 0 = lim =
x !1 2x 2 x !1 (2x 2) x !1 2 2
∞
e x ( ∞∞ ) (e x ) 0 ex ( ∞ ) (e x ) 0
2 lim = lim = lim = lim =
x !+∞ x 2 x !+∞ (x 2 )0 x !+∞ 2x x !+∞ (2x )0
ex
= lim = +2∞ = +∞
x !+∞ 2
x ( ∞∞ ) (x ) 0 1 1 1
3 lim = lim 0 = lim 1 = 1 = + = + ∞
x !+∞ ln(x ) x !+∞ (ln(x )) x !+∞ 0
x +∞
f 0 (x ) = 0 , 2x 3 8x = 0
, 2x (x 2 4) = 0
, x = 0 e x = 2.
x ∞ 2 0 2 +∞
2x 0 + + +
x2 4 + 0 0 +
f 0 (x ) 0 + 0 0 +
f (x ) & 5 % 3 & 5 %
M ı́n M áx M ı́n
c 0 ( t0 ) 1200 l 0 ( t0 ) 0.75
= = 0.086 e = = 0.6.
c (t0 ) 14000 l (t0 ) 1.25
Então o preço do azeite tem, no ano t0 , um crescimento relativo superior
ao do preço do carro.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo diferencial em IR ISCAC 29 / 29
II. Cálculo integral em IR
Matemática Aplicada I
Gestão de Empresas
ISCAC
1. Primitivas
1.1 Primitivas imediatas
1.2 Primitivação por partes
1.3 Primitivação de funções racionais
1.4 Primitivação por substituição
1.5 Exemplos de aplicação
2. Equações diferenciais
2.1 De…nições gerais
2.2 Equações de variáveis separáveis
2.3 Equações diferenciais lineares de 1a ordem
2.4 Exemplos de aplicação
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 2 / 28
Programa
II. Cálculo integral em IR
3. Integrais
2. Seja f (x ) = 2e 2x , x 2 IR.
A função F1 (x ) = e 2x é uma primitiva de f (x ) pois,
0
F10 (x ) = e 2x = 2e 2x , para todo o x 2 IR.
Podemos a…rmar que qualquer função da forma F (x ) = e 2x + C ,
com C uma constante real, é uma primitiva de f (x ).
Exemplos:
x3
1 P4x 2 = 4Px 2 = 4 = 43 x 3 + C , C 2 IR.
3
2 P 4x 2 + 2e 2x = P 4x 2 ) + P (2e 2x = 43 x 3 + e 2x + C , C 2 IR.
1 (4x 1 p
2) 2 4x 2
= 1 = 2 + C , C 2 IR;
4 2
3 3
3 P x 4x+2 = 14 P x44 +
x
2
= 1
4 ln x 4 + 2 + C , C 2 IR;
3)
1
4 P x ln1(x ) = P ln (xx ) = ln jln(x )j + C , C 2 IR;
3)
3 1 3 3
5 Px 2 e x = 3P 3 x 2ex = 13 e x + C , C 2 IR;
4)
1 1
6 Pxsen(x 2 ) = 2P 2 xsen(x 2 ) = 2
2 cos(x ) + C , C 2 IR;
6)
1 +cos (2x ) 1
7 P cos2 (x ) = P 2 = 2 [P (1 + cos(2x ))] =
1 +cos (2x )
cos2 (x )= 2
1 1
= 2 [P (1) + P cos(2x )] = 2 x + 12 P 2 cos(2x ) =
7)
1 1
= 2 x+ 2 sen(2x ) + C , C 2 IR
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 8 / 28
1.2 Primitivas por partes
Exemplo: Calcule Px ln (x ) .
x ln(x )
P |{z} = (Px ) ln (x ) P (Px ) (ln (x ))0
| {z }
u v
x2 x2 1
= ln (x ) P
2 2 x
x2 x
= ln (x ) P
2 2
x2 x 2
= ln (x ) + C , C 2 IR.
2 4
P |{z} ex
x |{z} = (Pe x ) x P [(Pe x ) x 0 ]
v u
= ex x Pe x
= ex x ex + C
= e x (x 1) + C , C 2 IR.
= x 3ex 3 ex x 2 P [e x 2x ]
= x 3ex 3x 2 e x + 6P (e x x )
= x 3ex 3x 2 e x + 6 (e x x ex ) + C
= x 3ex 3x 2 e x + 6xe x 6e x + C ,C 2 IR.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 12 / 28
4. Quando a primitiva pedida surge novamente no segundo membro,
trata-se a igualdade como uma equação em que a incógnita é essa
primitiva.
Exemplo: Calcule Pe x 2x 1.
e x 2|{z}
P |{z} x 1
= e x 2x 1 P e x 2x 1 ln (2)
u v
= Pe x 2x 1 P e x 2x 1 ln (2)
= e x 2x 1 ln (2) Pe x 2x 1
, Pe x 2x 1 = e x 2x 1 ln (2) Pe x 2x 1
, Pe x 2x 1 + ln (2) Pe x 2x 1 = e x 2x 1
, (1 + ln (2)) Pe x 2x 1 = e x 2x 1
e x 2x 1
, Pe x 2x 1 = + C ,C 2 IR.
1 + ln (2)
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 13 / 28
5. Se pretendemos primitivar uma função cuja primitiva não é imediata,
multiplicamos a função pelo factor 1 e começamos a primitivar por 1.
1
1 ln2 (x )
P |{z} = (P1) ln2 (x ) P (P1) 2 ln (x )
| {z } x
u v
1
= x ln2 (x ) 2P x ln (x )
x
= x ln2 (x ) 2P (1 ln (x ))
1
= x ln2 (x ) 2 (P1) ln (x ) P (P1)
x
1
= x ln2 (x ) 2x ln (x ) + 2P x
x
= x ln2 (x ) 2x ln (x ) + 2P1
= x ln2 (x ) 2x ln (x ) + 2x + C , C 2 IR.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 14 / 28
1.3 Primitivas de funções racionais
De…nição: Diz-se que f (x ) é uma função racional se pode ser escrita
como um quociente de polinómios, isto é,
N (x )
f (x ) = , D (x ) 6 = 0
D (x )
com N (x ) e D (x ) polinómios em x, isto é,
N ( x ) = am x m + am 1x
m 1
+ ... + a1 x + a0
n n 1
D (x ) = bn x + bn 1x + ... + b1 x + b0
com a0 , a1 , ..., am , b0 , b1 , ..., bn 2 IR, am 6= 0 e bn 6= 0.
x5
Exemplo: f (x ) = é uma função racional.
16 x4
Apresentamos em seguida um conjunto de passos que nos permitem
primitivar este tipo de funções. Ilustraremos a aplicação de cada um desses
passos no cálculo da primitiva da função racional dada como exemplo.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 15 / 28
N (x )
Passo 1: Se o grau do numerador de f (x ) = D (x ) é superior ao grau do
denominador (m > n) efetuamos a divisão de N (x ) por D (x ).
N (x ) jD (x )
R (x ) Q (x )
x5 j x 4 + 16
x 5 + 16x x
16x
Donde,
x5 = x 4 + 16 ( x ) + 16x
x5 16x
, x 4 +16
= x+ x 4 +16
e portanto,
x5 16x x2 16x
P = P ( x) + P = + P x 4 +16
.
x 4 + 16 | {z } x 4 + 16 2
Primitiva imediata | {z }
Primitiva função racional
16x
O problema reside agora no cálculo de P x 4 +16
.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 17 / 28
Para primitivar funções racionais cujo grau do numerador é inferior ao grau
R (x )
do denominador (e que não são imediatas) como no caso de P ,
D (x )
R (x )
decompõe-se na soma de frações simples, i.e., frações cujas
D (x )
primitivas são imediatas, de acordo com o exposto nos Passos 2, 3 e 4.
C1 + D1 x C2 + D2 x C + Dk x
+ 2
+ ... + k , com C1 , D1 ...Ck , Dk constantes.
p (x ) [p (x )] [p (x )]k
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 19 / 28
Exemplo (cont.): Com base na decomposição de D (x ) = x 4 + 16 em
fatores, temos:
R (x ) 16x
Assim, o quociente = x 4 +16
é igual à soma de frações simples
D (x )
A B C + Dx
+ +
2 x 2+x 4 + x2
O passo seguinte consiste em determinar os valores das constantes que se
encontram nos numeradores das frações simples.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 20 / 28
Passo 4: Usar o Método dos coe…cientes indeterminados, que consiste
R (x )
em igualar à soma das frações simples e efectuar os cálculos para
D (x )
determinar os valores constantes que se encontram nos numeradores, o
que em geral resulta na resolução de um sistema, ou em alternativa,
atribuir valores à variável x até determinar os valores das constantes.
Exemplo (cont.): Da igualdade
16x A B C + Dx
4
= + +
x + 16 2 x 2+x (4 + x 2 )
16x A B C + Dx
, = + +
x 4 + 16 (2 x) (2 + x ) (4 + x 2 )
( 4 +x 2 ) (2 +x ) ( 4 +x 2 ) (2 x) (4 x 2 )
vem,
16x = A 4 + x 2 (2 + x ) + B 4 + x 2 (2 x ) + (C + Dx ) 4 x2 (*)
e ainda,
16x = x 3 (A B D ) + x 2 (2A + 2B C ) +
+x (4A 4B + 4D ) + (8A + 8B + 4C ) .
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 21 / 28
Obtemos o sistema
8 8
>
> A B D=0 >
> A=1
< <
2A + 2B C = 0 B= 1
, .
>
> 4A 4B + 4D = 16 >
> C =0
: :
8A + 8B + 4C = 0 D=2
x = 2 ) 32 = 32A ) A = 1
x = 2 ) 32 = 32B ) B = 1,
e substituindo estes valores no sistema acima, a resolução deste torna-se
bastante mais simples.
Exemplo (conclusão):
x5 x2
P = + P x16x
4 +16
16 x4 2
x2 2x 1 1
= +P +
2 4 + x2 2+x 2 x
x2 2x 1 1
= +P P +P
2 4 + x2 2+x 2 x
| {z }
Primitivas imediatas
x2
= + ln 4 + x 2 ln j2 + x j ln j2 x j + C , C 2 IR.
2
x 2 +2x +3
Resolução: A função tem o grau do numerador inferior ao
(x 1 )(x +1 )2
grau do denominador e por esse motivo não se efetua a divisão de
polinómios.
Por outro lado, o denominador já se encontra fatorizado e observamos que:
x = 1 é uma raiz real simples associada ao fator (x 1)
x = 1 é uma raiz real de multiplicidade 2 associada ao fator
(x + 1)2 .
Assim,
Pf (x ) = P f (g (t )) g 0 (t ) .
Resolução:
Dada a mudança de variável x + 1 = t 2 , x = t|2 {z 1}, então g 0 (t ) = 2t.
g (t )
2x (e x )2 t2 1
P e x e+e 2x = P =P
e x +(e x )2 t + t2 t
t 1
=P 2
=P = ln j1 + t j + C , C 2 IR.
t +t 1+t
Agora que a primitiva está calculada na variável t, necessitamos de
"recuperar" a variável inicial x. Como e x = t vem:
e 2x
P = ln (1 + e x ) + C , C 2 IR.
e x + e 2x
y 0 = Q (x ) R (y ) ,
com Q (x ) e R (y ) funções de…nidas num intervalo I IR e J IR
respetivamente.
dy
Atendendo a que y 0 = , esta equação pode ser escrita de forma
dx
equivalente
1
dy = Q (x )dx , N (y ) dy = Q (x )dx,
R (y )
1
com N (y ) = R (y )
e R (y ) 6= 0 para qualquer y 2 J.
Método de resolução: A solução geral da equação diferencial de
variáveis separáveis obtém-se por primitivação de ambos os membros da
equação, ou seja
Z Z
N (y )dy = Q (x )dx + C , C 2 IR.
R
Notação: f (x ) dx = Pf (x ) .
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) I. Cálculo integral em IR ISCAC 4 / 11
Observação: A solução geral de uma equação diferencial de variáveis
separáveis apresenta-se, na generalidade dos casos, na forma implícita.
dy
Exemplo: Relativamente à equação diferencial 2y (1 + x ) = y 2,
dx
determine:
(a) a solução geral da equação diferencial
(b) a solução da equação que satisfaz a condição y (3) = 1.
Resolução:
Comecemos por veri…car se a equação diferencial é de variáveis separáveis,
ou seja, se se pode escrever na forma N (y )dy = Q (x )dx.
dy 2y 1
2y (1 + x ) = y2 , 2
dy = dx.
dx y + x}
1 {z
|
|{z}
N (y ) Q (x )
, y 2 = jxp+ 1j e C (*)
,y = jx + 1j e C , C 2 IR
p
A solução geral da equação dada é então y = jx + 1j e C , C 2 IR.
Observações:
1 A solução geral das equações diferenciais lineares de 1a ordem
Resolução:
Comecemos por veri…car se a equação diferencial é linear de 1a ordem, ou
seja, se se pode escrever na forma y 0 + P (x )y = Q (x ).
dy
3x 2 y + = x2 , 3x 2 y +y 0 = |{z}
|{z} x2 .
dx
P (x ) Q (x )
y = f ( x)
0 xi-1 wi xi x
x=a x=b
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 3 / 23
Ora a soma das áreas dos retângulos construídos é:
" #
n n
b a
∑ f (wi ) (xi xi 1) = ∑ f ( wi ) n
.
i =1 i =1
Em suma:
Se f for uma função contínua e não negativa num intervalo [a, b ] o valor
Z b
de f (x ) dx representa a área A da região limitada pela representação
a
grá…ca de f , pelo eixo OX e pelas rectas x = a e x = b.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 4 / 23
3.2 Condições de existência e propriedades do integral de…nido
Apresentamos agora algumas condições de integrabilidade de uma função.
Teorema: Se f é uma função monótona num intervalo [a, b ] então f é
integrável em [a, b ] .
Teorema: Uma função f é integrável em [a, b ] se e só se for limitada em
[a, b ] e não possuir em [a, b ] mais do que um número …nito de pontos de
descontinuidades.
Propriedades: Sejam f , g duas funções integráveis em [a, b ]
1. Se f (x ) = g (x ), para quase todos os valores de x em [a, b ], ou seja,
exepto, quando muito, para um número …nito de pontos de [a, b ],
Z b Z b
então f (x ) dx = g (x ) dx.
a a Z b
2. Se f (x ) 0 para todo o x 2 [a, b ], então f (x ) dx 0.
Za b
3. Se f (x ) 0 para todo o x 2 [a, b ], então f (x ) dx 0.
a
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 5 / 23
Z b Z a Z a
4. f (x ) dx = f (x ) dx e f (x ) dx = 0.
Za b Zb b a
f (x ) dx = f (g (t )) g 0 (t ) dt.
a g 1 (a )
Ora, e x = t , x = ln (t ). Assim, g 0 (t ) = 1t .
| {z }
g (t )
Z b
b a
f (x ) dx 2n [f (x0 ) + 2f (x1 ) + 2f (x2 ) + ... + 2f (xn 1) + f (xn )]
a
Resolução: Seja f (x ) = x1 , a = 1, b = 2 e n = 5.
A amplitude de cada um dos 5 subintervalos é b n a = 51 = 0.2. Portanto,
temos os pontos: x0 = 1, x1 = 1.2, x2 = 1.4, x3 = 1.6, x4 = 1.8, x5 = 2.
Usando agora a Regra dos Trapézios, tem-se:
Z 2
1 1
x dx [f (1) + 2f (1.2) + 2f (1.4) + 2f (1.6) + 2f (1.8) + f (2)]
2 5
1
1 1 1 1
= 0.1 1 + 2 1.2 + 2 1.4 + 2 1.6 + 2 1.8 + 12
0.1 6.9564 = 0.69564 .
Observação: O valor exato deste integral de…nido, tinha já sido calculado
usando o Teorema fundamental do cálculo integral:
Z 2
1
dx = [ln jx j]21 = ln (2) 0.6931 .
x 1
Se consideraramos o intervalo de integração decomposto num maior
número n de subintervalos, obtemos uma melhor aproximação.
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 11 / 23
3.5 Cálculo de áreas de regiões planas
Uma das aplicações do conceito de integral de…nido é, tal como concluimos
da interpretação geométrica, o cálculo de áreas de regiões planas.
1. Cálculo da área A de uma região plana R limitada:
(superiormente) por uma função f contínua num intervalo [a, b ],
(inferiormente) pelo eixo das abcissas,
(lateralmente à esquerda) pela reta vertical x = a,
(lateralmente à direita) pela reta vertical x = b.
Seja R = (x, y ) 2 IR2 : a x be0 y f (x ) .
y
y = f (x)
A área de R é
Z b
A= f (x ) dx.
0 x a
x=a x=b
y
y = g (x)
A área de R é
y = f (x)
Z b
x
0 A= (g (x ) f (x )) dx.
a
x=a x=b
Exemplos:
Z +∞ Z 1 Z +∞
1 x2
1 dx, e x dx e dx (1a espécie).
x e
1 x ∞ ∞
Z 1 Z 5
1
2 dx e ln(x ) dx (2a espécie).
1x +1 0
Z 1
∞
lim e x dx = lim [e x ]1t = lim (e 1 et ) = e e = e.
t! ∞ t t! ∞ t! ∞
Z 1
Assim, e x dx = e.
∞
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 20 / 23
Relativamente aos exemplos anteriores, podemos a…rmar que:
Z +∞
1
1 como x dx é divergente, não é possível atribuir um valor à área
1
da região limitada superiormente pela representação grá…ca de
1
y = , inferiormente pelo eixo OX , à esquerda pela reta de equação
x
x = 1 Ze ilimitada à direita desta reta.
1
2 como e x dx é convergente e corresponde a um valor positivo (e ),
∞
então representa a área da região limitada superiormente pela
representação grá…ca de y = e x , inferiormente pelo eixo OX , à direita
pela reta de equação x = 1 e ilimitada à esquerda desta reta.
y
y = ex
0 x =1 x
Z +∞
Como e x dx é divergente, pois
1
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 22 / 23
Z t
lim e x dx = lim [e x ]t1 = lim (e t e ) = + ∞,
t !+∞ 1 t !+∞ t !+∞
Z +∞
conclui-se que e x dx é divergente.
∞
Z +∞ Z 0 Z +∞
2. x e x2 dx = x e x 2 dx + x e x 2 dx.
∞ considerando ∞ 0
por ex. a = 0
Z 0
Como x e x 2 dx
é convergente, pois
Z ∞0 h i0
2 1 x2 1 1 1
lim x e x dx = lim 2 e = lim 2 + 2 = 2
t! ∞ t t! ∞ t t! ∞ 2e t
Z +∞
e x e x 2 dx
é também convergente, pois
0 Z t
2
h it
lim x e x dx = lim 1
e x2 = lim 1
+ 1
= 1
2 2 2 2
t !+∞ 0 t !+∞ 0 t !+∞ 2e t
Z +∞ Z +∞
então x e x2 dx é convergente e x e x2 dx = 1
+ 1
= 0.
2 2
∞ ∞
Matemática Aplicada I (Gestão de Empresas) II. Cálculo integral em IR ISCAC 23 / 23