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A evolução do pensamento econômico

Capítulo I

12
Ao estabelecermos uma linha do tempo em que possamos cronologicamente
verificar como evoluiu o pensamento econômico, preferimos não recuar demasiado. Até
porque se tomamos para exemplificar, o fato histórico conhecido como as cruzadas, isto
representava guardando as devidas proporções e algumas particularidades, a invasão
econômica das multinacionais de hoje. Apenas esse assunto já é suficiente para um
compendio.

As grandes crises do século XIV, a


guerra dos cem anos ( 1337-1453 ), a peste
bubônica ( 1348 ), a fome, as grandes
revoltas populares contribuíram para o
enfraquecimento do feudalismo europeu.
O senhor feudal enfraquecido pelas
grandes revoltas populares não teve mais
como manter a relação de poder como
antes e teve que mudar para continuar com

1 2 Fonte: site- professorherminio.blogspot.com.br


Disponível em: http://pnld.moderna.com.br/2012/06/05/adam-smith-e-keynes-mestres-da-economia/.
Acessoem ago. 2013
2
Disponível em: http://professorherminio.blogspot.com.br/2009/02/europa-formacao-e-o-feudalismo.html. Acesso
em ago. 2013.

2
seu poder econômico e político. A redução do poder feudal abriu espaço para uma
reestruturação da sociedade em outras bases. Na prática, o senhor feudal transferiu, por
exemplo, o custo de segurança para um outro nível, que em última estância era também
controlado por ele. É o surgimento do que chamamos hoje de: O Estado moderno,
talvez uma das maiores invenções do Ocidente. Esta grandiosa invenção repousa no
tripé:

 Uma força militar permanente;


 Um sistema centralizado de arrecadação;
 Um pesado sistema burocrático.
3
Vamos partir do final da idade média, em que o
mundo, isto é, a Europa começava a se reerguer
socialmente, culturalmente, cientificamente e
economicamente, até por volta de 1.700 onde
predominava as ideias do mercantilismo. No estado
mercantilista a ideia de desenvolvimento e bem estar
social passava pela acumulação de capital, um dos
fatores que contribuiu para o aparecimento do sistema
capitalista. Tudo era feito pelo e em prol do estado. O estado absolutista, colonialista era
o centro de poder econômico e político. Nas mãos do Estado estava todo o poder de
determinar o ritmo, quem deveria promover e quem deveria se beneficiar do
desenvolvimento social.

As principais características do estado mercantilista eram:

 Metalismo;
 Balança comercial favorável;
 Protecionismo;
 Intervencionismo de estado.

Eram ideias de Jean Bodin, Jean Baptiste Colbertt e outros. Por volta de 1.750
surgem os fisiocratas, que traziam ideias liberalistas individualistas, entre os quais
destacamos os expoentes teóricos François Quesnay
(Analyse du tableau économique ), Anne Robert J. Turgot
(Reflexions sur la formation e la distribuition des
richesses) e Du Pont de Nemours.
4
Por volta de 1.750/1.800 começava tomar corpo
novas ideias, era a escola clássica, toma forma as ideias de
que o bem estar poderia ser alcançado através do

3
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercantilismo. Acesso em ago. 2013.
4
Disponível em: http://faceaovento.files.wordpress.com/2010/03/adam_smith_photo.jpg Acesso em
ago. 2013.

3
fortalecimento de conceitos como o de propriedade privada dos meios de produção,
liberdade do empreendedorismo, força de livre mercado, concorrência, etc. Temos como
principais expoentes Adam Smith ( Uma Investigação sobra a natureza e causa da
riqueza das Nações – cunhou os termos: desigualdade funcional da renda e mão
invisível do mercado ), Jean Baptiste Say ( Tratado de economia política – A oferta cria
sua própria demanda ), Thomas Robert Malthus, (
Enquanto a população cresce em progressão
geométrica a produção de alimentos cresce em
progressão aritmética ), David Ricardo ( Princípios de
economia política e tributação ), obra prima obrigatória
como referência a quase dois séculos, de lá saiu a base
para a expressão: teoria dos rendimentos decrescentes.
5
Thomas Malthus foi um matemático que se tornou
padre e seguiu carreira acadêmica como professor da
faculdade da Companhia das Índias Orientais. De
ideias bastante polemicas, até para os dias de hoje. Foi
contemporâneo de David Ricardo, acompanhou de
perto a revolução industrial que ocorreu na Inglaterra,
época em que coexistiu aumentos excepcionais na
produtividade do trabalho humano e condições de sofrimento desumanos por conta de
salários miseráveis e jornadas intermináveis de trabalho. Malthus era radicalmente
contra programas de ajuda aos pobres, pois defendia que um aumento na renda média
dos mesmos levava a um aumento do consumo supérfluo, inclusive, citando
textualmente o aumento do consumo de cerveja como
um mal causado pelos pobres.

Não podemos deixar de citar 6Jeremy Bentham


(An introduction to the principles of morals and
legislation ), adepto do hedonismo. Pregava que os
indivíduos procuram maximizar o prazer sobre a dor.
Isto é, os indivíduos estão sempre tomando ações que
aumentem o prazer e por outro lado ações que
diminuam a dor, o que economicamente falando
significa que o aumento do consumo maximiza o
prazer e a privação do consumo aumenta o sofri-
mento, ou seja, a dor. Jeremy Bentham era um fer-
renho defensor do voto universal e secreto (mascu-
lino), e era também o que mais tarde ficou conhe-
cido como medida Keynesiana, ou seja, defendia que em época de crise o Estado
deveria intervir na economia para amenizar os efeitos maléficos do desemprego. Para
Bentham o valor de produtos estava em sua utilidade. Criou a teoria da utilidade
marginal. Outro grande pensador foi John Stuart Mill (Princípios de economia política

5
Disponível em: http://www.brasilescola.com/upload/e/malthus.jpg Acesso em Out. 2013
6
Disponível em: http://utilitarianism.com/jeremy-bentham.jpg Acesso em Out. 2013

4
– dividida em cinco volumes: Produção, Distribuição, Troca, Influencia do progresso da
sociedade na produção e distribuição, sobre a influencia do governo.

7
Stuart Mill foi discípulo de David Ricardo, que
formulou a teoria do valor trabalho e de Jeremy Bentham e
outros no que ficou conhecido por escola clássica. Stuart Mill
era um capitalista natural, considerava que o objetivo último
do sistema econômico era a obtenção do lucro máximo, mas
admitia a ideia de que os trabalhadores pudessem melhorar
suas condições de vida. Ainda considerava a greve como um
meio legitimo dos trabalhadores protestarem para obter
algum direito de participação na geração de riqueza feita pela
economia. Defendia ainda que em setores em que não
houvesse interesse da sociedade em investir, o Estado
deveria fazê-lo. Por tudo isso, era considerado já naquela
época, um reformista. Stuart Mill afirmava: “ a imensa
maioria está condenada, desde o nascimento, a uma vida de trabalho duro, ininterrupto e
interminável, em troca de uma simples e em geral, precária subsistência “. Tornou-se
um ferrenho defensor da Lei da Pobreza feita na Inglaterra em 1.834. Pregava ainda que
o Estado deveria deixar que os mercados se auto regulavam através da mão invisível de
Adam Smith e assim atingiriam seus equilíbrios.

Ao final da primeira metade do século XIX, os socialistas surgem como uma reação
aos fundamentos da ordenação liberal, especialmente ao crescente distanciamento da
classe empresarial da classe trabalha-
dora. São ideias inovadoras de Saint
Simont (L’organisation sociale), um
represen-tante dos socialistas utópicos
franceses que entendia que o moderno
capitalismo industrial era resultado das
ações empreendedoras dos capitalistas,
por outro lado criticava abertamente o
livre mercado que a seu ver era o
responsável pelo caráter anárquico do
capitalismo e constituía no principal
obstáculo à continuidade do desenvolvimento do sistema industrial. Charles Fourier,
Louis Blanc e especialmente 8Karl Heinrich Marx ( O Capital – quatro volumes) e
Friedrich Engels. Marx e Engels escreveram vários livros juntos, dentre eles podemos
citar: A sagrada família, A ideologia Alemã, O manifesto comunista.

7
Disponível em: http://ydemokrat.blogspot.com.br/2010/12/john-stuart-mill-and-freedom-of.html
Acesso em Out. 2013
8
Disponível em: http://moz-artigos.blogspot.com.br/2013/04/socialismo-cientifico-guilherme-
bento.html Acesso em Out. 2013

5
Ainda no século XIX os marginalistas que eram contrários à tendência socialista que
começa a tomar corpo, pregavam através de fundamentos matemáticos que o equilíbrio
geral da economia, fruto do racionalismo gerava o máximo bem estar da sociedade.
Defendiam a ideia de harmonia entre as classes sociais, negavam a luta de classe e
pregavam a harmonia entre elas, ao contrário dos Marxistas. Enquanto Marx
aprofundou os estudos da teoria do valor Trabalho e formalizou a mais-valia que
representa a principal crítica ao capitalismo, Jevons, marginalista, fundamentou-se na
teoria do valor utilidade e inovou na determinação do valor de troca, considerando o
preço pela utilidade marginal. Foram os introdutores pela primeira vez do cálculo
integral e diferencial na análise econômica. São ideias de William Stanley Jevons
(Theory of political economy e Principles of science), Carl Menger (Grundsatze der
Volkswirtschaftslebre traduzido para Principles of economics e depois para Principio de
economia política ), Leon Walras ( Elements d ‘ economie politique pure ). É autor da
teoria do equilíbrio geral. Segundo Walras: “Todas as incógnitas do problema
econômico dependem de todas as equações de equilíbrio econômico. “Com relação ao
valor de troca que abre tremenda discussão a respeito de estabelecer o preço de um bem,
Walras afirmou: É a raridade a causa do valor de troca “. Mario Henrique Simonsen
diz que Leon Walras é autor de um dos monumentos da história do pensamento
econômico.

O pensamento da escola clássica sob intenso


conflito entre socialistas e marginalistas recebe a
contribuição de 9Alfred Marshall (Principles of
economics). A defesa de Marshall da escola clássica
fundamentou uma corrente de pensamento econômico
conhecida com escola neo-clássica. A Escola neo-
clássica somente deixou a desejar na teoria sobre a
distribuição da riqueza. Afirmava que era apenas a
contribuição dos fatores de produção, capital e trabalho
na formação do produto final. A teoria do equilíbrio
parcial de Alfred Marshall praticamente originou um
novo ramo da economia, a microeconomia.

Os institucionalistas tentaram demonstrar através de


fundamentos estatísticos que o conflito de interesses econômicos poderia aprofundar os
desequilíbrios e gerar a não utilização racional dos meios de produção como fator
gerador de desenvolvimento econômico. Refutavam parte das ideias marginalistas. Os
principais representantes dessa corrente de pensamento econômico foram: Thorstein
Veblem, Jonh R. Commons e Wesley C. Mitchell.

9
Disponível em: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/82/Alfred_Marshall.jpg Acesso em
Out. 2013.

6
Em 1.929 o mundo que experimentava até então um grande crescimento econômico
encontrava pela primeira vez uma crise de proporção até então desconhecida, e entra em
cena Jonh Maynard Keynes ( Teoria Geral do Juro do Emprego e da Moeda – 1.936 ),
um repudio dos fundamentos do laissez-faire.
10
Jonh Maynard Keynes nasceu em
Cambridge em junho de 1.883, foi aluno de
Marshall e Cecil Pigou. Faleceu em abril de
1.946. Foi um intelectual, desempenhou vários
cargos, tais como professor universitário,
redator de jornal, secretário da Sociedade Real
de Economia, representou a Inglaterra em
vários eventos internacionais, inclusive na
Conferencia Monetária de Bretton Woods que
deu origem a criação do Fundo Monetário
Internacional, tendo sido seu primeiro
presidente. Keynes percebeu e admitia a
miopia da classe operária quando lutava por salário nominal e não por salário real. Dizia
que a procura por emprego, isto é, o nível de mão de obra depende diretamente da
demanda agregada que depende da propensão marginal a consumir e do volume de
investimentos e este é função direta do premio de risco, ou seja, da taxa de juros da
economia. Keynes considerava a hipótese da existência de desemprego involuntário,
isto é, o equilíbrio no mercado de mão de obra poderia se dar abaixo do pleno emprego,
o que não era admitido pela escola neo-clássica.
11
A teoria de Keynes, um capitalista puro, assustou até o mais incauto dos
capitalistas quando defendeu que em época de crise o Estado deve intervir para

aumentar a demanda agregada, pois defendia, ao contrário de Jean B. Say que a

10
Disponível em: http://chicago-freedom-forum.blogspot.com.br/2010/04/john-maynard-keynes-on-fdr-and-
obama.html. Acesso em ago. 2013.
11
Disponível em: http://imagohistoria.blogspot.com.br/2012/04/estado-de-bem-estar-social.html Acesso em Out.
2013.

7
economia pode entrar em equilíbrio, isto é, atingir o pleno emprego através do aumento
da demanda e não da oferta agregada. O Estado deveria atua em Educação, na
construção civil e em obras de grande apelo social. Uma heresia até para os clássicos
que defendem o livre mercado através da mão invisível de Adam Smith. Milton
Friedman ( Capitalismo e Liberdade, 1.962 ), talvez o maior crítico de Keynes, o
atacava exatamente nessa questão: O Estado não deveria intervir na economia nem em
época de crise. Arguia Friedman que se não houvesse a intervenção o próprio mercado
encontrava solução muito mais eficiente para suas crises, à intervenção do Estado podia
até melhorar a economia em um estágio inicial da crise, porém, na etapa seguinte as
economias encontram seus equilíbrios em situação menos confortável que antes da
crise.

Keynes se denominava um médico a serviço do capitalismo. Um gênio financeiro


que ganhou 2 milhões de libras na bolsa de Londres especulando com moedas, uma
fábula para os dias de hoje, imagine para 1.925. O sistema capitalista entrou em crise,
chamem Mr. Keynes. Keynes era um economista de curto prazo, foi chamado para
resolver a crise de 1.929 e tinha que ser naquele momento, o mundo não podia esperar,
o desemprego estava instalado em 30% da força de trabalho e ele ultrapassou seu
tempo. Foram três grandes contribuições de Keynes:

 As metodológicas;
 As teóricas;
 As normativas.

Com relação ao que chamamos de contribuição metodológica, foi Keynes quem


organizou os conceitos básicos que permitiram se calcular as Contabilidades Nacionais.

Do ponto de vista teórico Keynes percebeu que o equilíbrio Walrasiano era frágil,
poderia até não existir. E fora desse equilíbrio Walrasiano a oferta excedente pode não
gerar renda e como tal não gerar demanda efetiva. Outra explicação brilhante é que
justifica a resistência a queda nominal de salários. A relação entre procura por moeda e
taxa de juros merece destaque especial. A relação entre o mundo real e financeiro era
feita através da taxa de juros, era o modelo IS-LM magistralmente explicado por Hicks
no celebre artigo publicado em 1.937: Mr Keynes and the classics.

Do ponto de vista normativo a principal contribuição foi que chamamos de


política fiscal compensatória, que representava a intervenção direta do Estado na
economia pelo aumento dos gastos públicos ou por incentivos fiscais ao consumo ou ao
investimento. Um dos principais pontos polêmicos das teorias Keynesianas, o Estado
deve intervir nas economias gerando déficit público em época de recessão ao contrário
dos ortodoxos clássicos que pregam em qualquer situação a não intervenção do Estado e
um orçamento equilibrado.

De 1.936 a 1.973 o mundo experimentou talvez o seu mais longo ciclo de


crescimento virtuoso. Isto é, de Keynes até a primeira crise do petróleo. Em 1.973, o

8
mundo totalmente dependente do petróleo barato assiste atônito a criação da OPEP (
Organização dos Países Exportadores de Petróleo ), e ver o preço dessa comoditie
triplicar da noite para o dia. Todas as economias mundiais tiveram que se reprogramar
em função dessa nova condição de preço e consumo do petróleo, pois afinal vivemos a
sociedade do automóvel.

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